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No ano de 1931, diante dos debates travados sobre a criação da universidade como
centros de saberes desinteressados, o governo de Getúlio Vargas promoveu uma
ampla reforma educacional (Reforma Francisco Campos), autorizando e
regulamentando o funcionamento das universidades.
Válido ressaltar que em 1942 nasce o chamado “Sistema S”, que busca a
(con)formação da classe trabalhadora, através do Senai, Sesi, Sesc (Serviço Social
do Comércio), Senac, (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), promovendo a
hegemonia das ideias do capitalismo.
A nova LDB prescreveu para o século XXI apenas dois níveis de ensino para a
educação escolar: a educação básica (formada pela educação infantil, pelo ensino
fundamental e pelo ensino médio) e a educação superior. Essa divisão, ao mesmo
tempo em que oferece, mais claramente, os parâmetros gerais da escolarização para
o trabalho simples (educação básica) e para o trabalho complexo (educação superior)
nesta nova fase do desenvolvimento capitalista no Brasil, amplia consideravelmente o
patamar mínimo de escolaridade do trabalho simples, deixando entrever o grau de
racionalização atingido pelo conjunto das relações sociais no mundo e no país, nos
anos iniciais do novo século.
Lula, que sucedeu FHC, em 2003, teve o inicio de mandato marcado pela intensa
disputa entre forças conservadoras e reformistas. Com a edição do Decreto n.
5.154/2004 esperava-se, segundo Frigotto, Ciavatta e Ramos (2005), que este fosse
um dispositivo capaz de garantir a pluralidade de ações e, ao mesmo tempo,
mobilizasse a sociedade civil na defesa do ensino médio unitário e politécnico,
integrando profissionalização aos princípios da ciência, do trabalho e da cultura. Mas
não foi o que aconteceu. Assim, os decretos n. 5.154/2004 e 5.225/2004 permitiram
que os Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFET) alcançassem o status de
universidades. Porém, tais decretos não resolveram o impasse histórico do ensino
médio integrado e não atenderam àquilo que era esperado pelos movimentos
intelectuais no tocante à educação profissional.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA