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O cancro da mama é o tumor maligno mais comum nas mulheres em todo o mundo (32% de todos os cancros
em mulheres), sendo que quando está presente em homens é mais agressivo. Tem etiologia desconhecida,
mas com fatores ambientais e genéticos determinados (ERBB2, P53 e os BRCA1, BRCA2 que são marcadores
associados à doença hereditária).
o Terapêutica: radioterapia (terapêutica localizada), cirurgia (mais comum), quimioterapia e
terapêutica biológica
ERBB2 é uma proteína que está sobre expressa entre 15-20% de todos os tumores, sendo um indicador de
mau prognóstico e torna-se alvo terapêutico por trastuzumab (Herceptin®). Tem 4 funções essenciais do
ERBB2
o diferenciação de células o proliferar
o migração da célula o sobrevivência (evita apoptose)
Uma célula de cancro da mama tem na sua superfície naturalmente, moléculas chamadas epiderme
growth factor recptor tipe 2, ou ERBB2, esta é uma molécula transmembranar, e um recetor de cinase
tirosina, deste modo é um fator de crescimento epidérmico, estando associado a células epidérmicas.
O ERBB2 é ativado mediante a sua dimerização, após ligação com o ligando. Tem 4 componentes na
família (ERBB1, ERBB2, ERBB3 e ERBB4). Ele pode:
o Homodimerizar à 2 ERBB2 do mesmo tipo que se dimerizam
o Heterodimerizar à ERBB1 dimeriza com ERBB2, ou com qualquer um dos outros da família, ou
seja, 2 ERBB de tipos diferentes, mas da mesma família, ligam-se
As células normais da mama têm cerca de 20 mil recetores por célula na sua membrana. Assim temos a
ligação do ligando ao recetor, que vai desencadear o emparelhamento em heteródimos:
1. ligação com ligando
2. alteração conformacional
3. passa a ter afinidade para um segundo recetor
4. heterodimerização
5. leva a alterações intracelulares
6. provocando a autofosforilação cruzada
7. leva ao aumento da atividade cinase tirosina
8. Consequente criação de resíduos fosfotirusina e ligação de outras proteínas aos resíduos de
fosfotirusina
Celulas normais à Na parte interior da membrana temos as partes internas da proteína, a partir do
momento em que ela forma os resíduos de fosfotirosina, há atração de proteínas que se ligam, neste caso
da via das MAP cinases ou Mtor.
Celulas mutadas à célula a fica roxa uma vez que tem muitos recetores (podem chegar aos 2 milhões)
por célula o que vai resultar numa via Mtor muito ativa fazendo com que as 4 funções se mantenham, uma
vez que o ligando é muito comum no nosso corpo, fazendo com que o tumor cresça muito rápido.
Foi então criado o Transtusumab, que bloqueia o recetor. O Transtusumab é um anticorpo monoclonal que
se ligar á parte externa do recetor impedindo a sua dimerização, fazendo com que o ERBB2 fique inativo,
não ativando a via Mtor pelo que as celulas tumorais começam a morrer.
o Tudo o que acaba em MAB à anticorpo monoclonal humanizado (molécula grande)
o Tudo o que acaba em IMB à molécula química inibitória (molécula pequena)
O transtuzubam trabalha de forma tanto intra e extracelular
o Bloqueia as vias de sinalização à O Transtuzumab (anticorpo anti ERBB2) liga-se a porção externa do
ERBB2 impedindo-o de se dimerizar e consequentemente impede os seus efeitos intraceclulares
o Sinaliza a célula para morte (apoptose) sistema imunitário à As células tumorais são invisíveis para
o sistema imunitário, uma vez que têm o complexo MHC, mas estes anticorpos (Transtuzumab) são
estranhos e por isso o sistema imunitário vai destruir estas celulas
o Bloqueia o cheding (evita a quebra da sinalização da membrana) à Para além disto evita o cheding,
por exemplo, temos 2 milhões de proteínas cá fora, que estão constantemente a ser produzidas. O
que acontece ás vezes é que a parte superior do ERBB2 quebra/descama/cheding e por isso as
proteinas deixam de se conseguir ligar ao ERBB2, uma vez que o trabstuzumab se liga, evita esta
quebra, isto faz com que as células continuem crescendo mesmo não ligadas ao sistema imunitário.
o Promove a degradação do ERBB2 à Quando o ERBB2 está a mais acaba por ser internalizado, e como
a proteína não está a funcionar, a célula passe a internalizar, com muita velocidade, com a sua
consequente destruição (quebra a sinalização abaixo da membrana).
Quando se tenta aprovar uma terapêutica temos de garantir que a terapêutica tem efeito, uma vez que
posso dar a muitas pessoas, mas se o efeito de algumas for muito baixo, o efeito global vai ser muito
pequeno e assim não provo que o medicamente está a ter efeito.
Deste modo, preciso de escolher as pessoas onde o medicamento é mais provável de ter efeito e é a estas
pessoas que vamos aplicar a terapêutica, as outras têm que estar excluídas para efeitos de estudo, até se
provar que o medicamento é benéfico.
A partir desse momento posso abrir os meus critérios e aplicar a mais pessoas, uma vez que já foi
demonstrado que pode ser benéfico. Normalmente as primeiras a serem escolhidas são as que já tem
metástases uma vez que são as que têm menos hipóteses terapêuticas. Se se prova nestas situações
passam a ser feitos estudos em estádios mais cedo até chegar a um estadio primário.
É importante percebermos que o ERBB2, no cromossoma 17, tem alguns genes lá no meio. Estes genes vão
ser importantes uma vez que a quebra do gene ERBB2 dá origem a outros genes. O ERBB2 é um recetor de
proteína quinase-tirosina, sendo por isso um recetor transmembranar com atividade tirosina-quinase. Possui
5 isoformas:
o Isoforma 1 à 1255aa – corresponde ao transcrito principal
A amplificação do ERBB2 resulta em diversas cópias do gene, que leva à produção de proteína ERBB2 em
excesso resultando numa desregulação do ciclo celular. Assim, uma alteração da quantidade de genes dentro
da célula leva a uma alteração na quantidade de mRNA e de proteínas no seu exterior.
o Tecido mamário sem amplificação à 20.000 a 50.000 moléculas
o Tecido mamário com amplificação à + de 2 milhões de moléculas
A amplificação e sobrexpressão do gene ERBB2 e proteína ocorrem em 18 a 20% dos casos de carcinoma da
mama invasivo. Sendo que a podemos verificar a sua sobreexpressão proteica como a nível da amplificação
génica.
Mecanismos de amplificação
Mecanismos de amplificação genica, que explicam a amplificação do gene ERBB2
Amplificação são mutações que resultam em múltiplas cópias de genes em determinadas regiões
cromossómicas (amplicons). Os amplicons:
o São estruturas cromossómicas que contêm múltiplas cópias de sequências de DNA amplificado (0,5-
10Mb)
o O amplicon do ERBB2 pode conter outros genes que ajudam ao processo de oncogénese
Estes mecanismos estão associados com as origens de replicação do DNA, que são zonas onde o DNA começa
a replicar durante a fase S. Estes mecanismos têm a capacidade de duplicar DNA e envolvem mecanismos
de corte do DNA de cadeia dupla através da topoisomerase.
Características das origens de replicação:
o DNA consegue replicar sozinho à única zona do DNA onde isso pode acontecer
o Envolvem mecanismos de corte de cadeia dupla (topoisomerase) à DNA está enrolado, a
topoisomerase corta e desenrola o DNA e assim as zonas de replicação multiplicam
Estes cromossomas são epissomas circulares e acêntricos (não têm centrómero) que contêm uma origem
de replicação. Ou seja, quando voltar a haver uma fase S, estes cromossomas vão-se voltar a replicar e
como são acêntricos o que acontece durante a anafase é que vão para um lado qualquer uma vez que não
dá para garantir que é equitativo. Depois podem ser integrados no DNA, não sendo necessário que isso
aconteça. Deste modo, podem:
o replicar a qualquer momento aumentando o número de cópias de genes, que podem ser
reintegrados nos cromossomas
o segregação desregulada para as células filhas na divisão celular aumentando o seu número em
algumas células
o crossing-over entre 2 deles dará origem a circulos multiméricos
Se for no mesmo sítio estamos a perpetuar a quebra, contudo, não existem grandes problemas. Se quebrar
num sítio diferente a célula vai ficar com esta sequencia duplicada, e isto vai fazer com que na próxima
divisão ela vai duplique novamente, havendo uma nova fusão, o que leva a outra quebra e assim
sucessivamente. Isto resulta num ciclo em que a célula não consegue parar, levando á multiplicação de
genes.
