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Formação e Feedbck

VID 20221125 145444

[00:00:03] Pessoa 1 Espero que ninguém me ouça.

[00:00:13] Pessoa 1 Olá, professor Cleibson.

[00:00:15] Pessoa 1 Olá.

[00:00:16] Pessoa 1 Como é seu nome mesmo?

[00:00:16] Pessoa 1 Poderia falar pra gente?

[00:00:18] Pessoa 1 Cleibson Witzel.

[00:00:20] Pessoa 1 Bem diferente seu nome, assim como o meu, né?

[00:00:23] Pessoa 1 Pranzerina.

[00:00:24] Pessoa 1 Pranzerina.

[00:00:25] Pessoa 1 Professor, então a gente já teve uma primeira conversa, foi uma entrevista
escrita, né?

[00:00:29] Pessoa 1 Então agora a gente tinha essa entrevista falada.

[00:00:34] Pessoa 1 E eu gostaria de saber de você sobre essa experiência de trabalhar essa
metodologia de sala de aula na perspectiva do experimento didático, que é uma teoria voltada para a didática do
desenvolvimento mental, na proposta de David O, que é um estudioso e seguidor de Bigodic.

[00:01:00] Pessoa 1 Então eu gostaria de saber de você como está sendo essa experiência, se está
sendo uma experiência que está somando, uma experiência que está crescentando na sua formação, o que você
pensa a respeito dessa aplicação dessa metodologia de sala de aula.

[00:01:18] Pessoa 1 A prática de desenvolvimento mental tem sido bem mais eficaz do que as
práticas normais.

[00:01:22] Pessoa 1 Tendo em vista que os alunos participam mais, eles realmente tomam o
domínio, eles coordenam, eles buscam, eles pesquisam, eles investigam, eles participam, oralizam mais,
respondem as questões que nós estamos lançando, escrevem no quadro, usam recursos digitais.

[00:01:41] Pessoa 1 Então essa prática tem sido bastante positiva, porque em comparação com a
estrutura tradicional, onde só o professor fala, o aluno escuta, ele precisa só escrever e responder, pronto.

[00:01:52] Pessoa 1 Então essa prática tem se mostrado muito mais eficaz.

[00:01:55] Pessoa 1 Tendo em vista também que nas avaliações aplicadas, a gente percebeu que
o conhecimento deles está bem mais amplo, tanto para escrever, quanto para falar, porque eles têm mais
propriedade para falar daquilo que eles realmente aprenderam e conheceram.

[00:02:08] Pessoa 1 O que eu achei interessante na aula de hoje é que eles manusearam o suporte
de jornal impresso.

[00:02:17] Pessoa 1 E em uma das falas deles, eu achei muito interessante eles dizerem que é a
primeira vez que pegavam um jornal impresso.

[00:02:28] Pessoa 1 E aí fica passando pela minha cabeça, quantas aulas eles já tiveram no longo
ano falando sobre texto jornalístico.
[00:02:40] Pessoa 1 O que você pensa sobre isso, dessa possibilidade de aprofissiar para um
aluno esse contato com esses suportes?

[00:02:52] Pessoa 1 Isso mostra que é necessário rever as metodologias, principalmente as


tradicionais.

[00:02:57] Pessoa 1 Só falar, explicar, resolver questões não faz com que o aluno aprenda.

[00:03:02] Pessoa 1 Muito pelo contrário, como você disse, os postes impresso, que é o suporte,
eles não tinham contato, não conheciam.

[00:03:11] Pessoa 1 Não conheciam os segmentos, não conheciam como era estruturado esse
texto, que é em prosa, em fado.

[00:03:17] Pessoa 1 Não sabem ter a informação, a notícia.

[00:03:20] Pessoa 1 Eles nunca pegaram, às vezes, o jornal, como já disseram, mas sempre
ouviram as pessoas falar, jornal, texto jornalístico, mas nunca tiveram realmente contato com o texto
jornalístico, seja no meio impresso como a gente está num.

[00:03:33] Pessoa 1 Então é bastante importante porque eles tiveram contato, puderam analisar,
fizeram a leitura, entenderam realmente o que é o jornal e os inúmeros segmentos que podem haver dentro do
jornal e do texto jornalístico.

