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Gestão da Qualidade

Professora Ma. Suzana Bender


ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA
O QUE É PESQUISA CLÍNICA
Pesquisa clínica, ensaio clínico ou estudo
clínico é qualquer investigação em seres
humanos, objetivando determinar a
segurança e a eficácia de medicamentos,
instrumentos ou equipamentos médicos,
produtos para saúde, procedimentos
médicos e kits para diagnóstico.

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ


O QUE É PESQUISA CLÍNICA

Um ensaio clínico com medicamento, é um processo


dividido em fases.

Cada fase possui um objetivo, mas o importante é que a


segurança deve estar sempre presente.

A pesquisa é dividida em dois momentos:


•Estudos Não Clínicos
•Estudos Clínicos

Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica


FASES DA PESQUISA CLÍNICA

No. de
Fase Sujeito Objetivo principal
participantes
Toxicidade,
Pré- Animais de
Experimental Variável teratogenese,
clinica laboratório
oncogenese
Voluntários Segurança,
Fase I 20 a 100
sadios farmacocinética
Terapêutica Eficácia,
Exploratória estabelecimento de
Fase II Pacientes 300 a 1000
dose e
farmacodinâmica
Eficácia comparativa,
Fase III Pacientes 1000 a 3000 confirmação da
Terapêutica segurança
Confirmatória Marketing, segurança,
Fase IV Pacientes Mais de 1000
farmacovigilância

Guias Nacionais e Internacionais de


Boas Práticas em Pesquisa Clínica
Exercício- vamos descrever os objetivos de cada fase e os
pacientes em estudo
FASE NÃO CLÍNICA
Antes de começar a testar novos tratamentos em seres
humanos, os cientistas testam as substâncias em laboratórios
e em animais de experimentação.

 Esta é a chamada fase não-clínica.

O objetivo principal desta fase é verificar como esta


substância se comporta em um organismo.
FASE CLÍNICA

A fase clínica é a fase de testes em seres humanos.


É composta por quatro fases sucessivas e somente depois
de concluídas todas as fases, o medicamento poderá ser
liberado para comercialização e disponibilizado para uso da
população.

Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica


FASE CLÍNICA
As sucessivas fases dentro da fase clínica são:
Fase I
Um estudo de fase I testa o medicamento pela primeira vez.
O objetivo principal é avaliar a segurança do produto
investigado.
Demais Objetivos da Fase I
•Tolerância em voluntários saudáveis:
Maior dose tolerável/Menor dose efetiva

Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica


FASE CLÍNICA
Fase I
Demais Objetivos da Fase I
•Relação dose/efeito
•Duração do efeito
•Efeitos colaterais

Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica


FASE CLÍNICA

Fase I
Teste em pequenos grupos (10 – 30 pessoas), geralmente,
de voluntários sadios.
Podem haver exceções EX: câncer ou portadores de HIV-
aids.
Se tudo ocorrer de acordo com o esperado, ou sejam se o
produto se mostrar seguro, podemos passar para a Fase II.

Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica


FASE CLÍNICA
Fase II
Quantidade
300 a 1000 geralmente doentes;
Selecionados por critérios rigorosos;
Uso de diferentes formulações e formas farmacêuticas
Objetivos da Fase II
•Indicação da eficácia
•Confirmação da segurança (toxicidade)
•Estabelece as relações dose-resposta

.
FASE CLÍNICA
Fase III- COLETADOS MAIOR NÚMERO DE DADOS
•Estudos Internacionais acima 800 pacientes
•Multicentros com diferentes populações de pacientes para
demonstrar eficácia e segurança.
•Compara-se o novo com o existente
•Estudos randomizados
•Divididos em dois grupos
•Grupo controle-recebe o tratamento padrão
•Grupo investigacional-recebe a nova medicação
•Combinação de substâncias
•Pode haver a combinação de dois medicamentos
FASE CLÍNICA
Fase III
•Visa o estabelecimento do perfil terapêutico:
•Indicações
•Dose e via de administração
•Contra-indicações
•Efeitos colaterais
•Medidas de precaução
•Interações clinicamente relevantes (idade, peso, sexo, etc.)
•Demonstração de vantagem terapêutica
•Novo fármaco frente aos de escolha
•Estratégias de Farmacoeconomia
FASE CLÍNICA

Fase IV
Farmacovigilância ou Pesquisa Pós-Comercialização.
Estabelece-se:
 valor terapêutico
 o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação
da freqüência de surgimento das já conhecidas
 as estratégias de tratamento.
VANTAGENS
INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS:
•Acesso ao paciente;
•Acesso aos investigadores
(formadores de opinião,treinamento de palestrantes).
VANTAGENS
INVESTIGADORES:
•Estímulo e acesso ao uso de novas opções terapêuticas e
tecnologia de ponta;
•Aperfeiçoamento técnico-científico por meio de intercâmbio
com cientistas de outros países;
•Co-autorias em publicações;
•Possíveis parcerias científicas.
VANTAGENS
SAÚDE PÚBLICA:
•Novas fontes financiadoras(desonera o SUS);
•Estímulo/incentivo para a modernização;
•Atualização em métodos,procedimentos e padrões de
qualidade;
•Aumento do prestígio.
VANTAGENS
PACIENTE:
•Ser monitorado de perto pelo seu médico com maior
frequência de consultas;
•Maior atenção da enfermagem/farmácia;
•Ser o primeiro a se beneficiar de um novo tratamento de
tecnologia de ponta;
•Acesso a tratamento padrão.
•Diagnóstico acurado.
CONTEXTO HISTÓRICO DA
REGULAMENTAÇÃO
COMO TUDO COMEÇOU....
II GUERRA MUNDIAL
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-


Manguinhos / FIOCRUZ
Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ
Este julgamento resultou na elaboração de um conjunto de
preceitos éticos para a pesquisa clínica, conhecida como
Código de Nuremberg (Nuremberg Code 1949).
JULGAMENTO DE NUREMBERG -
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

1947
 Atrocidades dos experimentos nazistas foram tornados
públicos.
 O julgamento dos crimes de guerra incluíram 23 médicos
nazistas.

Vítima mostra as feridas Karl Brandt, médico nazista, recebendo sua


por gangrena induzidas sentença de morte.
por gás em perna direita.
Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-


Manguinhos / FIOCRUZ
OS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

NUREMBERG

Consentimento Resultado benéficos Experimento em animais


Voluntário Para sociedade e na evolução da doença

Evitar sofrimento, morte Grau de risco aceitável Cuidados para proteção


Ou invalidez Deve ser limitado Do participante
OS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

NUREMBERG

Realizado
Por pesquisador Participante pode se
Qualificado Retirar do estudo
Pesquisador preparado
Para suspender
Procedimento
Tuskegee Study (1932 a 1972)
• Macon, Alabama, EUA
• CDC Atlanta EUA
• História natural da sífilis
• 600 homens negros

Hossne, WSV. Experimentação com seres humanos. São Paulo: Moderna, 1987:47
Tuskegee – 1932 a 1972

Estudo da Sífilis não tratada em Tuskegee, Alabama, EUA


“Tuskegee Study of Untreated Syphilis in the Negro Male”
US Public Health Service (PHS)

Estudo observacional da história natural da sífilis em negros;


399 sifilíticos afro-americanos, a maioria pobre e analfabeta, e
201 indivíduos saudáveis – grupo controle;
não foram informados do diagnóstico e não foi obtido o
consentimento;
Tuskegee – 1932 a 1972

Estudo da Sífilis não tratada em Tuskegee, Alabama, EUA


“Tuskegee Study of Untreated Syphilis in the Negro Male”
US Public Health Service (PHS)

“bad blood” – por participarem do estudo receberam


gratuitamente exames médicos, transporte, refeições nos dias
de exame, tratamento para doenças secundárias e auxílio
funeral.

