Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA
6⸰ Grupo
Discentes:
Turma: “A”
Turma: “B”
Docentes:
Monitor:
Matias Guilaze
1. Introdução…………………………………………………………………….… 1
1.1. Objectivo geral………………………………………………………………… 1
1.2. Objectivos específicos…………………………………………………………. 1
2. Metodologia de pesquisa..……………………………………………………… 1
3. Contextualização………..……………………………………………………… 2
4. Definição dos conceitos básicos………………………………….….…………. 3
4.1. Personalidade………………….……………………………….………………. 3
4.2. Psicossocial…………………….……………………………….……………… 3
4.3. Desenvolvimento psicossocial……………………….………………………… 4
5. Biografia de Erik Erikson……………………………………………………..... 4
6. Teoria psicossocial do desenvolvimento……………………….……….…...…. 5
6.1. Estágios do Desenvolvimento Psicossocial de Erikson….………..…….……... 6
7. Um novo conceito do ego………………………………………………………. 9
7.1. Influência da sociedade………………………………………………………... 9
7.2. Princípio Epigenético………………………………………………………… 10
8. Pesquisa característica e métodos de pesquisa Erikson………….…..………... 10
8.1. Pesquisa característica………………………………………………………... 10
8.1.1. Histórias de caso………………………………………………………....... 11
8.1.2. Situações lúdicas…………………………………………………………... 11
8.2. Método de pesquisa…………………………………………………………... 12
8.2.1. Estudos antropológicos……………………………………………………. 12
8.2.2. Psico-história………………………………………………………...…..... 12
8.2.3. Pesquisa relacionada ou actual……………………………………………. 13
8.2.4. Status intercultural………………………………………………………… 13
8.2.5. Status actual e avaliação…………………………………………………... 14
9. Conceito de Humanidade……………………………………………………… 14
10. Críticas a Erikson……………………………………………………………… 15
11. Conclusão……………………………………………………………………... 17
12. Referências bibliográficas…………………………………………………….. 18
1. Introdução
1|Página
3. Contextualização
A emergência de uma nova teoria do ego, às vezes referida como psicologia do ego, foi
um marco importante após a morte de Freud. Embora Freud considerasse o ego o
executivo da personalidade total, pelo menos no caso da pessoa sadia, ele nunca lhe
outorgou uma posição autónoma; o ego sempre permaneceu subserviente aos desejos do
id (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
Anna, filha de Freud, foi um dos teóricos que propôs uma ênfase maior no papel do ego
na personalidade total, após estudos feitos concluiu que realidades externas passadas e
presente de uma criança influenciam imensamente seu comportamento e sua patologia.
A segunda maior contribuição teórica de Anna Freud foi a extensão do desenvolvimento
infantil para incluir sequências maturacionais além da expressão dos impulsos sexuais e
agressivos e das defesas contra eles, que foi a base para a teoria de estágios de Erik
Erikson (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
Heinz Kohut foi quem ofereceu o modelo mais claro da self e de seu papel na patologia,
ele substituiu o conflito pela self como o factor central na personalidade e na
psicopatologia. Em sua análise os nossos medos mais profundos reflectem não a
ansiedade de castração ou os impulsos conflituais do id, mas o potencial de perda dos
2|Página
objectos de amor. Seu modelo da personalidade originou-se de suas tentativas de
compreender as pessoas “narcisicamente perturbadas”. Este modelo de self é bipolar, e
os dois pólos têm ambição de poder e sucesso, e metas e valores idealizados; e estão
ligados por um “arco de tensão” constituído pelos talentos e habilidades básicas do
indivíduo (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
Robert White reuniu-se aos psicólogos do ego ao propor que o ego tem sua própria
energia intrínseca, e que há satisfações intrínsecas do ego que são independentes do id
ou de gratificações instituais. O modelo de eficiência de White aplica-se na sua é
tentativa de reconceitualizar os estágios freudianos psicossexuais de desenvolvimento.
White sugeriu que o negativismo da criança nos “terríveis dois anos” deve ser
compreendido como “uma crise intrínseca no desenvolvimento da competência social,
não como um deslocamento de problemas no treinamento esfincteriano (Hall, Lindzey
& Campbell, 2007).