[00:03:47] Pessoa 1 O que a teoria propõe, o experimento propõe é isso, partir daquilo, do
conhecimento que o aluno tem do empírico para que ele chegue ao desenvolvimento de um conceito teórico,
partir daquele conhecimento que ele já traz, que ele vivencia para depois ele chegar realmente no conceito
teórico, para que um dia, quando falar sobre texto jornalístico, ele saiba que esse conceito vai ter diferenciado as
demais, que ele vai perceber que existe um conceito nuclear, que esse conceito nuclear ele jamais vai esquecer,
que se o professor colocar para ele, para ele desenvolver algo falando sobre isso, ele vai ter argumentos, ele vai
ter informação e ele vai ter outras possibilidades de desenvolver dentro do seu contexto.

[00:04:42] Pessoa 1 Partindo desse pensamento, você nas aulas, você percebe que os alunos,
quando você propõe aquela proposta de fazer perguntas para eles, para que eles busquem respostas e perguntem
novamente, você percebe em algum momento que eles estão produzindo alguma ação mental?

[00:05:04] Pessoa 1 Sim, eles estão produzindo uma ação mental de reflexão, de referência, de
relação, de interpretação, principalmente conhecimento do mundo, que é muito importante, porque eles buscam
o conhecimento do mundo, do conhecimento que eles têm, às vezes para argumentar, o professor vai dizer por
causa disso, agora eu ouvi isso, então eles vão fazendo algumas referências.

[00:05:25] Pessoa 1 É muito bom que o suporte impresso, que a Sandra falou aí, e também o
falado, eles vão permitir que o aluno consiga, dentro do texto geralístico dessa prática de desenvolvimento
mental, ter contato, aprender, saber realmente argumentar, entender como que é o texto geralístico em si e como
ele é feito, o seu critério, o seu argumento, seu núcleo, principalmente se a gente está pensando sobre Covid,
então qual que é o núcleo?

[00:05:53] Pessoa 1 Eles entenderem isso, pesquisarem, aprofundarem, encontrar informações,


fazer referências, fatos, analisar, e assim eles entenderem que tudo tem um núcleo, que surge a parte daquele
núcleo, aquela informação está lá, e nesse caso é a Covid que nós estamos estudando aqui, trabalhando com os
alunos.

[00:06:17] Pessoa 1 E a fake news também, eles conseguem através disso compreender o que é
uma notícia falsa, nós fizemos algumas perguntas para os alunos, para tentar entender por que isso surgiu, e eles
começaram a responder, é porque tal pessoa de notoriedade pública disse, e qual que é o impacto dessa notícia, e
por que as pessoas divulgam notícias diferentes, são notícias falsas, fake news, e como que eu posso investigar
para saber se aquilo é verdadeiro, ou se aquilo é falso.

[00:06:49] Pessoa 1 Então a partir dessas aulas desenvolvimentais de jornalistas, eles conseguem
identificar, opa, eu tenho que me atentar a um fato, o fato é uma verdade verificada, então eles já sabem.
[00:07:01] Pessoa 1 Então a partir daquele momento eles fizeram algumas pesquisas no
Chromebook da escola, conhecido pelo Estado, e através das pesquisas eles falaram, isso é verdadeiro, isso é
falso, opa, não é bem assim, eles entenderam a importância de não focar só no machete, que pode ser
tendencioso, mas a leitura reportagem também, que é muito importante e auxilia no combate à desinformação.

[00:07:26] Pessoa 1 Lutando de assunto um pouquinho agora, saindo do experimento vírgula, da


aula, da prática em sala de aula, a gente vai falar um pouquinho sobre a prática profissional.

[00:07:36] Pessoa 1 E nessa prática profissional, sobre a atuação da coordenação pedagógica.

[00:07:44] Pessoa 1 A coordenação pedagógica, a pesquisa em si, a qual a gente propõe dentro
desse projeto, é perceber como é que se dá a atuação da coordenação pedagógica no apoio ao professor em sala
de aula e também na formação continuada desse professor.

[00:08:03] Pessoa 1 Lembrando que a formação continuada desse professor envolve uma
conversa, envolve alguma sugestão, envolve algum estudo e aprofundamento em determinado tema, em
determinado assunto.

[00:08:21] Pessoa 1 Como você percebe a atuação da coordenação pedagógica na sua visão
enquanto professor?

[00:08:29] Pessoa 1 Nesta escola, nas aulas de 9 anos.