CDC e Tuskegee University


Tuskegee – 1932 a 1972
Mesmo depois que a penicilina se tornou tratamento padrão
para a sífilis (1947), não foi administrada;
Entre 1932 e 1947 dezenas de participantes haviam morrido,
e esposas, filhos e outros, infectados;
1968 – denúncia à imprensa (membros da equipe).
1969 – CDC reafirma a necessidade do estudo e obtém apoio
das sociedades médicas locais.
1972 – parecer do Comitê criado para revisar a pesquisa:
“eticamente injustificada”: fim do estudo;
Homenagens, desculpas e indenizações (Bill Clinton).
• DESASTRE DA TALIDOMIDA
– 1955...1962
– Europa, Africa e A.Latina
– Associação de seu uso com má formação fetal (Focomelia).
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE -
1964

Apesar do conhecimento das crueldades que aconteciam nos


campos de concentração e do Código de Nuremberg,
continuaram ainda a realização de pesquisas com seres
humanos que feriam os princípios éticos fundamentais.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE -
1964

Ao contrário de Nuremberg, que se supõe ter sido um


julgamento sobre o passado de crimes dos médicos
nazistas, a Declaração e Helsinki projetou-se para o futuro
como um guia ético obrigatório para todos os
pesquisadores
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE -
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

1964
 Primeiro esforço global para padronizar a pesquisa
biomédica e a proteção dos sujeitos.

MARCO LEGAL PARA REGULAMENTAÇÃO NO MUNDO

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ


ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE - 1964
“O bem estar do ser
humano deve ter prioridade
sobre os interesses da
ciência e da sociedade“

Introduz o conceito de “comitês


de ética independentes”.
Princípios éticos citados e
seguidos até os dias de hoje.

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-


Manguinhos / FIOCRUZ
Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE - 1964

Henry Beecher, em 1966:


1- Após um levantamento sobre a eticidade de estudos
publicados em importantes revistas científicas, constatou
22 experimentos envolvendo graves problemas éticos com
relação a sujeitos humanos das pesquisas, que
desrespeitavam a declaração recém-editada.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE - 1964

Em um dos casos, por exemplo, células hepáticas


cancerosas foram injetadas em 22 pacientes idosos
hospitalizados para estudos imunológicos – os pacientes
foram informados, apenas, que receberiam “algumas
células”, não sendo mencionada a palavra “câncer”.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
Primeira revisão Tóquio (1975)-onde foram acrescentados
princípios básicos que não estavam contidos na primeira
declaração:
Princípios Básicos
•Protocolo
• Todos os riscos devem ser previsíveis
• publicar os dados exatos do resultados;
• Assinatura do TCLE
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE–
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
 Em Veneza (1983), a segunda versão incluiu que a
solicitação de consentimento obtido de menores de
idade seria uma possibilidade.

 Terceira revisão de Hong Kong (1989) função e


estrutura dos comitês de ética independentes.

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ


DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
África do Sul(1996)

“Em qualquer protocolo biomédico de pesquisa, a todo


participante, incluindo o do grupo controle, se houver, deverá
ser assegurado o acesso ao melhor método diagnóstico
profilático ou terapêutico que em qualquer outra situação teria
ao seu dispor”.
“Quando o resultado não for a morte ou a incapacidade,
placebo ou outros controles sem tratamento poderão ser
usados”
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
Edimburgo(2000)
• Mantém o texto anterior rejeitando o placebo,
• Se assegura que ao final do estudo todos devem continuar
a ter acesso ao tratamento pelo melhor método identificado
pelo estudo.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
Seul (2008):

A utilização de placebo ou ausência de tratamento é aceitável


em estudos em que não existam intervenções comprovadas; ou
Onde, por razões metodológicas convincentes e cientificamente
sólidas, a utilização de placebo se fizer necessária para
determinar a eficácia ou segurança de uma intervenção e os
pacientes que receberem o placebo ou ausência de tratamento
não estejam sujeitos a nenhum risco de dano sério ou
irreversível. Cuidado extremo deve ser tomado para se evitar
o abuso dessa opção
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES

Seul (2008):
Na conclusão do estudo, os pacientes nele incluídos têm o
direito de serem informados sobre o resultado e
compartilhar os benefícios decorrentes do estudo, por
exemplo, acesso a intervenções identificadas no estudo
como benéficas ou a outros cuidados apropriados ou
benefícios.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE –
PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES
Fortaleza (2013)- A Declaração permite o uso de placebo nos
casos em que não exista intervenção comprovada ou quando
houver razões metodológicas convincentes e cientificamente
consistentes, desde que não ofereça riscos de dano grave ou
irreversível aos pacientes.
GCP (Boas Práticas Clínicas -BPC)

1977 – GCP (Boas Práticas Clínicas -BPC) – regulamento


da FDA que tem por objetivo garantir a qualidade dos
dados obtidos nos estudos clínicos, além de zelar pela
segurança e bem estar dos sujeitos de pesquisa.
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA
BELMONT REPORT - 1978

Objetivo: Identificar os princípios éticos básicos que devem


estar subjacentes à realização de pesquisas biomédicas e de
comportamento envolvendo seres humanos.

Robson Leite de Souza Cruz – ASCLIN / Bio-Manguinhos / FIOCRUZ


BELMONT REPORT - 1978
 Princípios éticos básicos:
1. Respeito pelas Pessoas;
2. Beneficência;
3. Justiça.

 Aplicações:
1.Consentimento: (Informação, Compreensão e
Voluntariedade)
2. Avaliação de Riscos e Benefícios;
3. Seleção de Sujeitos.
BELMONT REPORT - 1978
 Respeito: o direito de tomar decisões informadas.

Beneficência: ponderação entre riscos e benefícios para o


pesquisado.

Justiça: relevância da pesquisa com vantagens


significativas para o pesquisado e minimização do ônus para
os vulneráveis.
HISTÓRICO
Em 1981, as “Diretrizes Internacionais Propostas para a
Pesquisa Biomédica em Seres Humanos” foram elaboradas
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Conselho
das Organizações Internacionais de Ciências Médicas
(CIOMS), com atualizações em 1993 e 2002.
HISTÓRICO
1989 – Good Clinical Practice - Comunidade Européia
normas para estudos clínicos com produtos medicinais
HISTÓRICO

1995- GCP/OMS –Guidelines for good clinical practice


(GCP) for trials on pharmaceutical products – padrão
para condução de pesquisas clínicas com medicamentos
feito a partir das regulamentações locais de países
desenvolvidos.
HISTÓRICO
1996 - ICH - GCP guideline.