NOTA: Este fenómeno pode ser encontrado sozinho ou em conjugação com os double minute.
Amplificação génica incluem vários eventos:
o Formação de double minute chromossomes através das origens de replicação
o Encurtamento dos telómeros
o Double strand breaks que ocorrem em fragile sites (quebras de cadeia dupla que ocorrem em zonas
frágeis de DNA)
o Incorporação de sequências de múltiplos cromossomas
o Ciclos de repetições breakage-fusion-bridge
Exemplo: evento que é detetado em laboratório em que existe amplificação do gene ERBB2, mas é
preciso saber como é que se forma. Aqui preciso de distinguir duas coisas:
o Aneuploidia à Alteração do número total de cromossomas em que temos 6n a equivalerem a 6
genes de ERBB2 e por isso não há uma amplificação. Tumores podem não ter só 2n cromossomas,
pode ter 4 ou 6n cromossomas e não se tratar de uma amplificação uma vez que o DNA se
encontra completo, ou seja, todas as sequências que promovem e que inibem o gene ERBB2 estão
presentes. Por isso apesar de ter 6 genes ERBB2 tenho 6 genes de tudo (6 vezes 23 pares de
cromossomas - há equilíbrio).
• Ploidia baixa (3 a 4 cópias)
• Ploidia elevada (+ de 5 cópias) – muito pouco comum
Assim, na aneuploidia não há sobre-expressão da proteína uma vez que tem os bloqueadores todos, na
polissomia temos bloqueadores para dois genes, mas não tenho bloqueadores para os outros 4 e por isso
vai estar sobre expressa
Avaliação clínica
Técnicas de determinação:
o Status da Proteína à Imuno-histoquímica (escala de 0 a 3+) os inequívocos (2+) vão para hibridação
in situ. É mandatório em todos os carcinomas primários invasivos e aconselhável em metástases
• Pergunta possível teste à doente com um tumor primário invasivo deve avaliar o status
ERBB2 (sim). Se tiver um tumor primário in situ deve avaliar o status ERBB2 (não)
o Status do gene à Hibridização in situ (2+, tumores primarios, invasivos e metástases)
• Fluorescente ou cromogénica (FISH e CISH ou SISH)
• Single probe ou dual probe (BdISH)
Se o fenómeno que provoca isto é uma amplificação genica porque se faz imuno-histoquimica?
Porque é mais barata, mais universal e porque a validação inicial tem que ser feita por IHQ, está indicado do
ponto de vista terapêutico para dar indicação terapêutica (validada) e é uma técnica que se faz na maior
parte dos laboratórios a hibridação in situ não. Quando se faz IHQ há uma aproximação a terapêutica, uma
vez que estou a detetar a proteína que o anticorpo monoclonal vai bloquear (interessa saber se está lá aquela
proteína).
A relação entre a amplificação génica e a sobre-expressão é direta, ou seja, há outros mecanismos de sobre-
expressão da proteína que não são a amplificação genica. No caso do ERBB2 não há mais nenhum mecanismo
reconhecido de sobre-expressçao que não seja a amplificação, por isso, ver a sobre-expressão ou a
amplificação é a mesma coisa.
