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Extração líquido-líquido e

absorção gasosa

Simulação de Plantas Inteiras (FEQUI31032)


Faculdade de Engenharia Química
Curso de Graduação em Engenharia Química
Prof. Adilson J. de Assis
2020
Sumário

EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO E ABSORÇÃO GASOSA


Equilíbrio líquido-líquido de misturas binárias

Equilíbrio líquido-líquido de misturas ternárias

Coluna de extração líquido-líquido

Absorção gasosa

“Executar simulações de processo sofisticadas não garante resultados


corretos. Você precisa entender os pressupostos termodinâmicos
subjacentes ao programa e como garantir a aplicação adequada.”
AGARWAL et al., Uncovering the realities of simulation. CEP, maio, 2001.

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Sumário

EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO

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EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO E ABSORÇÃO GASOSA

USOS INDUSTRIAIS:

Fonte: http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=63&Itemid=148

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EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO E ABSORÇÃO GASOSA

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS BINÁRIAS:



Soluções aquosas de ácidos orgânicos com alto teor de água tem custo elevado de
separação usando destilação. Ex.: separação do ácido acético da água usando extração
com éter isopropílico ou acetato de metila ou heptadecanol ou clorofórmio

Desparafinação de frações do petróleo: tem o objetivo de separar parafinas (n-hexano e
n-heptano) de aromáticos (benzeno e tolueno) usando dietilenoglicol (DEG) com fluido
extrator

Extração do etilenoglicol (um agente desidratante muito comum) da água usando
furfural

Termodinâmica da extração no simulador de processos:

Fase vapor: gás ideal (pressão geralmente é baixa)

Fase líquida: presença do ELL; usar NRTL ou UNIQUAC quando os coeficientes de


interação binária são conhecidos e UNIFAC quando não são; lembrar
que o modelo de Wilson não prevê a formação de ELL

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS BINÁRIAS:


Algumas misturas binárias foram heteroazeotrópo. Exemplos:
Benzeno - Água NBP 69,2 °C
Diclorometano - Água NBP 38,5 °C
n-Butanol - Água NBP 93,5 °C
Tolueno - Água NBP 82 °C

Nesse caso as duas fases líquidas


são formadas apenas pela variação
da temperatura, cf. pode ser visto
na figura ao lado

Uma mistura de comp. X1 pode ser X2


separada por destilação simples até a
composição X2 (azeótropo). Se a T for
abaixada a T1, 2 fases líquidas se T1
formarão, uma de composição antes
do azeótropo, outra após.
X1
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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS BINÁRIAS:


Essa estratégia tira proveito da figura anterior e se chama destilação azeotrópica; consiste
então em duas colunas de destilação e um vaso de equilíbrio líquido-líquido. A vídeo-aula
a seguir mostrará isso ocorrendo no processo de separação butanol-água.

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1) Baixe e abra no COCO o fluxograma já pronto que simula a


separação de Butanol e Água fazendo uso do equilíbrio líquido-
líquido fornecendo um meio para quebrar o azeótropo vapor-
líquido: [processo industrial]

http://www.cocosimulator.org/downcs.php?dl=Butanol_Water_ef
22p4249.fsd

Inspecione os modelos termofísicos que estão sendo utilizados


na simulação; em seguida, edite o decantador e veja o que foi
especificado na aba “Thermodynamics”; sem alterar nada,
execute a simulação (a convergência desse processo pode
demorar pela presença de dois reciclos); observe as composições
da entrada e das saídas e vincule-as com o diagrama Txy

2) Veja e reproduza nessa vídeo-aula “Equilíbrio líquido-líquido,


ELL, água-butanol” a configuração de um decantador com
equilíbrio líquido-líquido que tira proveito do fenômeno
mostrado na figura do slide 6:
X
http://www.youtube.com/watch?v=OtQJsZHQ8so T 2

1 X
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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:


Na extração líquido-líquido, as misturas ternárias não ideais passam por divisão de fases
para formar duas fases líquidas de composições diferentes. O caso mais simples é o
estágio de equilíbrio único mostrado na Figura 4.12a, onde apenas o componente B,
chamado de soluto, tem solubilidade apreciável no componente A, o transportador, ou no
componente C, o solvente. O soluto entra no estágio de equilíbrio na alimentação, F, com
o transportador, mas não está presente no solvente fresco, S. No estágio, B é extraído pelo
solvente C para produzir o extrato, E.