3|Página
4.3. Desenvolvimento psicossocial – De acordo com o Ministério da Saúde (1993), o
desenvolvimento psicossocial é a capacidade de aquisição progressiva do ser
humano de interagir com seu meio ambiente.
5. Biografia de Erik Erikson
Quando Erikson tinha 25 anos, seu amigo Peter Blos convidou-o a Viena para ser tutor
da arte para crianças cujos pais ricos foram submetidos a psicanálise da filha de
Sigmund Freud, Anna Freud. Anna notou a sensibilidade de Erikson com as crianças na
escola e encorajou-o a estudar psicanálise no Instituto Psicanalítico de Viena, onde os
analistas proeminentes August Aichhorn, Heinz Hartmann e Paul Federn estavam entre
aqueles que supervisionavam os estudos teóricos. Especializou-se em análise de
crianças e foi submetido a uma análise de treinamento com Anna Freud.
Simultaneamente, ele estudou o método Montessori de educação, que incidia sobre o
desenvolvimento e estágios sexuais da criança. Em 1933 ele recebeu seu diploma do
Instituto Psicanalítico de Viena. Em 1936, Erikson deixou Harvard e juntou-se a equipe
da Universidade de Yale, onde trabalhou no Instituto de Relações Humanas e leccionou
na Faculdade de Medicina. Enquanto em Yale, ele se tornou um cidadão naturalizado
dos Estados Unidos e mudou o sobrenome de sua família de “Homburger” para
“Erikson.” Erikson continuou a aprofundar o seu interesse em áreas além da psicanálise
e a explorar as ligações entre a psicologia e antropologia. Ele fez importantes contactos
com antropólogos como Margaret Mead, Gregory Bateson e Ruth Benedict, e esses
contactos, por sua vez, levaram-no a uma excursão em 1938, que iria se provar
significativa no desenvolvimento de seu pensamento; ele foi convidado para observar a
4|Página
educação das crianças dos nativos Sioux na reserva indígena de Pine Ridge, em Dakota
do Sul. Em 1939 ele deixou Yale, e os Eriksons se mudaram para a Califórnia. Em San
Francisco, abriu uma clínica privada de psicanálise infantil. Em 1950, após a publicação
do livro Infância e Sociedade, pelo qual ele é mais conhecido, Erikson deixou a
Universidade da Califórnia. De 1951 a 1960 ele trabalhou e ensinou na Austen Riggs
Center, uma instalação de tratamento psiquiátrico de destaque em Massachusetts, onde
trabalhou com jovens emocionalmente perturbados. Durante este tempo ele também
actuou como professor na Universidade de Pittsburgh, onde trabalhou com Benjamin
Spock e Fred Rogers. Ele voltou a Harvard em 1960 como professor de
desenvolvimento humano e lá permaneceu até sua aposentadoria em 1970. Erikson
faleceu em 12/05/1994.
A teoria tem oito estágios ao todo, os primeiros quatro ocorrem durante o período de
bebé e da infância, e os três últimos durante os anos adultos e a velhice. E geralmente
dá-se mais enfâse no período da adolescência, pois é nele que se faz transição da
infância para a idade adulta, e o que acontece neste estágio é de total importância para a
personalidade adulta. A identidade, crises de identidade, e confusão de identidade são
5|Página
incontestáveis nos conceitos mais conhecidos de Erikson (Hall, Lindzey & Campbell,
2007).
6|Página
possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa, a
criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os
adultos, tem consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade.
Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser,
sem sentir culpa. Neste estágio a criança tem uma preocupação com a
aceitabilidade dos seus comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de
linguagem, de pensamento, imaginação e curiosidade.
Questão-chave: serei bom ou mau? Virtude social: propósito.
6.1.4. Esforço versus inferioridade (6-12 anos): corresponde a quarta fase de
Freud, latência. Neste estágio a criança percebe-se como pessoa trabalhadora,
capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, a resolução positiva dos
anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a
criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de
inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas
capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se
integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos
interpessoais importantes.
Questão-chave: Serei competente ou incompetente?
Virtude social: competência.
Vertente negativa: formalismo, a repetição obsessiva de formalidades sem
sentido algum em determinadas ocasiões.
