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Universidade Católica de Moçambique

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Curso:

Licenciatura em Biologia

Disciplina: MIC I: 1º ano

Tema: Tipos de Conhecimento

• Analise Textuais e Temática

• Princípios da ética e Importância da Ética

Discente:

Lucrecia Meyme Constantino

Docente: Dr. Leopoldina Paulino Luís Pene

Chimoio, aos 30 de Maio de 2023


INDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3

OBJECTIVO ................................................................................................................................... 3

TIPOS DE CONHECIMENTO ...................................................................................................... 4

CONHECIMENTO POPULAR OU SENSO COMUM ................................................................ 5

CONHECIMENTO RELIGIOSO .................................................................................................. 5

CONHECIMENTO FILOSÓFICO ................................................................................................ 5

CONHECIMENTO CIENTÍFICO ................................................................................................. 6

SÍNTESE TEXTUAL ..................................................................................................................... 6

Analise Textual ............................................................................................................................... 6

ANÁLISE TEMÁTICA .................................................................................................................. 7

ANÁLISE INTERPRETATIVA .................................................................................................... 7

ANÁLISE PESSOA........................................................................................................................ 8

OS PRINCÍPIOS DA ÉTICA ......................................................................................................... 8

IMPORTÂNCIA DA ÉTICA ......................................................................................................... 9

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................ 10

Referencias. Bibliográficas ........................................................................................................... 11


INTRODUÇÃO

Se você for visitar uma aldeia de índios no meio da mata e perguntar para uma criança
indígena de seis anos o que é uma árvore, provavelmente essa criança vai lhe falar nomes de mais de
trinta tipos de árvores diferentes, mostrando e diferenciando cada uma delas. Além disso, vai especificar a
utilidade que essas árvores possuem para a sua comunidade. Se essa mesma pergunta for feita a uma
criança urbana, uma resposta possível será um desenho básico com raiz, caule, folhas e frutos,
especificando que se trata de um ser vivo pertencente ao reino dos vegetais. O que se percebe na situação
descrita anteriormente é que estamos diante de dois tipos diferentes de conhecimento: o primeiro,
eminentemente prático, diretamente relacionado à sobrevivência, passado de geração em geração pela
tradição oral; o segundo, teórico, sistematizado, com o objetivo de informar, passado por intermédio de
livros, revistas, documentários de televisão e até mesmo um professor, quando a criança consegue prestar
atenção.

OBJECTIVO

GERAL:

Tipos de conhecimento

Diferença entre Analise Textual e Analise Temática

Importância da didática para o processo de ensino e aprendizagem

Relação didáctica com outras ciências


TIPOS DE CONHECIMENTO

Se você for visitar uma aldeia de índios no meio da mata e perguntar para uma criança indígena
de seis anos o que é uma árvore, provavelmente essa criança vai lhe falar nomes de mais de trinta tipos de
árvores diferentes, mostrando e diferenciando cada uma delas. Além disso, vai especificar a utilidade que
essas árvores possuem para a sua comunidade. Se essa mesma pergunta for feita a uma criança urbana,
uma resposta possível será um desenho básico com raiz, caule, folhas e frutos, especificando que se trata
de um ser vivo pertencente ao reino dos vegetais.

O que se percebe na situação descrita anteriormente é que estamos diante de dois tipos diferentes
de conhecimento: o primeiro, eminentemente prático, diretamente relacionado à sobrevivência, passado
de geração em geração pela tradição oral; o segundo, teórico, sistematizado, com o objetivo de informar,
passado por intermédio de livros, revistas, documentários de televisão e até mesmo um professor, quando
a criança consegue prestar atenção.

A pergunta anterior é muito interessante para um fórum de discussão. Antes que o caro leitor
sinta-se tentado a respondê-la, devemos ter em mente que todo e qualquer conhecimento é válido. Um
raizeiro (pessoa que vende raízes de plantas) possui um conhecimento prático de ervas que pode ser muito
útil. O chá de camomila como relaxante, o chá de boldo para problemas de fígado e o chá de erva-baleeira
como antiinflamatório são alguns exemplos que demonstram a utilidade prática desse tipo de
conhecimento informal. Invariavelmente, muitos dos princípios ativos pesquisados nessas plantas
medicinais acabam virando fármacos (remédios) avalizados pela medicina (conhecimento formal). Ao
longo da história da humanidade, iremos distinguir quatro tipos de conhecimento: o conhecimento
popular ou senso comum, o conhecimento religioso, o conhecimento filosófico e o conhecimento
científico. Veremos também que não existe um conhecimento que seja melhor do que outro; eles são
diferentes, com características próprias e bem específicas. Cada um deles, dentro de seu escopo, possui o
mesmo objetivo: responder às nossas dúvidas atuais e criar novas dúvidas. Apesar do conhecimento
científico ser o mais sistematizado, podemos afirmar com certeza que a ciência não é o único caminho
que leva à verdade.
CONHECIMENTO POPULAR OU SENSO COMUM