[00:08:34] Pessoa 1 Hoje em dia, na escola de tempo regular, o tempo é um pouco mais
complexo.

[00:08:39] Pessoa 1 Nós temos uma carga horária circumprida e geralmente o professor chega e
só vai embora na hora que termina de dar a última aula.

[00:08:46] Pessoa 1 Finalmente, o professor se esforça.

[00:08:48] Pessoa 1 Então, o contato com a própria equipe, corpo, docente, é reduzido.

[00:08:54] Pessoa 1 E ainda mais reduzido com o coordenador pedagógico, que, dentro da
dimensão do coordenador pedagógico, acaba perdendo também o desempenho.

[00:09:02] Pessoa 1 Acaba não podendo ficar dentro da sala de aula, acaba não podendo
conversar com o professor.

[00:09:07] Pessoa 1 Não tem o momento para conversar, dialogar, acompanhar as aulas, dar
orientação, dar suporte pedagógico.

[00:09:15] Pessoa 1 Às vezes também fazer alguns auxílios, direcionar, pedir ou falar, olha, eu
identifico que os alunos têm certas dificuldades, o que nós podemos fazer?

[00:09:26] Pessoa 1 Então, essas conversas a gente não consegue ter tanto no tempo parcial.

[00:09:31] Pessoa 1 É um pouco mais restrito, pela própria estruturação, que deva o tempo
regular.

[00:09:37] Pessoa 1 Quando o professor chega e dá as aulas, e aí acabou a hora dele, ele vai para
casa.

[00:09:42] Pessoa 1 Então, em casa, geralmente, você vai fazer planejamento, organizar as aulas,
pensar.

[00:09:48] Pessoa 1 E nesse momento, o coordenador pedagógico não está com ele.
[00:09:51] Pessoa 1 Seu sentimento, poderia dizer, seu sentimento é um pouco de trabalho
solitário?

[00:09:58] Pessoa 1 Trabalho solitário, porque o professor, hoje em dia, ele realmente tem que
correr contra o tempo.

[00:10:05] Pessoa 1 Ainda mais quando o professor tem duas escolas, trabalha em locais
diferentes.

[00:10:10] Pessoa 1 Então, isso reduz ainda mais o tempo do professor.

[00:10:14] Pessoa 1 O tempo de conversar, o tempo de sentar, o tempo de estar com o


pedagógico, o tempo de planejar uma aula melhor também.

[00:10:21] Pessoa 1 Então, tudo isso aí prejudica, se não planejamos o professor.

[00:10:27] Pessoa 1 Achei bacana e acho bem, assim, que vai acrescentar muito na pesquisa.
Você foi um professor. Na escola, você tem

[00:10:32] Pessoa 1 Você foi um professor.

[00:10:34] Pessoa 1 Na escola, você tem vivências diferentes, de realidades diferentes.

[00:10:39] Pessoa 1 Você trabalhava em uma escola de ensino integral e você agora tem essa
oportunidade de trabalhar em uma escola de tempo parcial.

[00:10:49] Pessoa 1 Lembrando que o tempo parcial funciona nos três turnos, maturiza, divertido
e noturno.

[00:10:55] Pessoa 1 Você poderia traçar uma aula de comparação da atuação e coordenação
pedagógica, deitando para sua memória, do tempo integral para o tempo regular.

[00:11:05] Pessoa 1 Que comparação você faria?

[00:11:08] Pessoa 1 No tempo integral, a equipe hoje em dia é mais ampla.

[00:11:13] Pessoa 1 Possuem mais coordenadores de empate, de disciplinar e o pedagógico,


realmente, acaba ficando mais para o pedagógico.

[00:11:20] Pessoa 1 E também, por ser integral, o professor estar em dedicação exclusiva junto
ao coordenador pedagógico, isso proporciona com que o acesso, o diálogo, a interação entre o professor e o
pedagógico seja maior, mais fácil, mais ampla.

[00:11:36] Pessoa 1 Mesmo você dar suas aulas pela manhã, às vezes você tem mais algumas
janelas da tarde, ou tem um do seu lado, como vocês estão no mesmo ambiente, você se reúne com o
pedagógico, o pedagógico conversa, ele faz o acompanhamento, e também existem os coordenadores diários,
que também fazem esse intermédio, analisam as aulas, ajudam, dão suporte, então a equipe é mais ampla.

[00:11:58] Pessoa 1 E pelo fato também de ser uma dedicação exclusiva, como você está ali
dedicado, em um momento daquela escola, você consegue fazer um trabalho, um planejamento, uma
aplicabilidade muito mais ampla em relação ao grupo parcial, mais corrido, mais acelerado, mas quando você
vem e dá as aulas, você vai embora e fica famosa.

[00:12:17] Pessoa 1 Você acredita que o coordenador pedagógico, dentro da sua formação, na
área específica, sendo coordenador pedagógico, ele consegue acompanhar mais e desenvolver o seu trabalho, ele
tem consciência disso, ou você acha que isso não tem muita relevância à formação profissional?

[00:12:46] Pessoa 1 Acredito que é relevante sim, porque o professor de física não poderia dar
aula de língua portuguesa, acredito.
[00:12:53] Pessoa 1 Assim como o professor de curso técnico não poderia às vezes dar uma aula
necessariamente de história.

[00:13:03] Pessoa 1 Será que ele realmente tem a teoria, preparando o aula, tem conhecimento
necessário pra aplicar aquela metodologia, aquele conteúdo de conhecimento de aula?

[00:13:15] Pessoa 1 Da mesma forma que quando você vai fazendo cirurgia, você não vai buscar
alguém que não é um cirurgião, que não tenha informação, que conheça realmente a área que vai ser operado.

[00:13:26] Pessoa 1 Isso é necessário sim, principalmente para o ser pedagógico, é preciso
conhecer as áreas pedagógicas, as metodologias, como tratar o aluno, o professor, e sempre está a informação
continuada, para proporcionar aos professores ainda mais acesso às metodologias ativas, a novas formas, a sentir
a escola, as dificuldades e poder ensinar os professores a falar, Olha, precisamos projetos para leitura, para a
calculação de texto, para matemática, as formas geométricas, as horas, os meninos não estão desenvolvendo
bem os conceitos históricos no Brasil e no mundo, os contextos geográficos, então isso é muito importante, o
cuidado pedagógico.

[00:14:08] Pessoa 1 Então é essencial sim, que ele tenha a formação pedagógica, e ser constante,
evolução, conhecimento, atualização, formação continuada, e assim como os meus professores, para que o
programa seja sempre crescendo.

[00:14:24] Pessoa 1 Professor Acar, te agradecer muito, você tem ajudado bastante na minha
pesquisa, e estamos aí caminhando para 70% da nossa...

[00:14:39] Pessoa 1 70% da nossa pesquisa já está concluída, e faltam só 30 para a gente chegar
realmente a verificar, agora nós vamos passar para a quarta, quinta e sexta ação, nós já fizemos a primeira,
segunda e terceira ação, e agora nós vamos para a quarta, que é a verificação dessa aprendizagem do aluno, no
modo particular, agora nós vamos para o modo particular, nós trabalhamos bastante em grupo, em dupla, para
que eles construíssem, porque a teoria histórico-cultural, ela vem falar dessa construção, da interação do sujeito
com o objeto, e isso ele produz com o outro também, ele aprende mais, então agora nós vamos passar para a
quarta ação, que é verificar essa aprendizagem, como ela está se dando no particular, de um aluno compreender
para ele, sobre o impacto de tudo isso que ele aprendeu para ele, e aqui tem a sexta, aqui tem a avaliação, e a
sexta é o monitoramento de toda a ação, revisão, para ver aquele aluno que conseguiu aprender, aquele aluno
que não conseguiu aprender, e qual é o passo que a gente vai dar para aqueles alunos que não conseguiram.

[00:16:01] Pessoa 1 Hoje eu achei importante a organização da sala, acho que 70%, eu creio que
hoje deveria ser o primeiro dia de aula, e que a gente conseguiu fazer que todos participassem.

[00:16:14] Pessoa 1 Inclusive, a gente tem um aluno que é de inclusão na sala de aula, e que hoje
participou, que foi o primeiro dia que ele pediu para sair, foi o primeiro dia que ele não ficou ali, né?

[00:16:25] Pessoa 1 De certa forma, então a gente conseguiu trazer ele para a aula, né?

[00:16:30] Pessoa 1 Então, mas a gente já está caminhando, fechando a terceira ação para a
gente chegar agora na quarta e fazer a nossa conclusão da pesquisa.

[00:16:40] Pessoa 1 Então, muito obrigada, professor, e vamos junto!

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