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Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
FICHA CATALOGRÁFICA
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
(44) 3045 9898
Núcleo de Educação a Distância;
GUIMARÃES, Fabiane Fantacholi.
www.fatecie.edu.br
Fundamentos Epistemológicos da Psicopedagogia.
Fabiane. Fantacholi Guimarães.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 96 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORA
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Fundamentos da Psicopedagogia
UNIDADE II.................................................................................................... 24
Aspectos da Formação e Atuação do Psicopedagogo
UNIDADE III................................................................................................... 45
Objeto de Estudo da Psicopedagogia
UNIDADE IV................................................................................................... 67
Trabalho do Psicopedagogo
UNIDADE I
Fundamentos da Psicopedagogia
Professora Me. Fabiane Fantacholi Guimarães
Plano de Estudo:
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Aspectos históricos da Psicopedagogia.
• Evolução da Psicopedagogia.
• O papel da Psicopedagogia no contexto atual.
Objetivos de Aprendizagem:
• Analisar os aspectos históricos da Psicopedagogia.
• Conhecer os teóricos que influenciaram na evolução da Psicopedagogia no Brasil.
• Identificar o papel da Psicopedagogia no contexto atual.
6
INTRODUÇÃO
ESTÁGIOS
(do nascimento a um (um ano e meio aos (dos sete aos 11 anos) (aos 11 ou 12 anos
ano e meio ou dois sete anos) aproximadamente)
anos)
Caro(a) graduando(a), para iniciar a nossa discussão deste tópico, precisamos refletir
sobre a definição da palavra “psicopedagogia”. O Dicionário Michaelis (2019) registra que,
etimologicamente, este é um vocábulo composto do grego psykhē+o+pedagogia “aplicação
de conhecimentos da psicologia às práticas educativas”.
O conceito remete a duas grandes áreas do conhecimento, sendo elas: psicologia
e pedagogia as quais têm como foco de estudo o sujeito. Conforme o Projeto de Lei da
Câmara nº 31, de 2010, no qual dispões sobre a regulamentação do exercício da atividade
de Psicopedagogia, deixa claro que poderão exercer a atividade os portadores de diploma
em curso de graduação em Psicopedagogia e/ou Psicologia, Pedagogia ou Licenciatura,
bem como o curso de especialização em Psicopedagogia, com duração mínimo de 600
(seiscentas) horas. Ainda no referido projeto em seu Art. 4º explicita quais são as atividades
e atribuições do psicopedagogo.
SAIBA MAIS
Caro(a) estudante, leia atentamente o Projeto de Lei nº 31, de 2010 na íntegra dispo-
nível no link https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=4378260&-
ts=1559268396250&disposition=inline
SAIBA MAIS
Caro(a) estudante como exemplo sobre a interação do interno e do externo, segundo o
autor Díaz (2011), podemos citar a criança que aprende a ler por ter alcançado determi-
nado nível de desenvolvimento nervoso ou maturidade (funcionamento interno de tipo
biológico), condição que a faz sensível ao ensino da leitura. Mediado pelo adulto (condi-
ção externa), ela se apropria da leitura (aprendizagem) e, a seguir, por meio da continui-
dade, esta aprendizagem influi nas suas causas (no interno e no externo); deste modo,
o aprendizado se converte em base para a realizar outros aprendizados (conhecimento
através da leitura), o que lhe permite ampliar sua esfera psicológica (funcionamento psi-
cológico interno), assim como desenvolver funcionalmente seu cérebro (funcionamento
interno biológico); isto porque nossas capacidades nervosas se desenvolvem na própria
atividade em que participam, o que permite transformar o meio e suas influências (esti-
mulações externas) em proveito individual (dele) e social (dos outros).
Fonte: DÍAZ, Félix. O processo de aprendizagem e seus transtornos. Salvador: EDUFBA, 2011. Dis-
ponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/5190/1/O%20processo%20de%20aprendizagem-re-
positorio2.pdf
COSTA, A. A.; PINTO, T.M.G.; ANDRADE, M.S. de. Análise histórica do surgimento
da psicopedagogia no Brasil. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, n. 20,
ano 7, p.10-21, jul. 2013.
Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/234/0
Boa leitura!
LIVRO
• Título: Psicopedagogia: um olhar, uma escuta [livro eletrônico]
• Autora: Tânia Mara Grassi.
• Editora: InterSaberes.
• Ano: 2013.
• Sinopse: A importância da psicopedagogia para evolução da
educação e a melhoria das condições de ensino são alguns dos
enfoques da obra Psicopedagogia: um olhar, uma escuta, de Tânia
Mara Grassi. Para tanto, a autora recorre à reconstituição histórica
da área, sugerindo soluções para afastar o fracasso escolar de
nossas salas de aula.
FILME/VÍDEO
Mãos Talentosas - A História de Ben Carson
Esse filme conta uma história de superação de dificuldades a partir
do apoio de uma devolta mãe. Ben Carson era um menino pobre de
Detroit, desmotivado, que tirava más notas na escola. Entretanto
aos 33 anos, se tornou o diretor de Neurologia Pediátrica do
Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1r3WsYZFD84
WEB (OPCIONAL)
A Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp é uma
associação de direito privado, de âmbito nacional, sem fins
lucrativos e econômicos, de caráter técnico, científico e social, com
atividade preponderante no exercício da psicopedagogia. Fundada
em 12 de novembro de 1980, a ABPp agrega psicopedagogos
brasileiros com a finalidade de propiciar-lhes o desenvolvimento, a
divulgação e o aprimoramento desta área do conhecimento.
Para saber mais, acesse o site da ABPp!
• Link do site: https://www.abpp.com.br/psicopedagogo.html
Plano de Estudo:
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• A formação do Psicopedagogo.
• Ética do trabalho psicopedagógico.
• Psicopedagogo e os novos desafios.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conversar sobre a formação do Psicopedagogo.
• Analisar a ética do trabalho psicopedagógico.
• Conhecer alguns pontos do Psicopedagogo e os novos desafios.
24
INTRODUÇÃO
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema
de nossa segunda unidade.
Boa leitura!
● graduados em psicopedagogia;
● portadores de diploma em psicologia, pedagogia ou licenciatura que cursaram
especialização em psicopedagogia, com duração mínima de 600 horas e 80%
da carga horária dedicada a essa área; e
● portadores de diplomas de curso superior que exercem ou já exerceram
atividades profissionais de psicopedagogia, em instituição pública ou privada.
Noffs (2016, p.116) expõe que após a Lei nº. 9394/96, com a prerrogativa de que
poderia se formar profissionais da Educação a nível de pós-graduação, “somada à informação
de que 80% dos alunos que cursava, a Psicopedagogia eram da Educação”, então “a ABPp
frente às demandas da sociedade foi impulsionada a desencadear formalmente o projeto
de lei n.3124/97 sobre a regulamentação do exercício da atividade psicopedagógica”, pelo
então Deputado Federal Barbosa Neto apoiado na premissa que esta atividade viria reduzir
“o fracasso escolar mediante a revisão do Projeto Educacional Brasileiro com a inserção de
um profissional denominado de psicopedagogo”.
Caro (a) estudante um questionamento recorrente quando se discute a formação do
psicopedagogo diz respeito à categorização da Psicopedagogia como profissão ou como
ocupação.
Conforme a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO do Ministério do Trabalho
são os códigos cadastrados de todas as profissões e ocupações brasileiras. A atividade de
Psicopedagogo é uma das atividades classificada sob o número 2394-25: “Programadores,
Avaliadores e Orientadores de Ensino, da qual fazem parte além do psicopedagogo
os coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, supervisores de ensino,
pedagogos e professores de recursos audiovisuais”. (BRASIL, 2019b).
== Sob o ponto de vista filosófico, seu embasamento deve lhe permitir encontrar
as ideias de homem, de sociedade e educação implícitas em cada teoria
psicopedagógica;
== Sua formação sociológica deve facilitar a compreensão do tempo e do espaço
sociocultural e econômico que influenciam o fenômeno educacional dos
indivíduos pertencentes às classes socioeconômicas mais baixas;
SAIBA MAIS
No dia 14 de Fevereiro de 2014 a psicopedagogia sofreu um “grande golpe”, segundo
o Sindicato dos Psicopedagogos no Brasil. O projeto de lei 3512/10 que propõe a re-
gulamentação da psicopedagogia como profissão foi aprovada no Senado Federal mas
antes de ser enviado para a presidência da república sofreu vários golpes de mudanças
com emendas que sugerem a retirada de quatro artigos importantes para os psicopeda-
gogos brasileiro, sendo eles “o direito de realizar diagnóstico psicopedagógico e a retira-
da da criação do conselho federal de psicopedagogia (órgão fiscalizador da profissão)”.
