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Transformada de

Laplace
PROFA. FÁTIMA
Definição
A Transformada de Fourier t.c. permite a representação de sinais como combinação linear de
exponenciais complexas na forma 𝑒 𝑗𝜔𝑡 , onde 𝑗𝜔𝑡 é a parte imaginária de um número complexo.
Fazendo 𝑒 𝑠𝑡 , com valores de s não apenas imaginários, essa representação leva à transformada de
Laplace.
A transformada de Laplace permite representar um sinal x(t) em termos de componentes
exponenciais complexas gerais. A transformada de Laplace para o sinal x(t) é definida como:

Onde 𝑠 = 𝜎 + 𝑗𝑤 é o parâmetro complexo do sinal X(s) e


e X(s) é a transformada de Laplace de x(t)

2
Comparação com a Transformada Fourier
Para 𝒔 = 𝒋𝒘 temos
é a Transformada de Fourier.

Para 𝒔 = 𝝈 + 𝒋𝒘

É a transformada de Fourier de 𝒙 𝒕 𝒆−𝝈𝒕 .

A exponencial 𝑒 −𝜎𝑡 pode ser crescente ou decrescente com o tempo, dependendo se 𝜎 é positivo
ou negativo – importante para verificar a região de convergência do sinal .

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A transformada inversa de Laplace
Transformada direta de Laplace:

Transformada inversa de Laplace:

Pares:

A transformada de Laplace permite trabalhar nos dois lados do tempo, de −∞ 𝑎 + ∞ (sinais causais e
não causais) – transformada bilateral. Existe a transformada unilateral para sistemas causais.

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Região de convergência (RDC)
❑ Região de convergência (RDC) da transformada de Laplace é a região de existência de X(s).
❑ É o conjunto de valores de s para os quais a integral X(s) converge – plano complexo s.

Im(s)=w
❑ observação sobre a exponencial Plano s
0 𝑠𝑒 𝑘 > 0
lim 𝑒 −𝑘𝑡 = ቊ
𝑡→∞ ∞ 𝑠𝑒 𝐾 < 0
Re(s)=𝜎
0 𝑠𝑒 𝑘 < 0
lim 𝑒 −𝑘𝑡 = ቊ
𝑡→−∞ ∞ 𝑠𝑒 𝐾 > 0

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Polos e Zeros de X(s)
Em geral, X(s) é uma relação entre dois polinômios na variável complexa s de modo que:
𝑵(𝒔) 𝒃𝒎 𝒔𝒎 +𝒃𝒎−𝟏 𝒔𝒎−𝟏 + ...+𝒃𝟏 𝒔+𝒃𝟎 𝒃𝒎 ς𝒎𝒌=𝟏(𝒔−𝒄𝒌 )
𝑿 𝒔 = = = ς𝒏
𝑫(𝒔) 𝒔𝒏 +𝒂𝒏−𝟏 𝒔𝒏−𝟏 +…+𝒂𝟏 𝒔+𝒂𝟎 𝒌=𝟏(𝒔−𝒅𝒌 )

também expressos por suas raízes 𝑐𝑘 e 𝑑𝑘 .


As raízes do numerador 𝑁 𝑠 , 𝑐𝑘 , são denominadas de ZEROS de X(s), pois para esses valores de
s temos X(s) = 0.
As raízes do denominador 𝐷 𝑠 , 𝑑𝑘 , são denominadas de POLOS de X(s), pois para estes valores
de s, temos X(s) infinito. Portanto, os polos NÃO PODEM estar contidos no RDC.
Os polos e os zeros finitos de X(s) no plano s e a indicação da RDC caracterizam completamente
a transformada de Laplace. Graficamente, representam-se zeros (o) e polos (x).

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Tipos de RDC
1. Sinal de duração finita: É o sinal nulo fora de um intervalo finito de tempo 𝑇1 , 𝑇2 , ou seja,
𝑥 𝑡 ≠ 0 somente para 𝑇1 ≤ 𝑡 ≤ 𝑇2 com 𝑇1 e 𝑇2 finitos e 𝑇1 < 𝑇2 . Assim,
𝑇2
‫𝑇׬‬ 𝑥 𝑡 𝑒 −𝜎𝑡 𝑑𝑡 < ∞ com −∞ < 𝑇1 < 𝑇2 < ∞ pois 𝑥 𝑡 <∞
1

