Disciplina: Docente: Prof. Arlete Aluno(a): Carla Caroline da Rocha de Lima RA: f2830b5
O grupo familiar: Normalidade e patologia da função, na atualidade é consensual entre
os psicanalistas, a orientação voltada para o foco pulsional ou ambiental, o grupo familiar exerce uma profunda importância no psiquismo da criança, na formação da personalidade do adulto. O grupo familiar não designa unicamente a influência exercida pela mãe,mas também pelo pai, irmãos, também pelas pessoas que têm contato com a criança, babás, avós. O capítulo será voltado à função materna, que pode referir se a mãe concreta como a outra pessoa de forma sistemática que possa exercer sua função. Fatores socioculturais, é primordial lembrar que a configuração dos grupos familiares vem passando por profundas transformações, com a passagem das gerações repercutindo no bebe, criança, adolescente e futuro adulto, a formação de sua identidade individual, grupal e social. Os fatores culturais e sociológicos, contribuem para o estado de coisas sendo os seguintes: Um novo significado de família, expectativas e papéis desempenhados, maior emancipação da mulher que geralmente deve trabalhar fora, conciliando entre a maternagem com o profissional. O homem tem contribuído bastante, na economia doméstica, e no cuidado com os filhos. Já os avós não têm mais participação ativa com os netos. O aumento dos divórcios e recasamentos, mães adolescentes e solteiras, uma mentalidade mais consumista influenciado nos valores ideológicos, a violência urbana. Dinâmica do grupo familiar. A família constitui como um campo dinâmico no qual agem os fatores conscientes e inconscientes, a criança não sofre apenas influencia dos outros, mas tem um agente ativo de modificações na estrutura da família e nos demais. Sendo o primeiro fator a levar em consideração a transgeracionalidade, os genitores da criança mantêm a internalização de suas famílias originais com os valores estereótipos e conflitos. Uma forte tendência os conflitos que não são resolvidos pelos pais da criança, e com os pais originais interiorizados, sejam reeditados nas pessoas dos filhos. É comum uma mãe fixada edipicamente em seu pai, menospreze seu marido, repetindo o mesmo enredo, delegando ao filho o papel de ele tomar o avo ( pai dela) um admirado modelo, devido a exclusão da figura paterna, valendo também para as fixações mal resolvidas do pai, reproduzidas pelos filhos. O grupo familiar não é estático, sofre transformações comportando-se como um campo grupal dinâmico, circulando em todos os níveis, necessidades, desejos, relações objetais, ansiedades, comunicação, segredos ocultos ou compartilhados afetos contraditórios etc. Sendo necessário destaca-se três aspectos: características pessoais, do pai e da mãe separadamente em especial, a relação entre eles, a imagem e a valoração quê cada um tem com o outro, constituindo as representações internas que o filho terá de cada um dos pais, e por si mesmo. O aspecto das identificações,matéria prima da formação, sentimento de identidade e auto-estima. A definição de papéis ex:" bode expiatório", `'orgulho da mamãe ", etc. A cumprir dentro da família ou fora dela. Uma família bem estruturada, é necessário algumas condições básicas, uma hierarquia nas distribuição de papéis, lugares, posições e atribuições, em um clima de liberdade e de respeito recíproco entre os membros. Se predominar um uso exagerado de " identificações projetivas" de uns com os outros, predominando a posição geral " esquizoparanoide" e "depressiva", há o grave risco de perda os necessários limites, direitos, deveres e privilégios e o reconhecimento de suas limitações, os lugares que cabem a um pai, mãe ou filho, que pode ficar trocados e confusos, essas informações repercute no psiquismo do filho. Normalidade e patogenia da função materna. A maternagem que Winnicott fala de uma mãe suficientemente boa, alude ao fato que essa mãe não frustra e nem gratifica, para possibilitar um sadio crescimento,