Você está na página 1de 2

Tutoria 2 - 2.

2
intestino é formada a forma infectante pro
ser humano: tripomastigota, que é a
forma eliminada junto com as fezes
Doença de Chagas ● e quando o barbeiro pica a pessoa
novamente, ele também acaba liberando
● Causada pelo protozoário Trypanosoma
essas fezes com a forma tripomastigota
Cruzi
● e pessoa coça a lesão e acaba infectando
○ protozoário que tem seu ciclo de
a corrente sanguínea
vida indo de insetos vetores e
○ e essas formas acabam se
hospedeiros mamíferos - que
desenvolvendo nas células
servem de reservatório da doença
cardíacas
● A OMS classifica a doença entre as 13
○ quando elas se desenvolvem, se
doenças tropicais mais negligenciadas:
transformam na forma amastigota
problemas sociais, econômicos e de saúde
(e é essa a forma intracelular)
pública na América Latina
○ e quando são liberados, saem na
○ O ciclo natural da doença ocorre de
forma de tripomastigota sanguíneo,
forma exclusiva na América Latina
que é a forma que infecta o
já há bastante tempo (9000 anos
barbeiro novamente, fechando o
mais ou menos)
ciclo
○ E aqui no Brasil, parece que cerca
de 5 milhões de pessoas são
PATOGÊNESE: desconhecida
portadoras da doença
teorias: 1- ocorre uma lesão direta pelo
● Vetores: são insetos hematófagos dos
trypanosoma cruzi nas células
gêneros Triatoma, Panstrongylus e
2- a carga parasitária é muito baixa e
Rhodnius
ocorre uma lesão por causa de anticorpos com
○ os que mais transmitem pra
reatividade cruzada (então seriam anticorpos
humanos são Triatoma infestans
reagindo contra nossas próprias células)
(barbeiro), Rhodius prolixus e
Triatoma dimidiata
Fase aguda:
● formas de transmissão: transfusão
● Sinal de Romaña ou chagoma de
sanguínea; transplacentária, e
inoculação: que é a penetração do parasita
principalmente oral (açaí e a cana, garapa)
na mucosa no olho, que faz com que ele
● mais de 1000 casos foram relatados entre
fique roxo (porrada do olho)
2000 e 2010 em várias regiões de focos e
● elevação da parasitemia
todas elas dentro da área da Amazônia
● e é frequentemente assintomática, passar
● A Doença de Chagas foi descrita pela
despercebida
primeira vez por Carlos Chagas, brasileiro,
● e aqui pode ser que tenha também febre,
em 1909.
cefaleia, taquicardia,
○ e ele descreveu todo ciclo de
hepatoesplenomegalia e outros sintomas
transmissão, o ciclo do agente
etiológico, e a patologia na forma
Fase crônica: a gente tem 3 formas
aguda, tudo de uma vez (e isso só
● forma indeterminada: que a gente não tem
aconteceu com ele em toda a
sinais e sintomas típicos - maioria dos
história)
casos
● forma cardíaca: destruição de
CICLO DA DOENÇA
cardiomiócitos, dos sistemas de condução
● O barbeiro pica a pessoa, geralmente no
(feixe de his, por exemplo) e ficrose no
rosto (porque é a parte mais exposta) e
coração
suga o sangue infectado com as formas do
○ e isso vai gerar a cardiomegalia;
parasita que estão lá, na forma
taquicardia; arritmia...
tripomastigota
● forma digestiva: mais rara; destruição do
● no intestino do barbeiro se desenvolve a
parassimpático (que inerva o sistema
forma epimastigota e já no final do
digestório) e aí gera uma diminuição dos BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo
movimentos peristálticos Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora
○ então os alimentos ficam Guanabara Koogan Ltda, 2016.
acumulados ali, fezes também, e
isso gera o megacólon, o
megaesôfago…

TRATAMENTO:
● fase aguda (é eficaz): benzonidazol (que é
o Rochagan)
● fase crônica: alopurinol; o próprio
Rochagan e alguns outros

DIAGNÓSTICO:
● fase aguda:
○ pesquisa dos parasitas no sangue,
já que aumenta muito a parasitemia
○ sorologia pra IgM
● fase crônica:
○ xenodiagnóstico: usa o barbeiro pra
picar a pessoa e depois vê se ele
desenvolve as formas do parasita
○ hemocultura
○ sorologia pra IgG

Referências:
SOUZA, Helen Paredes de et al. Doenças
infecciosas e parasitárias no Brasil de 2010 a
2017: aspectos para vigilância em saúde.
Revista Panamericana de Salud Pública,
[S.L.], v. 44, p. 1, 10 fev. 2020. Pan American
Health Organization.
http://dx.doi.org/10.26633/rpsp.2020.10.

LUNA, Expedito José de Albuquerque;


CAMPOS, Sérgio Roberto de Souza Leão da
Costa. O desenvolvimento de vacinas contra
as doenças tropicais negligenciadas.
Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 36, n. 2,
p. 1-17, nov. 2020. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/0102-
311x00215720.

FERREIRA, Marcelo Urbano et al.


Parasitologia contemporânea. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan Ltda, 2012.

Você também pode gostar