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Manual de Procedimentos Clínicos em Optometria Funcional
Manual de Procedimentos Clínicos em Optometria Funcional
FACULDADE RATIO
TECNÓLOGO EM OPTOMETRIA
FORTALEZA - CE
Desenvolvido por:
Prof. Anyella Pérez Malburg O.D., Esp. FIACLE – Coordenadora Adjunta Faculdade de Optometria.
Prof. Ariel Scussel Malburg O.D. Esp. FIACLE – Coordenador de práticas clínicas.
2. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE.................................................................................................. 9
4.1 OBJETIVO............................................................................................................................... 13
4.2 PROCEDIMENTO ................................................................................................................... 13
4.3 ANOTAÇÃO NO HISTÓRICO CLÍNICO .................................................................................... 13
OBJETIVO
Busca-se com este, que acadêmicos e professores sigam a mesma linha de raciocínio e
desenvolvimento dos históricos clínicos durante as atividades práticas e que o método de
avaliação seja objetivo, claro e eficiente.
Adverte-se ao acadêmico que neste protocolo são descritos os objetivos de cada teste,
procedimentos passo a passo e a forma correta de anotação na história clínica que
complementam o material fornecido pelos professores nas disciplinas teóricas.
Este material foi elaborado para uso exclusivo dos acadêmicos do Curso Tecnólogo em
Optometria da Faculdade Ratio em suas atividades práticas e por isso não deverá ser utilizado
como referência bibliográfica de trabalhos de conclusão de curso ou trabalhos de pesquisa das
disciplinas.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS CLÍNICOS EM OPTOMETRIA FUNCIONAL
2. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
2.1.1 Objetivo
Estes dados permitem identificar e localizar o paciente.
2.1.2 Pré-requisitos
É importante que o paciente seja verbal e no caso de menores de 18 anos ou paciente
especial (geriátricos, síndromes, baixa visão, cego, etc.) deve estar presente o responsável para
identificar corretamente o paciente e responder as perguntas feitas pelo examinador. O nome
e identificação do responsável devem ser anotados junto com os do paciente na ficha clínica.
2.1.3 Procedimento
Na identificação do paciente temos os campos para preenchimento dos dados pessoais
que permitem ingressar em nosso sistema as informações o identificam na comunidade.
Permite-nos também a análise epidemiológica e contato em caso de necessidade de controle
de qualquer condição que nos diga respeito.
a) Data da avaliação,
b) Nome e sobrenome completos,
c) Gênero,
d) RG ou CPF,
e) Nome, sobrenome e documento do acompanhante caso se faça necessário,
f) Data de nascimento e idade (em crianças até 3 anos anota-se em anos e meses)
g) Endereço (rua, nº, bairro e cidade),
h) Telefone (fixo e celular),
i) A ocupação ou profissão é um dado muito importante para o desenvolvimento da
anamnese e para definição dos testes que serão empregados no transcurso da
avaliação optométrica. Também é importante conhecer se o paciente tem algum
hobbie que possa ser a origem da sintomatologia apresentada e que não esteja
associado a sua atividade ocupacional,
j) Data do último exame: É importante saber se o paciente já foi examinado antes,
há quanto tempo e por qual profissional,
k) A ocupação ou profissão é um dado muito importante para o desenvolvimento da
anamnese e do objetivo do exame. Também é importante conhecer se o paciente
apresenta algum hobbie que possa ser a origem da sintomatologia do paciente e
que não este associado a sua atividade ocupacional.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS CLÍNICOS EM OPTOMETRIA FUNCIONAL
3. ANAMNESE
3.1.2 Antecedentes
Na história médica do paciente pesquisa-se sua saúde geral, tempo e lugar onde fez
seu último exame físico completo, provar os fatores de risco como a diabetes,
hipertensão arterial ou outra enfermidade médica ocular e/ou sistêmica.
Anotação no Utilize letra legível e clara, coloca-se entre vírgulas os termos empregados pelo
histórico clínico: paciente. O uso de caneta azul é obrigatório.
3.1.3 Sintomatologia
4.1 OBJETIVO
4.2 PROCEDIMENTO
Neste caso a anotação não só deve especificar os graus esféricos, cilíndricos e o eixo,
mas também as características das lentes como: seu estado, tipo de lente, tipo de material,
estado da armação e das lentes, e características de coloração.