Pré-requisitos da Hibridação in situ
1. Molécula alvo disponível (preservada) à A disponibilidade do ácido nucleico alvo está relacionada
com a parte pré-analítica (no caso do ERBB2 é o DNA a molécula alvo)
2. Marcação específica à A sonda (sequencia de ácidos nucleicos que é complementar ao acido
nucleico que se quer detetar) deve hibridar exclusivamente com a sequência alvo
• Quando há inespecificidade não é porque uma adenina se ligou a uma citosina é porque
se pode tratar de uma sequência parcial, ou seja uma parte da sequencia coincide mas o
resto não e por isso aqui devemos lavar para retirar o que não hibridou
3. Sonda bem caracterizada à Deverão ser conhecidas todas as reações cruzadas possíveis entre a
sonda e outras moléculas alvo no tecido
4. Produto final ou marcador facilmente visualizável
• Fluoresceína ou rodamina
• Peroxidase – HRP
• Fosfatase alcalina – CIAP
• Glucose oxidase
Limitações
o É sensível às questões pré-analíticas (principalmente RNA – é muito lábil e por isso degrada-se com
muita facilidade, podendo desaparecer)
o Não deteta muitas alterações estruturais em interfase.
Para além destas terapêuticas há também o Lapatinib, o fatinib e o neratinib que são inibidores de tirosina
cinase, ou seja, são pequenas moléculas que inibem especificamente a criação de resíduos de fosfotirusina
para ativar as vias consequentes.
Recetores nucleares
Quando os recetores se encontram na superfície celular (ERBB2) a molécula que o ativa é uma molécula que
não atravessa a membrana (hidrofilica) mas se o recetor estiver no citoplasma ou no núcleo (recetor
intracelular) a molécula que o ativa tem que atravessar a membrana e por isso tem que ser hidrofóbica.
Recetores intracelulares:
o Exemplos clássicos à hormonas esteroides à São sintetizadas do colesterol, como os esteroides
sexuais (estrogénio) e os corticosteroides.
o Outros exemplos à Hormonas da tiroide, vitamina D3 e ácido retinóico à São funcional e
estruturalmente diferentes das hormonas esteroides, mas agem do mesmo modo (são hidrofóbicas,
atravessam a membrana e ligam-se aos recetores dentro da célula)
Assim, a ação de ligandos ativa ou reprime a sua atividade transcritora, podendo ter efeitos distintos nas
suas moléculas alvo.
Em vez de ter o recetor estar na membrana, o recetor está á solta no citoplasma, vai alterar a sua
conformação quando se liga o ligando, dimeriza e é translocado para o núcleo
• Só transloca para o núcleo depois de ser ativado (no citoplasma)
• Inativado em maior quantidade no citoplasma
• Ativado em maior quantidade no núcleo
Outro exemplo à hormona da tiroide
1. O recetor está sempre ligado ao DNA, em vez de andar
a solta no citoplasma, ligado a uma histona desacetillase
(reprime a transcrição) – faz com que haja um
enrolamento maior da cromatina
2. Quando a hormona atravessa a membrana do
citoplasma e entra dentro do núcleo liga-se ao recetor,
que provova uma alteração conformacional, que faz
com que o co-repressor se desligue e liga-se o co-fator,
que vai desenrolar o DNA e iniciar a transcrição.
NOTA: Os neurotransmissores são outros recetores parecidos, são moléculas hidrofilicas (como os
transmissores membranares)
Hormonas peptidicas
o Plateled-derived growth factor (PDGF – fator de crescimento derivado das plaquetas) à as
plaquetas quando rebentam libertam este fator de transcrição para proliferar fibroblastos)
Eicosanoides
Eicosanoides à São lípidos envolvidos na sinalização autócrina ou parácrina, como os:
o Prostaglandinas o Tromboxanos
o Prostaciclinas o Leucotrienos
Estimulam respostas, tais como: agregação plaquetária, inflamação e contração do músculo liso
Inibidores de estrogénio
Inibidores da aromatase (transforma testosterona em estrogénio)
o inibição da aromatase à pode acumular testosterona e não vai ter
estrogénios (sem menstruação – castração química)
o Há dois tipos de inibidores:
• Inibidores esteróides com inibição irreversível (Exemestano)
• Inibidores não esteróides com inibição por competição
reversível (Anastrazole e Letrozole)
Diferença dos inibidores do recetor e os inibidores de estrogénio à ver se é pre menopausica ao diagnostico
ou se é pos menopausica ao diagnostico
o Mulher pós menopausica à inibição dos estrogénios
o Mulher pré menopausica à inibição do recetor, inibição de estrogénios ou supressão ovárica
Todas as doentes ER+ respondem a tamoxifeno? Não
O que se sabe é que as mulheres que são estrogénios
positivas e que são sujeitas a terapia endócrina, só uma
parte é que respondem, porque o seu tumor está
regulado pelos estrogénios. A parte que não responde
é porque nos só vemos se eles lá estão (podem estar
sobre-espressos mas não fazerem o tumor crescer)
Cancro do pulmão está associado a 3 fatores de risco: fumar tabaco, fumar passivamente e a história familiar
ERBB2 tambem pode estar amplificado em carcinoma de pequenas células e também temos o C-MET
Qualquer um dos 3 genes (EGFR, ERBB2, C-MET) amplificados, ativam a via das map cinases, da PI3K AKT e
MTOR.
As mutações que se conhecem são ativadoras do domínio cinase de tirosina. Estas mutações são importantes
porque dão indicação terapêutica a inibidores de cinase de tirosina (Gefitinib/Erlotinib), sendo que estão
muito bem estabelecidas em carcinoma do pulmão. O que acontece é que há mutação entre 10 a 15% do
domínio tirosina cinase no carcinoma de pequenas células.
Assim, sempre que há hipótese vou testar a mutação do domínico tirosina cinase para ver se a mutação
existe ou não, se a mutação existir é porque o tumor está a depender da mutação para crescer e por isso
tenho que a inibir.
Terapêutica anti-EGFR
Na célula normal, quando o fator de crescimento se liga há ativação imediata das vias de tradução de
sinal. Quando a célula está mutada este fator está constantemente ligado.
Inibidores de 1ª geração à vai haver uma
molécula pequena que vai encaixar no
domínio tirosina cinase da porção interna do
recetor (centro ativo) que vai impedi-lo de
se ligar ao ATP, o que consequentemente
inibe o efeito da mutação.
Carcinoma de pequenas células em estadio avançado, se é positivo para a mutação de EGFR posso dar
Gefitinib, Erlotinib ou Afatinib, que são inibidores de cinase – são muito semelhantes do ponto de vita
molecular que bloqueiam as mutações. Para além disto, pode haver translocação do ALK, que dá direito a
outras duas terapêuticas Crizotinib ou Ceritinib.
Ativação do ALK
A ALK é uma proteína que se funde com outras, induzindo a transcrição e expressão proteica. O ALK está
presente em 2-5% dos NSCLC, sendo que normalmente há inversão do braço pequeno do cromossoma 2 [inv
(2)(p21p23)]. Faz a fusão entre:
o exões 1-13 do echinoderm microtubule-associated protein-like 4 (EML4)
o exões 20-29 do gene ALK
NOTA: a translocação do ALK ocorre em diversas patologias. Com o EML4 é típica de carcinoma de não
pequenas celulas
Quando o ALK está translocado é um inibidor seletivo de tirosina cinases ALK e MET, sendo sensível ao
Crizotinib (pequena molécula que vai bloquear especificamente esta alteração)
A. Fusion-signal
Há uma sonda no gene A e uma sonda no gene B, isto
significa que sem translocação, há dois sinais verdes e
dois vermelhos, quando há alteração fica amarelo (fusão
de sinais). Assim, a fusion-signal diz com que gene houve
fusão (fundir provoca alteração).
Para saber se houve fusão da ALK com 2 genes diferentes,
tenho que testar um de cada vez.
B. Split-signal
Sabe-se que o gene quebra num sítio, deste modo, é
colocada uma sonda antes e outra depois da zona de
quebra. Sem translocação há dois sinais amarelos,
quando há quebra deste gene passam a estar presentes
sinais verdes e vermelhos.
Deste modo, não sei com quem o gene se vai fundir mas
sei que quebrou naquele sitio (quebrar provoca
alteração), sendo utilizado só para saber se há alteração
no ALK.
Exemplo à ALK transloca em leucemias à usar a split, uma vez que há vários genes que levam a leucemias
Perfil mutacional de doentes com carcinoma do pulmão
o Mutação no EGFR
• Mais provável em adeno vs. Outros NSCLC
• Mais provável em mulheres vs. homens
o Translocação do ALK-EML4
• Mais provável adeno vs. Outros LC
Seleção de pacientes
Quem pode fazer o teste para ALK ou EGFR?
o Adenocarcinoma do pulmão (ou com componente de ADC)
o Não pavimentoso ou NSCLC (não pequenas células)
o Qualquer NSC (pavimentoso) com critérios clínicos de mutação (p.ex. idade jovem, sem exposição
ao tabaco), se não cumprir com estes critérios não tem indicação de fazer teste para EGFR e ALK
Tem que ter pelo menos 20 % de células tumorais, EGFR não pode ser usada em IHQ (não da indicação
terapêutica), apenas pode ser usada a sua mutação. O ALK pode ser isado em IHQ e em Hibridação in situ.
RAS e BRAF
A mutação pontual de genes da família RAS é a anomalia isolada mais comum dos oncogenes dominantes
nos tumores humanos. Cerca de 25% de todos os tumores possuem uma versão mutada do gene. As
mutações envolvem os exões 2, 3 e 4, sendo que todas as mutações descobertas reduzem a sua atividade
GTP-ase.
Gene mutado:
o KRAS à Carcinomas, principalmente colon e pâncreas
o HRAS à Tumores da bexiga
o NRAS à Tumores hematopoiéticos
o São muito pouco mutados em carcinomas do colo uterino e da mama
O RAS está associado à via MAP quinase, sendo que a sua ativação promove a progressão do ciclo celular
o GAP à Ligam-se a RAS ativo
aumentando a sua atividade
GTPase mais de 1000 vezes,
levando-a ao estado inativo. As
proteínas RAS mutantes ligam-
se a GAP, mas não conseguem
aumentar a sua atividade
GTPase. Assim o que acontece é
que as proteínas mutantes
ficam presas na sua forma ativa,
o que promove a progressão no
ciclo celular
As mutações mais frequentes são nos exões 2, 3 e 4, que ativam constitutivamente a proteína
o Exão 2 (codões 12 e 13)
o Exão 3 (codões 59 e 61)
o Exão 4 (codões 117 e 146)
EGFR E CCR
o Alterações de EGFR o Sobre expressão proteica
o Mutações somáticas o SNPs
o Amplificação génica
o Epiregulina e ampiregulina
O cetuximab, que é um anticorpo monoclonal vai se ligar ao
EGFR, ca fora, e bloqueia-o. Como as células do tumor tem
muito EGFR, como o tumor está dependente dele vai diminuir.
Tumores wild time (não tem mutação) a terapêutica funciona
Em quarquer adenocarcinoma metastático tenho que determinar se tenho alterações do ras para dar
terapêutica anti-EGFR
BRAF
Também é usado no Melanoma metastático
São conhecidas mais de 50 mutações diferentes (Aumentam 1,5 a 700x a atividade da Proteína)
A mais comum é no exão 15 a V600E (T1799A)
Uma mutação ras e um anticorpo braf vai funcionar porque bloqueia depois da mutação
Ou bloqueio especificamente a alteração ou depois da mutação
KIT e GIST
Basicamente é uma proteína transmembranar com atividade tirosina cinase e que leva ao aumento quando
esta inativo, quan esta ligado a um ligando (ativo) mas a mutação é independente do ligando e ativa a via na
mesma.
As mutações estão presentes em diversos exões à São preditivas de resposta a terapêutica a mesilato de
imatinib
Mutações importantes:
o KIT à Exões 9, 11, 13 e 17
o PDGFRA à Exões 12 e 18