Obs.
i) Se t for negativo no intervalo 𝑇1 , 𝑇2 então 𝜎 = ∞ não está na RDC
Ii) Se t for positivo no intervalo 𝑇1 , 𝑇2 então 𝜎 = −∞ não está na RDC
Portanto, se 𝑥 𝑡 tiver duração finita, a RDC é todo plano s com exceção de 𝝈 = ∞ e 𝝈 = −∞
Im RDC
𝑥 𝑡

𝑇1 𝑇2 t Re

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Tipos de RDC

2. Sinal lateral à direita: É o sinal nulo para 𝑡 < 𝑇1 com 𝑇1 finito, ou seja, 𝑥 𝑡 = 0 se 𝑡 ≤ 𝑇1
Assim,

‫𝑇׬‬ 𝑥 𝑡 𝑒 −𝜎1 𝑡 𝑑𝑡 < ∞ com −∞ < 𝑇1 < ∞ pois 𝑥 𝑡 <∞
1

A RDC deve ser a região em que 𝝈 > 𝒂 com exceção do infinito e 𝑎 maior polo de X(s).
Im RDC
𝑥 𝑡

𝑇1 t 𝑎x Re

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Tipos de RDC

3. Sinal lateral à esquerda: É o sinal nulo para 𝑡 > 𝑇2 com 𝑇2 finito, ou seja, 𝑥 𝑡 ≠ 0 se 𝑡 ≤ 𝑇2
Assim,
𝑇2
‫׬‬−∞ 𝑥 𝑡 𝑒 −𝜎1 𝑡 𝑑𝑡 < ∞ com −∞ < 𝑇2 < ∞ pois 𝑥 𝑡 <∞

A RDC deve ser a região em que 𝝈 < 𝒃 com exceção do −∞ e 𝑏 é o menor polo de X(s).
RDC Im
𝑥 𝑡

t x𝑏
𝑇2 Re

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Tipos de RDC
4. Sinal bilateral: É o sinal não limitado no tempo, ou seja, 𝑥 𝑡 é definido para qualquer valor
de 𝑡 em −∞, ∞ . Assim, pode-se definir 𝑥 𝑡 como sendo a soma de dois sinais, um lateral à
esquerda e o outro lateral à direita: 𝑥 𝑡 = 𝑥𝑑 𝑡 + 𝑥𝑒 (𝑡). Assim,
𝑥𝑑 𝑡 ⟺ 𝑋𝑑 (𝑠), RDC 𝜎>𝑎
𝑥𝑒 (𝑡) ⟺ 𝑋𝑒 𝑠 , 𝑅𝐷𝐶 𝜎<𝑏
A RDC deve ser a região em que 𝒂 < 𝝈 < 𝒃 e 𝒂 e 𝒃 são dois polos de X(s), com 𝒂 < 𝒃 .
Im RDC: intersecção das RDCs
𝑥 𝑡

x x
t 𝑎 𝑏 Re

A RDC situa-se entre os polos e é limitada por estes.

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Exemplo 1
1. Seja o sinal 𝒙 𝒕 = 𝒆−𝒂𝒕 𝒖(𝒕). Determine a transformada de Laplace e a RDC do sinal.
Sol.

Região de Convergência
Im

x
-a Real

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Exemplo – comparação t. Fourier

1. Seja o sinal 𝒙 𝒕 = 𝒆−𝒂𝒕 𝒖 𝒕 𝑋 𝜎 + 𝑗𝑤 = ‫׬‬0 𝑒 −(𝜎+𝑎)𝑡 𝑒 −𝑗𝜔𝑡 𝑑𝑡

𝜎 > −𝑎
Sol. 1
𝑋 𝜎 + 𝑗𝑤 = , 𝜎+𝑎 >0
∞ 𝜎+𝑎 +𝑗𝑤
𝑋 𝑤 = ‫׬‬−∞ 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢 𝑡 𝑒 −𝑗𝜔𝑡 𝑑𝑡
∞ 1
= ‫׬‬0 𝑒 −(𝑎+𝑗𝑤)𝑡 𝑑𝑡 = 𝑎+𝑗𝑤 , 𝑎>0 1 1
𝑋 𝑠 = = 𝑎+𝑗𝑤 com ℜ𝑒 𝑠 > −𝑎
𝜎+𝑎 +𝑗𝑤

∞ ∞
𝑋 𝑠 = ‫׬‬−∞ 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢 𝑡 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡 = ‫׬‬0 𝑒 −(𝑎+𝑠)𝑡 𝑑𝑡 Se 𝑎 > 0 𝜎=0 e 𝑋 𝑠 =𝑋 𝑤
Para comparação: 𝑠 = 𝜎 + 𝑗𝑤 Se 𝑎 ≤ 0 𝑿 𝒘 não existe mas 𝑿 𝒔 existe

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Exemplo 2
2. Seja o sinal 𝒙 𝒕 = −𝒆−𝒂𝒕 𝒖(−𝒕). Determine a transformada de Laplace do sinal e a RDC.
Sol.