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:


O B não extraído deixa o estágio com o transportador A no rafinado, R. Por convenção, o
extrato é mostrado saindo do topo do estágio, embora possa não ter a densidade mais
baixa. A e C podem ser mutuamente insolúveis (Fig. 4.12a) ou parcialmente solúveis (Fig.
4.12b)

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:


O diagrama ternário
líquido-líquido é
fundamental para
entender o processo de
extração líquido-líquido

Se uma mistura com a


composição do ponto M (~
20% H2O, ~60% furfural,
~20% etilenoglicol)
alimenta um decantador,
irão se formar, de acordo
com o diagrama ternário,
duas fases líquidas, de
composição R e E (dadas
pela linha de amarração
que passa por M)

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:


Somente as composições que
caem dentro do sino formam
duas fases, uma aquosa (R) e
outra orgânica (E)
Os pares água-etileno glicol e
furfural-etileno glicol são
completamente miscíveis;
furfural-água são apenas
parcialmente miscíveis
Soluto: etileno glicol
Solvente: furfural (remove
etileno glicol de uma mistura
binária com água)
Fase rica em furfural: extrato
Fase rica em água: rafinado
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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:



A figura mostra uma mistura homogênea (etanol + heptano) formando duas fases líquidas
pela adição de uma 3ª substância (no caso um líquido iônico IL)

Após se formarem as duas fases líquidas um decantador pode ser usado para separá-las

Decantador líquido-líquido no COCO: é um vaso de flash no ChemSep para o qual escolhe-
se como modelo termodinâmico “liquid-liquid gama” cf. Mostrado na vídeo-aula:
https://www.youtube.com/watch?v=OtQJsZHQ8so

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:



A figura a seguir mostra a região em que se formam duas fases líquidas para o ternário
água + ácido acético + acetato de etila a 313,15 K. Exemplo: água (70% mol/mol) + ácido
acético (10%) + acetato de etila (20%) → ponto M [ ]. Nessa composição formam-se duas ponto M [ ]. Nessa composição formam-se duas
fases líq. de composição: água (90%) + ácido acético (5%) + acetato de etila (5%) [ ] e água
(55%) + ácido acético (15%) + acetato de etila (30%) [ ]

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:



Para o ponto M o COCO/ChemSep fornece como resultado do ELL usando o UNIFAC (NIST)
como modelo do coeficiente de atividade:

Valores experimentais (figs.


anteriores):

Fase aquosa: água (90%) + ácido
acético (5%) + acetato de etila (5%)

Fase orgânica: água (55%) + ácido
acético (15%) + acetato de etila
(30%)
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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:



Já a composição água (20% mol/mol) + ácido acético (20%) + acetato de etila (60%) → ponto M [ ]. Nessa composição formam-se duas
ponto F [ ], está for a do sino e portanto apenas uma fase líquida será formada

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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE MISTURAS TERNÁRIAS:



Para o ponto F o COCO/ChemSep fornece como resultado a ausência de ELL usando o
UNIFAC (NIST) como modelo do coeficiente de atividade o que está de acordo com o
verificado experimentalmente:

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DESTILAÇÃO
AZEOTRÓPICA
HETEROGÊNEA: ELV + ELL

Na destilação azeotrópica faz-se uso
do ELV (destilação simples) + ELL
(decantador de duas fases) para
“quebrar” ou “pular” o azeótropo

Esse é um dos processos de obtenção
de etanol anidro (o etanol que é
misturado na gasolina) nas destilarias
brasileiras usando como solvente (na
destilação azeotrópica é chamado de
“entrainer”) ciclohexano,
etilenoglicol, glicerol etc. No passado
o benzeno era a substância mais
comum, hoje banida no Brasil por ser
altamente carcinogênica.