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5. ACUIDADE VISUAL
Oclusor.
Peça ao paciente que tampe o olho que não será examinado ou tampe-o
com o oclusor.
Procedimento: Informe ao paciente que será colocado um pequeno buraco (PH) e que
deve tratar de olhar as letras através dele. Tente levar o paciente na
máxima acuidade visual.
Se a acuidade visual com o furo estenopêico não melhorar, indica que não
é devido a um erro refrativo não corrigido.
Análise: Espera-se que com a retinoscopia a acuidade visual alcançada seja melhor
do que a AV com PH.
Obs. Na prática clínica, o furo estenopêico será utilizado sempre que o paciente sem
correção não consiga enxergar acuidades inferiores ao 20/40, para finalidade didática, mesmo
que ele consiga acuidades visuais superiores ao 20/40 corrigido.
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6.1.1 Objetivo
Avaliar as vias aferentes e eferentes responsáveis pela função pupilar, avaliar a
permeabilidade da via óptica e se o sistema neurológico se encontra normal.
6.1.2 Equipamento
1. Lanterna.
2. Ponto de fixação de longe.
3. Tabela acomodativa de perto.
6.1.3 Preparação
a) Iluminação ambiente que possibilitem visualizar ambas as pupilas.
b) Localizar-se a 25 cm de distância do paciente fora de sua linha de fixação ou do seu
eixo visual.
c) O paciente deve retirar os óculos, caso utilize.
Flash Test” ou prova do balanço. Esta prova se realiza para avaliar o escape pupilar ou
a resposta de Marcus Gunn, indicando um defeito pupilar aferente.
g) O teste de balanço se realizará dois a três ciclos completos.
h) Peça ao paciente que siga olhando no ponto de fixação ao infinito enquanto sustenta a
tabela de acomodação de 10 a 40 cm aproximadamente do paciente.
i) Em continuação peça ao paciente que olhe na tabela de perto e observe se as pupilas
fazem miose. Este é o reflexo acomodativo.
j) Durante o teste avalie se a pupila é redonda, simétrica, igualmente ativa.
6.2.1 Definição
Métodos clínicos mediante os quais se busca realizar uma avaliação do equilíbrio
oculomotor.
6.2.2 Objetivos
Determinar por meio de testes objetivos o estado de equilíbrio oculomotor do
paciente.
Obter a descrição qualitativa e valor quantitativo do desvio latente ou manifesto do
paciente.
6.2.3 Requisitos
Exige-se um mínimo de colaboração para poder realizar a avaliação motora.
Do paciente: Seguir ou fixar os pontos de fixação segundo as indicações do examinador.
Deve-se ter a correção habitual para evitar a instabilidade do desvio.
Manter a cabeça estável.
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Nome Anotação
Exoforia X
Endoforia- Esoforia E
Hiperforia direita- hipoforia esquerda D/E
Hiperforia esquerda- hipoforia direita E/D
Exotropia direita XTD
Exotropia esquerda XTE
Endotropia- Esotropia direita ETD
Endotropia – Esotropia esquerda ETE
Hipertropia direita DT/E
Hipertropia esquerda ET/D
Hipotropia direita E/DT
Hipotropia esquerda D/ET
Exotropia alternante XTA
Endotropia alternante ETA
Exotropia intermitente X(T)
Endotropia- Esotropia intermitente E(T)
OBS: nos estrabismos torsionais primeiro anote o XTD DT/E
componente horizontal e em seguida o desvio vertical
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7.1 BIOMICROSCOPIA
Conjuntiva.
Córnea.
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Anotação:
Íris.
Cristalino.
45. Mover a lâmpada até o paciente bem devagar até que a luz entre
através da pupila e observe-se focalizada a face anterior do cristalino.
Continuar aproximando a lâmpada até o paciente para examinar as
camadas mais profundas do cristalino. Passar o braço de iluminação a
outro lado e realizar o mesmo procedimento desde a câmara anterior
até a posterior.
Baixa
Direta focal Ajustado 45º a 60º 1 – 2 mm Máxima Media Córnea e cristalino.