ATENÇÃO! sindicato dos psicopedagogos do Brasil é independente, livre onde a única
regra para participação é SER PSICOPEDAGOGO(A).
Fonte: http://www.sindpsicoppbr.com.br/p/quem-somos.html
As profissões também são regidas por normas e regras específicas. Há, por exemplo,
a ética médica, a ética jurídica, a ética do psicopedagogo. Assim, a ética profissional
“abrange todos os setores profissionais da sociedade” e tem como objetivo “interrogar mais
SAIBA MAIS
Leia o artigo “Ética profissional e empresarial” (REIS et al, 2017) para compreender e
conhecer as diferenças existentes entre ética empresarial e ética profissional. O artigo
destaca as virtudes necessárias ao profissional para o exercício ético e consciente da
profissão.
Fonte: Artigo em pdf acesse o link: https://bit.ly/2mIC4Xw
Agora que já sabemos um pouco mais sobre o que é código de ética profissional,
vamos conhecer um pouco mais sobre o código de ética do profissional de psicopedagogia.
No que diz respeito ao psicopedagogo, sua ética é baseada em um conjunto de regras
de conduta moral e deontológica que norteiam os profissionais da área psicopedagógica e
estão descritas no Código de Ética do Psicopedagogo, aprovado pela Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp) em 1996, sendo reformulado e aprovado em assembleia geral
em 5 de novembro de 2011.
Segundo ABPp o código de ética tem o propósito de estabelecer e orientar parâmetros
que norteiam a profissão. Dessa forma, busca manter a boa conduta do profissional,
estabelecendo diretrizes para o exercício da função. Atualmente, com a evolução que vem
ocorrendo em meio à sociedade, o código de ética também passou por mudanças.
Parágrafo 1º
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento, rela-
cionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os
processos de aprendizagem e as suas dificuldades.
Parágrafo 2º
A intervenção psicopedagógica na Educação e na Saúde se dá em diferentes
âmbitos da aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre o insti-
tucional e o clínico.
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza inter e transdisciplinar, utiliza métodos, ins-
trumentos e recursos próprios para compreensão do processo de aprendiza-
gem, cabíveis na intervenção.
Parágrafo 1º
O psicopedagogo, ao promover publicamente a divulgação de seus serviços,
deverá fazê-lo de acordo com as normas do Estatuto da ABPp e os princípios
deste Código de Ética.
Parágrafo 2º
Os honorários deverão ser tratados previamente entre o cliente ou seus res-
ponsáveis legais e o profissional, a fim de que:
a) representem justa contribuição pelos serviços prestados, considerando
condições socioeconômicas da região, natureza da assistência prestada e
tempo despendido;
b) assegurem a qualidade dos serviços prestados.
Esse artigo, mais uma vez, reafirma que, para exercer a profissão de psicopedagogo,
é necessário ser graduado na área ou ter curso de pós-graduação (lato sensu) em cursos
reconhecidos pelo Ministério da Educação. E recomenda-se ainda que o psicopedagogo faça
terapia. Determina também que a divulgação dos trabalhos deve ser elaborada conforme
as normas difundidas pela ABPp, assim como os honorários devem ser combinados
previamente a fim de que ninguém se sinta lesado.
Um dos pontos definidos no Código de Ética diz respeito ao sigilo profissional, ou
seja, o profissional não deve revelar fatos que comprometam a intimidade dos sujeitos.
Entretanto, ressalta em seu artigo 7º que o psicopedagogo está imposto a respeitar o
sigilo profissional, “protegendo a confidencialidade dos dados obtidos em decorrência do
exercício de sua atividade e não revelando fatos que possam comprometer a intimidade
das pessoas, grupos e instituições sob seu atendimento”.
REFLEXÃO
Ser ético é se manter dentro das normas e regras que fundamentam sua profissão den-
tro e fora do ambiente de trabalho, por isso fique atento nas mudanças que ocorrem nas
normativas do código de ética de sua profissão, para que não ocorra infrações.
Neste último tópico caro (a) estudante vamos estudar alguns pontos sobre o
“psicopedagogo e os novos desafios” que precisamos conhecer para finalizar esta
Unidade com sucesso.
Primeiramente vamos conhecer sobre o perfil profissional do psicopedagogo.
Dando início com a seguinte pergunta: Você já pensou como é caracterizado esse
profissional?
Historicamente demarcado pelos estudos médicos e pedagógicos (BASTOS,
2015), os problemas de aprendizagem, atualmente, são observados pela ótica da
psicopedagogia e constitui-se de estruturas interdisciplinares contribuídas de outros
campos do conhecimento.
Quando se trata do perfil profissional que corresponde ao conjunto de habilidades
e características que o profissional deve possuir para desempenhar sua profissão, o
psicopedagogo é o profissional que se preocupa com os processos de aprendizagem
nos múltiplos espaços educativos.
O psicopedagogo faz parte do grupo de profissionais que estão habilitados para
o trabalho no processo de ensino e aprendizagem, no espaço escolar ou não, cujo foco
corresponde a investigar os problemas de aprendizagem e assegurar a qualidade de
educação e da aprendizagem humana.
Espera-se que este tópico tenha contribuído para sua formação pessoal e
profissional.
LIVRO
• Título: A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da
prática
• Autora: Nadia Aparecida Bossa
• Editora: Wak
• Sinopse: A Psicopedagogia constitui um conjunto de práticas
institucionalizadas de intervenção no campo da aprendizagem,
seja no âmbito da prevenção, seja no diagnóstico e no tratamento
das dificuldades de aprendizagem, ou ainda, na intervenção
específica no processo de aprendizagem escolar. Seus domínios
específicos são: o sujeito do conhecimento, o agente de
transmissão e as dimensões constitutivas dos mesmos, logo o
sujeito-objeto da Psicopedagogia é o ser humano contextualizado
em situação de aprendizagem. O enfoque de pesquisa e trabalho
psicopedagógico é multidimensional, no qual estão contemplados
os fatores constitucional/biológico, cognitivo, afetivo, sociocultural
e pedagógico, em determinado momento histórico de cada pessoa
ou grupo, afetando a busca e a compreensão dos conhecimentos.
A Psicopedagogia deve aproximar-se dos obstáculos presentes
na construção do conhecimento e na relação com o saber; da
prática educativa na interseção com as particularidades subjetivas,
sociais e culturais das pessoas e instituições; da relação entre
pensamento meditativo e subjetividade; e das interações do
homem com o mundo. Dessa forma, o olhar da Psicopedagogia
sobre a aprendizagem e o processo ensino-aprendizagem se dá
pela análise de comportamentos cognitivo-intelectual e simbólico-
afetivo na produção de conhecimento.
FILME/VÍDEO
• Título: ABPp - Associação Brasileira de Psicopedagogia-
Reconhecimento do Psicopedagogo
• Ano: s/ano.
• Sinopse: Quézia Bombonatto, Presidente daABPp, conversa sobre
o trabalho do Psicopedagogo, a importância do reconhecimento
desse profissional, os caminhos da Psicopedagogia na formação
humana e as intervenções psicopedagógicas.
• Link do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=U-IimAg86UU
Plano de Estudo:
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Dificuldade de Aprendizagem X Distúrbio de Aprendizagem X Transtorno de Aprendiza-
gem X Problema de Aprendizagem
• Dislexia
• Disgrafia e Disortografia.
• Discalculia
• TDAH
• TEA
Objetivos de Aprendizagem:
• Definir o conceito de dificuldade de aprendizagem, bem como também denominado
por alguns estudiosos como: distúrbio, transtorno, problema de aprendizagem, ou ainda
fracasso escolar.
• Conhecer e identificar a dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia, bem como o
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtorno do espectro do
autismo (TEA).
45
INTRODUÇÃO
O termo “distúrbio” pode ser substituído pelo vocábulo “transtorno”, por ser de
ordem biológica. Na Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento (CID - 10),
Distúrbio de Aprendizagem é tido como comprometimento ou atraso no desenvolvimento de
funções ligadas à maturação biológica da parte central do sistema nervoso, e que se inicia
ainda na infância. (OMS, 1993).