 Conferência Internacional para Harmonização dos


Requerimentos Técnicos para o Registro de Produtos
Farmacêuticos para uso em Humanos.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

HARMONIZAÇÃO - 96
Estados Unidos, os países da atual União Européia e o Japão

próprias regulamentações para a pesquisa em seres humanos

CRIAR UM PADRÃO

Conferência Internacional de Harmonização (ICH)

“Guias para a Boa Prática Clínica” (GCP)


CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE
HARMONIZAÇÃO - 96
OBJETIVO

 Recomendações para prover harmonização na


interpretação e aplicação dos procedimentos técnicos e
requerimentos para o registro de produtos de forma a
reduzir a duplicidade de testes durante a pesquisa e
desenvolvimento de novas drogas
GOOD CLINICAL PRACTICE (GCP) OU
BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS (BPC)

“ Um padrão pelo qual estudos clínicos são desenhados,


implementados, conduzidos, monitorados, auditados,
registrados, analisados e relatados, que certifica que os
dados e resultados apresentados são confiáveis e
precisos, e que os direitos, a integridade e a
confidencialidade dos sujeitos estão protegidos.”

ICH-E6, 1996
Boas Práticas Clínicas: Documento das
Américas
MEMBROS

Argentina
Costa rica
Brasil
Cuba
Chile
México

Usa

Venezuela
Boas Práticas Clínicas: Documento das
Américas
Documento internacional do qual o Brasil é signatário que
institui as Boas Práticas Clínicas para realização de ensaios
clínicos nas Américas.

IV CONFERÊNCIA PAN-AMERICANA PARA


HARMONIZAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO
FARMACÊUTICA
República Dominicana 2-4 de Março de 2005
Boas Práticas Clínicas: Documento das
Américas

São um padrão de qualidade científica e ética internacional


para o desenho, condução, registro e relato de estudos que
envolvam a participação de seres humanos.
Nesta evolução das regulamentações sobre pesquisa clínica,
muitos temas despontaram como polêmicos dentro do ramo
da filosofia aplicada, hoje conhecido como “Bioética”.
Dentre tal controverso debate, podemos citar os
contemporâneos argumentos sobre:

a) acesso a medicamentos pós-estudo;


b) estudo com populações específicas como indígenas,
crianças e adolescentes, idosos, grávidas e doentes
mentais.
c) pesquisas com células-tronco embrionárias.
d) e o uso do placebo-controle em pesquisas clínicas.
Malária: FIOCRUZ e USP
Pesquisa: “Heterogeneidade de vetores e malária no Brasil”;

Objetivo: desenvolver estratégias para o controle da doença,


utilizando parâmetros entomológicos de transmissão;

Coordenada pela ONG norte-americana Institutional Review


Board, financiada pela Universidade da Flórida dos EUA,
envolvia pesquisadores da USP, do Instituto Aggeu
Magalhães (Fiocruz) e do Instituto de Estudos e Pesquisas
do Amapá (IEPA);
Malária: FIOCRUZ e USP

Pesquisa: “Heterogeneidade de vetores e malária no Brasil”;

•Usava moradores das margens do Rio Matapi, no município de


Santana, a 18 quilômetros de Macapá, para caçar mosquitos.

• As pessoas tinham que ser picadas depois, e o pagamento pelo


serviço variava de R$ 12 a R$ 20.

Fonte: Jornal O Globo, 12/2005


Malária: FIOCRUZ e USP

“Depois que a gente captura, a gente põe os mosquitos num


caneco e bota no corpo para eles se alimentarem do nosso
sangue, até o último mosquito encher” – Sidney Siqueira;

“Cheguei a ficar de 18h até meia-noite para atrair as


carapanãs (mosquitos). Recebi R$ 10 porque estava
precisando de dinheiro. Mas me arrependi porque caí doente
e ninguém me ajudou” – Adilson Pinto Ribeiro;
Malária: FIOCRUZ e USP

Iniciado em 2003, o projeto havia sido aprovado pelo CEP da


Faculdade de Saúde Pública da USP, pelo CEP do Centro
de Pesquisas Aggeu Magalhães (FIOCRUZ) e pela
CONEP;

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) suspendeu a


pesquisa em dezembro de 2005.

Fonte: Jornal O Globo, 12/2005


HISTÓRICO DA
REGULAMENTAÇÃO
NACIONAL
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISA CLÍNICA

Proposta de criação de Comitês de ética em Pesquisa em


todas as instituições que realizassem pesquisa na área
da saúde.
Tratava da pesquisa médica
Abordava questões éticas
HISTÓRICO NACIONAL
1995 – Ministério da Saúde Criação da Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
http://conselho.saude.gov.br

Resolução nº 196/96 (CNS): aprova as diretrizes e


normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos;

MARCO DA REGULAMENTAÇÃO DA PESQUISA NO BRASIL

71
HISTÓRICO NACIONAL
Resolução CNS 196/96
•Define parâmetros e pré-requisitos para a

pesquisa envolvendo seres humanos

•Nasce como controle social

•Tem origem multi e interdisciplinar

•Abrange os diferentes segmentos sociais


Operacionalidade:

• Através dos Comitês de Ética em Pesquisa(CEP), sob coordenação da


Comissão Nacional de Ética em Pesquisa(CONEP) = (Sistema CEP-CONEP).
HISTÓRICO NACIONAL

 Resolução nº 251/97 (CNS): aprova as normas de


pesquisa envolvendo seres humanos para a área
temática de pesquisa com novos fármacos,
medicamentos, vacinas e testes diagnósticos.

VIGENTE
HISTÓRICO NACIONAL
 Portaria nº 911/98 (ANVISA): aprova a relação de
documentos necessários para pedidos de autorização para
realização de pesquisa clínica com fármacos, medicamentos,
vacinas e testes diagnósticos novos – revogada;

• RDC N° 219 DE 20 DE SETEMBRO DE 2004- REVOGADA


• RDC Nº 39, DE 5 DE JUNHO DE 2008 –REVOGADA
• RDC Nº 9, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015 –VIGENTE
HISTÓRICO NACIONAL

 Resolução nº 292/99 (CNS): determina normas para os


estudos com a participação estrangeira e/ou que tenham
envio de amostras biológicas para o exterior.

 Obriga a análise dos projetos pela Comissão Nacional


de Ética em Pesquisa CONEP.