6X – 10X
30º a 60º:
30º:
Conjuntiva
Baixo 6X a
30º a 45º: Córnea
médio
Direta focal
Ajustado Córnea e íris 2-3 mm Máxima Média Cristalino.
paralelepípedo
60º: lesão
10X - 20 X
tridimensional
da córnea
20º a 30 º:
cristalino
Camadas corneais,
filme lacrimal,
60º
Média a ângulo da câmara
Ajustado profundidade Mínima Máxima 10 X -16X
Direta focal máxima.
quase anterior.
da lesão
seção óptica
extinguida
Irregularidades,
lesões corneais
Não refrateis não
60 º 1 mm Máxima Média 10X – 16X
ajustado opacas como micro
Indireta
cistos e sinais
digitais.
Vacúolos, cicatrizes,
Retro edemas,
iluminação pigmentações,
direta Ajustado 50 º - 60 º 1 mm 3 mm Média 6X-10X vasos sanguíneos
em córnea.
Córnea, Bruckner,
0 coaxial com o defeitos difusos ou
Retro Ajustado 2 mm 2 mm Máxima (luz 6X-10X
microscópio localizados no
iluminação ambiental
epitélio.
direta da íris apagada)
Córnea, depósitos
Não na membrana de
Retro 50 º - 80 º 1 mm 3 mm Média 6X-10X
ajustado Descemet e
iluminação
irregularidades da
indireta
superfície corneal
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posterior.
Córnea, formações
Retro císticas epiteliais,
iluminação Ajustado 50º a 80º 1 mm 3 mm Média 6X – 10 X bolhas de ar pressas
marginal nas LC e circulação
lacrimal nas LCG.
ACHADOS
ESTRUTURA
PÁLPEBRAS Uniformes AO
CÍLIOS Alinhados AO
CÓRNEA Transparente AO
ÍRIS Azul AO
PUPILA
7.1.3 Quadro resumo para a avaliação das estruturas com lâmpada de fenda
Pálpebras- cílios-
Difusa
sobrancelhas
Paralelepípedo estreito,
Iluminação com filtro azul
reflexão especular,
cobalto, tingimento com
Córnea iluminação indireta, retro-
fluoresceína dissódica, rosa
iluminação, dispersão
de Bengala.
escleral,
Íris Tangencial.
Empregada para observação detalhada das estruturas. Neste caso, o fundo de olho é
observado através de uma lupa, como imagem direta já que não fazem falta ajudas ópticas
adicionais.
7.3.1 Objetivo
Preparação:
a) Ajustar a cadeira do gabinete da forma que o paciente fique um pouco mais baixo do
nível dos olhos do examinador.
b) Peça ao paciente que retire os óculos caso seja usuário, e olhe para longe a uma
determinada distância fixando um ponto não acomodativo.
c) Deve-se realizar em uma sala com iluminação diminuída.
d) Com o oftalmoscópio em sua mão direita e com seu olho direito examine o olho
direito do paciente.
e) Utilizando a roda de lentes, de potências que vão aproximadamente de +40 D a –35 D,
se observarão estruturas como pálpebras e córnea (+40D), câmara anterior (+20D), íris
e face anterior do cristalino (+12D), corpo vítreo (+8, +6, +4D), até a retina (+2,0 a –
2,0D). A observação se realiza a uns 2,5 cm.
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f) Coloque-se a uma distância de 2,5 cm com uma lente + 20.00 D e uma inclinação de
mais ou menos 30 graus e observe a córnea.
g) À medida que reduza, em forma gradual a potência positiva da lente, o foco de
observação se estende para traz e para dentro do olho. Mais ou menos assim
(tratando-se de olhos emétropes).
h) O poder da lente depende do erro refrativo do paciente.
i) Logicamente dependerá da ametropia do paciente que as lentes sejam utilizadas para
a observação, assim, por exemplo, um míope de –3,00 dpt precisará ser observado
através da lente de –3.00 e um afásico com uma lente suficientemente + para
compensar seu defeito.
j) Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão livres de qualquer
anormalidade.
k) A inclinação de + ou – 30 graus temporalmente, se realizam para chegar diretamente
à cabeça do nervo óptico.