RDC

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Observação
No exemplo 1
1
𝑥 𝑡 = 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢 𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = 𝑠+𝑎 , ℜ𝑒 𝑠 > −𝑎

No exemplo 2
1
𝑥 𝑡 = −𝑒 −𝑎𝑡 𝑢 −𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = 𝑠+𝑎 , ℜ𝑒 𝑠 < −𝑎

É necessário especificar a expressão algébrica e a RDC

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Exemplo 3
3. Seja o sinal 𝒙 𝒕 = 𝒆𝒂𝒕 𝒖(𝒕). Determine a transformada de Laplace e a RDC do sinal.
RDC
Sol.

Im(s)
∞ ∞ −1 ∞
𝑋 𝑠 = ‫׬‬−∞ 𝑒 𝑎𝑡 𝑢(𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡 = ‫׬‬0 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 𝑑𝑡 = 𝑠−𝑎 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 ቕ
0
−1 1
= {lim 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 − 1} =
𝑠−𝑎 𝑡→∞ 𝑠−𝑎 ax
Re(s)

Como:
0 𝑅𝑒 𝑠 − 𝑎 > 0 𝟏
lim 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 = ቊ 𝑿 𝒔 = 𝑹𝒆 𝒔 > 𝒂
𝑡→∞ ∞ 𝑅𝑒 𝑠 − 𝑎 < 0 𝒔−𝒂

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Exemplo 4
4. Seja o sinal 𝒙 𝒕 = −𝒆𝒂𝒕 𝒖(𝒕). Determine a transformada de Laplace e a RDC do sinal.
RDC
Sol.

Im(s)
∞ ∞ 1 ∞
𝑋 𝑠 = − ‫׬‬−∞ 𝑒 𝑎𝑡 𝑢 𝑡 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡 = − ‫׬‬0 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 𝑑𝑡 = 𝑠−𝑎 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 ቕ
0
1 −1
= {lim 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 − 1} =
𝑠−𝑎 𝑡→∞ 𝑠−𝑎 ax
Re(s)

Como:
0 𝑅𝑒 𝑠 − 𝑎 > 0 −𝟏
lim 𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡 = ቊ 𝑿 𝒔 = 𝑹𝒆 𝒔 > 𝒂
𝑡→∞ ∞ 𝑅𝑒 𝑠 − 𝑎 < 0 𝒔−𝒂

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MATLAB Determinar a tranf. De Laplace
Obs. Calcular e comparar com os resultados obtidos no Matlab.
1) 𝑥 𝑡 = 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢(𝑡)
2) 𝑥 𝑡 = −𝑒 −𝑎𝑡 𝑢(𝑡)
3) 𝑥 𝑡 = 3𝑒 2𝑡 𝑢(𝑡)
i) O comando syms constrói variáveis simbólicas.
ii) A função laplace(f) é a transformada unilateral de Laplace uma função simbólica f de variável
independente t (default), retornará uma função em s. Por definição L(s) = int(f(t)*exp(-s*t),t,0,inf)
>> syms a t; % diretório de variáveis simbólicas
>> x1 = laplace(exp(-a*t))
>> x2 = laplace(-exp(-a*t))
>> x3 = laplace(3*exp(2*t))

