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Referência:
Damasio, A. R. (1985). Prosopagnosia. Trends in Neurosciences, 8(3), 132–
135. https://doi.org/10.1016/0166-2236(85)90051-7
Associada a lesões bilaterais no sistema visual central, localizada na região
occipitotemporal medial; as lesões destroem um setor específico do córtex
associativo visual OU desconectam esse das estruturas límbicas localizadas na
porção anterior do lobo temporal
Aparece relacionado a qualquer estímulo visualmente ambíguo (fisicamente
similar mas individualmente diferentes), em que o reconhecimento depende da
evocação de uma memória
Termo cunhado em 1947 por Bodamer
Perda da capacidade de reconhecimento de faces familiares e da habilidade de
aprender a identificar novas faces; paciente podem reconhecer outro pelo tom
de voz ou por características distintas (colocar exemplo Dr. P)
Sintomas frequentemente acompanhados: acromatopsia e alexia
Natureza do defeito:
Em casos de prosopagnosia isolada:
Paciente geralmente podem identificar outras classes do objetos
A área primária visual está intacta
Habilidade de integrar percepção facial com experiencias anteriores é
prejudicada
Agnosia se estende ao reconhecimento de automóveis, formatos/tipos de
roupas, ingredientes de forma e volume semelhantes, animais específicos num
grupo → processo de reconhecimento é lesado quando os indivíduos
precisam separar tais classes de estímulo de outros objetos num grupo
Os subcomponentes dos objetos são percebidos, mas não há integralização (Dr.
P)
Relação com a memória declarativa episódica: distúrbio da memória contextual
visualmente ativada (associativo)
Referência:
Albonico, A., & Barton, J. (2019). Progress in perceptual research: the case
of prosopagnosia. F1000Research, 8, F1000 Faculty Rev-765.
https://doi.org/10.12688/f1000research.18492.1
Prosopagnosia: comprometimento na habilidade de reconhecer faces familiares;
pode ser adquirida por lesões ou por desenvolvimento disfuncional
Diagnóstico:
Perda da familiaridade de rostos já conhecidos e incapacidade de reconhecer
novas faces
Testes de familiaridade a curto prazo: apresentação de rostos numa fase de
aprendizado, depois os mesmos juntamente com novas faces como distração →
sujeito deve indicar quais foram aprendidos na fase 1 + testes com rostos
familiares/famosos; ex.: the Warrington Recognition Memory Test10 and the
Cambridge Face Memory Test
03 tipos principais:
1. Testes de percepção facial: detectar faces num rol; discriminar/combinar
faces vistas
2. Testes de reconhecimento facial: citados acima
3. Testes de identificação facial: nomear e apresentar informações sobre a
pessoa cujo rosto é mostrado
2 e 3: indivíduos com prosopagnosia apresentam dificuldades
1: utilizado para distinguir se o indivíduo possui uma variante perceptiva
(subverificação da estrutura facial no processo perceptual) ou uma variante
associativa (problema não é a percepção, mas a habilidade dessa acessar
memorias faciais)
Questionários pessoais → problema: indivíduo pode não estar 100% ciente de
seu problema/habilidades de reconhecimento (Caso Dr. P)
Critérios:
1. Dificuldade de reconhecer faces no dia a dia
2. Reconhecimento prejudicado em pelo menos 2 testes
3. Percepção e memória intactas
4. Exclusão de outros transtornos que podem prejudicar o reconhecimento
facial (ex: TEA)
Base neurológica:
Lesões:
bilaterais ou concentradas no hemisfério direito
Áreas: região ventral do córtex occipitotemporal e giro fusiforme (variante
perceptiva) + córtex anterior temporal (variante associativa/amnésia)
Prosopagnosia de desenvolvimento:
sem grandes lesões aparentes → estudo feito com técnicas de neuroimagem,
como medição da grossura cortical, grau de ativação funcional e conectividade
na rede neural
Teorias – (1) associada a alterações em diversas regiões de reconhecimento
facial, principalmente giro fusiforme, menor densidade cortical, anormalidades
na difusão de imagens na substância branca e pouco feedfoward nas primeiras
áreas visuais occipitotemporais ou (2) desconexão entre regiões anteriores e
posteriores na rede facial
A prosopagnosia é apenas sobre faces?
Estudos de casos em prosopagnosia adquirida: resultados mistos → alguns
reconheciam normalmente outros objetos; outros apresentavam prejuízo (Dr. P)
Prosopagnosia do desenvolvimento: maioria mostrava reconhecimento de
objetos prejudicado
Hipóteses: processamento facial e de palavras visuais (escritas) competem por
regiões como o giro fusiforme → palavras processadas mais a esquerda e faces
se lateralizam mais à direita; porém, há intercambio; prosopagnosia do lado
direito → pequeno déficit de leitura e no processamento de palavras + alexia do
lado esquerdo → pequeno prejuízo no reconhecimento facial
Tratamento:
Estratégias compensatórias: reconhecimento alcançado contornando o prejuízo
no processamento facial + Remediação: atenuar o prejuízo
Estratégias focadas em melhora da função de memória VS estratégias focadas
na função perceptual
Sem cura até o momento