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3590-B COSMÉTICA DO CABELO E INSTALAÇÃO ERGONÓMICA DO CLIENTE

3590-B Cosmética do Cabelo e Instalação Ergonómica do Cliente

Índice

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4

HIGIENE DIÁRIA ........................................................................................................ 5

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA ................................................................................... 5

ESTADOS DO CABELO ............................................................................................................................. 6


CABELOS ESPIGADOS ............................................................................................................................... 6
DOENÇAS DE PÉROLA .............................................................................................................................. 6
CABELOS FINOS ........................................................................................................................................ 7
CABELOS FRÁGEIS .................................................................................................................................... 7
CABELOS SECOS ....................................................................................................................................... 7

SHAMPÔOS .............................................................................................................. 7
DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................... 7
CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................................... 7
COMPOSIÇÃO DOS SHAMPÔS ................................................................................................................. 8
QUALIDADES DE UM BOM SHAMPÔ ....................................................................................................... 8
HISTÓRIA DO SHAMPÔ ............................................................................................................................ 8

TÉCNICAS DO SHAMPÔ ........................................................................................... 10

DIAGNÓSTICO (CABELO E COURO CABELUDO) ..................................................................................... 10


OBSERVAÇÕES DO CABELO .................................................................................................................... 10
OBSERVAÇÕES DO COURO CABELUDO .................................................................................................. 11

USO DO SHAMPÔO APROPRIADO ........................................................................... 12

INSTALAÇÃO DA CLIENTE ........................................................................................ 13

FICHAS CLIENTE ...................................................................................................... 13

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 15

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INTRODUÇÃO

A convivência em sociedade implica um


determinado número de cuidados higiénicos e
estéticos, incluindo os que dizem respeito ao cabelo
e couro cabeludo.

Para a realização desses cuidados, surgem, quase


todos os dias, novos produtos de limpeza e
cosméticos, sobre os quais é frequente os clientes
fazerem perguntas. Importa, portanto, saber
responder-lhe de uma forma correta.

Em todos se procura minimizar a possibilidade da


ação irritadiça local, embora possam surgir, por
vezes, casos de eczema que o profissional deve saber
interpretar, recomendando a consulta de um
especialista (dermatologista).

Consequentemente, é preciso ter em conta algumas


noções básicas que asseguram o mínimo de
probabilidades de aparecerem certos problemas no couro cabeludo e cabelo. Estas
determinam-se pela higiene diária, uso de shampô apropriado, origem e temperatura da água
e alimentação equilibrada.

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HIGIENE DIÁRIA
O cabelo deve ser bem lavado e limpo, com uma frequência que depende do tipo de
cabelo. Assim, um cabelo oleoso deve ser lavado cada 2,3 dias, enquanto um cabelo seco basta
que seja lavado cada 5,6 dias.

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
Muitas vezes, a queda de cabelo ou a falta de brilho e robustez, deve-se
à falta de ingestão de alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes,
cereais ou fibras. Quando se come habitualmente alimentos gordurosos,
congelados, chocolates, frituras, o efeito para o cabelo pode ser trágico.
Se houver uma preocupação com o tipo e qualidade da alimentação, não só
beneficia o nosso cabelo, como também a saúde de nosso organismo, em
geral.

Há que consumir um nível equilibrado de fibras (tão beneficentes), gordura


polisaturada, proteínas e carbohidratos. As fibras que se encontram nos
vegetais e no gérmen de trigo são, excelentes para desfrutar de uma boa
digestão.

As gorduras polisaturadas, basicamente são encontradas nos óleos vegetais


(oliva, girassol, milho, uva, etc.). As proteínas são mais conhecidas por
todos, e as da carne um bom expositor. Também, se encontram nos ovos,
no leite, nos cereais e legumes.
E os carbohidratos são fundamentais para obter
o equilíbrio energético do nosso organismo,
mas devem escolher-se os das frutas e dos
cereais integrais.

Resumindo, a receita para um cabelo saudável é composta por


frutas e hortaliças, muita água (1,5 a 2 litros por dia), leite
desnatado (com pouca gordura e calorias), saladas verdes e longas
caminhadas. Deve evitar-se frituras, gordura, café, tabaco, stress….