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exemplos
5. Determine a T. Laplace (expressão e RDC) para:

x x
-2 -1
RDC: ℜ𝑒 𝑠 > −1

18
exemplos Im

6. Determine a T. Laplace (expressão e RDC) para 𝒙 𝒕 = 𝒆−𝒌|𝒕|.


x x
−𝑘 𝑘 Re
Sol.
𝑒 −𝑘𝑡 , 𝑡 ≥ 0
𝑥 𝑡 = ቊ 𝑘𝑡 ⟹ 𝑥 𝑡 = 𝑒 −𝑘𝑡 𝑢 𝑡 + 𝑒 𝑘𝑡 𝑢(−𝑡)
𝑒 , 𝑡<0
Se 𝑘 > 0, ambas são convergentes. Se 𝑘 < 0 ambas são divergentes e não existe Laplace de 𝑥 𝑡 .
Para 𝑘 > 0:
1
𝑒 −𝑘𝑡 𝑢 𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = 𝑠+𝑘 , ℜ𝑒 𝑠 > −𝑘
1 1 2𝑘
1 𝑋 𝑠 = − =− 2 , 𝑅𝐷𝐶: −𝑘 < 𝜎 < 𝑘
𝑘𝑡
𝑒 𝑢 −𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = − 𝑠−𝑘 , ℜ𝑒 𝑠 < 𝑘 𝑠+𝑘 𝑠−𝑘 𝑠 − 𝑘2

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Pares da transformada de Laplace
de sinais elementares unilaterais

20
exemplos
Consultando a tabela, determinar a T. Laplace para:
A) 𝑥 𝑡 = 2𝛿 𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = 2

B) 𝑥 𝑡 = 𝑢 𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠

𝑠
C) 𝑥 𝑡 = cos 10𝑡 𝑢 𝑡 ⟺ 𝑋 𝑠 = 𝑠2 +100 , 𝑅𝑒 𝑠 > 0

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A transformada inversa de Laplace
Transformada inversa de Laplace

A solução da integral requer a integração no plano complexo com condições de contorno, o qual
devemos evitar devido a complexidade do assunto.
Uma maneira eficiente é utilizar a tabela para determinar quando pudermos expressar a função
na forma mais simples.
Outra maneira, mais eficiente, é calcular a transformada inversa de Laplace através de expansão
em frações parciais, uma vez que X(s), em geral, se apresenta na forma de razões de polinômios
em s .

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exemplos
Consultando a tabela, determinar a T. inversa
1
A) 𝑋 𝑠 = 𝑠+5 Re s > -5 ⟺ 𝑥 𝑡 = 𝑒 −5𝑡 𝑢(𝑡)

1
B) 𝑋 𝑆 = Re s < 0 ⟺ 𝑥 𝑡 = −𝑢 −𝑡
𝑠

10
C) 𝑋 𝑠 = 𝑠2 +100 Re s > 0 ⟺ 𝑥 𝑡 = sin 10𝑡 𝑢 𝑡

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Exercícios
1. Determinar a Transf. Inversa para:

24
Se a ordem do numerador é > a
ordem do denominador – frações
impróprias, então

Exemplos – Transf. Inversa 𝑋 𝑠 =


𝑁(𝑠)
𝐷(𝑠)
=𝑄 𝑠 +
𝑅(𝑠)
𝐷(𝑠)

2 Determinar a Transf. Inversa para:

Sol.
−6𝑠 + 1
Sol. 2+
𝑠 2 + 3𝑠 + 2

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MATLAB – Transf. Inversa
F = ilaplace(L) is the inverse Laplace transform of the sym L with default independent variable s.
The default return is a function of t. – São sinais lateral direita…
>> syms s a t;
>> ilaplace(1/s)
>> ilaplace(1/s^2)
>> ilaplace(1/(s+1))
>> ilaplace(s/(s^2+4))
>> ilaplace((s+1)/((s+1)^2+4))

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Propriedades da T. Laplace
Sejam os sinais e suas respectivas transformadas:
𝑥1 (𝑡) ⟺ 𝑋1 (𝑠) Com RDC: 𝑅1
𝑥2 (𝑡) ⟺ 𝑋2 (𝑠) Com RDC: 𝑅2

1. Linearidade: 𝑎𝑥1 𝑡 + 𝑏𝑥2 (𝑡) ⟺ 𝑎𝑋1 (𝑠)+ 𝑏𝑋2 (𝑠) com RDC: 𝑅1 ∩ 𝑅2

Obs. Há casos em que um zero cancela um polo (coincidem) e altera a RDC resultante.