Distúrbio de Aprendizado (DA), segundo os autores Neves e Batigália (2011)
tem sido considerado problema específico da leitura, escrita e de raciocínio matemático,
identificado em geral nos primeiros anos escolares. “Persiste durante toda a vida, uma vez
que é incurável, embora possa ser atenuado, a depender do tipo de transtorno”. (NEVES;
BATIGÁLIA, 2011, p. 78). Associa-se a atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem,
a confusões têmporo-espaciais, de esquema corporal e de lateralidade ou a alterações do
funcionamento cerebral normal.
Dificuldade de Aprendizagem (DE), segundo os autores Neves e Batigália (2011,
p.78) “consiste em conjunto de fatores de ordem pedagógica, sócio-cultural, psicológica e
econômica que proporcionam impedimento em aprender. Possui, assim, origem extrínseca,
ou seja, depende do meio ambiente para se desenvolver nosologicamente”.
Problema de Aprendizagem, segundo a autora Paín (1989, p. 28), considera-se
como um sintoma, no sentido de que não-aprender não configura um quadro permanente,
Caro (a) estudante, como vimos existem algumas nomenclaturas para nomear
as dificuldades de aprendizagem, mas o mais importante não são os nomes dados ao
problema, e sim a necessidade de se investigar clinicamente as causas: é necessário
realizar um diagnóstico multidisciplinar com profissionais como psicopedagogos, psicólogos,
neurologistas, fonoaudiólogos, entre outros.
Devemos lidar com a situação de forma responsável e assertiva, pois as dificuldades
de aprendizagem podem, muitas vezes, não estar relacionadas com fatores patológicos,
neurológicos, psicológicos, neurolinguísticos ou psicopedagógicos, mas sim com outras
questões: familiares, culturais e econômicas.
No entanto, segundo Olivier (2013) nas crianças pequenas antes do início da fase
escolar, é um tanto difícil diagnosticar a dislexia, pois há outros distúrbios que apresentam
sintomas parecidos.
Portanto, caro (a) estudante, a idade que mais facilita o diagnóstico da dislexia é a
idade escolar, bem como outros distúrbios de aprendizagem. É durante a alfabetização que
se pode detectar com mais certeza a dislexia cuja principal característica está na ausência
ou grande dificuldade em aprender a ler e/ou escrever. Porém, Olivier (2013) nos chama
a atenção para um fato importante, é preciso estar atento, pois não se trata apenas de
dificuldade em aprender as letras, mas a dificuldade em identificá-las. “Dependendo da
Dentro destes tipos de dislexia que Olivier (2013, p. 52) apresenta, “existem
variações que parecem tornar cada caso em um caso e cada disléxico em único. Portanto,
não dá mais para admitir generalizações”.
ATENÇÃO! Neste ponto, não se trata de trocar o “p” por “b” e outros absurdos ampla-
mente divulgados como características de dislexia. Deve-se verificar se o indivíduo não
consegue identificar qualquer que seja a letra, se confunde letras em geral, se para ele
todas as letras parecem a mesma coisa, ou seja, um sinal sem sentido algum.
Neste tópico caro(a) estudante vamos sequência em identificar alguns dos “dis”,
neste momento sendo eles: disgrafia e disortografia.
Já vimos o significado de “Dis”, agora vamos para Grafia, que vem do grego
graphos/graphein é definida pelo dicionário Michaelis (2019) como “técnica do uso da
linguagem como comunicação escrita”, porém, analisando a fundo, pode-se verificar que é
mais ampla, para Olivier (2011, p.57) “podendo ser definida como habilidade na utilização
de sinais (símbolos, marcas, desenhos) para exprimir as ideias humanas”.
Disgrafia é a dificuldade ou a ausência na aquisição da escrita. O indivíduo fala
de forma normal, em muitos casos consegue ler, mas não consegue transmitir informações
visuais ao sistema motor. (OLIVIER, 2011).
Para Pérez (2005), a disgrafia é um transtorno da escrita que afeta a forma ou
significado e é do tipo funcional.
Nunes; Silveira (2015, p. 101) relatam que disgrafia, é dificuldade significativa no
desenvolvimento de habilidades relacionadas à escrita, “[...] que não se explicam por uma
deficiência mental ou por uma má qualidade da escola”.
Leal; Nogueira (2012, p.76) expõe que as principais causas do transtorno funcional
específico da aprendizagem a disgrafia, são: “[...] a sequencialização, que implica na falha
perceptual, acarretando dificuldades no processamento sequencial da informação recebida
e na sua forma de organização, e o processamento”.