É um conhecimento que existe desde a época dos homens das cavernas. É um conhecimento
passado de geração em geração, e que, de certa forma, deu origem a todos os outros tipos de
conhecimento. A grande maioria dos fatos do nosso cotidiano atual tiveram origem no senso comum, e
muitas vezes, por mero acaso. A descoberta do fogo, por exemplo, foi um dos maiores saltos tecnológicos
experimentados pelos homens daquela época. O homem deve ter conhecido o fogo por acaso, mas a partir
do momento que dominou a arte fazer o fogo, passou a ter, pela primeira vez, uma possibilidade de
dominar a natureza. Chassot (2004) acredita que a cocção de alimentos foi uma provável conseqüência da
descoberta do fogo. Cozinhar alimentos exigiu a utilização de utensílios impermeáveis e resistentes ao
fogo (cerâmicas). A partir dessa necessidade, foram surgindo outras utilizações, que levaram aos
processos de fermentação de sucos vegetais, curtição de peles, tingimento e vitrificação. Existe a
possibilidade de que até mesmo a metalurgia tenha surgido por puro acaso:

CONHECIMENTO RELIGIOSO

O conhecimento religioso talvez seja tão antigo quanto o conhecimento popular. Faz parte da
característica humana buscar explicações para suas dúvidas. Por exemplo, ter a noção de que a fumaça
indica a presença de fogo na mata admite uma explicação natural. Em outras palavras, se existe fumaça,
com certeza há algo queimando. Entretanto, pode ter havido muitos casos em que o homem antigo deve
ter se perguntado sobre o porquê de determinado fenômeno (por exemplo, o que é, e porque ocorre um
eclipse lunar) e não tenha conseguido uma explicação natural. Assim, surgia então uma explicação
sobrenatural, um mito, que teria a função de tranqüilizar o homem, porque esse mito forneceria a
explicação necessária para a sua dúvida. Eis aqui a explicação para o eclipse lunar segundo um mito da
Índia, vários séculos antes de Cristo:

CONHECIMENTO FILOSÓFICO

Conhecimento Filosófico: É valorativo porque parte de hipóteses que não podem ser submetidas à
observação, ou seja, baseia-se na experiência, na argumentação, mas não na experimentação. É racional
por consistir de um conjunto de enunciados logicamente relacionados. É sistemático pelo fato das
hipóteses e enunciados buscarem uma representação coerente e geral da realidade estudada. É não
verificável porque as hipóteses filosóficas, ao contrário das científicas, não podem ser confirmadas nem
refutadas. É infalível e exato porque as hipóteses filosóficas não exigem confirmação experimental e não
delimitam o campo de observação, exigindo apenas coerência e lógica, que prescindem da
experimentação.

CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Conhecimento Científico: É factual porque lida com ocorrências e fatos. É contingente porque as
hipóteses podem ser validadas ou descartadas por base na experimentação, e não apenas pela razão. É
sistemático porque busca a formulação de idéias correlacionadas que abrangem o todo do objeto
delimitado para estudo. É verificável a tal ponto que as hipóteses que não forem comprovadas deixam de
pertencer ao âmbito da ciência. É falível porque nenhuma verdade é definitiva e absoluta. É
aproximadamente exato, porque novas proposições e novas tecnologias podem reformular o
conhecimento científico existente.

SÍNTESE TEXTUAL

A leitura analítica serve de base para o resumo ou síntese do texto ou livro. Entende – se que é a
apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Esta é uma etapa que você só pode fazer se já
tiver um bom acúmulo de leituras sobre o tema, conhecendo bem o assunto, tendo lido outros autores
sobre o que foi estudado e conhecendo as críticas que se fazem àquele autor e àquelas idéias, após essa
análise você pode começar a problematizar o texto. Na prática, isso significa levantar e discutir problemas
com relação à mensagem do autor.

ANALISE TEXTUAL

Análise Textual é a leitura visando obter uma visão do todo, dirimindo todas as dúvidas possíveis,
e um esquema do texto. Para efetiva-la, inicialmente o leitor deve ler o texto do começo ao fim, com o
objetivo de uma primeira apresentação do pensamento do autor. Não há necessidade dessa leitura ser
profunda. Trata-se apenas dos primeiros contatos iniciais, quando se sugere que já sejam feitas anotações
dos vocábulos desconhecidos, pontos não entendidos em um primeiro momento, e todas as dúvidas que
impeçam a compreensão do pensamento do autor. Após a leitura inicial, o leitor deve esclarecer as
dúvidas assinaladas que, dirimidas, permitem que o leitor passe a uma nova leitura, visando a
compreensão do todo. Nesta segunda leitura, com todas as dúvidas resolvidas, o leitor prepara um
esquema provisório do que foi estudado, que facilitará a interpretação das idéias e/ou fenômenos, na
tentativa de descobrir conclusões a que o autor chegou. É necessário o leitor relembrar que análise
significa estudar um todo, dividindo em partes, interpretando cada uma delas, para a compreensão do
todo. Quando se faz análise de texto, penetramos na idéia e no pensamento do autor que originou o texto.
Para que o estudo do texto seja completo, temos que decompô-lo em partes e, ao fazê-lo, estamos
efetuando sua analise.

