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GESTÃO DE PROJETOS NA IMPLENTAÇÃO DE OBRAS: estudo de caso

em uma siderúrgica na cidade de Serra-es


PROJECT MANAGEMENT IN THE IMPLENTAÇÃO DE OBRAS: case study
in a siderurgic in the city of serra-es

Deivis Armínio1
Wéverson Poppe2
Breno Eustáquio da Silva3

RESUMO
O PTO (Procedimento Técnico Operacional), é uma ferramenta
direcionada a implementação de projeto, onde sua finalidade é padronizar os
processos operacionais, identificando todos os riscos e apresentar a melhor
forma da execução com clareza e todos os percursos de cada tarefa. Dentro
deste contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar a necessidade de
práticas ligadas a implementação de obras, mitigando prazos e custos, gerando
qualidade, reduzindo o tempo de execução dos projetos e propondo melhorias
na execução com o uso do PTO. A metodologia deste artigo é o resultado de
uma pesquisa aplicada realizada em uma siderurgia, no ano de 2022, buscando
o aperfeiçoamento na implementação de projetos de obras. As empresas estão
cada vez mais conscientes que a padronização é o instrumento que indica a
meta (fim) e os procedimentos (meios) para a execução dos trabalhos, de tal
maneira que cada um tenha condições de assumir a responsabilidade pelos
resultados de seu trabalho. Mas desta forma, o que será padronizado, é a
metodologia de estudo de cada processo de execução, gerando uma
padronização na metodologia de como avaliar e analisar as condições para a
melhor forma de implementação de cada projeto.

1
Rede de Ensino Doctum – Unidade Serra – deivisarminio@gmail.com – graduando em
Engenharia de Produção.
2
Rede de Ensino Doctum – Unidade Serra – weversonpoppe@hotmail.com – graduando em
Engenharia de Produção.
3
Rede de Ensino Doctum – Unidade João Monlevade – prof.breno.silva@doctum.edu.br –
Professor orientador.
Palavras-chave: PTO. Implementação. Projeto. Execução. Obras.

ABSTRACT

The PTO (Operational Technical Procedure), is a tool directed to the


implementation of a project, where its purpose is to standardize operational
processes, identifying all risks and present ing the best form of execution clearly
and all the paths of each task. Within this context, the present study aims to
analyze the need for practices related to the implementation of works, mitigating
deadlines and costs, generating quality, reducing the execution time of projects
and proposing improvements in execution with the use of the PTO. The
methodology of this article is the result of an applied research carried out in a
steel industry in 2022, seeking improvement in the implementation of works
projects. Companies are increasingly aware that standardization is the
instrument that indicates the goal (end) and procedures (means) for the execution
of the work, in such a way that each one is able to take responsibility for the
results of their work. But in this way, what will be standardized, is the
methodology of study of each execution process, generating a standardization in
the methodology of how to evaluate and analyze the conditions for the best way
of implementing each project.

Keywords: PTO. Implementation. Project. Execution. Works.


1 INTRODUÇÃO

Gerenciamento de projetos é aplicação de conhecimentos, habilidades,


ferramentas e técnicas ás atividades do projeto afim de cumprir seus requisitos.
O gerenciamento de projetos, é realizado através da aplicação e integração
apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos identificados no
projeto. O gerenciamento de projetos permite que as organizações executem de
forma eficaz e eficiente. Os projetos são uma maneira chave de criar valor e
benefícios nas organizações. No ambiente de negócios atual, os líderes
organizacionais precisam ser capazes de gerenciar orçamentos cada vez mais
apertados, prazos mais curtos, recursos mais escassos e uma tecnologia que
muda rapidamente. O ambiente de negócios é dinâmico, com um ritmo acelerado
de mudança. Para se manterem competitivas na economia mundial, as
empresas estão adotando o gerenciamento de projetos para entregar valor de
negócio de forma consistente (PMBOK®, 2017).
Com um grande volume de informações e criações tecnológicas, o
mercado empresarial está cada vez mais competitivo com os desenvolvimentos
de gerenciamentos de projetos. Com a aceleração da conectividade tecnológica,
despertada nos últimos dois anos decorridos pela pandemia COVID-19, as
ferramentas de gerenciamento de projetos foram cada vez mais implementadas
principalmente na fase de implementação de obras, com isso as ações
de planejamento e controle de obras se tornassem extremamente importantes
(Boletim Informativo, 2020).
Observando as grandes obras já realizadas, nem sempre é fácil seguir os
processos de planejamento e controle à risca. Cada etapa é cheia de detalhes e
envolve diversas particularidades, principalmente quando o prazo estimado é
apertado ou os stakeholder envolvidos na obra não têm o cumprimento desse
passo a passo como um só propósito, ficando mais complicado visualizar as
vantagens de uma implementação organizada e eficaz.
Dentro desse contexto, na constante busca da alta qualidade e
produtividade para atender o mercado, os projetos em sua fase de implantação
sofrem diretamente, por baixa qualidade em seu planejamento operacional e a
baixa mão de obra capacitada e especializada. Visando estas dificuldades ao
decorrer do tempo, o uso do PTO (procedimento técnico operacional), seria o
mitigador destas falhas para sanar o máximo possível de desvio e alimentaria o
filtro do processo de execução.
A implementação de uma gestão do PTO, sendo uma ferramenta de
metodologia de estudos das condições físicas reais/atuais, favorece as
condições do ambiente de implementação de obras, contribuindo com a gestão
e otimização da execução de obras.
O presente estudo tem por objetivo analisar a necessidade de que práticas
ligadas à implementação de obras que sejam aplicadas o procedimento de PTO,
gerando assim execuções eficazes, otimizadas e com qualidade e cumprimento
do prazo de modo a evitar prejuízos para a indústria siderúrgica.
O artigo trata de entender como o PTO age para reduzir o tempo de
execução de projetos na planta industrial, levantar dados reais de um projeto em
andamento e propor melhorias no processo de execução do PTO a partir da
aplicação de um plano de ação estruturado de acordo com os estudos realizados
levando em conta a excelência na implementação de obras.
O estudo baseou-se em tal procedimento que será apresentado no
decorrer do artigo, focando nas práticas ligadas a implementação de obras,
mitigando prazo e custo e à gestão de qualidade, sendo demonstrados através
de dados relacionados a uso do PTO.
O presente artigo está organizado em uma breve análise na primeira
seção, sobre a introdução, onde está descrito qual a problemática do artigo e os
objetivos. Na segunda seção, será apresentado um breve referencial teórico, no
qual foi apresentado o que é o PTO (procedimento técnico operacional), gestão
de projeto e quais procedimentos foram realizadas. Na terceira seção é
apresentada a metodologia aplicada na implementação de obras na indústria
siderúrgica, sendo feito um estudo de caso com levantamento de dados. E na
quarta e última seção, são tecidas algumas conclusões e discussões
decorrentes dos resultados obtidos na aplicação do PTO no presente estudo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Gestão de Projetos


Primeiramente, para compreender o que é gerenciamento de projetos, é
necessário entender o que é um projeto. Projeto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único (PMBOK®,
2017).
Outra proposta interessante de definição de projeto é de Turman (1983)
que diz o seguinte:

Um projeto é uma organização de pessoas dedicadas visando atingir


um propósito e objetivo específico. Projetos geralmente envolvem
gastos, ações únicas ou empreendimentos de altos riscos no qual tem
que ser completado numa certa data por um montante de dinheiro,
dentro de alguma expectativa de desempenho. No mínimo todos os
projetos necessitam de terem seus objetivos bem definidos e recursos
suficientes para poderem desenvolver as tarefas requeridas. A
excelência nas áreas de integração, escopo, prazos, custos, recursos
humanos, aquisições, qualidade, riscos e comunicação, permite atingir
o sucesso no gerenciamento de projetos.

Segundo Meredith & Mantel Jr. (2002), os projetos são caracterizados


segundo alguns atributos:
 Propósito (objetivo): o projeto geralmente é realizado somente uma
vez com resultados finais desejados bem definidos. Pode ser dividido em
sub-tarefas que devem ser concluídas para atingir seus objetivos;
 Ciclo de vida: assim como entidades orgânicas, projetos possuem
datas estabelecidas de início e fim;
 Interdependências: existe uma frequente interação de projetos com
outros projetos sendo executados dentro de uma mesma organização.
Entretanto, os projetos sempre interagem com as operações contínuas da
organização que o sedia;
 Unicidade: todo projeto tem alguns elementos que são únicos, por
isso dois projetos podem ser similares, mas nunca iguais;
 Conflito: característica inerente ao projeto, ele nasce da
necessidade de um projeto competir com os departamentos funcionais por
recursos.
Um projeto pode ser conceituado como um esforço temporário para se
criar um produto, serviço ou resultado único (exclusivo), efetuado ou executado
por uma equipe que é uma organização temporária dentro da organização
principal ou entre organizações (PMBOK®, 2017).
Com base nas definições de projetos, o gerenciamento de projetos é
realizado através da aplicação e da integração dos seguintes processos de
gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e
controle e encerramento (PMBOK®, 2017).
O gerenciamento de projetos tem um papel cada vez mais importante nas
atividades empresariais. Empresas em diversos segmentos atuam somente com
projetos, assim estas empresas devem possuir uma sistemática efetiva para o
gerenciamento de seus projetos, a fim de atender aos padrões, cada vez mais
limitados de escopo, custo, prazo e qualidade de seus clientes.
Com isso torna-se fundamental contextualizar a metodologia de
gerenciamento de projetos baseado no PMBOK, agregando ferramentas em
meio ao processo, explorando suas etapas de implantação utilizando
metodologias como PTO, a fim de resultar em um projeto exequível e dentro das
particularidades de um empreendimento.

2.2 PTO (Procedimento Técnico Operacional)

A globalização e o ambiente organizacional turbulento e dinâmico acaba


forçando as organizações a serem cada vez mais dinâmicas, trabalhando com
agilidade e eficiência em seus processos, forçando mudanças para sobreviver
em meio à concorrência de mercado. As organizações estão optando por
mudanças que procuram melhorar os processos, de forma a criar vantagem
competitiva, criando formas de medir e avaliar os seus resultados para manter
os bons resultados, e fazer ajustes no desempenho que fica abaixo do esperado
(Eduardo, 2018).
Para entender a importância do PTO precisa-se saber distingui-lo de um
POP (procedimento operacional padrão), desta forma, conhecer o conceito e os
elementos que os compõem.
Segundo, Gourevitch (2007), o POP que é um documento organizacional
que traduz o planejamento do trabalho a ser executado em uma linha de
produção. É uma descrição detalhada de todas as medidas necessárias para a
realização de uma tarefa, para que o processo de produção e produtos produzido
seja uniforme e contínuo.
Avaliando a criação do POP, no século 20, um exemplo claro de
procedimento padronizado nas linhas de montagem do modelo “T” da Ford, que
foi uma das primeiras linhas de produção a ter sucesso e trabalhar com tarefas
padronizadas (Colenghi,1997).
Os níveis de padronização eram tão eficazes, para a época, que o custo
do produto foi reduzido ao máximo, permitindo que “todos pudessem ter um
automóvel, desde que fosse da cor preta“. Mais tarde, percebeu-se que somente
o carro preto não foi suficiente para satisfazer os consumidores, o que gerou o
desenvolvimento de novos padrões de procedimento. Desta forma fica entendido
que o POP é uma descrição das atividades envolvidas no fluxo do processo de
trabalho, ou seja, é um roteiro padronizado sobre as operações de um
determinado processo (Duarte, 2007).
Já realizando a mesma análise para PTO, trata-se de uma descrição
detalhada de atividades específicas, dentro de um projeto/obra, para garantir a
produtividade e execução. É usualmente utilizada para descrição de atividades
técnicas, tendo por característica, portanto, ser um padrão técnico (Rosenfeld,
2006).
Para Gourevitc (2008), embora muito parecidos e constantemente
confundidos, PTO e o POP possuem finalidades distintas e, na maioria das vezes
complementares. Isso porque o POP, é voltado para padronização do fluxo do
processo, enquanto o PTO instrui sobre a execução de atividades específicas e
de características únicas, nos moldes de um projeto, onde cada um tem suas
particularidades. Alguns processos organizacionais podem ser padronizados
com o uso de POP, outros com uso de PTO, ou ainda, utilizando ambos os
padrões.
Olhando na ótica de implementação de projetos, o PTO, deve ser
desenvolvido com base nos projetos, colocados à disposição dos executores,
assim permitindo dar uma visão mais abrangente, onde pode proporcionar maior
conhecimento de todos os elementos que irão formar a equipe de execução de
obra. Nele os procedimentos são especificados, detalhados, evitando
desinformação, alinhando todos envolvidos da coordenação, operação e direção
de uma organização (PMBOK®, 2017).
Para Back (2008) e Vargas (2016), o PTO tem como objetivo apresentar
as instruções, e sequências de cada atividade a ser executada dentro de um
projeto, ou seja, passo a passo de como cada atividade de forma mais explicativa
possível, para que a equipe de execução não tenha dúvida do que será realizado
e como será realizado. Para que tudo seja mais assertivo possível, todo o PTO,
é baseado no projeto executivo, nas avaliações de campo para análise de
interferências e nos estudos de paradas de equipamentos, assim apontando os
seguintes elementos:

 Responsável pela elaboração do PTO;


 O responsável pela execução e levantamento de equipamentos;
 Levantamento de Fabricação, componentes mecânicos e materiais
utilizados na realização das tarefas;
 Descrição dos procedimentos de segurança que devem ser executados
nas atividades críticas (o modo de operação e as possíveis restrições
quanto a execução, o que pode ou não pode ser feito);
 Estudo de sequência de desmontagem e montagem;
 Todos os responsáveis pela gestão do projeto devem aprovar e assinar o
PTO dando o seu de acordo.

O PTO tem como objetivo mitigar impactos no processo de


implementação de projeto por meio de avaliação e de estudo do método de
execução, fazendo com que a equipe de execução de obra realize um estudo
mais aprofundado de como e qual forma realizará o seu processo de execução.
Com o objetivo de manter o processo de implementação de projeto com
funcionalidade por meio da sua metodologia de estudo, buscando assegurar que
as ações tomadas para a garantia da qualidade sejam padronizadas
e executadas conforme o planejado. Possui um fator educacional primordial que
é a retenção de conhecimento (PMBOK®, 2017).

2.3 Plano De Ação Para Gestão

O desempenho positivo das organizações não está atrelado apenas às


habilidades dos colaboradores, ou mesmo a estrutura organizacional. Está
atrelado a boas estratégias e planejamento, realizado através de projetos
consistentes e planejados, construídos com processos formalizados e validados
a sua eficiência nas atividades organizacionais (Fernando, 2018).
Segundo PMBOK® 6ª edição, a elaboração do PTO consiste em se
projetar e elaborar a documentação completa da obra por Engenharia da
empresa contratada. O PTO deverá conter todos os passos a serem cumpridos
antes e depois da obra, de forma analítica e detalhada, incluindo croquis,
desenhos, visita de campo e outros recursos para facilitar o entendimento de
passos de maior complexidade. Deverá ser dividido no mínimo em cinco tópicos
principais:

 PREPARAÇÃO – engloba a fase de descrição e quantificação de todos


os materiais, equipamentos, ferramentas, recursos humanos, transporte
para pessoal e para materiais e ferramentas, limpeza preliminar no
equipamento, abertura de área, interferência com o funcionamento de
outros equipamentos, elaboração de Plano de Rigging de emergência,
fabricações em oficina antes da parada dos equipamentos, e que se fizer
necessário para o início das atividades e os serviços preliminares nos
equipamentos a serem realizados em pequenas paradas normais de
manutenção anteriores à obra, incluindo pré-montagens e outros, sempre
dividido em passos com descrição analítica, clara e de fácil entendimento.
Outros documentos devem ser acrescentados, como testes de
laboratório, certificados de corrida metalúrgica, de propriedades físicas e
químicas dos materiais.
Para atender especificamente, como por exemplo, os requisitos de
elevação de carga visando a segurança dos envolvidos na obra, quando
se fizer necessário, a contratada deverá apresentar previamente a
Engenharia da empresa contratante os cálculos estruturais e
procedimento de fixação dos olhais para suportar carga máxima de 80
ton. conforme a Norma NBR 8400, dos suportes provisórios para talas,
escoramento provisório da mesa e providenciar um dinamômetro com
capacidade de 100 ton. aferido e certificado pelo INMETRO.
 PARADA DE EQUIPAMENTOS – engloba a fase de intervenção
equipamentos operacionais da empresa contratante, nos dias que
requerem paradas específicas para a obra, descrevendo onde e em qual
momento deverá ocorrer as intervenções, para cada equipamentos
deverão ser informado o seu tempo de parada sendo realizado o seu
bloqueio, desligamento elétrico, bloqueios mecânicos de energia,
instalação de dispositivos de segurança e outros, citando claramente o
descritivo de como fazer todos os passos das atividades, assim como
todas as ferramentas e equipamentos envolvidos, sempre divididas em
passos com descrição analítica, clara e de fácil entendimento.
 EXECUÇÃO – engloba a fase de andamento físico da obra, descrevendo
substituição das partes danificadas e implantação da nova estrutura,
equipamento ou outros, citando claramente o descritivo de como fazer
todos os passos das atividades, assim como todas as ferramentas e
equipamentos envolvidos, descrição e quantificação de todos os
materiais, equipamentos, ferramentas, recursos humanos, sempre
dividido em passos com descrição analítica, clara e de fácil entendimento.
 TESTES – engloba a fase de retorno operacional dos equipamentos da
empresa contratante descrevendo testes necessários em cada
movimento do equipamento e com plena carga, sempre dividido em
passos com descrição analítica, clara e de fácil entendimento.
 CHECK LIST – engloba perguntas a serem respondidas afirmativamente
ou negativamente dos principais passos previstos nas fases de
“Preparação”, “Execução” e “Testes”, de forma a garantir que todos os
passos previstos durante a elaboração do PTO (procedimento técnico
operacional) foram integralmente cumpridos, de forma a não
comprometer o sucesso do empreendimento.
 CRONOGRAMA – O cronograma descritivo detalhado de execução de
todos os passos citados e descritos no PTO (procedimento técnico
operacional), inclusive de fabricação, desmontagem e montagem no
campo e de todos os itens e sub itens constantes neste procedimento,
sendo feito em dia, horas e se necessário meses, para a completa
execução do objeto em questão, o cronograma deverá ser feito em
Microsoft Project, para que desta forma a empresa contratada possa
planejar e programar tempos de parada ou limitações necessários dos
equipamentos operacionais. Os recursos materiais e humanos previstos
para a obra devem estar distribuídos e inseridos nas etapas do
cronograma, para perfeito entendimento da distribuição dos recursos.

É recomendado que o PTO, tenha informações suficientes para que os


colaboradores possam utilizá-lo como um guia, assim como, em caso de dúvida,
saibam onde buscar mais informações ou a quem recorrer. Dessa forma, é
interessante que o PTO contenha os seguintes itens:

 Nome do projeto;
 Objetivo do projeto;
 Documentos de referências (manuais de equipamentos, referencial de
projetos, orientações de processos ou outros procedimentos);
 Local da obra;
 Legenda de Siglas (caso houver);
 Descrição das etapas da tarefa e de seus executores e responsáveis;
 Levantamento de equipamento / recursos;
 Fluxograma e organograma da equipe do projeto;
 Local onde poderá ser encontrado e o nome do responsável pela guarda
e atualização do PTO;
 Forma que será gerado (digital ou físico);
 Gestor (quem elaborou).

2.4 Objeto de Estudo – Siderurgia

Esta pesquisa foi desenvolvida em uma unidade de um Grupo siderúrgico


mundial presente em mais de sessenta países, dentre eles a unidade de Serra-
ES. Nesta unidade, são executados implementação de projetos de OPEX e
CAPEX de porte variados.
Nesta unidade existe um departamento de engenharia e projetos
responsável por coordenar os esforços junto às demais áreas da empresa, como
por exemplo, operacional, comercial e controladoria para avaliar a viabilidade,
aprovar, contratar e implementar os projetos.

3 METODOLOGIA
O presente artigo é resultado de uma pesquisa aplicada realizada em uma
siderúrgica no ano de 2022. Pesquisa aplicada é, de acordo com IFPA (2022),
“aquela cujo principal objetivo é a geração de conhecimento para aplicação
prática e imediata, dirigidos à solução de problemas específicos envolvendo os
interesses locais (...)”. A abordagem adotada trata-se de pesquisa qualitativa,
aquela que, de acordo com STRAUSS (2008), pesquisa qualitativa, refere-se a
“qualquer tipo de pesquisa que produza resultados não alcançados através de
procedimentos estatísticos ou de outros meios de quantificação”.
Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória, a qual,
segundo Gil (2022) é aquela que tem como objetivo principal desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que apresentam menor rigidez
no planejamento, pois são planejadas com o objetivo de proporcionar visão geral,
de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Os procedimentos técnicos adotados foram: pesquisa bibliográfica,
pesquisa documental e estudo de caso. A pesquisa bibliográfica, segundo Gil
(2022) ocorre quando é elaborada com base em material já publicado.
Tradicionalmente, essa modalidade de pesquisa inclui ampla variedade de
material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de
eventos científicos. Já a pesquisa documental, afirma Gil (2022) é utilizada em
praticamente todas as ciências sociais e constitui um dos delineamentos mais
importantes no campo da História e da Economia. Como delineamento,
apresenta muitos pontos de semelhança com a pesquisa bibliográfica, posto que
nas duas modalidades se utilizam dados já existentes. A principal diferença está
na natureza das fontes. A pesquisa bibliográfica fundamenta-se em material
elaborado por autores com o propósito específico de ser lido por públicos
específicos. Já a pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos,
elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização,
comunicação etc.
O estudo de caso trata-se de um procedimento adotado de forma de
melhorar os métodos de trabalho e aumentar a produtividade, aumentando a
capacidade de produção de uma operação ou grupo de operações, reduzir os
custos das operações, ou melhorar a qualidade do produto ou serviço
(PMBOK®, 2017).
Baseou-se em um projeto de arranjo físico em uma unidade de um Grupo
siderúrgico mundial presente em mais de sessenta países, dentre eles o Brasil,
destinando o uso do PTO a analisar e viabilizar a melhor forma de executar um
projeto, seja ele complexo ou simples, assim sendo executado de forma mais
eficiente, segura, completa e objetiva, para que desta forma possa ser
interpretado por todos os colaboradores.

4 COLETA E ANALISE DE DADOS

No PTO, a padronização de processos dentro de um projeto, precisa


passar por medições periódicas para saber se tudo está ocorrendo conforme
planejado. Uma vez que realizamos o controle da obra por meio de cronograma,
histograma, RDO (relatório diário de obra) e RNC (relatório de não
conformidade), os dados coletados são levados para o dashboard no Microsoft
Power BI, que é um serviço de análise de negócios e análise de dados,
mostrando desempenho dos projetos com base nos KPI (indicador-chave de
desempenho), de gestão para se realizar a medição e o consequente nível de
desempenho e sucesso do projeto ou de um determinado processo, focando no
“como” e indicando quão bem os processos dessa empresa estão, permitindo
que seus objetivos sejam alcançados.
Como este apanhamento de informações podemos até identificar uma
empresa que não estejam atendendo o indicador de produção, podendo assim
orientar a prestadora de serviço os seus pontos fracos, para que ela possa
desenvolver a sua equipe com treinamento adicional e recursos de forma a
garantir a segurança do trabalho e a produtividade geral de seu projeto. Ao
documentar as medições em relação aos padrões pode ajudá-lo a atingir metas
de melhorias mais facilmente, proporcionando um ganho coletivo no projeto.
Espera-se que a utilização do PTO na implementação de Projetos
potencialize nos usuários o engajamento e absorção dos conhecimentos,
técnicas e ferramentas necessárias para aumentar a probabilidade de sucesso
dos projetos, pois:
 Universaliza o conhecimento do PMBOK somado ao conhecimento
empírico de modo simples e conectivo;
 Contribui para uma transformação no ambiente de projetos de forma que
as pessoas “enxerguem valor na aplicação da metodologia” na medida
em que percebam melhores resultados em termos de prazo, custo,
qualidade, segurança, meio ambiente e redução de desvios.

4.1 DETALHAMENTO DO ESTÁGIO (PTO)

Estágio 1: Avaliação de oportunidade

Avaliar uma ideia e analisar se esta é uma oportunidade para


crescimento ou uma necessidade real de resguardar o
negócio, encontrando alternativas visando resolver problemas,
ao invés de começar a avaliar uma solução antes de entender as alternativas.

1º Passo: Após recebimento da SI (solicitação de investimento), CP


(coordenador de projeto), convoca reunião com CE (coordenador de engenharia)
e UL (user leader).
2º Passo: CP, discute preliminarmente sobre objetivos estratégico / industrial do
projeto, prazos, estimativas de custo, entregas e principais aspectos, como por
exemplo: modelo de negócio (Turn Key ou Pacotes), engenharia própria ou
contratada, metodologia de implementação, riscos e etc.
3º Passo: CP encerra reunião com os principais itens discutidos em ata de
reunião.
Saída

de Reunião
Estágio 2: Estudo de viabilidade

Propor o modelo de negócio e desenvolver a solução


técnica funcional recomendada.

1º Passo: CP, busca na pasta do projeto modelo de EAP (estrutura analítica de


projeto).
2º Passo: CP, detalha junto com a equipe do projeto (CE, UL, Suprimentos) as
principais entregas do projeto.
3º Passo: CP anexa EAP na pasta do Projeto via PWA (Progressive Web App).
4º Passo: CP, divulga por e-mail EAP, o projeto a todos os seus stakeholders.

Estágio 3: Modelo funcional

Aprimorar o modelo de negócio e a especificação funcional.

1º Passo: Planejamento de implementação de projetos incluem compromisso


recorrente (quinzenal) na agenda da equipe do projeto (CP, CE, UL, PC
investimento, PPC da engenharia, GAs) para realização de reuniões de análise
crítica dos respectivos projetos em estudo.
2º Passo: CP coordena a reunião abordando principais aspectos e dificultadores
no desenvolvimento do projeto (solução técnica, custos e prazos).
3º Passo: Planejamento de implementação de projetos registra as saídas da
reunião indicando responsáveis e prazos das ações e compartilha com os
participantes da ACPE.
4º Passo: Planejamento de implementação de projetos inicia a reunião com as
saídas da reunião anterior, com os respectivos responsáveis atualizando as
ações realizadas.

Estágio 4: Modelo técnico

Transformar especificação funcional em especificações


técnica preliminar, otimizando as soluções técnicas (MTS -
mínimo técnica solutivo) para que seja possível melhorar o
nível de precisão das estimativas de custo e prazo com a engenharia básica e
pedidos de cotação para os principais ativos e serviços.

1º Passo: CP analisa as propostas firmes recebidas que foram qualificadas


conforme ranking da RAT.
2º Passo: CP agrupa os pacotes de trabalho associado ao custo de cada
proponente.
3º Passo: CP anexa a EAC na pasta do projeto no PWA.
Estágio 5: Preparação para implementação

Aprovação da Best One (IIF pelo Comitê de Aprovação de


Investimentos (IAC) ou Diretoria, preparar mobilização,
cronograma, fornecimento e engenharia detalhada.

1º Passo: PC do investimento recebe novo contrato assinado pelo CP e solicita


a criação dos eventos de pagamento para geração do BM.
2º Passo: PC do investimento verifica no SAP a verba do projeto e pacotes, caso
não exista, será necessário remanejar orçamento, conforme pacote contratado.
3º Passo: PC do investimento associa no SAP os contratos e subcontratos ao
número do contrato existentes.
4º Passo: PC do investimento cria e libera via SAP o diagrama de rede das
parcelas com seus respectivos BMs.
5º Passo: PC do investimento cria BM em Excel, insere-o na pasta do projeto no
PWA e informa para o CPL do projeto.

Estágio 6: Implementação do projeto

Implementar o projeto de acordo com as metas de


desempenho, orçamento, prazo e segurança destacadas
no escopo e aprovação, além de realizar o
comissionamento a frio.

1º Passo: CP recebe e/ou elabora documento (ET, RAT, contrato, Best One,
proposta técnica, desenhos, BM e etc.) dos projetos, conforme entrega prevista
e revisão dos documentos.
2º Passo: CP verifica o tipo e status do documento (novo ou revisado).
3º Passo: CP insere documento na pasta do projeto no PWA de acordo com a
sua taxonomia.
4º Passo: CP agenda reunião de kick off com a equipe de obra envolvida (time
de fiscalização), UL e CE.
5º Passo: CP em conjunto com o UL e CE, apresenta o contrato, solução técnica,
informações da contratada e contato, objetivo do projeto, organograma,
responsabilidades, características específicas do projeto, esclarecendo as
dúvidas de acordo com os questionamentos surgidos na reunião.
6º Passo: Planejamento de implementação registra as saídas e informações no
formulário de saída, insere saída no PWA e divulga para os stakeholders
envolvidos no projeto.
7º Passo: Planejamento de implementação de projetos encerra reunião e entra
em contato com o gestor da contratada e agenda reunião de mobilização.

8º Passo: Planejamento de implementação agenda reunião de mobilização com


a contratada convidando UL, CP, CE e equipe de obra para o compromisso.
9º Passo: Planejamento de implementação recebe e insere contrato na planilha
de CockPit de gestão de obra para geração das datas previstas de entrega de
documentação de planejamento, segurança e ata de mobilização.
10º Passo: Coordenador de obra conduz reunião de mobilização, informando:
questões técnicas, administrativas e prazo previsto para entrega da
documentação de obra (planejamento e segurança) com apoio dos demais
participantes respondendo as dúvidas e questionamentos surgidos.
11º Passo: Planejamento de implementação formaliza ata de mobilização (colhe
assinatura), encerra reunião e disponibiliza ata na pasta do projeto no PWA e via
e-mail a todos os participantes.
12º Passo: CO envia modelo de PTO para a contratada solicitando as
informações necessárias no documento de forma detalhada para execução das
atividades.
13º Passo: Contratada elabora PTO com a descrição do escopo, plano de
contingência, aspectos técnicos e de segurança e etc. e envia para o UL, CE e
fiscalização técnica e de segurança comentarem.
14º Passo: O time de obra e UL analisam e aprovam o PTO em termos técnicos,
qualidade e de segurança. Caso necessário, é solicitado revisão e reenvio do
PTO
resumido

documento para ajustes.


15º Passo: Contratada imprimi 2 cópias do PTO e valida formalmente com o UL
e time de obra.
16º Passo: CO insere PTO Consolidado na pasta do projeto no PWA.

17º Passo: Planejamento de implementação envia manual de planejamento e


modelo padrão de cronograma para a contratada.
18º Passo: Contratada elabora e envia cronograma de obra detalhado.
19º Passo: Planejamento de implementação analisa e aprova cronograma de
obra (peso, duração, detalhamento, prazo de término e dependência das
atividades), caso o cronograma esteja incorreto ou incompleto, é solicitado
revisão e reenvio do mesmo.
20º Passo: Planejamento de implementação inclui cronograma no EPM, salva
linha de base e disponibiliza na pasta do projeto no PWA, além de divulgar a
todas as partes interessadas por e-mail.
21º Passo: Planejamento de implementação solicita e envia dados do gestor da
contratada para criação da chave de rede.
22º Passo: Pool solicita, configura e disponibiliza chave de rede, mediante
aprovação do GA implementação de projetos.
23º Passo: Planejamento de implementação insere os dados do usuário na
planilha de RDO online e da equipe de obra, em seguida treina contratada para
uso do RDO digital.
24º Passo: Contratada preenche o RDO digital diariamente, de acordo com o
workflow de análise e aprovação (planejamento de implementação, fiscalização
técnica e CO).
25º Passo: Após aprovação do CO, automaticamente o RDO fica armazenado
na pasta específica de documentos de obra e em PBi para análise.

26º Passo: Time que atua no projeto (CP; CO; CE; planejamento; fiscalizações
técnica e de segurança) registram oportunidades ocorridas no formulário via
forms na pasta do SharePoint.
26º Passo: CP/CO verifica por meio de confirmação de processo a utilização do
formulário de registro pelos stakeholders.
27º Passo: Geração de histórico de dados para plano de ação e lições
aprendidas – que será base para a elaboração do RLA (relatório de lições
aprendidas).

28º Passo: Contratada elabora plano de comissionamento a frio e submete ao


CO e fiscalização técnica e de segurança.
29º Passo: Após aprovação do plano de comissionamento a frio o CO organiza
os recursos necessários ao acompanhamento com apoio do CP e CE, se
necessário.
30º Passo: Planejamento de implementação programa com PPC da área cliente
o início do comissionamento a frio, se necessário.
31º Passo: Executa-se o plano de comissionamento a frio com sob coordenação
do CO e acompanhamento da fiscalização técnica e de segurança, garantindo
as condições necessárias para o comissionamento a quente, conforme projeto.
32º Passo: CO convoca reunião com CP/CE e fiscalização técnica para alinhar
a conclusão do comissionamento a frio e planejamento do comissionamento a
quente.

Estágio 7: Comissionamento a quente

Realizar comissionamento a quente do


equipamento/processo e transferir para o usuário líder
realizar o startup da planta/processo/equipamento.

1º Passo: Contratada responsável pela implementação do projeto elabora plano


de comissionamento a quente com apoio do time do projeto (CP, CO, UL,
planejamento de implementação, fiscalização técnica e fiscalização de
segurança) caso necessário.
2º Passo: Após aprovação do plano de comissionamento o coordenador de
comissionamento avalia os recursos necessários para seu apoio visando a
execução do plano (fiscalização técnica e executante da contratada).
3º Passo: Planejamento de implementação programa com PPC da área cliente
o início do comissionamento a quente.
4º Passo: Executa-se o plano de comissionamento a quente sob coordenação
do coordenador de comissionamento com apoio da fiscalização técnica e UL até
que o processo/equipamento esteja em condição de startup.
Estágio 8: Análise da evolução, encerramento e pós finalização

Alcançar a performance e qualidade esperada maximizando


a necessidade do cliente, concluir o projeto nos âmbitos
técnico, físico e financeiro e entregar para a
operação/manutenção.

1º Passo: CP solicita por e-mail ao PC do investimento a verificação dos


compromissos de compromisso do contrato no SAP.
2º Passo: PC do investimento verifica no SAP e informa ao CP se existe algum
compromisso em aberto.
3º Passo: Caso exista compromisso em aberto, CP providencia a eliminação dos
compromissos em aberto (requisição ou pedido) ou emite BM para pagamento.
4º Passo: CP solicita por e-mail o encerramento do contrato copiando o PC do
investimento.
5º Passo: Área de Suprimentos encerra o contrato no SAP e informa para o CP
e PC do investimento.
6º Passo: PC do investimento atualiza status dos contratos no PBi para
encerrado.

4.2 TECNOLOGIA COMO SUPORTE PTO

Com esta onda do crescimento tecnológico por sua vez não foi diferente
para a aplicação do PTO, nesta era de informatização da indústria 4.0, uma vez
feito ele, pode ser acompanhado pelo tablet, smartphone e notebook. Sem
contar, que os demais processos para auxiliar o andamento da obra como,
programações de hora extras (via formulário forms), cronograma, histograma,
relatório diária de obra e relatório de não conformidade, Power BI e reuniões via
Microsoft Teams.
Esta automatização de processos agiliza para colaboradores as tomadas
de decisão para o cumprimento de alguns prazos e maior efetividade na frente
obra e até mesmo gerando os relatórios. Equipar os colaboradores com sistemas
automatizados pode ajudar a padronizar soluções para que eles permaneçam
em alinhamento com o protocolo da empresa.
Para as empresas que pensam em conquistar uma certificação ISO, é
fundamental garantir a segurança do trabalho por meio da normatização dos
processos. Um sistema de verificação automatizado, certamente, será um
diferencial.

4.3 VANTEGEM PARA O EXECUTANTE COM O PTO

Dentro da implementação de qualquer projeto o executante é a parte mais


vulnerável de todo o processo, qualquer ação não conforme gera insegurança,
riscos e desgaste ao executor. Alguns benefícios podem ser percebidos a partir
a implantação do PTO. Tais como, conforto e segurança no trabalho; permite o
envolvimento e participação na elaboração de seu próprio método de trabalho;
diminuição dos problemas do dia a dia das atividades; execução das rotinas
diária sem necessidade de ordens frequentes do encarregado e supervisor;
redução de perdas, falhas na execução (retrabalho); aumento de confiança na
forma e método de executar as tarefas, proporcionando mais confiança e
credibilidade a equipe e o trabalho mais perfeito e com menos esforço, gerando
qualidade de vida para todos os envolvidos.
Os executantes podem cumprir as atividades seguindo do PTO, mas não
necessariamente na ordem em que estão descritas, ele tem que cumprir toda a
tarefa descrita. A sequência com que vai executar não tem problema, o que ele
não pode fazer é deixar de executar todo o descritivo da tarefa, como já foi citado
o PTO, pode ser revisado em qualquer momento que se for necessário ou
identificado um meto do mais ágil de executar uma tarefa.
4.4 VANTAGEM PARA A LIDERANÇA COM O PTO

Dentro da implementação de qualquer projeto, para os supervisores


existem algumas vantagens do PTO: Avaliação mais técnica e menos emocional;
eliminação das interferências frequentes no trabalho do subordinado; supervisão
sem a necessidade de ordens frequentes da hierarquia; eliminação dos esforços
na busca de solução de problemas repetitivos; aumento do tempo disponível
para promover melhorias; atingimento de elevado grau de previsibilidade na
execução do projeto; a base para análise da equipe de execução visando
desempenho do funcionário e a grande oportunidade para exercer a liderança
ágil e eficaz.

4.5 REDUÇÃO DE FALHAS OPERACIONAIS COM O PTO

Já na etapa de implementação de projeto, o PTO padroniza o processo


operacional, identificando todos os riscos da execução com clareza de todos os
percursos de cada tarefa. Assim, se alguma coisa dentro dessas atividades não
sair como o esperado, o problema será facilmente identificado.
O PTO é apenas um descritivo da melhor forma de se executar o projeto
de forma a ser detalhado passo a passo, indicando recursos e todo os demais
sinalizadores possível para o sucesso do projeto. Mas ele e apenas um roteiro
para os executantes, que são peças fundamentais para que tudo o que foi
descrito ocorra de forma maestral, assim é preciso realizar um acompanhamento
diário conferindo o andamento do projeto, para que sirva como lição aprendida
e utilizado como experiência adquirida em outros projetos.

4.6 INCONVENIENCIAS COM O PTO

Como em todo processo de mudança, sempre teremos conflito, desafios


e outros obstáculos, isso não é novidade e nem diferente para o PTO, por se
tratar de uma padronização, pode incorrer alguns inconvenientes no ato da sua
implantação. Os executores acostumados a fazer as coisas à sua maneira,
podem não gostar de um novo treinamento para que sigam os procedimentos
padronizados. Essa fase de implementação pode fazer com que a produtividade
e eficiência das equipes diminuam, já que os colaboradores estão reaprendendo,
como executar uma determinada tarefa, com isso se adaptando a este novo
processo, assim ocorrendo de forma mais lenta e gerando novos hábitos.
É importante deixar claro à equipe que, com a implantação do PTO, a
garantia de maior qualidade, segurança e produtividade no trabalho.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme os materiais coletados no estudo de caso dentro da siderurgia


no ano de 2022, foi relatado para uma melhor execução na implementação de
projetos, quando realizado à aplicação do PTO, garantiu a padronização de
tarefas e assegurou aos colaboradores uma execução mais assertiva, eficiente
e com qualidade, no desenvolvimento dos projetos. Os objetivos presentes no
estudo, foram aplicados com o procedimento de PTO, gerou execuções eficazes,
otimizadas, com qualidade e cumprimento dos prazos e evitaram prejuízos para
a indústria siderúrgica.
A contribuição efetiva deste trabalho está na criação de uma ferramenta
para a implementação de projetos, que facilita as pesquisas com novas
ferramentas para a realização de obras. O tipo de experimentação que pode ser
conduzida permite criar condições propícias para redução de custos, alta
qualidade e prazos otimizados.
Por fim, foi deixado a cargo de trabalhos futuros a discussão sobre a
extensão do uso dessa ferramenta, já que foi possível com esse trabalho,
obtenção de melhores resultados, satisfatórios e eficazes, motivando a empresa
buscar a padronização de seus projetos como algo que trará melhorias na
qualidade, custo, cumprimento de prazo e segurança.

6- REFERÊNCIAS

ANEXO II – ROTEIRO DO PRÉ-PROJETO DE PESQUISA APLICADA (IFPA).


Definição básica de pesquisa aplicada, 2022. Disponível em:
https://ifpa.edu.br/documentos-institucionais/0000/3056-anexo-ii-roteiro. Acesso
em: 09 de outubro de 2022.
BACK, Nelson. Projeto integrado de produtos: planejamento, concepção e
modelagem. Barueri: Manole, 2008.

CANCIAN, Christiane. Boletim semanal editado pela Gerência de Comunicação e


Relações Institucionais (PSC), P6 Comunicação, novembro 2020.

COLENGHI, V. M. O&M e qualidade total: uma integração perfeita. Rio de


Janeiro: Qualitymark, 1997.

DUARTE, Renato L. Procedimento operacional padrão: a importância de se


padronizar tarefas na BPLC. 2007. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-
br. Acesso em: 09 de outubro de 2022.

EDUARDO, Fernando; SANTOS, Rodrigo. Gestão de projetos e processos. São


Paulo: Uniasselvi, 2018.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 7. ed. – Barueri-SP:


Atlas, 2022.
GOUREVITCH, Philip. MORRIS, Errol. Procedimento operacional padrão: uma
história de guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

PMI, Project Management Institute, Inc. Um Guia do Conhecimento em


Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 6. ed. Newtown Square - PA, 2017.

STRAUSS, Anselm; CORBIN, Juliet. Pesquisa qualitativa: técnicas e


procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre:
Artmed, 2008.

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