VIGENTE
HISTÓRICO NACIONAL

 Resolução nº 303/00 (CNS): disciplina a área temática


especial “reprodução humana”;

Regovaga pela Resolução 466/2012

 Resolução nº 340/04 (CNS): aprova as Diretrizes para Análise


Ética e Tramitação dos Projetos de Pesquisa da Área
Temática Especial de Genética Humana.Vigente
HISTÓRICO NACIONAL
 Resolução nº 346/05 (CNS): define nova tramitação de
avaliação de projetos multicêntricos pela CONEP- Vigente

 Resolução nº 347/05 (CNS): estabelece diretrizes e


regulamenta o armazenamento e utilização de material
biológico humano em estudos clínicos. Revogada pela
Resolução n.º 441, de 12/05/11
HISTÓRICO NACIONAL

 Resolução RDC nº 39/08 (ANVISA): aprova o


regulamento para elaboração de dossiê para obtenção
de Comunicado Especial (CE) para a realização de
pesquisa clínica com medicamentos e produtos para a
saúde e seus anexos;

Revogada pela RDC nº 9/15


A REGULAMENTAÇÃO BRASILEIRA

REVISÃO DA RESOLUÇÃO CNS


196/96 APÓS CONSULTA PÚBLICA

Resolução
Nº 466/12
Declaração
Pacto Universal sobre
Internacional Genoma Humano e o
Direitos Civis e Declaração
Direitos Humanos
Políticos Internacional sobre
1997
1966 os Dados Genéticos
Humanos
2003
Código
Nuremberg
1947 Declaração
Universal
Resolução sobre Bioética
Nº 466/12 Direitos Humanos
Declaração 2004
universal dos
direitos
humanos
1948 Resolução
196/1996
Declaração
Lei Nº Lei Nº
de Helsinki
8.142/1990 8080/1980
1964
RESOLUÇÃO 466/2012

Aprova diretrizes e normas regulamentadoras


de pesquisas envolvendo seres humanos

RESOLUÇÃO N°466/2012
RESOLUÇÃO 466/2012

A responsabilidade do pesquisador é indelegável.


Indeclinável e compreende os aspectos éticos e legais.

RESOLUÇÃO N°466/2012
PRINCÍPIOS ÉTICOS
NA PESQUISA...
RESOLUÇÃO 466/2012
A ETICIDADE DA PESQUISA IMPLICA EM:

= Autonomia
consentimento cuidados para proteção
voluntário dos grupos vulneráveis e
legalmente incapazes
A ETICIDADE DA PESQUISA IMPLICA EM:

= Beneficiência
Ponderação entre Ponderação entre
Riscos e benefícios Riscos e benefícios
Atuais e potenciais Individuais ou coletivos
A ETICIDADE DA PESQUISA IMPLICA EM:

= não maleficência

Garantia de que
danos previsíveis
serão evitados
A ETICIDADE DA PESQUISA IMPLICA EM:

= justiça e eqüidade

Relevância social da pesquisa- atenda os


interesses dos envolvidos
destinação sócio-humanitária
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Pesquisa - classe de atividades cujo


objetivo é desenvolver ou contribuir
para o conhecimento corroborado
por métodos científicos aceitos de
observação e inferência.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Pesquisa envolvendo seres humanos –


pesquisa que, individual ou coletivamente,
envolva o ser humano de forma direta ou
indireta,em sua totalidade ou partes dele,
incluindo o manejo de informações ou
materiais.

RESOLUÇÃO Nº 510, DE 07 DE ABRIL DE 2016-Esta Resolução dispõe sobre as normas


aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos
metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

Protocolo de Pesquisa – Documento que


contempla:

 a descrição da pesquisa,

 informações relativas ao sujeito da pesquisa,

 qualificação dos pesquisadores e

 todas as instâncias responsáveis.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Pesquisador responsável - pessoa


responsável pela coordenação e realização
da pesquisa e pela integridade e bem-estar
dos sujeitos da pesquisa.

 Professor-orientador;
ALTERADA
RDC N°9/2015

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Sujeito da pesquisa - é o(a) participante


pesquisado (a), individual ou coletivamente,
de caráter voluntário, vedada qualquer forma
de remuneração.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO A
RESOLUÇÃO 466/2012

 Instituição de pesquisa - organização,


pública ou privada, habilitada na qual são
realizadas investigações científicas.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO A
RESOLUÇÃO 466/2012
 Promotor-indivíduo ou instituição, responsável
pela promoção da pesquisa.

 Patrocinador - pessoa física ou jurídica que


apoia financeiramente a pesquisa.

ALTERADA
RDC N°9/2015
RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Risco da pesquisa - possibilidade de danos à


dimensão física, psíquica, moral, intelectual,
social, cultural ou espiritual do ser humano,
em qualquer fase de uma pesquisa e dela
decorrente.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Dano associado ou decorrente da pesquisa -


agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à
coletividade, decorrente do estudo científico.

ALTERADA
RDC N°9/2015

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012

 Termo de Assentimento - documento


elaborado para os menores ou para os
legalmente incapazes, por meio do qual, após
os participantes da pesquisa serem
devidamente esclarecidos, explicitarão sua
anuência em participar da pesquisa, sem
prejuízo do consentimento de seus
responsáveis legais;

RESOLUÇÃO N°466/2012
Vamos ver o que aprendemos em casa sobre termo de
consentimento livre e esclarecido 466/2012
TERMO DE ASSENTIMENTO DO MENOR
O termo de assentimento não elimina a necessidade de fazer o termo de
consentimento livre e esclarecido que deve ser assinado pelo responsável ou
representante legal do menor.

Você está sendo convidado para participar da pesquisa (título da pesquisa).


Seus pais permitiram que você participe. Queremos saber (OBJETIVOS), as
crianças que irão participar dessa pesquisa têm de (idade) a (idade) anos de idade.
Você não precisa participar da pesquisa se não quiser, é um direito seu, não terá
nenhum problema se desistir.
A pesquisa será feita no/a (LOCAL), onde as crianças (MÉTODO). Para isso, será
usado/a (MATERIAL). O uso do (a) (MATERIAL) é considerado(a) seguro (a), mas
é possível ocorrer (RISCOS). Caso aconteça algo errado, você pode nos procurar
pelos telefones (TELEFONES) do/a pesquisador/a (NOME PESQUISADOR(A).
TERMO DE ASSENTIMENTO DO MENOR

Mas há coisas boas que podem acontecer como (BENEFÍCIOS). Se você morar
longe do (LOCAL), nós daremos a seus pais dinheiro suficiente para transporte,
para também acompanhar a pesquisa. Ninguém saberá que você está participando
da pesquisa, não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as
informações que você nos der. Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas
sem identificar as crianças que participaram da pesquisa. Quando terminarmos a
pesquisa (EXPLICACÃO DA DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS). Se você tiver
alguma dúvida, você pode me perguntar ou a pesquisador/a (NOME). Eu escrevi os
telefones na parte de cima desse texto.
TERMO DE ASSENTIMENTO DO MENOR

Eu ___________________________________ aceito participar da pesquisa


(TÍTULO DA PESQUISA), que tem o/s objetivo(s) (OBJETIVO(s)). Entendi as
coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso dizer
“sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir
que ninguém vai ficar furioso. Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e
conversaram com os meus responsáveis. Recebi uma cópia deste termo de
assentimento e li e concordo em participar da pesquisa.