Obs: lembre-se que o protocolo deve ser completo.
7.3.3 Anotação
É conveniente seguir uma ordem sistemática na observação para não esquecer nenhuma
estrutura:
Vasos Observaremos seu percurso desde a papila até a periferia, sua tortuosidade e os
cruzamentos arteriovenosos. As veias são de cor mais escura que as artérias e
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duas vezes mais grossas (Relação 2:1). Relação artéria veia, cruzamentos (sinais
de Gunn), artéria cilio-retinal, tipos de vasos, mudanças dos vasos em cor,
diâmetro, espessura, vasos novos.
Rosado, normal.
Cor - Avalia-se sua coloração e em geral seu conteúdo, pois não é normal ver manchas
fundo vermelhas ou brancas no fundo de olho, deve estar livre de qualquer alteração.
Cor do fundo de olho: vermelho pálido uniforme, com variações normais segundo
a raça, o estado refrativo e a idade.
Lâmina Tecido conectivo fibroso e elástico. É a borda posterior da esclera que forma o
crivosa canal. Visualiza-se na base da copa.
Mude para a mira do retículo de fixação e peça ao paciente que olhe a luz,
enquanto oclui o outro olho. Deve-se entender como a posição do ponto ou área
em que um paciente utiliza para observar as formas, tamanhos, cores e detalhes
dos objetos. Se o brilho fica no centro sem movimento falamos de: FIXAÇÃO
CENTRAL ESTAVÉL. Se o brilho fica no centro mais tem movimentos: FIXAÇÃO
CENTRAL INSTAVÉL. Se o brilho fica fora do centro: FIXAÇÃO EXCÊNTRICA. A
fixação excêntrica pode ser: Errática: não tem um ponto de fixação estável.
Nistágmica: o movimento é pendular na mesma zona. Com passos foveolares:
momento nos quais a mácula pode se manter dentro do círculo do retículo.
Fixação
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8. AVALIAÇÃO VISUAL
8.1 CERATOMETRIA
A lente ortogon está formada por uma lente de +1,25 (para córneas muito
curvas) ou de -1,00 (para córneas muito planas), que se localizam frente ao
sistema óptico, diminuindo ou aumentando a imagem refletida sobre a
córnea.
Equipo:
examinado.
f) Segurar o retinoscópio a 40 ou 50 cm do paciente com a mão
direita para avaliar olho direito e com a mão esquerda para avaliar
olho esquerdo.
g) É melhor e mais fácil realizar a retinoscopia em luz tênue.
Procedimento passo a passo:
OD AV
OE AV
Exemplo:
a) Avaliação monocular.
b) Neutralize pela técnica de plano-cilindro negativo.
c) Para a Rx em visão de longe: compense algebricamente (-1,25)
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Objetivo:
Equipamento:
Preparação:
Anotação:
Exemplos:
OE: +0,75
Normas:
Objetivo:
Material:
• Retinoscópio.
• Caixa de provas.
• Mamadeira em crianças abaixo de um ano.
Método:
Observações:
Esta técnica se utiliza como opção para aqueles casos em que não é possível
utilizar cicloplegia (sucessivos retornos, antecedentes glaucomatosos,
reações alérgicas ou secundárias a algum componente do fármaco).
Objetivo:
Material:
▪ Retinoscópio.
▪ Caixa e armação de provas ou refrator.
▪ Optotipos para visão de longe.
▪ Cicloplégico. Os mais habitualmente usados são os seguintes:
Fármaco T.M. T.C. D.O. D.M. A.M.
h d
36 – 48
Homatropina 5% 30’ 1h 1–2h ++
h
Método:
Observações :
Anotação: OD AV
OE AV
Técnica:
_______________________________________________________________.
8.4 SUBJETIVO
EQUIPO
TÉCNICA
Procedimento: Preparação:
RECOMENDAÇÕES:
Tenha em conta que a lente negativa aumenta o contraste, o que pode ser
interpretado pelo paciente como melhor visão recorde, mas um aumento
na A.V. somente pode significar maior descriminação e não melhor
qualidade da imagem.