6.1.5. Identidade versus confusão de identidade (Puberdade e adolescência):
é neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa
de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há
uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos, esta
é a chamada crise da adolescência. Factores que contribuem para a confusão da
identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento;
expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em
lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o
reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação
emocional entre a criança e as figuras de ligação.
Questão-chave: Quem sou eu? Virtude social: fidelidade/Lealdade
Vertente Positiva: Socialização. Vertente negativa: O fanatismo.
7|Página
6.1.6. Intimidade versus isolamento (21-40 anos): a tarefa essencial deste
estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade)
duráveis com outras pessoas.
Questão-chave: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?
Virtude social: amor.
Vertente negativa: é o isolamento, pela parte dos que não conseguem
estabelecer compromissos nem troca de afectos com intimidade.
6.1.7. Generatividade versus estagnação (35-60 Anos): é caracterizado pela
necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se
está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da
família. Há a possibilidade do sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas.
Existe a preocupação com as gerações vindouras; produção de ideais; obras de
arte; participação política e cultural; educação e criação dos filhos.
Virtude social: cuidado do outro. ; Vertente negativa: leva o indivíduo à
estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à
preocupação exclusiva com o seu bem-estar, posse de bens materiais e egoísmo.
6.1.8. Integridade versus desespero (60 Anos até a velhice-morte): é
favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É a hora do
balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida.
Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos,
sociais e cognitivos, este estágio é mal ultrapassado. Integridade: Balanço
positivo do seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos e desejos se
tenham realizado e esta satisfação prepara para aceitar a idade e as suas
consequências. Desespero: Sentimento nutrido por aqueles que considerem a
sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem as
oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem
consigo mesmo e corrigir os erros anteriores.
Questão-chave: Valeu a pena ter vivido? Virtude social: sabedoria.
Erik Erikson considera as 4 primeiras fases freudianas psicossexuais (Oral, anal, fálica e
latência) e acrescenta mais 4, completando o ciclo do desenvolvimento humano.
8|Página
7. Um novo conceito do ego
De acordo com Feist, Feist e Roberts (2015), Erikson defendia que o ego é uma força
positiva que cria uma identidade pessoal, uma noção de “eu”. Como centro da
personalidade, o ego ajuda as pessoas a se adaptarem aos vários conflitos e crises da
vida e evita que elas percam sua individualidade para as forças niveladoras da
sociedade. Durante a infância, o ego é fraco, flexível e frágil; mas, na adolescência, ele
começa a assumir forma e ganhar força. Durante toda a nossa vida, ele unifica a
personalidade e evita a fragmentação. Erikson via o ego como uma agência
organizadora parcialmente inconsciente que sintetiza nossas experiências presentes com
identidades pessoais passadas e também com as imagens esperadas da self.
Ele definiu o ego como a capacidade de uma pessoa de unificar experiências e acções
de uma maneira adaptativa. Erikson identificou três aspectos inter-relacionados do ego:
o ego corporal, o ideal do ego e a identidade do ego. O ego corporal: se refere a
experiências com nosso corpo, uma maneira de ver nosso self físico como diferente de
outras pessoas. O ideal do ego: representa a imagem que temos de nós mesmos em
comparação com um ideal estabelecido; ele é responsável por estarmos satisfeitos ou
insatisfeitos com nossa identidade integral. A identidade do ego: é a imagem que temos
de nós mesmos na variedade de papéis sociais que desempenha-mos. Apesar de a
adolescência ser, em geral, a época em que esses três componentes estão mudando com
rapidez, as alterações no ego corporal, no ideal do ego e na identidade do ego podem
ocorrer, e ocorrem, em qualquer estágio da vida (Feist, Feist & Roberts, 2015).
9|Página
urina e fezes, práticas que tendem a desenvolver “analidade”, ou limpeza compulsiva,
obstinação e avareza. Nas sociedades euro-americanas, a oralidade e a analidade
costumam ser consideradas traços indesejáveis ou sintomas neuróticos. No entanto, ele
argumentava que a oralidade entre os caçadores Sioux e a analidade entre os pescadores
Yurok é características adaptativas que ajudam tanto o indivíduo quanto a cultura. Ele
argumentou que, historicamente, todas as tribos ou nações desenvolveram o que ele
chamou de pseudoespécie, ou seja, uma ilusão perpetrada e perpetuada por uma
sociedade particular a espécie humana (Feist, Feist & Roberts, 2015).