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 Alimentos aconselhados  Alimentos desaconselhados


Carnes Hortaliç Cereais, Carnes e
Outros
e peixes as frutas Produtos farináce peixes Produtos Outros
aliment Frutas
e lácteos os e lácteos alimentos.
os.
legumes outros
Carnes Todas as Leite Arroz, Azeite, Vísceras Frutos Manteig Chocolates
magras, hortaliç meio aveia, óleo (fígado, secos a, ,
frango e as gordo, trigo, girassol rins, salgado queijos caramelos,
peru cozidas, queijos pão miolos), s gordos, fritos,
cozinhad alho, magros, integral, porco, natas, álcool,
os sem cebola, requeijão massas, cordeiro, cremes; açúcar
pele, saladas , queijo levedura carnes refinado,
coelho, variadas fresco; s gordas doces em
peixes , frutas iogurtes (salsichas geral.
(salmão, naturais 0% ,
cavala,sa , todos gordura enchidos)
rdinha) os , picantes
legumes
cozidos,
avelãs

ESTADOS DO CABELO

CABELOS ESPIGADOS
Têm como principais causas, lavagens muito frequentes, secagens violentas, escovagens
muito frequentes e enérgicas.

DOENÇAS DE PÉROLA
Inchamento de uma parte do cabelo que forma uma pérola (balão), com consequente
rebentamento da cutícula.

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CABELOS FINOS
Cutícula pouco espessa, cadeias distendidas, secreções cutâneas exageradas, mau estado
de saúde, ação da humidade, calor em demasia, produtos muito fortes.

CABELOS FRÁGEIS
Estado de saúde deficiente, carência de enxofre,
produtos e secagens muito fortes.

CABELOS SECOS
Deficiência em sebum, ação de produtos detergentes
(shampôs), permanentes, descolorações, colorações.

SHAMPÔOS

DEFINIÇÃO
O shampôo é um produto específico para a higiene da cabeça, que deixa o cabelo e o
couro cabeludo perfeitamente limpos e tratados. É um serviço complementar importante do
penteado, da saúde do cabelo, coloração e permanentes.

CARACTERÍSTICAS
Fazer com que os corpos gordos e hidrossolúveis, que se encontram na sujidade do cabelo
se tornem solúveis na água, durante a lavagem.

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COMPOSIÇÃO DOS SHAMPÔS

 Agentes de lavagem (detergente)


 Produtos específicos de tratamento
 Um perfume
 Um antioxigénio
 Um antifermento (para evitar a decomposição do produto)
 Água destilada (regular a concentração do produto)

A saber:
1º Os elementos de origem externa (produtos cosméticos) e impurezas do ar.
2º Os elementos provenientes do couro cabeludo:
 Sebum
 Derivados orgânicos
 Derivados minerais
 Descamação da camada córnea

QUALIDADES DE UM BOM SHAMPÔ

 Lavar bem

 Fácil de retirar do cabelo, com água

 Não secar os cabelos, assim como o couro cabeludo, nem irritar

 Fazer espuma suficiente e estável

 Ter uma boa tolerância cutânea (para as mãos de quem trabalha)

HISTÓRIA DO SHAMPÔ

Na atualidade, o uso de um shampô que é cremoso é para nós uma banalidade, mas
noutros tempos, usavam-se shampôs em pasta (sabão), líquidos, em pó, ou até shampôs
caseiros feitos a partir de gema de ovo.

Antigamente, melhor dizendo, até à relativos poucos anos, empregava-se como shampô,
para limpeza do cabelo, a clássica pasta de sabão. O sabão tem uma série de inadaptações
para esta função, inconvenientes estes que até então não se conheciam. A técnica foi
melhorando as propriedades do sabão para seu uso como shampô, mas sempre inadequados

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por serem demasiado alcalinos, ou seja, mais propriamente detergentes. Além disso, o seu
emprego não era totalmente higiénico, dado que ficavam nos cabelos partículas de sabão.

