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BIOMECÂNICA APLICADA
AO ESPORTE E À
ATIVIDADE FÍSICA
Introdução à Biomecânica
Biomecânica
Estatística Fisiologia
Testes e
Bioquímica
avaliações
Sociologia Psicologia
Cinesiologia
Anatomia História
Aprendizagem
Nutrição
motora
Medicina
Pedagogia
esportiva
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TEMA 1 – DEFINIÇÃO E CONCEITOS BIOMECÂNICOS
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Figura 2 – Análise biomecânica da caminhada
Créditos: Microgen/Shutterstock.
A biomecânica, por ser uma das ciências que estuda o movimento humano,
permite a abordagem de diferentes áreas, incluindo:
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A aplicação dos conceitos biomecânicos tem interferência direta na
medicina, na ergonomia, na fabricação de equipamentos esportivos e em muitos
outros aspectos da vida humana. A biomecânica ainda pode atuar em assuntos
relacionados ao aperfeiçoamento da técnica do movimento ou gesto esportivo, ao
processo de treinamento, ao mecanismo de controle de cargas internas do
aparelho locomotor, à melhoria de sistemas para simulação de movimentos, à
melhoria de equipamentos, trajes e implementos esportivos, aos avanços
tecnológicos e instrumentais visando à aquisição e processamento de sinais
biológicos e ao aperfeiçoamento de sistemas (hardware e software) para análises
de movimentos e consequentes aplicações práticas.
Quando pensamos em esporte, sempre pensamos em superação de
limites, quebra de recordes e, para que isso ocorra, diversos valores devem ser
levados em consideração. O desempenho esportivo, hoje em dia, é dito como
multifatorial, porém a biomecânica tem um papel na determinação dos
fundamentos capazes de embasar o planejamento e a aplicação de um programa
do treinamento esportivo.
Além da aplicação da biomecânica no esporte, podemos pensar também
na sua aplicação associada à qualidade de vida de indivíduos, levando, por
exemplo, ao fato de a investigação de parâmetros relacionados à locomoção
humana ser um dos tópicos mais estudados na biomecânica. A marcha humana
é uma das formas mais tidas como simples, no movimento humano; porém, a sua
complexidade não enxergada vem da dependência da maioria das ações motoras
humanas, para que aquela seja realizada. Estudar a biomecânica da marcha pode
ser esclarecedor em relação a patologias, em que, dependendo da disfunção
encontrada numa dada análise, se torna possível fazer inferências acerca do grau
de comprometimento e agravamento de uma doença identificada.
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musculoesqueléticas e de suas funcionalidades é feita, na matriz curricular, em
disciplinas que tratem de cinesiologia, deixando para a biomecânica o
entendimento da produção de forças e torques para a realização do movimento
(Figura 3).
Créditos: Naeblys/Shutterstock.
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Figura 4 – Compreensão intradiscal
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mencionados, o caminho para o sucesso do rendimento começa a ser planejado
(Figura 5).
Créditos: Inspiring/Shutterstock.
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Figura 6 – Posição anatômica
Créditos: Lazuin/Shutterstock.
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Os planos de secção são: plano sagital, plano frontal e plano transverso
(Figura 7).
Crédito: Arisa_J/Shutterstock.
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Figura 8 – Eixos anatômicos
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Figura 9 – Exemplos de, respectivamente, adução e abdução do ombro
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Figura 10 – Exemplos de movimentos de flexão e extensão do joelho
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
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Figura 11 – Dorsiflexão e flexão plantar
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
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Outros movimentos que acontecem no plano transverso são a pronação e
a supinação do cotovelo, como movimentos equivalentes à rotação interna
(pronação) e à externa (supinação) (Hall, 2015).
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
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Figura 14 – Movimentos de abdução e extensão horizontal
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determinado movimento, constitui uma ligação ao longo das cadeias cinéticas,
originando assim o conceito de cadeia cinética (Latash; Zatsiorsky, 2016).
Basicamente, os movimentos podem ocorrer de duas formas: em cadeia
cinética aberta (CCA) ou em cadeia cinética fechada (CCF). A CCA é quando o
segmento distal (parte mais afastada do tronco) de um segmento se move
livremente no espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação. Na
CCF, o segmento distal está fixo. Os exercícios de CCF geralmente trabalham os
músculos de várias articulações, enquanto os de CCA elegem apenas uma
articulação a ser trabalhada. Sempre que o pé ou a mão encontram resistência ou
estão fixados na CCF, os movimentos dos segmentos mais proximais ocorrem em
um padrão previsível. Se o pé ou a mão se movem livremente no espaço, em uma
CCA, os movimentos que ocorrem em outros segmentos da cadeia não são
necessariamente previsíveis, por isso muitas vezes é recomendado iniciar
treinamentos em CCF, pois ocorre a redução das forças compressivas, ao invés
de força de cisalhamento (Corrêa, 2014; Hall, 2015).
As características e exemplos de exercícios em CCA e CCF podem ser
visualizados na Figura 15.
Características:
- Extremidade distal fica livre no Características:
movimento; - Extremidade distal fica fixo
- As demais articulações não precisam se no movimento;
mover; - Estímula os proprioceptores;
- Principal músculo do movimento é mais - Aumenta a estabilidade articular;
ativado; - Aumenta estabilidade dinâmica
- Diminuí forças de resistência
Exemplos: Exemplos:
- Supino; - Agachamento;
- Puxadas;
- Levantamento terra;
- Remadas;
- Roscas bíceps; - Barra fixa;
- Abdução e elevação frontal dos ombros - Flexão de braços
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TEMA 5 – MÉTODOS DE ANÁLISE BIOMECÂNICA
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Para mensuração de parâmetros corporais associados à anatomia
humana, temos a antropometria, que apresenta um grande potencial na predição
de parâmetros corporais em ergonomia, para adequação dos postos de trabalho
ao corpo humano, fisioterapia em atuação de correção postural e nutrição para
obtenção de parâmetros de avaliação de composição corporal. Os métodos de
antropometria estão associados à determinação das propriedades da massa
corporal humana, baseando-se em modelos antropométricos de representação do
corpo humano. Esses modelos permitem o cálculo de três parâmetros
fundamentais: massa, centro de massa ou gravidade e momento de inércia, todos
requisitos para análises quantitativas do movimento. O entendimento das
características físicas do aparelho locomotor propicia o desenvolvimento de
equipamentos auxiliares para a execução dos movimentos, por exemplo, certos
trajes esportivos e calçados (Amadio; Serrão, 2011).
Créditos: MysticaLink/Shutterstock.
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da coordenação intramuscular do paciente ou atleta, ajudando na melhoria da
cooperação dos músculos que suportam no movimento, na análise da frequência
muscular e na determinação dos tipos de fibras que predominam no paciente ou
atleta observado.
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REFERÊNCIAS
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