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Atualidades

TERRAS ÍNDIGENAS:
A OFENSIVA DO GARIMPO ILEGAL

O garimpo é a prática de extração e mineração de substâncias minerais. Essa


exploração, no norte do Brasil, acontece em grande parte de forma ilegal e
dentro de territórios indígenas. Mas o que tem ocorrido nos últimos tempos?
O garimpo é uma prática corriqueira na região, porém com o Projeto de Lei
191/2021, que promete a legalização dessa prática, a ação foi estimulada
resultando em mais invasões a terras indígenas, provocando diversos tipos de
violência. A decisão foi aprovada com unanimidade pela corte (STF) no dia
posterior (17/02).

A ação dos garimpos ilegais na Amazônia, principalmente


nas terras indígenas Yanomami e Munduruku, tem passado
por um avanço significativo nos últimos anos. Muitos dos
garimpeiros, sejam eles indígenas e não-indígenas, atuam
afirmando que estão esperando ações a seu favor por parte
da Presidência da República.

O garimpo ilegal no território Munduruku ocorre


tanto em terra firme como em balsas nos rios da
região, aumentando ainda mais a contaminação
das águas por mercúrio.

As Terras Indígenas devem ter proteção como


patrimônio social, cultural, ambiental e natural, não
importando se a ação predatória parte de indivíduos
indígenas ou não. Em 1967 foi criada a Fundação
Nacional do Índio (Funai), encarregada de exercer a
proteção dos indígenas, a identificação e a demarcação
de terras.

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• Em 1973, ainda durante a ditadura
militar, foi sancionado o Estatuto do Índio,
que estabelece que os indígenas são
“relativamente incapazes” e que o Estado
deveria tutelá-los até que eles fossem
assimilados → O fundamento da lei era o
horizonte de que os indígenas deveriam
ser assimilados.
• A Constituição de 1988 rompe com
essas legislações, reconhecendo os
direitos permanentes dos povos indígenas
às suas terras e à preservação de sua
cultura e tradições.
• Em 2007 foi criado o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), também subordinado ao
Ministério do Meio Ambiente.
• A função do ICMBio trata especificamente
da gestão das unidades de conservação,
que correspondem a quase 10% do
território brasileiro, retirando essa atividade
da área de atuação do Ibama.

- O Sistema Nacional de Unidades de Conservação inclui:


o Unidades de Proteção Integral: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque
Nacional, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre.
o Unidades de Uso Sustentável: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista; Reserva de Fauna,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural.

• Os garimpos ilegais atuam com


enormes estruturas de alojamento,
abastecimento e serviços, totalmente
ilegais, abrangendo milhares de
pessoas.

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