OE AVL AVP
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8.5 AFINAMENTO
Afinamento do eixo:
Procedimento: aparecerão duas imagens diferentes desta mesma letra, mas ele
deverá escolher a imagem que enxergue mais nítida, respondendo
qual é melhor.
6. Pergunte para o examinado se enxerga igual às duas imagens ou se
uma delas é melhor (mais nítida e confortável).
7. O examinador gira o cilindro cruzado nas duas posições com o cabo na
direção do eixo e repete as mesmas perguntas.
8. É melhor nesta na posição 1? Espere de 3 a 6 segundos antes de
passar a segunda posição.
9. Ou é melhor nesta posição 2? Repita novamente o procedimento com
as mesmas perguntas e acrescente uma terceira pergunta (ou são
iguais?) para esclarecer melhor o teste.
10. Ou são iguais? Se for igual, o eixo da potência cilíndrica está correto.
11. Escolhida uma das posições, gire o eixo na armação de prova 5° em
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OD AVL AVP
Técnica: CCJ
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É uma prova que consiste em montar a refração final na armação de provas e fazer
com que o paciente caminhe pela sala de exame durante uns 5 minutos para que sinta como
será sua nova correção.
8.6.1 Objetivo
8.6.2 Técnica
1- Ajuste a armação de provas tendo em conta:
a. Distância pupilar.
b. Distância ao vértice.
c. Ângulo pantoscópico.
d. Altura da ponte.
e. Comprimento das hastes.
2- Coloque a correção tentativa na armação de provas.
3- Peça ao paciente que observe ao seu redor; olhando em todas as direções; peça que
observe o ângulo dos objetos (piso, quadros, portas, etc.).
8.6.3 Interpretação
a. Se o paciente reporta conforto e tolerância, pode-se prescrever a correção total
tentativa, segundo o caso e o critério do examinador.
b. Se o paciente reporta desconforto: distorção espacial (pisos e paredes) ou têm
dificuldade ao locomover-se com a correção total, calcule uma correção parcial (ver
critérios de parcialização) e repita a prova ambulatória.
8.6.4 Indicações
a. Defeitos refrativos altos corrigidos pela 1a vez.
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Obs: depois de verificado o exame pelo instrutor, o estagiário poderá aplicar esta prova em
conjunto com seu instrutor.
8.7.1 Objetivo
Igualar o estímulo de acomodação em ambos os olhos, com o objetivo de conseguir
uma A.V. similar.
8.7.2 Indicações
É realizada em casos que as acuidades visuais monoculares sejam similares depois de
realizada a afinação do subjetivo.
k. Caso o paciente necessite de correção para perto, realize as técnicas para visão
próxima.
a. Adicione lente positiva binocularmente até conseguir uma acuidade visual três linhas
abaixo da obtida com o afinamento (piore a AV 3 linhas da linha observada com o
afinamento).
b. Explique ao paciente que as duas imagens estão borradas.
c. Oclua alternadamente os olhos e pergunte: estão as duas imagens igualmente
borradas?
d. Se responder enxergar uma das duas mais claras, aumente lente +0,25 D no olho com
que vê mais claro.
e. Repita o procedimento até que ambas as imagens estejam igualmente borradas.
f. Diminua alternativamente lente positiva (aumentar negativo) em passos de 0,25 D,
assegurando-se que o olho mais negativo é o que enxerga mais claro nesse momento
até conseguir a máxima acuidade visual.
Basicamente a técnica para visão de perto é muito simples. Existem diversas maneiras
de se realizar, porém exigem maiores cuidados e materiais necessários para torná-la eficaz.
8.8.1 Procedimento
1. O paciente sentado com a correção para longe, segura a tabela de perto à distância de
40 cm e responde até qual linha vê com nitidez.
2. O cuidado com a idade do paciente é fundamental, porém, a maior atenção deve ser
com a atividade profissional deste paciente.
6. Respeite sempre o lag da acomodação de acordo com a idade do seu paciente (ver
tabela), para que este não esteja hiper corrigido ou hipo corrigido para perto.