Brasília, ____de _________de __________. ________________________________


_______________________________ Assinatura do menor Assinatura do(a)
pesquisador(a)

http://www.foa.unesp.br/home/pesquisa/modelo-de-termo-de-assentimento.pdf
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Consentimento livre e esclarecido -
anuência do sujeito da pesquisa e/ou de
seu representante legal, após explicação
completa e pormenorizada sobre a
pesquisa;

 Formulada em um termo de
consentimento, autorizando sua
participação voluntária na pesquisa.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido -
TCLE - documento no qual é explicitado o
consentimento livre e esclarecido do
participante e/ou de seu responsável legal,
devendo conter todas as informações
necessárias, para o mais completo
esclarecimento sobre a pesquisa a qual se
propõe participar;

RESOLUÇÃO N°466/2012
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(De acordo com as normas da Resolução nº 466,do Conselho Nacional de Saúde de


12/12/2012)
Você está sendo convidado para participar da pesquisa ________________(título da
pesquisa) Você foi selecionado (método de seleção) _________________e sua
participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou com a instituição _________________(detalhar se achar pertinente) .
Os objetivos deste estudo são ___________(relacionar os objetivos da pesquisa) .
Sua participação nesta pesquisa consistirá em ___________ (informar a participação
dos sujeitos na pesquisa).
Os riscos relacionados com sua participação são ___________ (informar os riscos da
pesquisa).
Os benefícios relacionados com a sua participação são ___________ (informar os
benefícios da pesquisa).
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(De acordo com as normas da Resolução nº 466,do Conselho Nacional de Saúde de
12/12/2012)

As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o


sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua
identificação (informar, de acordo com o método utilizado na pesquisa, como o
pesquisador protegerá e assegurará a privacidade).

Uma cópia deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficará com o senhor (a),
podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer
momento com os pesquisadores responsáveis ______________(incluir o nome do
orientador e os nomes dos alunos) no e-mail ________________ ou no
telefone____________________
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO(CONTINUAÇÃO)

Pesquisador Responsável (assinatura do orientador)

Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa


e concordo em participar.
O pesquisador me informou que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa em Seres Humanos da UNIGRANRIO, localizada na Rua Prof. José de
Souza Herdy, 1160 – CEP 25071-202 TELEFONE (21).2672-7733 – ENDEREÇO
ELETRÔNICO: cep@unigranrio.com.br

Rio de Janeiro, _____ de ______ de 20___.

_________________________________________
Sujeito da pesquisa
_________________________________________
Pai / Mãe ou Responsável Legal (Caso o sujeito seja menor de idade)
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Vulnerabilidade - estado de pessoas
ou grupos que, por quaisquer razões
ou motivos, tenham a sua capacidade
de autodeterminação reduzida ou
impedida, ou de qualquer forma
estejam impedidos de opor
resistência, sobretudo no que se
refere ao consentimento livre e
esclarecido.

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 A Resolução n. 466/2012 do CNS exige que, no termo de
consentimento esclarecido, seja explicado ao declarante,
quando pertinente, “sobre a possibilidade de inclusão do
participante em grupo de controle ou placebo,
explicitando, claramente, o significado dessa
possibilidade” (item I.V4.b).

O Conselho Nacional de Saúde deixou a critério


do pesquisador (“quando pertinente”) informar
sobre a inclusão do paciente em um grupo que
utilizará placebo

RESOLUÇÃO N°466/2012
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 O Conselho Nacional de Saúde e o Conselho Federal de
Medicina permitem o uso de placebo em pesquisas
científicas no Brasil, desde que não haja tratamento
disponível para determinada doença (Resolução CNS
466/12 - item III.3.b).
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 O Código de Ética Médica do Conselho Federal de
Medicina proíbe os médicos brasileiros de participarem de
estudos com placebo quando há tratamento disponível para
uma doença(Código de Ética Médica, Art. 106).
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
Se o uso do medicamento, durante o estudo, mostrar
benefício aos participantes da pesquisa, o patrocinador deve
fornecer o medicamento de forma gratuita, pelo tempo que for
necessário, mesmo tendo encerrado o estudo ( itens III.2.e,
III.3.d e III.3.d.1.)

RDC 38/2013
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 A pesquisa dever ser adequada aos princípios científicos
que a justifiquem;
 Estar fundamentada na experimentação prévia - IN VITRO,
ANIMAIS;
 Realizada quando o conhecimento não pode ser obtido por
outro meio;
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Oferece mais benefícios do que riscos;
 Obedecer a metodologia adequada- grupo experimental X
controle;
 Justificar o uso de placebo- em termos de não maleficência;
 Consentimento livre e esclarecido;
 Contar com os recursos humanos e materiais necessários;
 Experiência do pesquisador.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Confidencialidade e a privacidade;
 Realizada preferencialmente em indivíduos com autonomia
plena.
 Pesquisa em comunidade- respeito aos valores, hábitos e
costumes - informar Benefícios para comunidade;
 Comunicar às autoridades sanitárias- RESULTADOS
POSITIVOS PARA melhoria das condições de saúde da
coletividade;
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
 Assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefícios
resultantes do projeto;
 Assegurar a inexistência de conflito de interesses:
pesquisador x sujeitos, pesquisador X patrocinador do
projeto.
Vamos ver o que aprendemos em casa sobre
CEP/CONEP 466/2012
A RESOLUÇÃO 466/2012
E O SISTEMA CEP/CONEP
O termo “Sistema CEP/CONEP” apareceu dezesseis anos
depois(Resolução do CNS 196/96), quando a Resolução CNS
N° 466 de 2012 assim o definiu:
...– compondo um sistema que utiliza mecanismos,
ferramentas e instrumentos próprios de inter-relação, num
trabalho cooperativo que visa, especialmente, à proteção dos
participantes de pesquisa do Brasil, de forma coordenada e
descentralizada ”.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
O registro e funcionamento dos Comitês de Ética em
Pesquisa (CEP) são normatizados pelo Conselho
Nacional de Saúde (Resolução CNS 466/12, Resolução
CNS 370/07, Norma Operacional CNS 001/13).
DEFINIÇÕES IMPORTANTES SEGUNDO
A RESOLUÇÃO 466/2012
Esta normatização garante aos Comitês de Ética em
Pesquisa(CEP) independência quanto às suas decisões em
relação à análise ética dos estudos, sem interferências
externas, como por exemplo, dos pesquisadores e diretores
das instituições.

Seus membros desempenham trabalho voluntário, de


relevância pública.
NORMA OPERACIONAL Nº 001/2013
Dispõe sobre a organização e
funcionamento do Sistema CEP/CONEP, e
sobre os procedimentos para submissão,
avaliação e acompanhamento da pesquisa
e de desenvolvimento envolvendo seres
humanos no Brasil.

É indispensável o cadastro na Plataforma Brasil, para


apresentação da pesquisa à apreciação do Sistema
CEP/CONEP
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-
CONEP
Composição multi e transdiciplinar
Deverá examinar os aspectos éticos de pesquisas
envolvendo seres humanos em áreas temáticas especiais
encaminhadas pelos CEP das instituições:
•genética humana;
•reprodução humana;
•novos dispositivos para a saúde;
•pesquisas em populações indígenas;
•projetos ligados à biossegurança e com participação
estrangeira.
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-
CONEP
•Pesquisas com coordenação e/ou patrocínio originados fora
do Brasil, excetuadas aquelas com co-patrocínio do governo
brasileiro;

• Projetos que, a critério do CEP e devidamente justificados,


sejam julgados merecedores de análise pela CONEP.
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-
CONEP
•Coordenar o processo de acreditação dos CEPS de acordo
com níveis de competência que lhes possibilitem ser
delegadas responsabilidades originárias da CONEP.

Assessoria ao MS, CNS, SUS, bem como ao governo e


à sociedade, sobre questões relativas à pesquisa em
seres humanos
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP

Os Comitês de Ética em Pesquisa são vinculados a


alguma instituição (principalmente Universidades,
Hospitais e Secretarias de Saúde), sendo registrados e
supervisados pela CONEP.

Cabe às instituições fornecerem a infraestrutura


necessária ao funcionamento dos comitês (Resolução
CNS 466/12, itens VII.2 e VII.5).
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP
•Criado para defender os interesses dos sujeitos da
pesquisa;
•Contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de
padrões éticos.
•Todo CEP tem em sua composição os chamados
“representantes dos usuários”, os quais têm a visão dos
participantes da pesquisa defendendo os seus interesses.
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP

CARACTERÍSTICAS: -
Composição: pelo menos 7 membros;
• Multi e transdisciplinar;
•Participação de profissionais da área da saúde;
•Das ciências exatas;
• Sociais e humanas;
•Membros de ambos os sexos.
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP
ATRIBUIÇÕES: -
•Revisão de protocolos de pesquisa envolvendo seres
humanos;
•Emitir parecer consubstanciado por escrito, no máximo em
30 dias;
•Manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos e
arquivamento do protocolo completo;
•Acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de
relatórios anuais dos pesquisadores.
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP

ATRIBUIÇÕES:
-Receber denúncias de abusos ou notificação de fatos
adversos dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra
parte;
- Requerer instauração de sindicância à direção da
instituição em casos de denúncias de irregularidades de
natureza ética em pesquisas - manter comunicação regular
e permanente com a CONEP
RISCO
BENEFÍCIO RELEVÂNCIA SOCIAL

ANÁLISE ÉTICA
DO PROTOCOLO PROCESSO DE
RECRUTAMENTO

PROTEÇÃO PARECER
EM SITUAÇÃO
DE VULNERABILIDADE INCLUSÃO
E EXCLUSÃO

GARANTIA
JUSTIFICATIVA PROCESSO DE
DO SIGILO E
PARA A OBTENÇÃO DO TCLE
CONFIDENCIALIDADE
DISPENSA DO
TCLE

O parecer será validado na Plataforma Brasil


preferencialmente durante os trabalhos da reunião.
Nº 001/2013
APROVADO
adequado
a execução

RETIRADO DELIBERAÇÃO NÃO APROVADO:


Próprio ÉTICA impedimento grave
pesquisador no protocolo

Pendente
Necessária a
Correção do protocolo

Nº 001/2013
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Do Objetivo
Aspectos regulatórios e éticos
Droga
Autoridade Sanitária (FDA, EMEA, ANVISA)

“Fase pré-clínica”

Código de Nuremberg (1948)


Declaração de Helsinki (2013)
Conferencia Internacional de Harmonização (ICH)
Boas Práticas Clínicas (GCP)
Resoluções CNS (CEP/CONEP)
TCLE

ENSAIO CLÍNICO
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Novo Cenário
Altera a RDC nº 39, de 05 de junho de 2008, e
dá outras providências.

 Revogou a Resolução RDC 39/2008 e RDC 36/2012.

 Alteração do procedimento de análise pela ANVISA de


ensaios clínicos no Brasil,
 Passa a avaliar o Dossiê de desenvolvimento clínico do
medicamento (DDCM) e não mais realizando uma análise
para cada ensaio clínico deste processo de desenvolvimento.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


Aspectos Resolução RDC 39/2008 Resolução RDC 9/2015

Prazo Sem previsão de prazo Legal Previsão de prazo legal para


para análise análise
Incorporação de conceitos do Não há informações sobre as Incorporação de
Documento das Américas responsabilidades definidas responsabilidades definidas
nas BPC nas BPC
Escopo Aplicável para ensaios clínicos Aplicável somente para
com produtos para a saúde e ensaios clínicos envolvendo
medicamentos-RDC 10/2015 medicamentos
Importação Autorização prévia de Não há necessidade de
embarque pela Anvisa sede autorização prévia de
embarque na Anvisa sede
Plano de desenvolvimento Não há necessidade de Plano de desenvolvimento
apresentação de plano
Controle de qualidade Não aborda aspectos de Aborda aspectos de controle
controle de qualidade dos de qualidade dos produtos
produtos sob investigação sob investigação

Inspeção em BPC Não há informações sobre Incorporação de


procedimentos de inspeção Procedimentos de inspeção
Boas Práticas de Laboratório Referência apenas declaração Estudos não clínicos em
de responsabilidade conformidade com BPL
RDC 09/2015 X ENSAIO CLÍNICO
Se o objetivo do Ensaio Clínico não for o embasamento
científico para fins de registro ou alteração de registro, ele
não se enquadra no escopo da RDC 09/2015 e não é
necessária a sua submissão/aprovação pela ANVISA.
RDC 09/2015 X ENSAIO CLÍNICO
Quando é necessário importar o medicamento que será utilizado
no Ensaio Clínico, a ANVISA deverá ser consultada através de
seus canais de atendimento:

Fale Conosco
(http://www.anvisa.gov.br/institucional/faleconosco/FaleConosco_
2014.asp)
Agendamento de Parlatório
(http://www10.anvisa.gov.br/Parlatorio/login.seam?cid=184)
VAMOS DAR UMA OLHADINHA NO
GLOSSÁRIO
E SEPARAR OS TERMOS QUE AINDA NÃO
CONHECEMOS
Glossário
I- Auditoria –
Análise sistemática e independente das atividades e
documentos relativos ao estudo
Para determinar se as atividades avaliadas foram
desempenhadas e os dados registrados, analisados e relatados
com precisão
E verificar se estão de acordo ao cumprir o protocolo, os
procedimentos operacionais padrão definidos pelo patrocinador,
Se seguem as Boas Práticas Clínicas (BPC) e as exigências
regulatórias aplicáveis;
Glossário
V- Brochura do Investigador –
Compilado de dados clínicos e não clínicos sobre o(s)
medicamento(s) experimental (ais), que tenham relevância para
o seu estudo em seres humanos;

VI- Centro de Ensaios Clínicos –


Organização pública ou privada, legitimamente constituída,
devidamente cadastrada no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES), na qual são realizados
ensaios clínicos;
Glossário
VIII- Comitê Independente de Monitoramento de Segurança -
comitê independente, constituído para o monitoramento de
dados específicos de segurança coletados de um ou mais
ensaios clínicos em intervalos definidos.

Recomenda ao patrocinador se um estudo deve ser continuado,


modificado ou interrompido;

A composição dos membros deve ser determinada de acordo


com a natureza do estudo.
Glossário
VIII- Comitê Independente de Monitoramento de Segurança –
É o patrocinador que escolhe os membros, entretanto deve
seguir as Diretrizes Operacionais para o Estabelecimento e o
Funcionamento de Comitês de Monitoramento de Dados e de
Segurança/ Ministério da Saúde, Organização Mundial da
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 44 p. – (Série A.
Normas e Manuais Técnicos)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_operaciona
is_%20dados_seguranca.pdf
Glossário
IX- Comunicado Especial (CE) - documento de caráter
autorizador, emitido pela Anvisa, após análise e aprovação do
DDCM, podendo ser utilizado nas solicitações de importação ou
exportação para um ensaio clínico;

No CE estão descritos todos os ensaios clínicos autorizados a


serem conduzidos no Brasil.

Sendo assim, apenas os ensaios clínicos listados no CE podem


ser iniciados no país, respeitando as demais aprovações éticas
Glossário
XVI- Desvio de protocolo de ensaio clínico - qualquer não
cumprimento dos procedimentos ou requisitos definidos na
versão do protocolo de ensaio clínico aprovada, sem
implicações maiores na integridade do ensaio, na qualidade dos
dados ou nos direitos e segurança dos participantes do ensaio
clínico;
Glossário
XVII- Documento de delegação de responsabilidade de
importação - documento emitido pelo patrocinador da pesquisa,
onde consta a indicação do importador autorizado e as
responsabilidades referentes ao transporte e desembaraço da
mercadoria importada;
Glossário
XIX- Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento
(DDCM) –
• Compilado de documentos a ser submetido à Anvisa;
• Finalidade de se avaliar as etapas inerentes ao
desenvolvimento de um medicamento experimental;
• Visa a obtenção de informações para subsidiar o registro ou
alterações pós-registro do referido produto.
Dados de Dados dos ensaios
Visão geral do Dados clínicos e
qualidade do ME clínicos a serem
DDCM não clínicos do ME
realizados
Glossário
XXI- Emenda ao protocolo de ensaio clínico – qualquer proposta
de modificação em um protocolo de ensaio clínico original,
apresentada sempre com a justificativa que a motivou, podendo
tal emenda ser substancial ou não;
Glossário

XXVI- Formulário de Relato de Caso - documento impresso,


óptico ou eletrônico destinado a registrar todas as informações
sobre cada participante do ensaio clínico que, de acordo com o
protocolo de ensaio clínico, devem ser relatadas ao
patrocinador;
Glossário
XXVII- Inspeção - O ato por parte de uma autoridade regulatória
de conduzir uma revisão oficial dos documentos, das
instalações, dos registros e de quaisquer outros recursos
considerados pela autoridade como relativos ao ensaio clínico e
que podem estar localizados onde o ensaio é conduzido, nas
instalações do patrocinador, da Organização Representativa de
Pesquisa Clínica (ORPC) ou em outros locais que a autoridade
regulatória considerar apropriados;
Glossário
XXIX- Investigador - pessoa responsável pela condução de um
ensaio clínico no local em que o ensaio é conduzido.

Se o estudo for conduzido por um grupo de pessoas, o


investigador é o líder do grupo e será chamado de investigador
principal;
Glossário
XXX- Investigador-Patrocinador –
pessoa física responsável pela condução e coordenação de
ensaios clínicos, isoladamente ou em um grupo, realizados
mediante a sua direção imediata de forma independente,
desenvolvidos com recursos financeiros e materiais próprios do
investigador, de entidades nacionais ou internacionais de
fomento à pesquisa, de entidades privadas e outras entidades
sem fins lucrativos;
Glossário
XXXI-Medicamento experimental - produto farmacêutico em
teste, objeto do DDCM, a ser utilizado no ensaio clínico, com a
finalidade de se obter informações para o seu registro ou pós-
registro;
Glossário
XXXII- Monitoria - ato de rever continuamente o processo de um
ensaio clínico e certificar-se de que é conduzido, registrado e
relatado de acordo com o protocolo, os procedimentos
operacionais padrão, as BPC e as exigências regulatórias
aplicáveis;
Glossário
XXXIII- Organização Representativa de Pesquisa Clínica
(ORPC) - toda empresa regularmente instalada em território
nacional contratada pelo patrocinador ou pelo investigador-
patrocinador, que assuma parcial ou totalmente, junto à Anvisa,
as atribuições do patrocinador
Glossário
XXXIV- Patrocinador - pessoa, empresa, instituição ou
organização responsável por iniciar, administrar, controlar e/ou
financiar um estudo clínico;

XXXV- Placebo - formulação sem efeito farmacológico,


administrada ao participante do ensaio clínico com a finalidade
de mascaramento ou de ser comparador;
Glossário
XXXVI- Produto sob investigação - medicamento experimental,
placebo, comparador ativo ou qualquer outro produto a ser
utilizado no ensaio clínico;

XXXVII- Protocolo de Ensaio Clínico - documento que descreve


os objetivos, desenho, metodologia, considerações estatísticas
e organização do ensaio. Provê também o contexto e a
fundamentação do ensaio clínico.
Glossário
XXXVIII- Informações específicas sobre a condução de um
determinado ensaio clínico em centros do Brasil, de acordo com
o protocolo clínico e as BPC;

XXXIX- Relatório de atualização de segurança do


desenvolvimento do medicamento experimental - relatório
periódico harmonizado contendo informações de segurança e
desenvolvimento de um medicamento experimental;
Glossário
XLII- Violação de protocolo de ensaio clínico - desvio de
protocolo de ensaio clínico que possa afetar a qualidade dos
dados, que comprometa a integridade do estudo ou que possa
afetar a segurança ou os direitos dos participantes do ensaio
clínico;
VOLTANDO PARA A RDC 09 DE
20 DE FEVEREIRO DE 2015...........
Vamos ver quando esta Resolução é aplicável e os
itens que Excetuam-se dessa resolução
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015 –
Novo Cenário

Abrangência: Esta Resolução é aplicável a todos os ensaios


clínicos com medicamentos que terão todo ou parte de seu
desenvolvimento clínico no Brasil para fins de registro.

Não são objeto desta norma:


Ensaios de bioequivalência e biodisponibilidade.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

 Ensaios Clínicos com Produtos registrados no Brasil


devem seguir todas as disposições da Resolução RDC
n°9/2015, quando fornecerem subsídios para:
 Nova Indicação Terapêutica;
 Nova via de administração;
 Nova concentração:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

 Nova forma farmacêutica;


 Ampliação de uso;
 Nova posologia;
 Novas associações ou
 Qualquer alteração pós-registro que requeira dados
clínicos, incluindo renovação de registro.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Os ensaios clínicos pós-comercialização (fase IV) não são
objeto primário da norma, estando sujeitos apenas à
Notificação de Ensaio Clínico.

