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Fichamento sobre o Processo Civil Internacional no Brasil

Material de Apoio:

.Slides utilizado durante as aulas.(Portal)


.Processo Civil Internacional no Brasil). ir.ARAÚJO, Nádia. Direito
Internacional Privado. 7.ed. São Paulo: revista dos tributos,2018.

O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e nas atualidades


vivenciadas e atualizadas pelo novo CPC e alterações acerca do Direito
Internacional, puxando assim um resumo sobre o do Processo Civil
Internacional no Brasil.

Sobre esta temática proposta sobre a aula de Direito internacional


privado vem ressaltar este que tem por objetivo regular as situações
processuais civis com o contato internacional. Tende a reiterar o que a
disciplina representa, a solução de conflitos internacionais, como é ressaltado
no texto que diz responder a questão relativa a competência internacional é o
primeiro passo para abordar uma hipóteses multiconecatada. enquanto o
conflito de jurisdições diz respeito á determinação do lócus em que a prestação
jurisdicional terá lugar, o conflito de leis no espaço pertence ao coração do
Direito Internacional Privado.

Neste fichamento trabalha com o resumo das questões dos limites da


jurisdição de um Estado que é de suma importância, por se tratar das normas
que delimitam o alcance do judiciário deste Estado no plano internacional.

A definição da competência internacional dos Estados, de um modo


geral, é tema que suscita inúmeras dúvidas e controvérsias. Deste modo, o
estudo dos limites da jurisdição internacional brasileira certamente desponta
como uma necessidade a se estudada.

No mundo atual, onde as distâncias são cada vez menores graças à


intensa modernização dos meios de transporte e sobretudo dos de
comunicação gerada pela internet, os litígios de natureza internacional se
multiplicaram, deixando o estudo das normas internacionais de extrema
importância para delimitar as competências dos tribunais para julgar tais
litígios.

Sobre sua jurisdição e seus princípios norteadores podemos definir


sobre observância espontânea de seus mandamentos:
Princípios da Competência Internacional:

Princípio do Acesso à Justiça: este que vem representado pela nossa


carta magna a constituição, ela é relatada pelo seu art. 5º que ordena que “a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”,
ao que modernamente, se convencionou chamar de garantia da
inafastabilidade do controle jurisdicional. Está relacionado com a necessidade
de se assegurar que todos tenham acesso ao Judiciário, independentemente
de sua condição econômica e que essa tutela seja efetiva.

Princípio da Jurisdição Razoável:

Considera-se que um foro é razoável quando o caso analisado


apresenta uma vinculação suficiente com o Estado a que pertence o Tribunal
responsável pelo julgamento. Em sentido oposto, os foros exorbitantes são
aqueles que se caracterizam por acumularem grande volume de competência
internacional a seus Tribunais, de modo desconectado com o propósito de
beneficiar os nacionais do Estado competente.

Princípio da Efetividade:

O princípio da efetividade significa que o juiz é incompetente para


proferir sentença que não tenha possibilidade de executar. É intuitivo que o
exercício da jurisdição dependa da efetivação do julgado, sob pena de se
reduzir a atividade jurisdicional a uma inútil ameaça ou vã exibição de força.

Princípio da Submissão voluntaria

Significa que, em um limitado número de casos, uma pessoa pode,


voluntariamente, submeter-se à jurisdição de tribunal a que não estava sujeita.

Tendo em tese esses princípios consagrado pelo texto passamos para


Competência Internacional:

A determinação de competência internacional de cada país, por se


tratar de sua própria soberania, dá-se através de normas próprias internas,
conhecido como principio da territorialidade.

Cada Estado escolhe os critérios que lhe pareçam mais adequados


para delimitar a competência internacional de suas autoridades jurisdicionais.
O direito internacional proíbe, efetivamente, que Estados tratem acerca da
delimitação de competência internacional dos demais Estados.

No âmbito internacional, o conflito de jurisdições pode ser resolvido


através de tratados internacionais ou de princípios, Contudo, não se pode
deixar de incluir os tratados, convenções ou acordos internacionais que tratam
sobre competência internacional e que estejam em vigor no Brasil.
Competência Concorrente:

Competência concorrente é caracterizada pelas hipóteses de admissão,


para determinadas causas, de competência de justiça estrangeira
paralelamente à competência de autoridade judiciária brasileira. 

Competência Exclusiva:

Competência exclusiva significa que naquelas situações enumeradas no


art. 89 do CPC, o Brasil só conhecerá de sentenças proferidas pelas
autoridades judiciárias brasileiras. Assim, se proposta ação no exterior, a
sentença lá prolatada não terá eficácia no Brasil.

Litispendência internacional:

A impossibilidade de aplicação do instituto da litispendência no âmbito


internacional, definida pelo artigo 24 do Código de Processo Civil Brasileiro,
gera diversos problemas, principalmente quando se trata de competência
concorrente entre países. Regra geral seja a de que a ação proposta perante
tribunal estrangeiro não induz litispendência, caso o Brasil firme um acordo
bilateral ou seja parte de tratado internacional que reconheça a litispendência
internacional, a autoridade judiciária brasileira estará impedida de conhecer da
mesma causa e das que lhe são conexas. Além disso, ainda que fosse uma
consequência lógica, passou a ser expressa a possibilidade de homologação
de sentença estrangeira mesmo que exista pendência da causa perante a
jurisdição brasileira.

eleição de Foro:

A cláusula de eleição de foro é válida no Brasil de acordo com o


entendimento do Supremo Tribunal Federal. Contudo, não se pode afastar a
competência internacional da autoridade brasileira, mesmo que as partes
tenham elegido o foro estrangeiro como competente em clausula contratual.
Em regra, deve ser respeitada a eleição do foro acordada pelas partes no
negocio jurídico. Porém, essa regra é flexível de acordo com o caso concreto.
Devem ser levados em conta os princípios constitucionais e a forma mais
eficiente, rápida e barata de conduzir o processo.

Inafastabilidade da Competência Concorrente do Brasil:

As partes podem eleger o foro estrangeiro como competente, contanto


que haja concordância entre elas, ou, se, após proposta a ação, o réu oferecer
resposta, aceitando assim o juízo estrangeiro como competente. Mais, só
estará excluída definitivamente a competência nacional, mesmo após a
propositura da ação por parte do autor e a aceitação do réu em relação à
justiça estrangeira, se o autor ou réu não propuserem essa mesma ação ou
ação conexa no Brasil.

Aplicação e prova do direito estrangeiro na jurisdição brasileira:


ma das peculiaridades do sistema de conflito de lei é a aplicação do
direito estrangeiro sempre que a relação jurídica tiver maior conexão com outro
ordenamento jurídico do que com o foro competente para dirimir a lide.
Nesse sentido, para a solução de litígios que  encontrem mais de uma
ordem jurídica internacional para ser aplicada ao caso concreto, depende do
bom funcionamento  do processo e da correta aplicação, pelo juiz nacional, do
direito estrangeiro.
Considerando esse método conflitual, e sendo aplicável a lei estrangeira,
necessário se faz mecanismo para sua comprovação. Dessa forma, a prova do
direito estrangeiro, aparece como indispensável à efetividade das normas de
conflitos de leis no espaço.
A prova tem a finalidade de constatar a lei material indicada pela norma
do Direito Internacional Privado para reger a relação jurídica com elemento
estrangeiro. Sendo certo que o juiz não aplicando a lei indicada de ofício,
poderá as partes, requerer sua aplicação, o que neste caso será necessário
comprovar seu texto e sua vigência.
O juiz alegando desconhecer a lei estrangeira indicada pelo Direito
Internacional Privado, não poderá se eximir de resolver o litigio, em razão de
ser um preceito normativo.

cooperação internacional:

No Brasil, a cooperação jurídica internacional adota modelo


padronizado internacionalmente, por meio do qual cada Estado-Parte possui
uma “autoridade central” que será responsável pelo trâmite burocrático dos
pedidos de assistência em face de outro Estado-Parte (cooperação ativa e
passiva). Ou seja, exige-se a intermediação de duas autoridades centrais,
não havendo, portanto, a comunicação direta entre o juiz brasileiro e a
autoridade estrangeira.

Conclusão:

O direito como sendo um meio de pacificação, disciplina e organiza a


vida em sociedade. Por essa razão, ao decorrer do tempo, as normas devem
ser atualizadas e adequadas às necessidades atuais de determinada
sociedade para que haja eficácia das normas.

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