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O objetivo destes testes é determinar a capacidade para manter a imagem nítida dos
objetos nas diferentes distâncias e, a habilidade para realizar mudanças bruscas do foco no
sistema visual. Para uma correta avaliação da função acomodativa se requer os exames da
amplitude de acomodação, da flexibilidade acomodativa e do atraso da acomodação ou lag
acomodativo, da acomodação relativa positiva e negativa, da retinoscopia dinâmica e do AC/A.
Procedimento:
Técnica:
Nível visual:
Distância de trabalho:
Na anotação clínica deve-se especificar a técnica que foi utilizada com o nível visual
correspondente a uma linha acima da melhor acuidade visual que tenha o paciente, a distância
de trabalho corresponderá às lentes que serão utilizadas no caso da técnica de Sheard.
Equipamento necessário:
Preparação:
Procedimento:
1. Antepor as lentes segundo a distância de + 2,00 (50 cm) aos olhos do paciente e perguntar
quando pode ver nítida a tabela;
2. Assim que ele veja nítido, troque as lentes pelas negativas de - 2,00 dioptrias,
4. Caso o paciente realize 8 ou mais ciclos por minuto deve ser anotado o número de ciclos
completos, em caso de que o paciente não alcance os 8 ciclos em um minuto, deve ser feito o
passo 5;
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5. Ocluir o olho esquerdo (OE) com o oclusor tipo pirata e repetir os passos 1 e 2 no olho
direito (OD). Anotar o número de ciclos completos realizados em um minuto,
Anotação:
Exemplo:
OD 12/ c/m
OE 11 c/m
Padrão:
São utilizados prismas de base interna para medir a divergência e de base externa para
medir convergência. Alguns valores devem ser considerados normais em um paciente
ortofórico, como na seguinte tabela:
9.3.3 Frisby
Procedimento: Pede-se ao paciente para identificar o círculo escondido. O teste não requer
óculos especiais porque a disparidade através da espessura da placa pode
variar aumentando ou diminuído a distância de fixação. O grau de
disparidade varia de 600 a 15 segundos de arco.
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Imagem:
Oclusor.
1 1 12 12 12
2 8 3 -
2 3 29 70 -
57 35 -
4 5 2 -
5 3 5 -
3
6 15 17 -
7 74 21 -
8 2 - -
4
9 45 - -
10 5 - -
11 7 - -
5
12 16 - -
13 73 - -
14 - 5 -
6
15 - 45 -
7 16 26 6 (2) 6 2 2 (6)
17 42 2 (4) 2 4 4 (2)
Indicação clinica: óptica ou quando a mácula tem uma aparência anormal na avaliação
oftalmoscópica direta.
Procedimento:
Vê o ponto central da rede?
Tabela 2:
Vê o quadrado completo?
Tabela 3:
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Vê a rede intacta?
Onde?
Tabela 4:
Tabela 5:
Tabela 6:
Tabela 7:
Anotação clínica e a) Se não tem problema anotar AMSLER ELN: em limites normais.
Tabela 2:
Tabela 3 e 4:
Tabelas 5 e 6:
Tabela 7:
10. DIAGNÓSTICO
11. CONDUTA
Nos casos de apresentar ametropia anotar se foram indicados óculos ou nos casos em
que as ametropias sejam altas remeter para a unidade de lentes de contato.
Sempre descrever o tipo de ajuda óptica indicada para o paciente e por quanto tempo,
devendo ficar preenchida as informações na história clínica.
Neste caso o paciente deve ser encaminhado para a unidade de ortóptica onde se
realizaram os exames necessários e indicam-se as terapias, para casos necessários.
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Declaração de ciência:
Declaro para os devidos fins estar ciente de que serei atendido por profissional Optometrista
de formação universitária, não medico, capacitado para prestar atendimento primário de
saúde visual e ocular. Declaro ainda que a prestação deste serviço não foi condicionada a
comercialização de nenhum produto oferecido pelo estabelecimento.
Data: /
/ Ass.:
Encaminhamento:
Declaro ter sido orientado (a) a procurar profissional medico por suspeita de alteração
patológica detectada no exame do Optometrista e que a responsabilidade pela conduta clínica
ficará a cargo do profissional medico escolhido por mim.
Data: /
/ Ass.:
Observações:
ASSINATURA
PACIENTE___________________________________________________________
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS