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Resolução do Estágio Supervisionado do Curso de Matemática /nº / 2017

Normatiza as atividades relativas ao Estágio


Supervisionado para os acadêmicos de Matemática
Da UEG Câmpus Cora Coralina.

I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta resolução estabelece regras gerais sobre as atividades do Estágio Supervisionado
(ES) e Orientação para a prática de Estágio, integrante do currículo pleno do curso de
Matemática, do projeto em vigor a partir de 2017, no Campus Cora Coralina da Universidade
Estadual de Goiás, Cidade de Goiás/ Goiás.

Art. 2º O Estágio Supervisionado é um momento de ação-reflexão-ação sobre o exercício da


docência inspecionado por um profissional experiente. Para tanto, de acordo com a resolução
CsA n 854/ 2015 tem-se que:
I- O trabalho entre professor (professor supervisor na escola campo), orientador
(professor universitário) e estagiário deve contemplar, além da orientação individual, a
supervisão sistemática, momentos de discussão coletiva que valorizem as diferentes
experiências vivenciadas pelos estagiários e promovam sua partilha tendo em vista uma
formação mais complexa, diversificada e crítica em relação ao mundo do trabalho;
II- O campo de estágio deve ser considerado como espaço privilegiado para que sejam
problematizados os aspectos que envolvam o futuro da profissão por meio de investigações
e pesquisas sobre as práticas e saberes da área de formação.

Art. 3º O Estágio Supervisionado far-se-á em dois momentos, sendo estes: Orientações para a
prática de Estágio e o Estágio Supervisionado (desenvolvido junto à escola campo). De acordo
com a CsA N. 854/2015, tem-se que: “A orientação do Estágio Supervisionado é uma atividade
de ensino teórico-prática, constituída por ações de planejamento, sistematização, avaliação,
investigação e reflexão contínua da formação humana e profissional explicitada no PPC, no
regulamento de Estágio do Curso e no Plano de Ensino de Estágio” (UEG – CsA N. 854/2015,
cap. IV, art. 20). Em função da parceira e da adequação às especificidades da organização
gestora das escolas a ação se desenvolverá:
I- Em uma escola de educação básica, no ensino fundamental, nos estágios I e II. De
acordo com o PPC de Matemática, tem-se que: 1) “Para Orientação para prática de
Estágio I: Organização e gestão do trabalho escolar. Escola enquanto núcleo social
e de saber. Conhecimento da situação do ensino de Matemática na realidade
escolar através de observações participantes nas escolas do ensino básico.
Reflexão sobre a natureza da Matemática e o seu papel na sociedade, as
finalidades do ensino da Matemática, a identidade e dimensão profissional do
professor de Matemática. Conhecimento, análise e aplicação de diferentes
metodologias para o ensino de Matemática no ensino básico. Realização de
estágio de observação.”; 2) “Para Orientação para prática de Estágio II: Realização
de estágio supervisionado a partir de planejamento de aulas, tendo como
referencial 48 o conteúdo matemática e didática da Matemática. Identificação das
diferentes concepções de Matemática e de seu ensino e reflexão sobre como
essas concepções poderão interferir em sua futura prática docente. Investigação e
estudo das diferentes metodologias de ensino. Análise de sua viabilidade em sala
de aula. Elaboração, implementação e avaliação dos planos de aula para a
intervenção na escola de Ensino Fundamental ou Médio. Realização de monitorias
e projetos temáticos na escola campo. Elaboração de um resumo expandido a
partir de uma problemática e vivência na escola”. (PPC de Matemática, p. 47-48);

II- Em uma escola de educação básica, no ensino médio, nos estágios III e IV. De acordo
com o PPC de Matemática, tem-se que: “Para Orientação para prática de Estágio
III: Integração de diversos saberes disciplinares - da Matemática, da Pedagogia,
das Ciências da Educação, procurando torná-los relevantes para a prática
profissional. Análise da importância do livro didático como componente da prática
pedagógica. Análise e reflexão a respeito da aprendizagem da docência: a
articulação e reflexão da teoria e prática, mobilizando saberes adquiridos e
construindo novos saberes. Realização de estágio de regência: elaboração do
projeto de pesquisa, revisão da literatura, implementação do plano de aula. 4) Para
Orientação para prática de Estágio IV: Leituras e compartilhamento das
experiências do grupo no estágio em discussões que o ajudem a refletir sobre
diferentes aspectos da Educação e da Educação Matemática, especialmente sobre
a função da escola e seu papel no contexto educacional atual. Análise da natureza
da Matemática e seu papel na sociedade, as finalidades do ensino da Matemática
e a identidade e dimensão profissionais do professor de Matemática. Elaboração
de um Artigo Científico.” (PPC de Matemática, p. 48).

III- A cada semestre o estagiário deverá cumprir uma carga horária de, no mínimo, 100
horas, Desta maneira o acadêmico cumprirá uma carga horária total de, no
mínimo, 400 horas, ao término do curso. “Na nossa proposta de projeto
pedagógico aparecem as disciplinas Orientação para prática de Estágio I, II, III, IV,
todas com carga horária de 100 (cem) horas. Teremos 2 horas semestrais de
Orientação para prática de Estágio em sala de aula” (PPC de Matemática, p. 47). O
referido Estágio encontra-se regulamentado no Art. 1º, inciso II da Resolução
CNE/CP Nº 002, de 19 de Fevereiro de 2002.
II – DAS ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

Art. 4º Cabe a Coordenação do Curso de Matemática as seguintes atribuições:


I – submeter diretrizes específicas para a realização do ES e Orientação para a prática
de Estágio ao Conselho Acadêmico da UnU para aprovação final;
II – designar professores responsáveis pelo ES e Orientação para a prática de Estágio
conforme qualificação e produção do docente, conforme a Resolução do CsA 854/2015;
III – analisar, em grau de recurso, as decisões e avaliações dos professores
orientadores;
IV – tomar, em primeira instância, todas as demais decisões e medidas necessárias ao
efetivo cumprimento deste regulamento;
V – a Coordenação do Curso pode convocar reuniões com o coordenador adjunto de
estágio, professores de estágio e/ou alunos buscando cumprir esta resolução.

Art. 5º Cabe ao Coordenador Adjunto de Estágio as seguintes atribuições:


I – coordenar o processo de trabalho pedagógico que ocorre nas condições do campo de
estágio, considerando o eixo curricular do curso;
II – implementar formas de gestão do ES, garantindo a articulação dos sujeitos
acadêmicos entre si e destes com seus orientadores (professores de estágio);
III – elaborar plano de trabalho que garanta o aprofundamento e a ampliação da
formação acadêmico-profissional do discente;
IV – estreitar as relações entre Universidade e Escola, compreendendo-as como
instâncias formadoras; bem como estabelecendo as diretrizes básicas para um sistema
de integração entre ambas;
V – divulgar o Regulamento do Estágio para o corpo docente e o discente;
VI – estabelecer as diretrizes que orientem a tomada de decisão em relação à
organização e desenvolvimento do ES.

Art. 6º Cabe ao Professor Orientador (Professor de ES) as seguintes atribuições:


I – Mediar a formação pedagógica;
II – Orientar o futuro aluno estagiário em relação às questões teórico-metodológicas
que dizem respeito ao ensino nas escolas da educação básica de ensinos fundamental e/ou
médio;
III – Analisar, com o aluno estagiário, possíveis alternativas para soluções de
dificuldades e problemas relacionados ao ES;
IV – Orientar o aluno estagiário na execução do ES;
V – Acompanhar o desenvolvimento das atividades do ES na escola campo conforme
cronograma previamente estabelecido;
VI – Propiciar o desenvolvimento humano e profissional do estagiário em
conhecimentos práticos, teóricos-reflexivos e científicos.