Para Erikson, o ego se desenvolve passando por vários estágios na vida, de acordo com
um princípio Epigenético, um termo tomado emprestado da embriologia. Cada um
desses estágios deve ser satisfatoriamente resolvido, para que o desenvolvimento avance
sem problema. De acordo com o modelo Epigenético, caso não ocorra a resolução
eficaz de um determinado estágio, todos os estágios subsequentes reflectirão uma falha,
na forma de desajuste físico, cognitivo, social ou emocional (Feist, Feist & Roberts,
2015).
Segundo Feist, Feist e Roberts (2015), Erikson defende que a energia activadora do
comportamento é de natureza psicossocial, integrando não apenas factores pulsionais
biológicos inatos, e como a libido, mas também factores sociais, aprendidos em
contextos histórico-cultural específico. Para Erikson o processo do desenvolvimento
humano da personalidade ocorre por meio do:
10 | P á g i n a
lúdicas, fez várias incursões em território índio e estudou a vida de figuras históricas.
Ele provavelmente é mais conhecido por seus estudos psico-históricos, e seu livro sobre
Lutero (1958) e Gandhi (1969) são muito lidos (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
Embora Erikson não publicasse muitos estudos de caso de seus pacientes, os poucos que
apareceram (1963) demonstravam um raro insight da dinâmica da personalidade e uma
compaixão pelas pessoas perturbadas especialmente crianças com problemas. Seu
talento notável para estabelecer rapport com os pacientes está claramente evidente, e
seu estilo refinado transforma esses estudos de caso em eventos literários, assim como
os trabalhos científicos (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
Ao fazer psicoterapia com crianças, Erikson, como outros, descobriu que crianças
geralmente revelavam melhor suas preocupações quando brincavam com brinquedos do
que por meio de palavras. Isso o levou a desenvolver a situação lúdica padronizada.
Utilizando brinquedos e blocos, que empregou em estudo não clínico de 150 meninos e
150 meninas, entre dez a doze anos de idade. Ele preparou uma mesa para brincar e uma
selecção aleatória de brinquedos e convidou os meninos e meninas do estudo, um de
cada vez, a entrar a imaginar que a mesa era um estúdio de cinema e brinquedos,
actores, cenários. Ele então lhes pediu que criassem sobre a mesa uma cena
emocionante de um filme imaginário. As cenas das meninas eram mais pacíficas,
embora muitas vezes a tranquilidade fosse quebrada por um intruso que era sempre um
animal, menino ou homem, mas nunca uma menina ou mulher. Por sua vez, as meninas
não tentavam bloquear essas intrusões, erigindo paredes ou fechando as portas. Erikson
observou que as meninas preferiam utilizar o espaço interno enquanto que os meninos o
externo, contudo as situações lúdicas, na análise infantil tem um papel semelhante ao do
sonho na análise do adulto.
Embora Erikson não enfatizasse os sonhos em seus textos, ele escreveu um artigo
teórico muito importante sobre os sonhos (1954), usando um sonho de Freud para
ilustrar suas ideias (Hall, Lindzey & Campbell, 2007).
11 | P á g i n a
8.2. Método de pesquisa
Erikson foi um dos poucos psicanalistas que estudou a relação dos traços de carácter
adulto com a maneira pela qual a criança foi educada em grupos primitivos. Em 1937,
Erikson acompanhou a Dakota do sul um representante de campo do Commissioner of
Indian Affairs para tentar descobrir porque às crianças Sioux demonstravam apatia tão
acentuada. Ele descobriu que a criança Sioux estava aprisionada no dilema de tentar
conciliar os valores tribais tradicionais, nela inculcando durante sua educação inicial,
com os valores do homem branco, ensinados nas escolas dirigidas pelo Indian service.