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Processo completo simulado no COCO


Decantador: onde ocorre a separação das duas
fases líquidas segundo o ELL
2ª coluna de destilação simples: concentra
1ª e 2ª colunas de destilação o etanol até a especificação
simples: separa o etanol contido no
vinho até próximo ao ponto
de azeótropo

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1) Veja nessas vídeo-aulas “Produção de etanol anidro por destilação azeotrópica heterogênea” como
simular no COCO uma unidade de produção de etanol anidro [processo industrial];

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=Xhgov1x97cI
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=zdoyleBgLr0

Não é necessário reproduzir, APENAS ASSISTA para entender como


a termodinâmica do ELV e principalmente do ELL desempenha um
papel crucial na simulação e operação física dessa unidade; a
simulação desse processo é complexa, demanda bastante tempo
para convergir o processo e está além do escopo dessa displina
introdutória.

Caso queira simular o processo já pronto no COCO ele está


disponível aqui:
https://www.dropbox.com/s/z4lx0ahe02gpgor/etanol%20agua%20dest%20azeotropica.fs
d?dl=0

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COLUNA DE EXTRAÇÃO LL

Quando apenas um estágio de ELL não é suficiente para se atingir a pureza desejada
emprega-se uma coluna ou uma sequência de células de equilíbrio

O processo de obtenção do ácido acético usa uma coluna de extração para separar
grosseiramente a água desse ácido com acetato de etila como agente extrator; em
seguida cada saída do extrator é separada até a especificação desejada por destilação

Esse procedimento reduz os custos do processo pois a corrente de entrada que contém
um alto teor de água não alimenta diretamente uma coluna de destilação; lembrar que
a destilação tem um alto gasto energético por conta do condensador e refervedor

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1) Veja e reproduza nessa vídeo-aula “Coluna de extração líquido-líquido no ChemSep” a configuração


de uma coluna de extração usada no processo de obtenção do ácido acético e que se baseia no diagrama
mostrado anteriormente e ao invés de um único estágio de equilíbrio (decantador) usará estágios em
série para enriquecer as fases aquosa e orgânica se tornando uma coluna de extração [processo
industrial]: http://www.youtube.com/watch?v=cN9UMM0JUSU

Atenção ao fato de que toda a simulação é feita


apenas no ChemSep sem usar o COCO

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ABSORÇÃO GASOSA

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ABSORÇÃO GASOSA

A absorção de gases (ou ainda por “Scrubbing”) é um processo com o qual se pretende
remover preferencialmente um ou mais componentes de uma mistura gasosa por
contato com uma corrente líquida onde esses componentes se dissolvem.

A absorção é usada para separar misturas de gases, remover impurezas ou recuperar
produtos químicos valiosos.

A operação inversa chama-se Desabsorção (“Desorption” ou “Stripping”), na qual um
componente dissolvido num líquido passa para a fase gasosa.

Embora a transferência de massa ocorra em direções opostas os princípios físicos
associados tanto à Absorção como à Desabsorção são os mesmos.

O componente transferido de uma fase para outra é designado por Soluto, a corrente
gasosa é composta pelo gás soluto e o Gás de Transporte (ou inerte), e a corrente
líquida é constituída pelo Solvente e o soluto.

A absorção tem uma grande importância na indústria pois permite que essa atenda
diversos requisitos ambientais na emissão de gases; por exemplo, a absorção de CO2
usando aminas é um dos processos mais importantes na redução das emissões desse gás
do efeito estufa para a atmosfera
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ABSORÇÃO GASOSA

Água e solução aquosa de NaOH são os


absorventes mais comuns

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ABSORÇÃO GASOSA

Os processos de Absorção e Desabsorção são muito usados para produção, separação e
purificação de misturas gasosas e concentração de gases, na produção de ácidos
(sulfúrico, clorídrico, nítrico e fosfórico), de amoníaco, de amônia, de formaldeído, de
carbonato de sódio, no tratamento de gases de combustão do carvão e de refinarias do
petróleo, na remoção de compostos tóxicos ou de odor desagradável (como o gás H2S),
na purificação de gases industriais e na separação de hidrocarbonetos gasosos.

Para regenerar o solvente, ou para obter a corrente gasosa na sua forma pura, pode
elevar-se a temperatura ou pode usar-se vapor de água numa coluna de desabsorção,
também designada coluna regeneradora (Fig. 1). Como exemplos, tem-se a absorção de
NH3 em água (NH4OH) a partir do ar, seguido de elevação de temperatura para
recuperação do NH3.

Quando a água é usada como absorvente, ela é normalmente separada do soluto por
destilação em vez de por desabsorção (“stripping”).

Mais sobre absorção: http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=35&Itemid=152

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ABSORÇÃO E DESABSORÇÃO GASOSA

A figura mostra um processo de remoção de CO2 do gás proveniente de uma queima usando aminas como
fluido de absorção. A primeira coluna libera o gás limpo para a atmosfera e a segunda regenera a amina, que é
reciclada para a primeira coluna, e produz uma saída praticamente pura em CO2 que pode ser utilizado para
fins industriais ou armazenado em depósitos subterrâneos.

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EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO E ABSORÇÃO GASOSA

ABSORÇÃO GASOSA

A escolha correta do modelo


termodinâmico para prever a curva
de equilíbrio do gás dissolvido no
líquido é fundamental na simulação
de uma coluna de absorção

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ABSORÇÃO GASOSA: TERMODINÂMICA



A curva de equilíbrio é a relação entre a concentração do soluto na fase gás e na fase
líquida

Em geral quanto menor T e maior P, melhor é a absorção

Absorção com soluções aquosas ácidas (contendo NH3, H2S, CO2 etc) ou soluções aquosas
com aminas → ponto M [ ]. Nessa composição formam-se duas utilizam-se modelos especiais (não disponíveis no COCO/ChemSep)

P ~ 1 atm: para espécies gasosas condensáveis* (ex.: acetona) pode-se usar a Lei de
Raoult se a mistura for ideal ou a Lei de Raoult modificada para sistemas líquidos não
ideais (que no COCO é o modelo DECHEMA de coeficiente de atividade + fase vapor
ideal); em ambos os casos requer-se um modelo de pressão de vapor para os
componentes adequado
Lei de Raoult: K i = y i / x i=P si / P
Lei de Raoult modificada: K i = y i / x i= γ i P is / P

*condensável nas T e P da ordem de grandeza do processo

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ABSORÇÃO GASOSA:
TERMODINÂMICA

P ~ 1 atm: para espécies gasosas não


condensáveis* com baixo peso molecular e cuja
temperatura crítica Tc é menor do que a
temperatura do sistema: gás dissolve no líquido;
nesse caso o fator de separação K pode ser
calculado usando a Lei de Henry Hi
K i=
Constante da lei de Henry para solubilidade de P
gases na água. Adaptado de O.A. Hougen, K.M.
Watson, and R.A. Ragatz, Chemical Process
Principles. Part I, 2nd ed., John Wiley and Sons,
New York (1954).
yi H i
K i= =
xi P

*não condensável nas T e P da ordem de grandeza do processo

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Lei de Henry no COCO/ChemSep

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ABSORÇÃO GASOSA: TERMODINÂMICA


Na figura anterior mostra-se a configuração dentro do ChemSep para usar a Lei de
Henry somente para os componentes selecionados (gases leves não condensáveis):
nitrogênio e oxigênio em água mas não na acetona

As constantes são calculadas usando uma equação em função da T cujos coeficientes
são carregados pressionando “Auto-load”

Para a acetona o ChemSep usará o modelo de coeficiente de atividade: NRTL

Para o modelo de DECHEMA de cálculo de K deve-se usar sempre a equação de Antoine
para cálculo de Ps

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ABSORÇÃO GASOSA

A figura abaixo mostra um típico processo
industrial de absorção

A alimentação, que contém ar (21% O2, 78% N2
e 1% Ar), vapor de água e vapor de acetona, é o
gás que sai de um secador onde as fibras sólidas
de acetato de celulose, úmidas com água e
acetona, são secas. A acetona é removida por um
absorvedor de 30 bandejas usando água como
absorvente. A porcentagem de acetona
removida da corrente de ar é 10,25/10,3 = 99,5%

Embora o principal componente absorvido pela
água seja a acetona, também há pequenas
quantidades de oxigênio e nitrogênio
absorvidos pela água.

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1) Veja e reproduza nessa vídeo-aula “Coluna de absorção para separação de misturas diluídas” como
simular no COCO uma coluna lavadora de gases industriais [processo industrial]; destaca-se a
importância da escolha adequada do pacote de propriedades

http://www.youtube.com/watch?v=WFzK0Y00-Ek

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