Art. 7º Cabe ao Aluno Estagiário


I – Realizar as atividades previstas neste Regulamento;
II – Elaborar as atividades pedagógicas, da escola campo e trabalhos solicitados;
III – Manter em dia o material comprobatório das atividades desenvolvidas, segundo
cronograma apresentado pelo professor orientador;
IV – Comparecer às Unidades Escolares para o ES em dias e horários previamente
marcados com o professor regente;
V – Observar o regimento da escola onde o ES será realizado;
VI – Observar a ética profissional, principalmente no que concerne à divulgação de
dados observados ou informações fornecidas pelos estabelecimentos escolares, como também
se apresentar com postura e vestimentas adequadas a uma instituição de ensino;
VII – Refletir, discutir e pesquisar com os professores, orientador e supervisor, as
possíveis dificuldades e lacunas percebidas e/ou encontradas no processo de ensino e
aprendizagem com fins de superações ao término do ES;
VIII – Cumprir rigorosamente todas as atividades propostas pelo professor orientador e
pelo professor supervisor em espaço e tempo previamente estabelecidos.

III – DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Art. 8º Para a integralização do Curso faz-se necessário o cumprimento integral do Estágio


Supervisionado e Orientação para a prática de Estágio em todas as etapas propostas no PPC.

Art. 9º A carga horária do ES deverá ser cumprida de modo que:


I – 5º semestre (Ensino Fundamental): 30 horas de prática reflexiva, 4 horas de
observação da escola campo, 16 horas de observações de salas de aula de matemática,
25 horas de semirregência, 25 de elaboração e planejamento de relatórios reflexivos, a
partir das leituras trabalhadas, relacionando teoria e prática para contribuir com a
produção do artigo do próximo semestre.

II – 6º semestre (Ensino Fundamental): 30 horas de prática reflexiva com produção do


artigo sobre o estágio supervisionado na segunda fase do ensino fundamental, 45 horas
de regência (subdivididas da seguinte forma: 20 horas de planejamento e 25 horas de
ministração de aulas), 25 horas de pós regência (planejamento, discussão, aplicação e
avaliação de atividades pedagógicas com a finalidade de superar dificuldades no
processo de ensino pedagógico).
III – 7º semestre (Ensino Médio): 30 horas de prática reflexiva, 4 horas de observação da
escola campo, 16 horas de observações de salas de aula de matemática, 25 horas de
semirregência, 25 horas de elaboração e planejamento de relatórios reflexivos, a partir
das leituras trabalhadas, relacionando teoria e prática para contribuir com a produção do
artigo do próximo semestre.
IV - 8º semestre (Ensino Médio): 30 horas de prática reflexiva com produção do artigo
sobre o estágio supervisionado no ensino médio, 45 horas de regência (subdivididas da
seguinte forma: 20 horas de planejamento e 25 horas de ministração de aulas), 25 horas
de pós-regência (planejamento, discussão, aplicação e avaliação de atividades
pedagógicas com a finalidade de superar dificuldades no processo de ensino
pedagógico).

Observação: o aluno que exerce atividade como professor de matemática, no ensino


regular da educação básica, devidamente comprovada, poderá ter a redução em 20% da
carga horária da orientação da prática do estágio nas fases observação da escola,
observação da aula de matemática e semirregência, excetuando-se as orientações para
a prática de estágio em sala de aula.

Art. 9º O ES deverá ser cumprido na cidade sede da UEG Câmpus Cora Coralina em
cumprimento do PPC da Universidade e desta resolução que normatiza as atividades relativas
ao Estágio Supervisionado para acadêmicos de Matemática, sendo o mesmo aprovado em
colegiado e conselho acadêmico.

Art. 10 A realização do ES, por parte do aluno, não acarretará vínculo empregatício de
qualquer natureza.