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RDC X1 RDC X2
Exemplo linearidade
Sejam 𝑥1 𝑡 𝑒 𝑥2 𝑡 :

RDC X
Se tivermos 𝑥 𝑡 = 𝑥1 𝑡 − 𝑥2 (𝑡) então:
Obs. Um zero cancelou
um polo

28
Propriedades da T. Laplace
Seja o sinal e sua respectiva transformada:
𝑥1 (𝑡) ⟺ 𝑋1 (𝑠) Com RDC: 𝑅1

1 𝑠
2. Mudança de escala: 𝑥1 𝑎𝑡 ↔ 𝑋1 com RDC: R=𝑎𝑅1
𝑎 𝑎

R com 0 < a < 1 R com -1 < a < 0


RDC X1

29
Propriedades da T. Laplace
Seja o sinal e sua respectiva transformada:
𝑥1 (𝑡) ⟺ 𝑋1 (𝑠) Com RDC: 𝑅

3. Deslocamento no tempo: 𝑥1 𝑡 − 𝜏 ↔ 𝑒 −𝑠𝜏 𝑋1 𝑠 para 𝜏 > 0 e com RDC: 𝑅

4. Deslocamento no domínio s: 𝑒 −𝑠0 𝑡 𝑥1 𝑡 ↔ 𝑋1 𝑠 − 𝑠0 com RDC: 𝑅1 = 𝑅 + 𝑅𝑒(𝑠0 )

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Propriedades da T. Laplace
Sejam os sinais e suas respectivas transformadas:
𝑥1 (𝑡) ↔ 𝑋1 (𝑠) com RDC: 𝑅1
𝑥2 (𝑡) ↔ 𝑋2 (𝑠) com RDC: 𝑅2

5. Convolução no tempo: 𝑥1 𝑡 ∗ 𝑥2 (𝑡) ↔ 𝑋1 𝑠 . 𝑋2 (𝑠) com RDC: 𝑅1 ∩ 𝑅2


Obs. Há casos em que um zero cancela um polo e altera a RDC resultante.

1
6. Convolução em s: 𝑥1 𝑡 . 𝑥2 (𝑡) ↔ 2𝜋𝑗 𝑋1 𝑠 ∗ 𝑋2 (𝑠) com RDC: 𝑅1 ∩ 𝑅2

31
Propriedades da T. Laplace
Sejam os sinais e suas respectivas transformadas:
𝑥(𝑡) ↔ 𝑋(𝑠) com RDC: 𝑅

7. Integração no tempo:
𝒕 𝟏
‫׬‬−∞ 𝒙 𝝉 𝒅𝝉 ⟺ 𝒔
𝑿(𝒔) RDC: R ∩ Re(s) > 0

32
Propriedades da T. Laplace
Sejam os sinais e suas respectivas transformadas:
𝑥1 (𝑡) ↔ 𝑋1 (𝑠) com RDC: 𝑅1

𝑑
6. Diferenciação no domínio s: −𝑡𝑥1 𝑡 ↔ 𝑋 𝑠 com RDC: 𝑅1
𝑑𝑡 1

𝑑
7. Diferenciação no tempo t: 𝑥 𝑡 ↔ 𝑠𝑋 𝑠 com RDC: 𝑅1
𝑑𝑡 1

𝒅𝒏 𝒙(𝒕)
⟺ 𝒔𝒏 𝑿 𝒔
𝒅𝒕𝒏

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Tabela das propriedades (Oppenheim)

34
35
Observações / propriedades (Lathi)

36
Exercícios
1. Encontre a T.L. a partir da transformada de 𝒖 𝒕 e propriedades, para:

a) b)

c)

d)
tod𝑜

37
exemplos
e)

f)

g)

38
Propriedades – transf. Inversa
1. Determine a transformada inversa para:

Sol.

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Matlab – prática (Lathi)
Obs.
residue(B,A) finds the residues, poles
and direct term of a partial fraction
expansion of the ratio of two
polynomials B(s)/A(s)

(a)
>> num = [2 0 5]; den = [ 1 3 2];
>> [z p k] = residue(num,den); % função residue(num, den)
>> z
>> p
>> k

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Matlab – prática (Lathi)
(b)
>> num = [2, 7, 4];
>> den = [ conv([1, 1], conv([1, 2], [1, 2]))];
>> [r, p, k] = residue(num, den); % função
>> r
>> p
>> k

(c)
>> num = [8, 21, 19];
>> den = [ conv([1, 2] , [1, 1,7])];
>> [r p k] = residue(num, den); % função
>> r
>> p
>> k

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Sistemas LIT e transformada de Laplace
Nos sistemas LIT em que a saída
𝒚 𝒕 = 𝒙 𝒕 ∗ 𝒉(𝒕) convolução entre 𝒙 𝒕 𝐞 𝒉 𝒕 ,
temos que aplicando a propriedade da convolução no tempo:
𝒀 𝒔 = 𝑿 𝒔 . 𝑯(𝒔)
Onde 𝑌 𝑠 , 𝑋 𝑠 𝑒 𝐻(𝑠) são as transformadas de Laplace de
𝑦 𝑡 , 𝑥 𝑡 𝑒 ℎ(𝑡) respectivamente.