Excetuam-se do disposto acima:


Os ensaios clínicos fase IV envolvendo vacinas e ensaios que
objetivem avaliar a eficácia e a segurança para fins de registro
ou renovação, os quais são considerados como ensaios clínicos
fase III;

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

Excetuam-se do disposto acima:


Nos casos de ensaios clínicos fase IV cujo medicamento já
possua um Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento
(DDCM) aprovado na Anvisa, a petição de Notificação deve ser
vinculada ao DDCM;

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

Excetuam-se do disposto acima:


Ensaios clínicos fase IV e observacionais que não fazem parte
de um DDCM previamente aprovado e que envolvam
procedimentos de importação ou exportação, estarão sujeitos à
Notificação de Ensaio Clínico e emissão de um Comunicado
Especial Específico (CEE) em até 30 (trinta) dias corridos, a
partir da data de recebimento da notificação pela Anvisa.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa


RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

IV- a Notificação de Ensaio Clínico deve ser composta pelos


seguintes documentos:
a) formulário de apresentação de ensaio clínico devidamente
preenchido, disponível no sítio eletrônico da Anvisa;
b) comprovante de pagamento, ou de isenção, da Taxa de
Fiscalização de Vigilância Sanitária, mediante Guia de
Recolhimento da União (GRU);
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

c) protocolo de ensaio clínico de acordo com as BPC;


d) comprovante de registro do ensaio clínico em base de dados
de registro da International Clinical Trials Registration Platform /
World Health Organization (ICTRP/WHO) ou outras
reconhecidas pelo International Committee of Medical Journals
Editors (ICMJE); e
e) parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) emitido para o primeiro centro de ensaio clínico a
encaminhar o protocolo para análise pelo CEP.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 7º As responsabilidades relacionadas neste capítulo
abrangem aquelas definidas nas Boas Práticas Clínicas, sem
prejuízo das demais responsabilizações éticas e legais.
DAS RESPONSABILIDADES
Um grupo será o investigar e outro o patrocinador
Vamos ver qual a responsabilidade de cada um.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador
O patrocinador é responsável:
•Pelas informações necessárias para a correta execução do
DDCM,
•Pela seleção de investigadores
•Pela seleção dos centros qualificados,
•Por garantir que os ensaios clínicos sejam conduzidos de
acordo com os protocolos e as BPC.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador
O patrocinador é responsável:
• Manter os dados do ensaio clínico em arquivo, físico ou
digital, por um período de 5 (cinco) anos após a última
aprovação de uma solicitação de registro no Brasil.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador
O patrocinador é responsável:
•Parágrafo único. Em caso de descontinuação do
desenvolvimento clínico ou de sua conclusão não seguida de
pedido de registro, o patrocinador deve manter os dados do
ensaio clínico em arquivo físico ou digital, por pelo menos 2
(dois) anos após a descontinuação do desenvolvimento
clínico ou conclusão formal deste desenvolvimento.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador
•Todas as despesas relacionadas com procedimentos e
exames;
•Deve assegurar que os dados obtidos sobre segurança e
eficácia do medicamento experimental são suficientes para
apoiar a exposição humana;
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador
É responsável por importar o quantitativo necessário para
execução do ensaio clínico;
É responsável por distribuir o(s) produto(s) sob investigação
apenas às instituições informadas no formulário de
apresentação de ensaio clínico contido no dossiê específico
para cada ensaio clínico e autorizadas pelos comitês de ética
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Das Responsabilidades do Patrocinador

Ética em Pesquisa.
Pela destinação final dos medicamentos e produtos que não
foram utilizados no ensaio clínicos;
Deve informar imediatamente os envolvidos no ensaio,
quando este for finalizado prematuramente ou suspenso por
qualquer motivo.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015

Art. 20. O patrocinador pode transferir suas funções para uma


Organização Representativa de Pesquisa Clínica

§1º A transferência não afasta a responsabilidade definitiva do


patrocinador pela qualidade e integridade dos dados do
ensaio clínico.

§2° Quaisquer funções relacionadas ao ensaio clínico devem


ser especificadas por escrito em documento assinado pelo
patrocinador e ORPC
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção II
Das Responsabilidades do Investigador

Art. 21. O investigador deve conduzir o ensaio clínico de


acordo com o protocolo acordado com patrocinador, com as
BPC, com as exigências regulatórias e éticas aplicáveis e
vigentes.
Art. 22. O investigador deve supervisionar pessoalmente o
ensaio clínico, podendo apenas delegar tarefas, mas não
responsabilidades.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção II
Das Responsabilidades do Investigador

Art. 23. O investigador deve permitir a realização de


monitorias, auditorias e inspeções.

Art. 24. O investigador deve assegurar a assistência médica


adequada aos participantes do ensaio clínico quanto a
quaisquer eventos adversos relativos ao ensaio clínico,
incluindo valores laboratoriais clinicamente significativos, sem
qualquer ônus para o participante.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção II
Das Responsabilidades do Investigador

Art. 25. O investigador deve informar prontamente os


participantes do ensaio clínico quando este for finalizado
prematuramente ou suspenso por qualquer motivo, além de
assegurar terapia apropriada e acompanhamento aos
participantes.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção II
Das Responsabilidades do Investigador

Art. 26. O investigador é responsável por utilizar os produtos


sob investigação somente no âmbito do ensaio clínico e
armazená-los conforme especificação do patrocinador e em
consonância com as exigências regulatórias aplicáveis.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção III
Das Responsabilidades do Investigador-Patrocinador

Art. 27. No caso de ensaio clínico desenvolvido por


investigador-patrocinador, a instituição com a qual ele tenha
vínculo será o patrocinador primário.

§5º A instituição referida deve ser aquela na qual o ensaio


clínico será realizado.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Seção III
Das Responsabilidades do Investigador-Patrocinador
§4º O patrocinador primário deve apresentar estrutura própria
ou terceirizada com, no mínimo, as seguintes unidades:
I - gerenciamento de eventos adversos;
II - gerenciamento do projeto;
III - gerenciamento dos dados;
IV - treinamento;
V - tecnologia da informação;
VI - garantia da qualidade e;
VII - monitoria.
RDC 09 de 20 de fevereiro de 2015
Art. 28. No caso de doação de medicamentos já registrados
no Brasil para realização de ensaio clínico, o doador será o
patrocinador se houver acordo de transferência ou
propriedade dos dados obtidos na pesquisa para o doador.

Art. 29. No caso de doação de medicamentos não


registrados no Brasil para realização de ensaio clínico, o
doador compartilha das responsabilidades de patrocinador.
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Seção IV
Da Estrutura do Centro de Ensaio Clínico
Art. 30. O centro de ensaio clínico deve possuir instalações
adequadas à condução do protocolo, no tocante à estrutura
física, equipamentos, instrumentos e recursos humanos, e
serem também condizentes à população do ensaio clínico, a
exemplo de idosos, crianças, pessoas com necessidades
especiais, entre outros.
Art. 31. A direção da instituição deve ser notificada sobre a
condução do ensaio clínico.
VER
A REGULAMENTAÇÃO BRASILEIRA

Diretrizes, Normas e Leis em Pesquisa em Saúde


https://www.ufrgs.br/bioetica/diraber.htm
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução n o1. 196, de 10 de outubro de 1996.
Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos [Internet].
Brasília, 2008. Disponível em:
http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html.

2. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução n o2. 466, de 12 de dezembro de 2012.


Brasília, 2012 . Disponível em:
http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html.

3.Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Norma Operacional no3. 001/2013.


Brasília,2013.http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html.

4.ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO. NA PESQUISA CLÍNICA”. 2ª Jornada de Ciências Farmacêuticas.


Centro Universitário Estadual da Zona Oeste. UEZO - 2012.

5. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS – CEP UNIOESTE-


www.unioeste.br/comitedeetica

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