Quando apareceram os shampôs líquidos,


dada a sua comodidade, além de outras
vantagens, a pasta de sabão caiu praticamente
em desuso. Os shampôs líquidos eram à base de
álcool ou ácidos gordurosos sulfatados, que
derivam de óleos vegetais (rícino, pinho, etc..).
Uma alternativa aos shampôs à base de
álcool que saiam muito caros, eram os shampôs
de produtos de derivados da destilação do
petróleo, os quais ficavam mais baratos, mas
que tinham outras desvantagens.

Posteriormente, surgiram os shampôs


em pó, com uma composição de óxido de
cobre e bicarbonato de sódio, entre outros.
Estes shampôs, pela sua ação absorvente, atraíam as substâncias gordurosas do cabelo,
sendo posteriormente necessário, escovar o cabelo para soltar o pó. Houve tempos em que
foi muito utilizado, e para a sua aplicação os cabeleireiros diluíam em água. Apesar da difícil
aplicação em cabelos longos, em seu tempo, esta espécie de shampô substituiu o shampô
de pasta de sabão.

Para cabelos secos, ou gordurosos, aplicavam-se shampôs específicos. Para cabelos


gordurosos ou seborreicos, aplicava-se shampô resinoso que era uma composição de
shampô de álcool com resina. Para cabelos secos, shampô oleoso. Apareceram também
shampôs de macela, colorantes e de tratamento. Os de macela tinham função aclaradora.
Eram aplicados e deixados durante um determinado tempo. Durante a exposição e segundo
o grau do shampô aplicado, o cabelo aclarava-se ligeiramente. Para colorir os cabelos ou
disfarçar os cabelos brancos, haviam shampôs colorantes. Os shampôs de tratamento para
o caso da seborreia, por exemplo. Estes últimos podiam ser catiónicos ou aniónicos e
lavavam sem necessidade de fricção.

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TÉCNICAS DO SHAMPÔ

Em função do diagnóstico:

- Couro cabeludo e do cabelo


Dos serviços:

- Mise e saúde do cabelo (brushing)

- Permanente

- Descoloração

- Coloração

DIAGNÓSTICO (CABELO E COURO CABELUDO)

O shampô deve ser escolhido em função do diagnóstico do cabelo, do couro cabeludo e do


serviço a realizar.
A lavagem dos cabelos com um bom shampô torna solúvel na água os corpos gordos e
hidrossolúveis.
A espuma só aparece (desenvolve) quando o cabelo está limpo da sujidade.

Ao ver uma espuma branca e estável podemos dizer que o cabelo está bem lavado e limpo.
Um shampô deve ser sempre bem retirado porque os cabelos podem ficar baços, pesados e
peganhentos.

OBSERVAÇÕES DO CABELO

a) Seleciona-se uma madeixa de cabelo, de preferência das mais sensibilizadas. Observa-


se se as pontas estão sensibilizadas ou em boas condições.
b) Na mesma madeixa, observam-se os meios, a superfície e os contornos. Se a superfície
está opaca, sensibilizada e porosa, notam-se as alterações na estrutura.
c) Observa-se a raiz (crescimentos) para notar a diferença que há entre esta e os
comprimentos.
d) Define-se a textura: fino, médio ou grosso.

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OBSERVAÇÕES DO COURO CABELUDO

a) Observa-se o folículo capilar, que pode apresentar-se aberto e sem impurezas, com os
contornos íntegros e bem hidratados, ou então fechado, com oleosidade e várias
impurezas.
b) Procede-se á observação da superfície do couro cabeludo e decide-se o seu estado:
desidratado, irritado, descamado ou compacto e hidratado.
c) Valoriza-se a densidade do cabelo: de 3 a 5 folículos juntos (ilha folicular) é uma ótima
densidade. Se pelo contrário o número de folículos é de 1 a 3, a densidade é escassa.

Estas são as áreas de observação:


A fim de proceder corretamente há que seguir
uma sequência de observação das distintas áreas da
cabeça:
1) Frontal
2) Superior
3) Vértice
4) Nuca (Occipital)
5) Temporal (Parietal direito)
6) Temporal (Parietal esquerdo)

O diagnóstico do cabelo faz-se através dos itens descritos na tabela subsequente:

 Grosso
Textura do cabelo  Médio

 Fino

 Alopécia (queda)

 Pitiriasis Capitis simplex


Anomalias (caspa seca)
do couro cabeludo  Pitiriasis Esteatóides (caspa
oleosa)

 Seborreia (Oleosidade)

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 Escamação

 Eczema

 Cabelo seco
Estado do cabelo
 Cabelo oleoso

 Cabelo colorado ou não

 Cabelo permanentado ou não


Estado do cabelo (Sensibilização)
 Cabelo descolorado

 Cabelo desfrizado

USO DO SHAMPÔO APROPRIADO


A seleção do shampôo, adequado ao tipo de cabelo e efeito pretendido, é bastante
importante.