A função de transferência do Sistema será:


𝒀(𝒔)
𝑯 𝒔 = 𝑿(𝒔)

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Características de Sistemas LIT
1. Causalidade
No sistema causal ℎ 𝑡 = 0 para 𝑡 < 0 → ℎ 𝑡 é sinal lateral direita
𝐻 𝑠 tem RDC: 𝑅𝑒(𝑠) > 𝜎𝑚𝑎𝑥 ou seja, o sistema é causal se o RDC do 𝐻 𝑠 estiver à direita do maior polo.
Obs. Se a RDC tem 𝑅𝑒 𝑠 < 𝜎𝑚𝑖𝑛 o sistema é anti-causal. Se 𝜎𝑚𝑖𝑛 < 𝑅𝑒 𝑠 < 𝜎𝑚𝑎𝑥 o sistema é não causal

2. Estabilidade
No sistema BIBO estável

O que significa dizer que o RDC do 𝐻 𝑠 contém o eixo jw, ou seja, o 𝝈𝒎𝒂𝒙 < 𝟎 .
O Sistema será causal e estável se o RDC estiver à direita do maior polo e este polo seja < 0.

43
Exemplos
1. Utilizando Laplace, encontre o sinal na saída do Sistema LIT, para:
e sinal de entrada:
Sol.

44
Exemplos
2. O sinal na saída do Sistema LIT é 𝒚 𝒕 = 𝟐𝒆−𝟑𝒕 𝒖 𝒕 quando o sinal de entrada é 𝐱 𝐭 = 𝒖 𝒕 .
Determine a resposta ao impulso do sistema e a causalidade e estabilidade.
Sol.
𝐱 𝐭 =𝒖 𝒕

𝒚 𝒕 = 𝟐𝒆−𝟑𝒕 𝒖 𝒕 É causal (> maior polo) e


estável (inclui o eixo jw)

45
Exemplos
3. Dois sistemas ligados em cascata como a figura a seguir produzem um sistema estável? Justifique
a resposta sabendo que:

Sol.
contém o eixo jw
O Sistema é estável

46
Equações diferenciais
Para o sistema LIT representado por equações diferenciais
𝒚 𝒕 = 𝒙 𝒕 ∗ 𝒉(𝒕)

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Condições iniciais

Análise de Circuitos
1. Fonte de Tensão ou Corrente: 3. Indutância:

2. Resistência:
4. Capacitância

48
Exemplos
1. Encontre H(s) para: Então:

Sol.

49
Exemplos
2. Encontre H(s) para o sistema (condições iniciais
zero):
𝑅𝐶 𝑑𝑦(𝑡) 𝐿𝐶 𝑑 2 𝑦(𝑡) 1 1
+ + 𝑦 𝑡 = 𝑥(𝑡)
𝑖 𝑡 𝐿𝐶 𝑑𝑡 𝐿𝐶 𝑑𝑡 2 𝐿𝐶 𝐿𝐶

𝑑 2 𝑦(𝑡) 𝑅 𝑑𝑦(𝑡) 1 1
+ + 𝑦 𝑡 = 𝐿𝐶 𝑥(𝑡)
𝑑𝑡 2 𝐿 𝑑𝑡 𝐿𝐶

𝑑𝑖(𝑡)
𝑅𝑖 𝑡 + 𝐿 + 𝑉𝑐 𝑡 = 𝑥(𝑡)
𝑑𝑡 𝑅 1 1
𝑠 2 𝑌 𝑠 + 𝐿 𝑠𝑌 𝑠 + 𝐿𝐶 𝑌 𝑠 = 𝐿𝐶 𝑋(𝑠)

𝑑𝑦(𝑡) 𝑑(𝑖 𝑡 ) 𝑑 2 𝑦(𝑡)


𝑖 𝑡 = 𝐶 𝑑𝑡 e 𝑑𝑡
= 𝐶 𝑑𝑡 2
𝑌(𝑠) (1Τ𝐿𝐶)
𝐻 𝑠 = 𝑋(𝑠) = 𝑠2 +(𝑅Τ𝐿)𝑠+(1Τ𝐿𝐶)

50
Exemplos
3. Calcule a corrente do circuito a seguir, 3. Sol.
considere os valores iniciais iguais a zero. 10
𝑉 𝑠 = e
𝑠

𝑉 𝑠 =

51
Exemplos
4. Encontre y(t) para um sistema LIT em que:

Sol.