ANÁLISE TEMÁTICA

É o momento em que vamos nos perguntar se realmente compreendemos a mensagem do autor do


texto é a compreensão e apreensão do texto, que inclui: idéias, problemas, processos de raciocínio e
comparações Aqui devemos recupera:

O tema do texto;

Problema que o autor se coloca;

Normalmente isto é feito junto com o esquema do texto. Nele, você irá indicar cada um dos itens
acima, reconstruindo o raciocínio do autor do texto; recuperando seu processo lógico. É através do
raciocínio que o autor expõe, passo a passo, seu pensamento e transmite a mensagem. O raciocínio, a
argumentação, é o conjunto de idéias e proposições logicamente

ANÁLISE INTERPRETATIVA

Análise interpretativa é a terceira abordagem do texto com vista à sua interpretação, mediante a
situação das idéias do autor. A partir da compreensão objetiva da mensagem comunicada pelo texto, o que
se tem em vista é a síntese das idéias do raciocínio e a compreensão profunda do texto não traria grandes
benefícios.

Interpretar, em sentido restrito é tomar uma posição própria a respeito da idéias enunciadas, é
superar a estrita mensagem do teto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a dialogar, é explorar toda
fecundidade das idéias expostas, enfim, dialogar com o autor

No primeiro momento da interpretação, busca-se determinar até que ponto o autor conseguiu
atingir, de modo lógico, os objetivos que se propusera alcançar; pergunta-se até que ponto o raciocínio foi
eficaz na demonstração da tese proposta e até que ponto a conclusão a que chegou está realmente fundada
numa argumentação sólida e sem falhas, coerente com as suas premissas e com árias tapas percorridas.
Num segundo ponto de vista, formula-se um juízo crítico sobre o raciocínio em questão: até que
ponto o autor consegue uma colocação original, própria, pessoal, superando a pra retomada dos textos de
outros autores, até que ponto o tratamento dispensado por ele ao tema é profundo e não superficial e
meramente erudito; trata-se de se saber anda qual o alcance, ou seja, a relevância e a contribuição
específica do texto para o estudo do tema abordado.

ANÁLISE PESSOA

A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a que ele conduz, devem
levar o leitor a uma frase de elaboração pessoal ou de síntese. Trata-se de uma etapa ligada antes à
construção lógica de uma redação do que à leitura como tal.

De qualquer modo, a leitura bem feita deve possibilitar ao estudioso progredir no


desenvolvimento das idéias do autor, bem como daqueles elementos relacionados com elas. Ademais, o
trabalho de síntese pessoal é sempre exigido no contexto das atividades didáticas, quer como tarefa
específica, quer como parte de relatórios ou de roteiro de seminários. Significa também valioso exercício
de raciocínio – garantia de amadurecimento intelectual. Como a problematização, esta etapa se apóia na
retomada de pontos abordados em todas as etapas anteriores.

OS PRINCÍPIOS DA ÉTICA

A ética em pesquisa se basea nos três princípios fundamentais:

❖ Respeito pelas pessoas;


❖ Beneficência;
❖ Justiça

Estes princípios são considerados universais – são aplicáveis em qualquer lugar do mundo, este
princípio não tem fronteiras mencionais, culturais, legais ou económicas. Todas as partes envolvidas em
estudos de pesquisa com humanos devem entender e seguir estes princípios.
IMPORTÂNCIA DA ÉTICA

a ética e importante e essencial para que aja equilíbrio em uma sociedade porque nos
ensina a refletir sobre nossas ações, se seguimos as regras e normas necessárias para o bom
convívio em sociedade, se respeitamos o outro, si somos honestos, íntegros e justo, si fazemos
aquilo que e correto mesmo quando ninguém esta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

De qualquer modo, a leitura bem feita deve possibilitar ao estudioso progredir no


desenvolvimento das idéias do autor, bem como daqueles elementos relacionados com elas. Ademais, o
trabalho de síntese pessoal é sempre exigido no contexto das atividades didáticas, quer como tarefa
específica, quer como parte de relatórios ou de roteiro de seminários. Significa também valioso exercício
de raciocínio – garantia de amadurecimento intelectual. Como a problematização, esta etapa se apóia na
retomada de pontos abordados em todas as etapas anteriores.
REFERENCIAS. BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDES, Vladimir. Mito e religião na filosofia de Cassirer e a moral religiosa. Notandum. São
Paulo, Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade de Educação da Universidade de
São Paulo (FEUSP), ano VII, n. 11, 2004. Disponível em: < http://www.hottopos.com/notand11/
vladimir.htm >. Acesso em: 25 mar. 2009.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2008.

MATALLO JÚNIOR, Heitor. A problemática do conhecimento. In: CARVALHO, Maria Cecília


Maringoni de (Org.). Construindo o saber – metodologia científica: fundamentos e técnicas. 2. ed.
Campinas, SP: Papirus, 1989. cap. I. p. 13-28.

RUSSELL, Bertrand. História do pensamento ocidental: a aventura das idéias dos pré socráticos a
Wittgenstein. 6. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002

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