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O homem é criatura e ao mesmo tempo é o elo que liga o mundo sensível ao mundo
espiritual, fazendo a ligação entre a bondade do criador e a natureza criada, e esse elo é
expresso pela razão, característica essa que faz do ser humano um ser diferente dos
demais. Assim, o homem se distingue dos outros por ter alma racional e imaterial; o
corpo e a alma são criados ao mesmo tempo, respeitando a dignidade e valorizando a
individualidade, Deus criou o homem livre, se o homem é o elo entre o mundo
inteligível e palpável, é certo dizer que a alma é a centelha de Deus, que como semente
foi misturada ao ser humano e com a morte um dia retornará ao seu Criador.
Quando Gregório de Nissa fala de uma concepção antropológica do homem, ele defende
um olhar global, onde a reconstrução do indivíduo – imagem e semelhança do Criador
que se dá por um caráter concreto, ou seja, olhando para Cristo como a personificação
do Logos que serve de modelo para toda criatura racional que quer encontrar o sentido
último de sua existência. A morte que é a grande limitação humana, para o Nisseno é a
purificação da alma que desfigurada pelo pecado retorna à natureza e condição
originária.