52
Exemplos
5. Seja o sistema representado pela equação:

A)
Determine
A) a função de transferência H(s)
B) A resposta h(t) para:
i) sistema causal
ii) sistema estável B) i)
iii) nem causal nem estável
ii)
Sol.
inclui o eixo jw
A)
iii)

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Interconexões de Sistemas Causais
Série (cascata) Com realimentação)

Paralelo

54
Exemplos
1. Encontre a Função de transferência H(s) para:

Sol.

55
Exemplo
2. Qual o diagrama em blocos que representa a função?
𝑌(𝑠) 𝐻1 (𝑠) 1Τ 𝑠
𝐻 𝑠 = = =
𝑋(𝑠) 1 − 𝐻1 𝑠 𝐻2 𝑠 1 + 3 Τ𝑠

1
𝐻1 𝑠 =
𝐸 𝑠 = 𝑋 𝑠 + 𝑍(𝑠)) 𝑠
3 1
𝐻1 𝑠 𝐻2 𝑠 = − = −3
𝑠 𝑠
𝑋 𝑠 𝐸 𝑠 𝑌 𝑠 𝐻2 𝑠 = −3
𝐻1 𝑠 𝑌 𝑠 − 𝑌(𝑠)𝐻1 𝑠 𝐻2 𝑠 = 𝑋 𝑠 𝐻1 𝑠

𝑌 𝑠 = 𝑋 𝑠 𝐻1 𝑠 + 𝐻1 𝑠 𝑍(𝑠)
𝑧(𝑡) 𝑍 𝑠 = 𝐻2 𝑠 𝑌(𝑠)
𝑍 𝑠 = 𝐻2 𝑠 𝑌(𝑠) 𝐻2 𝑠
𝑌 𝑠 = 𝐻1 𝑠 𝑋 𝑠 + 𝑍(𝑠)
𝐸 𝑠 = 𝑋 𝑠 + 𝑍(𝑠))

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Exemplo
3. Encontre H(s) para sistema estável e causal 𝑑 2 𝑦(𝑡) 𝑑𝑦(𝑡)
X(s) F(s) +3 + 2𝑦 𝑡 = 𝑥(𝑡)
E(s) Y(s) 𝑑𝑡 2 𝑑𝑡

𝑠 2 𝑌(𝑠) + 3𝑠𝑌(𝑠) + 2𝑌(𝑠) = 𝑋(𝑠)

𝑌(𝑠) 𝑠 2 + 3𝑠 + 2 = 𝑋(𝑠)
𝑌(𝑠) 1
= 2
𝑋(𝑠) 𝑠 + 3𝑠 + 2
𝑌 𝑠 = 𝐹(𝑠)/𝑠

𝐹 𝑠 = 𝐸(𝑠)/𝑠

ℎ 𝑡 = 𝑒 −𝑡 − 𝑒 −2𝑡 𝑢(𝑡)

57
Exercícios gerais
1.Encontre a T. Laplace para:
◦ a)

◦ b)

◦ c)

◦ Solução

◦ a)

58
Exercícios gerais
1.Encontre a T. Laplace para:
◦ a)

◦ b)

◦ c)

◦ Solução

◦ b)

59
Exercícios gerais
1.Encontre a T. Laplace para:
◦ a)

◦ b)

◦ c)

◦ Solução

◦ c)

60
Exercícios gerais
2. Encontre a transformada inversa (use as propriedades) para:
a)

Solução:

Obs. Sistema não causal


embora a RDC seja à direita
do maior polo.

ℎ 𝑡 ≠ 0 para 𝑡 < 0

61
Exercícios gerais
3. Encontre a transformada inversa para: sistema causal , não causal e anti-causal
a)

Solução:
i) causal e instável ii) não causal e estável iii) anticausal e instável

62
Exercícios gerais
3.Determine a equação diferencial para o sistema:

Resp.

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