Incapazes de conciliá-los muitas crianças simplesmente evitavam a questão retraindo-se
para um estado de apatia. Mais tarde Erikson foi a Klamath River, na Califórnia do
Norte onde viviam os índios Yurok. Ele estava especialmente interessado em fazer
correlações entre às práticas de treinamento infantil e os travões de personalidade de
pescadores que viviam na beira de um rio em uma comparação com os caçadores das
planícies, por exemplo: a aquisição e a retenção de posses era uma contínua
preocupação dos Yurok. O reforço desse comportamento começava muito cedo na vida
da criança, que era ensinada a ser abstémia, a subordinar seus impulsos a considerados
económicos e a engajar-se em fantasias sobre pescas, salmões e ganhar dinheiro (Hall,
Lindzey & Campbell, 2007).
8.2.2. Psico-história
12 | P á g i n a
(1958) tinha o subtítulo de A study in Psychoanalysis and History (Hall, Lindzey &
Campbell, 2007).
13 | P á g i n a
Plug concluíram que existem indicações de que nos homens negros o senso de
intimidade só se desenvolve bem mais tarde na idade adulta.
9. Conceito de Humanidade
Segundo Feist, Feist e Roberts (2015), a teoria de Erikson recebeu críticas devido a
vários aspectos:
Erikson construiu a sua teoria em grande parte sobre princípios éticos, e não
necessariamente sobre dados científicos. Ele chegou á psicologia pela arte e
reconheceu que via o mundo mais pelos olhos de um artista do que pelos olhos
de um cientista. Certa vez escreveu que não tinha nada a oferece excepto ”uma
maneira de olhar para as coisas”.
Seus livros são reconhecidamente subjectivos e pessoais, o que certamente os
torna mais atraentes. No entanto, a teoria de Erikson deve ser julgada pelos
padrões da ciência, não pela ética ou pela arte.
O primeiro critério de uma teoria útil é a capacidade de gerar pesquisa, e, por
esse padrão, classificamos a teoria de Erikson como um pouco acima da média.
Por exemplo, somente o tópico de identidade do ego gerou várias centenas de
estudos, outros aspectos dos estágios de desenvolvimento de Erikson, como
intimidade versus isolamento, estimularam investigações empíricas mais activas.
A teoria de Erikson classifica-se como somente na média quanto ao critério de
refutação. Em sua capacidade de organizar conhecimento, a teoria de Erikson
está limitada, principalmente, aos estágios do desenvolvimento. Ela não aborda
de modo adequado questões como traços pessoais ou motivação, uma limitação
que reduz a capacidade da teoria de dar significado a muito do que é hoje
conhecido sobre a personalidade humana.
Os oito estágios do desenvolvimento permanecem sendo uma afirmação
eloquente do que deve ser o ciclo da vida. No entanto, a teoria carece de alcance
suficiente para ser classificada como alta em tal critério.
15 | P á g i n a
Como um guia para a acção, a teoria de Erikson fornece muitas directrizes
gerais, mas poucas informações específicas, ela se classifica próxima ao topo na
sugestão de abordagens para lidar com adultos de meia-idade e mais velhos.
Classificamos a teoria de Erikson como alta em coerência interna,
principalmente porque os termos usados para rotular as diferentes crises
psicossociais, forças básicas e patologias centrais são escolhidos com muito
cuidado
16 | P á g i n a
11. Conclusão
Para Erikson, a personalidade tem a ver com um senso de ser único, diferente dos
outros, uma percepção de si mesmo e do mundo. E não só, a personalidade se
desenvolve de forma saudável através do crescimento fisiológico, do amadurecimento
mental e do aumento da responsabilidade social.
Também foi possível concluir que a teoria de Erik Erikson apresenta ideias para análise
de personalidades: confiantes ou extremamente desconfiadas, mais autónomas ou
duvidosas, que possuem maior iniciativa ou sentem-se culpadas a todo instante, que são
produtivas e prontamente realizam suas tarefas ou sentem-se inferiores às outras, que
têm uma identidade estabelecida ou vivenciam crises de identidade que duram toda a
vida, que sabem se relacionar intimamente ou preferem se isolar, preocupadas com o
cuidado dos outros ou paralisadas no tempo, íntegras com os resultados que alcançaram
ou desesperadas com a iminência de morte.
17 | P á g i n a
12. Referências bibliográficas
Feist, J., Feist, G. J., Roberts, T. A. (2015). Teorias da Personalidade. 8ᵃ edição. Porto
Alegre: Artmed.
18 | P á g i n a