Art. 11 Em nenhuma hipótese poderá ser cobrada do aluno qualquer taxa adicional referente a
orientação e acompanhamento das atividades do ES.

IV – DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Art. 12 As modalidades do ES deverão ser compostas por:


I – Observação da escola: análise da estrutura física da escola campo; análise do Projeto
Político Pedagógico da escola campo; entrevistas de diretor, coordenador, professor e/ou
alunos da escola campo;
II – Observação da sala de aula: observações de aulas de matemática da segunda fase
do ensino fundamental e do ensino médio;
III – Semirregência: o aluno estagiário auxiliará o professor, em classes previamente
escolhidas durante as observações. Podendo corrigir e passar exercícios, auxiliar grupos
de alunos a resolver atividades;
IV – Regência constituir-se-á em dois momentos: Planejamento e Ministração de aulas.
O planejamento refere-se à elaboração de atividades e planos de aula. A ministração
refere-se à execução das atividades e planos de aula em classes previamente escolhidas
pelo aluno estagiário em comum acordo com o professor regente.
V – Elaboração dos Relatórios Reflexivos de ES e Artigos: Relato reflexivo de todas as
atividades desenvolvidas durante o ES, e elaboração de no mínimo dois artigos
científicos. Essas atividades serão desenvolvidas pelos discentes e avaliadas pelos
docentes do ES no decorrer de cada semestre;
VI – Pós-regência: atividades pedagógicas com a finalidade de refletir sobre o processo
de ensino pedagógico, orientadas pelos professores de ES que devem ser desenvolvidas
pelos alunos estagiários, contando com a participação de docentes e/ou discentes da
escola campo, na forma de oficinas de matemática.

V – DA APROVAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (ES)

Art. 13 A avaliação da aprendizagem no ES abrangerá os critérios de assiduidade e


rendimento acadêmico, ambos eliminatórios por si mesmos.

Art. 14 A avaliação da assiduidade far-se-á pela frequência às atividades programadas pelos


professores de ES, documentadas por meio de diários e fichas pré-estabelecidas pelo
coordenador adjunto de estágio, tanto no Câmpus Universitário quanto na Escola Campo.

Art. 15 Será considerado aprovado, por assiduidade, o aluno que cumprir um mínimo de 100
horas em cada período letivo, ou seja, Estágios I, II, III e IV. Totalizando as 400 horas
obrigatórias de Estágio Supervisionado.

Art. 16 Serão atribuídas, semestralmente, a carga horária cumprida, a nota e o conceito


(aprovado ou reprovado) ao aluno estagiário pelos professores de ES consoante o Regimento
Interno da UEG. Será considerado aprovado por rendimento o acadêmico que obtiver nota
igual ou superior a 7,0 (sete) e cumprir as atividades previstas no artigo 9º desta resolução.

Art. 16 Caso a aluna esteja em processo de licença maternidade será observada a legislação
vigente.

Art. 17 O aluno que, por meio de processo via secretaria acadêmica, tiver motivo considerado
justo pelo professor de ES, Coordenador Adjunto de Estágio e Coordenador de Curso, não
puder desenvolver determinada atividade educacional terá, se exequível, nova oportunidade de
realizá-la, desde que não ultrapasse o período letivo.

VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 20 Esta resolução tem aprovação pela maioria absoluta do colegiado do curso de
matemática da UEG Câmpus Cora Coralina.

Art. 21 Esta resolução só pode ser alterada pela maioria absoluta dos membros do Conselho
Acadêmico da UEG Campus Cora Coralina.

Art. 22 Essa resolução entra em vigor a partir da data de sua aprovação e assinatura.

Art. 22 Revoguem-se as disposições contrárias.

Cidade de Goiás, de de 2017.

Diretor da UEG Campus Cora Coralina Coordenador do Curso de Matemática Coord. Adj. ES do Curso de Matemática

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