Uso de palavras com um mesmo som para várias letras: casa/caza, azar/asar,
exame/ezame (som o z).
Além dessas trocas podem surgir dificuldades em recordar a sequência dos sons
das palavras, que são elaboradas mentalmente. Surgem então: omissões, como: caxa/
caixa; adições, como: árvovore/árvore; inversões, como: picoca/pipoca; fragmentações,
como: en contraram/encontraram; a parecer/aparecer; junções, como: Umdia o menino/Um
dia o menino; contaminação, na palavra, de uma letra por outra próxima, como: brincadeira/
brindadeira.
A memória visual da criança que apresenta disortografia deve ser estimulada
constantemente. Isso pode ser feito por meio de quadros onde constem as letras do alfabeto,
as famílias silábicas e os números, para que ela possa utilizá-los enquanto faz seu trabalho
escrito.
A palavra Discalculia vem dos conceitos “dis” que já trabalhamos anteriormente que
é “dificuldade” e a palavra “calculia” que do latim “calculare: contar”.
Uma classificação apresentada nos estudos de Kosc (1974 citado por GARCIA,
1998, p. 213) (o pioneiro sobre o estudo da discalculia), engloba seis tipos de discalculia, no
qual vários outros autores vem aplicando em seus estudos, afirmando que essas discalculias
podem estar manifestadas sob diferentes combinações e unidas a outros transtornos de
aprendizagem, como é o caso, por exemplo, de crianças com dislexia ou déficit de atenção
e hiperatividade. Esses subtipos dividem-se em:
De acordo com Campos (2014, p.6) a Discalculia pode ser dividida em três classes,
sendo elas:
1ª Natural: a criança ainda não foi exposta a todo o processo de contagem, logo
não adquire conhecimentos suficientes para compreender o raciocínio matemático;
2ª Verdadeira: não apresenta evolução favorável no raciocínio lógico-matemático,
mesmo diante de diversas intervenções pedagógicas;
3ª Secundária: sua dificuldade na aprendizagem matemática está associada a
outras comorbidades, como por exemplo: a dislexia.
REFLEXÃO
“É hoje incontestável a afirmação de que o órgão privilegiado da aprendizagem é o cére-
bro. Dadas as relações inevitáveis entre o cérebro e o comportamento e entre o cérebro
e a aprendizagem, da mesma forma essa relação se verifica quando se abordam as
dificuldades de aprendizagem (DA)”. (FONSECA, 1995, p.148).
Caro (a) estudante para este último tópico de nossa unidade, vamos abordar os
seguintes assuntos: Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno
do Espectro Autista (TEA).
O DSM- V (2014) define o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade como um
problema de saúde mental, considerando-o como um distúrbio bidimensional, que envolve
a atenção e a hiperatividade/impulsividade.
O TDAH tem um grande impacto na vida familiar, escolar e social da crianças,
segundo a autora Beczik (2010, p. 25) a característica essencial do TDAH “é um padrão
persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele
tipicamente observado em crianças de mesma idade que estão no nível equivalente de
desenvolvimento”.
As crianças com TDAH demonstram níveis de atenção inapropriados para a idade,
são impulsivas e geralmente superativas, apresentam dificuldades para seguir regras e
normas. Podem apresentar também problemas de conduta, agressividade, pobre baixo
rendimento escolar ou problemas e aprendizagem e dificuldades sociais, especialmente
relacionados com os amigos e conflitos na família. Essas crianças apresentam também
baixa tolerância à frustração, dificilmente aceitam um “não”. E, em geral, têm uma percepção
negativa de si mesmos, em razão das repetidas frustrações vividas. A autoestima dessas
crianças, geralmente é baixa. (BECZIK, 2010).
Segundo Schmdit (2014) o autismo foi considerado desde o início uma psicose,
mais especificamente uma forma de manifestação bastante precoce da esquizofrenia, cuja
etiologia era eminentemente de origem psicológica e relacional.
No entanto, no decorrer dos alunos, a hipótese da etiologia do autismo passa a ser
questionada, dando lugar à compreensão do transtorno como uma síndrome comportamental
de um quadro orgânico. (SCHMDIT, 2014).
