Ortodontia interceptiva

A ortodontia interceptiva implica inferiores. Especificamente é quando as

interceptar uma situação normal já
existente, de modo a restabelecer a
evolução normal da oclusão. Alguns
procedimentos podem ser adotados no
início da instalação de determinadas
maloclusões a fim de diminuir a sua
severidade ou, em algumas situações,
eliminar a causa.
O cirurgião deve agir no momento em que
é diagnosticado o início de um problema, o
que acontece geralmente na fase da
primeira dentição ou na dentição mista,
evitando dessa forma um tratamento
mais complexo futuro. A fase de
crescimento se torna um fator essencial
no tratamento ortodôntico.
Ortodontia interceptiva,
atuar?
cúspides linguais dos dentrs posteriores
superiores estão em topo a topo ou
ultrapassam para vestibular as cúspides
vestibulares dos inferiores.
Síndrome de Brodie
O arco dentário maxilar é mais largo, ou o
arco mandibular é mais estreito que o
normal, ou, ainda, ambos os acros são
anormais em largura. A síndrome de
Brodie atinge 1 a 1,5% da população.
Hipoplasia transversal da maxila
Ocorre quando o osso da maxila
apresenta largura diminuída, normalmente
com palato ogival e maxila em formato
triangular. Em alguns casos, mesmo com a
onde maxila apresentando largura deficiente, o
paciente não apresenta MCP.

No tratamento de discrepâncias entre os Nestes casos, a ausência de MCP ocorre

maxilares, nas mordidas cruzadas já porque há compensação do smolares
estabelecidas. Utilizando métodos de inferiores que se encontram
tratamento como a placa removível, arcos excessivamente inclinados para lingual,
palatinos, arcos vestibulares, mola digital, adaptando-se ao pequeno tamanho
aparelhos fixos como Haas, Hyrax, transversal da maxila. Nessas situações,
McNamara para correção da mordida a maxila deve ser expandida, para
cruzada anterior e posteriores, seja de também permitir o movimento vestibular
origem dentária ou esquelética. dos molares inferiores.

Problemas transversais Causas dos problemas transversais

Mordidas cruzadas posteriores (MCP) e a  Retenção prolongada e perda

hipoplasia transversal da maxila. A MCP precice de dentes decíduos
ocorre quando um dos mais dentes  Discrepância dento alveolar
ocupam posições anormais no sentido negativa
vestibulolingual.  Displasias esqueléticas
anteroposteiores
Identificação e tratamento dos  Hábitos bucais deletérios
problemas transversais – Conceitos  Fissuras labiopalatinas
A MCP vestibular é uma super expansão  Traumas faciais
de um ou mais dentes posteriores Classificar as mordias cruzadas
superiores, ou uma linguoversão
posteriores
acentuada dos dentes posteriores
Mordida cruzada posterior dentária
(MCPD): não afeta o tamanho ou o
formato do osso basal maxilar e
mandibular e não acomete muitos dentes,
facilitando a correção. A presentam
padrão de erupção dentária defeituoso ou
sequência de erupção desfavorável que
levaram ao surgimento da MCP.
Uma causa bastante comum é a inclinação
axial acentuada para ligual de um ou dois
dentes posteriores superiores
ocasionando a MCPL. O inverso também
pode acontecer um ou dois molares
inferiores se posicionarem mais para a
vestibular, levando a ocorrência ou
acentuação da MCPL.
 Mordida cruzada posterior
dentária unilateral direita.
 Vista frontal mostrando a
coincidência entre as linhas
medianas superior e inferior
 Ausência de mordida cruzada
esquerda
Tratamento: placas removíveis, elásticos
de intercuspidação.
Mordida cruzada posterior funcional
(MCPF): desvio funcional da mandíbula,
normalmente ocasionado por contatos
oclusais inadequados. Ao ocluir em relação
cêntrica (RC), o pciente sente esses
contatos precoces que causam
desconforto. Para se adaptar a essa
condição não natural e incômoda, desloca
a mandíbula para um dos lados. A mudança
de posição provoca assimetria facialm
desvio de linha mediana dentária e MCP
unilateral.
Tratamento: dependerá do cruzamento e
da largura da maxila. Pode variar de
simples ajustes oclusais para eliminar os
contatos inadequados e evitar o desvio
funcional da mendíbula. Aparelhos
removíveis com parafuso expansor, com
ou sem splint oclusal, ou com molas,
podem ser utilizados para correção de
pequenas discrepâncias transversais ou
posicionamentos dentários incorretos. A
parelhos fixos, como o bi-hélice ou
quadri-hélice são indicados para
pacientes pouco colaboradores. Aparelhos
disjuntores devem ser empregados em
casos de maiore comprometimento
transversal.
Mordida cruzada posterior esquelética
(MCPE): é de fácil diagnóstico, mostra
sinais claros de hipoplasia transversal
maxilar. Há discrepância estrutural entre
maxila e mandíbula, promovendo
desarmonia evidente na largura dos arcos
dentários. Nesse padrão de MCP, há
grande número de dentes envolvidos, a
forma da arcada dentária maxilar é
achatada transversalmente ou muitas
vezes triangular e o osso vestibular dos
dentes posteriores superiores não é
visível, ou seja, od dentes acompnaham a
deficiência transversal maxilar.
Normalmente está associada a falta de
espaço no arco maxilar. Pode também
estar relacionada a discrepância
anteroposterior.
Tratamento: para pacientes com
hipoplasia esquelética transversal
maxilar, a expansão ortopédica maxilar
por meio de expansão rápida da maxila
(ERM) é o tratamento indicado. Um bom
parâmetro para o diagnóstico de
hipoplasia esquelética transversal da
maxila é a distância intermolar.
McNamara afirmou que, quando essa
medida for menor ou igual a 30mm,
expansão ortopédica da maxila por meio
de ERM se faz necessária, A distância
intermolar deve ser mensurada do ponto
mais próximo entre os primeiros molares
permanentes superiores na cervical
palatina. Valores médios para essa
distânia na dentição mista variam de 34 a
36mm.

 Para o sucesso do procedimento é

primordial que a sutura palatina
mediana não esteja calcificada.
 A radiografia oclusal é um bom
meio de diagnóstico para essa
avaliação. Quando nessa
radiografia se verifica linha
radiolúcida na sutura palatina
mediana, normalmente a ERM
ocorre com sucesso.
 Para maior fidelidade dessa
avaliação prévia, a tomografia
computadorizada é o exame mais
indicado.
 O objetivo do procedimento é
promover ganho em largura da
maxila por meio da separação da
SPM.

Exemplos de disjuntores utilizados para

expansão rápida da maxila: Haas
(dentomucossuportado), Hyrax
(dentossuportado) e McNamara
(dentossuportado).