Shampoos correntes (normal)- para cabelos normais que apresentam bom estado sem
problemas especificos. Normalmente de ph 7 shampoo neutro. Usado normalmente antes de
uma forma.

Shampoos especificos- utilizados para a manutenção e embelezamento dos cabelos


naturais ou sensibilizados, representam um excelente compromisso entre o shampoo normal e
o shampoo de tratamento. Existe uma grande variedade da gama
-Cabelos colorados(usado no dia da cor de ph5) ou com madeixas
-Cabelos permanentados
-Cabelos finos ou sem volume
-Cabelos enfraquecidos
-Manutenção de cor
-Especial sol
-Especial bebé

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Shampoos tratamento- utilizados nos cabelos com diagnóstico de anomalias


- Caspa
- Seborreicos
-Queda
-Sensibilizados
- Desentoxicantes
- Exfoliantes

INSTALAÇÃO DA CLIENTE
Qualquer que seja a instalação da cliente na calha de lavagem, deve ser adaptada a cada
cliente.
- A altura da bacia deve ser regulada em função da estatura da cliente
- A cabeça da cliente deve poder ficar suficientemente inclinada para trás de forma a que a
água não escorra para a pescoço, para a testa ou para os olhos.
- O cabelo deve ficar solto a cair na bacia
- Conforme a colocação da bacia, a altura e a largura da calha de lavagem, convém colocar-se
na parte de trás da cliente a fim de ter o máximo de conforto e de liberdade de movimentos.

FICHAS CLIENTE
Identificação do Cliente:

Nome da Cliente:
Localidade:
Nº de Telefone:

Características do cabelo e couro cabeludo:

Tipo de cabelo: Textura do cabelo: Estado do cabelo:


 Liso  Fino  Natural
 Ondulado  Médio  Colorado
 Encarapinhado  Grosso  Madeixado
 Descolorado
 Permanentado
 Desfrizado

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Anomalias do couro cabeludo:

 Seborreia (oleosidade) Pitiriasis (caspa) : Alopecia (queda):

 Capitis simplex (seca)  Areata difusa


 Esteatoide (oleosa)  Localizada pelada
 Descamação
 Sensível

Anomalias da haste capilar:

 Rutilismo (cabelos alaranjados)


 Canície (cabelos brancos)
 Pili annulati (anéis pigmentados e não pigmentados)
 Tricoptilose (apresenta fendas ao longo da haste)
 Tricoclasia (pontas espigadas)

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BIBLIOGRAFIA

Livros Técnicos e Profissionais:


 Pinto, António e Pinto, Joaquim, «PROFISSÃO: CABELEIREIRO. Manual de Formação
Guia de Reciclagem», Lisboa, 1986

Revistas Especializadas / Moda:


 «LA COIFFURE DE PARIS – Hors-Série – Português», Edição Trimestral, Lisboa
 «PENTEADOS – Revista de Modas e Beleza», Edição Trimestral, Lisboa
 «REFLEXOS – Moda – Associação dos Cabeleireiros de Portugal», Edição Trimestral,
Porto
 «B & C – Barbeiros e Cabeleireiros», Edição Trimestral, Lisboa
 «Jornal dos Profissionais de Cabeleireiro», Edição mensal, Lisboa

Textos de Consulta:
 Apontamentos do Curso de Oficial de Cabeleireiro de Alda Santos e constantes
atualizações
 Módulos de formação técnica ministrados pela formadora Alda Santos

Sítios da Internet:
www.pt.wikipedia.org
www.cabeleireirospt.com
www.hairboutique.com
www.sitemedico.com.br
www.revistacabeleireiros.com
www.bireme.br
www.hair-factory.com
www.cabelosonline.pt

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

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