Na mais recente classificação, no DSM-V (2014), o autismo pertence à categoria
denominada transtornos de neurodesenvolvimento, recebendo o nome de transtornos do
espectro do autismo (TEA). Assim, o TEA é definido como um distúrbio do desenvolvimento
neurológico que deve estar presente desde a infância, apresentando déficit nas dimensões
sociocomunicativa e comportamental.
No entanto, compreender o autismo com base na perspectiva dimensional (transtorno
do espectro do autismo - TEA) em vez da categoria (transtorno global do desenvolvimento
SAIBA MAIS
Caro (a) estudante, sugiro que assista ao programa apresentado pelo Dr. Dráuzio Vare-
la no Fantástico sobre o TEA, foi uma série de reportagens sobre o autismo, em 2013.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OvFNiFQuGPA
Acredito que esta unidade serviu de apoio para complementar sua formação, com
questões de cunho teórico essenciais para a prática psicopedagógica.
LIVRO
• Título: Dislexia e Outras Dificuldades de Aprendizagem Específi-
cas: guia do professor
• Autor: Michael Farrell
• Editora: Artmed
•Sinopse: Dificuldades de aprendizagem específicas como disle-
xia, dispraxia e discalculia podem provocar mau desempenho na
escola e levar a problemas emocionais e baixa auto-estima. As
crianças com essas dificuldades precisam de um alto nível de en-
tendimento, encorajamento e apoio por parte da professora, a fim
de atingir seu pleno potencial em um ambiente inclusivo. Dislexia
e outras dificuldades de aprendizagem específicas é um guia que
oferece ao professor de sala de aula conselhos práticos.
FILME/VÍDEO
• Título: Como estrelas na Terra: toda criança é especial
• Ano: 21 de dezembro de 2007.
• Sinopse: O filme “Como estrelas na terra – toda criança é
especial” conta a história de uma criança que sofre com dislexia
e não é compreendida pelos professores e pais. Ishaan Awasthi,
de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema
educacional indiano) e corre o risco de reprovar novamente.
• Link do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=VPElZ85VLcg
Plano de Estudo:
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Trabalho psicopedagógico.
• Psicopedagogia como estratégia de prevenção.
• Aspectos do trabalho psicopedagógico: avaliação, diagnóstico e intervenção.
• Interdisciplinaridade e a Psicopedagogia.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conversar sobre o trabalho do Psicopedagogo.
• Analisar a Psicopedagogia como estratégia de prevenção.
• Conhecer os aspectos do trabalho psicopedagógico em suas diversões de avaliação,
diagnóstico e intervenção.
• Apresentar a interdisciplinaridade e a Psicopedagogia.
67
INTRODUÇÃO
Caro (a) estudante neste tópico vamos conversar um pouco sobre o “trabalho do
psicopedagogo”. A psicopedagogia, como área de atuação, é ancorada em teorias que
auxiliam na construção de uma práxis psicopedagógica.
Konder (1992, p.115) explica o conceito de práxis, como uma “atividade concreta
pela qual os sujeitos se afirmam no mundo, modificando a realidade objetiva e, para poderem
alterá-la, transformando-se a si mesmos”. E ainda, “é ação que, para se aprofundar de
maneira mais consequente, precisa da reflexão, do autoquestionamento, da teoria; e a
teoria que remete a ação, que enfrenta o desafio de verificar seus acertos e desacertos,
cotejando-os com prática”.
Caro (a) estudante é importante ressaltar que a atuação do psicopedagogo não está
relacionada ao espaço físico, e sim à sua formação e a especializações em determinadas
áreas do conhecimento e campo do saber. Assim, comumente, o psicopedagogo pode atuar
em grandes áreas, sendo elas: clínica e institucional.
Assim, caro (a) estudante nunca é demais ressaltar que o foco do trabalho do
psicopedagogo é a aprendizagem. Na clínica, Claro (2018) compete ao psicopedagogo
diagnosticar e investigar os problemas inerentes aos processos de aprender, identificar
as barreiras que interferem no processo de aprendizagem, bem como orientar pais e
professores a lidar com crianças que apresentam dificuldades para aprender.
Caro (a) estudante como compreende-se que são várias as funções exercidas
pelo psicopedagogo em hospitais, todas no sentido de minimizar o sofrimento do sujeito.
Nas organizações assistenciais e nas organizações não governamentais (ONGs), o
psicopedagogo desenvolve ações voltadas para o resgate da cidadania do sujeito.
REFLEXÃO
“As dificuldades de aprendizagem não são uma exclusividade do ambiente escolar. Po-
dem ser advindas de outros contextos, como o familiar, o cultural e o social. O processo
de aprendizagem, além do professor e do aluno, envolve vários outros atores. Em uma
avaliação psicopedagógica, é preciso averiguar todo o sistema em que o sujeito está
inserido”. (CLARO, 2018,p. 116).
SAIBA MAIS
Bullying é um vocábulo derivado da língua inglesa que se refere à violência física ou
psicológica, aplicada de forma intencional e continuada, que um sujeito sofre por parte
de outra pessoa ou de um grupo de pessoas. Trata-se de um fato recorrente nas escolas
brasileiras nos últimos anos.
Caro (a) estudante sugiro a leitura do livro intitulado Bullying: o que você precisa saber:
identificação, prevenção e repressão do autor Lelio Braga Calhau, da editora Impetus.
A autora Sampaio (2011, p. 27) corrobora o exposto e afirma que “[...] não é apenas
o bom desenvolvimento cognitivo que implica uma boa aprendizagem. Fatores de ordem
afetiva e social também influem de forma positiva ou negativa nesta aprendizagem”. Ainda
a autora citada acrescenta que “os estudos da psicanálise relevam a existẽncia de vínculos
positivos e negativos do sujeito com o objeto de aprendizagem, que surgem em diferente
intensidades”. (SAMPAIO, 2011, p. 27).
Portanto, a psicanálise contribui com a psicopedagogia no estudo da personalidade,
da maneira como o sujeito percebe a si próprio e de como lida com seus impulsos e desejos.
Olá caro (a) estudante do curso de Psicopedagogia sugiro a leitura do artigo intitulado
“A contribuição da psicanálise para a psicopedagogia” dos autores Ferreira; Souza; Silva e
Silva, 2014.
LIVRO
• Título: Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos
• Autora: Edith Rubinstein (organizadora)
• Editora: Casa do Psicólogo
• Sinopse: Trata do percurso da psicopedagogia relatando casos
clínicos e os diferentes caminhos para tratar da dificuldade de
aprendizagem. Convida a refletir e dialogar sobre o seu próprio
estilo psicopedagógico.
FILME/VÍDEO
• Título: O Discurso do Rei
• Ano: 2010
• Sinopse: Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é
um sério problema para um integrante da realiza britânica, que
frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos
médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando
sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel
Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco
convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de
igual para igual com George e atua também como seu psicólogo,
de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem
com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de
seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão
David (Guy Pearce).
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Chegamos ao fim de mais uma pequena jornada, que teve como objetivo principal
estabelecer uma relação entre os aspectos históricos e tendências contemporâneas,
visando promover ao estudante o conhecimento necessário para desenvolver a funções
relacionadas à sua área de atuação.
Discutiu-se ao longo das quatro unidades, criteriosamente selecionadas para dar
sustentação a presente discussão, com autores que promoveram uma rica interlocução
entre aspectos históricos e tendências contemporâneas da Psicopedagogia. E ainda,
conhecemos os teóricos que influenciaram na evolução da Psicopedagogia, bem como o
papel da Psicopedagogia no contexto atual.
Conversamos sobre os aspectos da formação e atuação do psicopedagogo, a ética
do trabalho psicopedagógico e o psicopedagogo e os novos desafios de sua profissão.
Bem como vimos as diversas nomenclaturas para definir a dificuldade de aprendizagem,
conhecemos algumas dificuldades como: dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia, bem
como o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtorno do espectro do
autismo (TEA).
Também discutimos sobre o enfoque do trabalho do psicopedagogo, bem como
analisamos a Psicopedagogia como estratégia de prevenção e ainda sobre os aspectos do
trabalho psicopedagógico na avaliação, diagnóstico e intervenção e por fim apresentamos
a interdisciplinaridade na Psicopedagogia.
Sendo assim, caro (a) estudante, chegamos ao final dos nossos estudos relacionados
a essa temática, mas reforço o que disse inicialmente, o texto apresentado não esgota
todas as possibilidades de pensar e refletir acerca das temáticas abordadas, mas espero
que tenha lhe oportunizado momentos importantes e oportunos para a compreensão das
análise realizadas ao longo da disciplina.
Desejo a você estudante sucesso e inúmeras realizações profissionais. Até breve!