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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE DIREITO

Joice Rodrigues Muniz de Melo - 600863408


e Pablo Rezende da Silva - 600875637

Elaboração de texto sobre os temas: Das cartas e Dos Auxiliares de


justiça.

SÃO GONÇALO
2023

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Elaboração de texto sobre os temas: Das cartas e Dos Auxiliares de
justiça.

Trabalho apresentado à Disciplina de Direito


Processo Civil I do Curso de Direito da
Universidade Salgado de Oliveira –
UNIVERSO, como VT.
Professora: Marcela da Costa Moreira de
Paiva

SÃO GONÇALO
2023

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Introdução:

A comunicação entre os órgãos judiciários são feitas pelas cartas, que


são transmitidas preferencialmente pelos meios eletrônicos ou pelos
meios convencionais. As cartas podem ser de 4 espécies, de acordo
com o órgão o qual for dirigida a solicitação:

Carta rogatória, se dirigida à autoridade judiciária estrangeira;


Carta de ordem, quando dirigida a um juiz subordinado ao tribunal que a
emitiu;
Carta precatória, para que o órgão jurisdicional brasileiro pratique ou
determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato
relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão
jurisdicional de competência territorial diversa;
Carta arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine
o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de
pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os
que importem efetivação de tutela provisória.

O novo código de processo civil utilizou desta comunicação dos atos


processuais entre os órgãos do poder judiciário, de modo que conseguiu
dar mais eficácia e celeridade a pratica de tais atos. São utilizadas nos
atos processuais que devem ser praticados fora da sede de juízo. Em
face dessa ausência de competência de juízo para a realização desses
atos, faz com que as figuras das cartas sejam necessárias, sendo
amplamente utilizada no processo civil. A carta arbitral foi trazida pelo
Código de Processo Civil de 2015, devido ao seu propósito de solução
amigável de conflitos. Tais cartas foram minuciosamente descritas pelo
legislador no texto legal.

1. Cartas Rogatória

É um pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro dirigido a


autoridade judiciaria estrangeira, podendo ser para comunicação
processual, para pratica de atos relacionados a instrução processual ou

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cumprimento de decisão interlocutória estrangeira devidamente
homologada pelo Superior tribunal de justiça. As disposições na
convenção internacional existente entre ambos os países-membros,
brasil e o país destinatário, devem ser seguidos pela carta rogatória,
tanto em seu modo de cumprimento quanto sua admissibilidade.

O pretexto para a existência das cartas rogatória é o princípio da


territorialidade da jurisdição, que possui o entendimento de que cada
estado tem sua soberania dentro de seus limites territoriais, porem não
no território de outro estado. Em razão disso, é necessária a carta
rogatória para a cooperação internacional entres os estados

2. Cartas Precatória

É utilizada quando um juízo de mesmo grau jurisdicional precisa de


auxilio de outro juízo para a pratica de determinado ato, é expedida a
carta precatória. Sendo a forma mais comum de comunicação entre
juízos que não possuem relação de subordinação entre si. O juízo que
expede é deprecante e o que cumpre/recebe é o deprecado. É utilizada
por todos os tipos de juízos, não importando a que justiça pertençam,
nem a unidade da Federação. Apesar de não ter relação de
subordinação com o juízo, o deprecado é obrigado a cumprir a
solicitação contida na carta, salvo nas hipóteses do artigo 267 do Código
de Processo Civil.

São utilizadas para a comunicação processual, como citação e intimação


de pessoas que residem noutra Comarca; para a colheita de provas,
como ouvida de testemunhas que residem fora ou perícia sobre bens e
coisas situadas em outro juízo; e para a realização de atos de apreensão
judicial noutra Comarca.

3. Carta Arbitral

É a cooperação nacional entre os órgãos jurisdicionais que inclui o juízo


arbitral, que pode requerer ao poder judiciário, em sua área de

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competência territorial, pratique ou determine o cumprimento do relativo
a essa cooperação solicitado pelo arbitro. Constantemente, o juízo
arbitral não terá como tornar efetivas as suas determinações, nem como
impor o cumprimento das ordens dele emanadas, senão por cooperação
do Judiciário, que será solicitada por meio da carta arbitral. É valido
lembrar que a carta arbitral não era prevista no revogado Código
Processual Civil de 1973, sendo incluída agora pelo Novo Código
Processual Civil de 2015.

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