UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE BIOTECNOLOGIA
CURSO BIOTECNOLOGIA

Geovana Andrade Aparecido

Márcia Marques Silveira
Sabrina Laís Bispo Magalhães

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA - PRODUÇÃO DE ETANOL

Uberlândia - MG
Setembro – 2021
 INTRODUÇÃO
A Saccharomyces cereviseae é uma levedura fortemente empregada em processos de fermentação
alcoólica, apresentando a capacidade de converter o açúcar presente na matéria-prima (sacarose)
em açúcares simples e facilmente fermentescíveis, como a glicose.

● Para cada mol de açúcar (glicose) consumido, dois moles de etanol e de dióxido de carbono são
produzidos. Em condições ideais, o rendimento de produto (etanol) através do consumo de
substrato (glicose) é de 0,511 g/g.
 INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Objetivo geral: interpretação dos resultados experimentais de um processo de
fermentação alcoólica por levedura Saccharomyces cerevisiae em fermentador operado
em batelada, utilizando glicose como substrato.

Objetivos específicos: determinação da velocidade específica máxima de crescimento

celular (µmáx), tempo de duplicação, produtividade e rendimento do processo.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CURVA DE CALIBRAÇÃO - GLICOSE
 DETERMINAÇÃO TEOR DE GLICOSE (SUBSTRATO)
A partir do IR fornecido no roteiro de aula prática, obtém-se S (substrato) após cálculo por meio da equação:

Y= 7120,3 * IR – 9491,4
DETERMINAÇÃO TEOR DE GLICOSE (SUBSTRATO)

Em seguida, foi possível obter a variação do consumo de glicose (substrato) com o tempo:
 Determinação Concentração Celular (X)
Por meio da curva de calibração fornecida no roteiro da prática, determinamos a concentração celular, por meio da seguinte
equação:

y=0,5748 x
Determinação Concentração Celular (X)
O valor de células encontrado, foi multiplicado pelo fator de diluição, para que obtivéssemos o valor exato da
concentração celular.
Determinação Concentração Celular (X)
DETERMINAÇÃO CONCENTRAÇÃO DE ETANOL PRODUZIDO (P)

Por gravimetria
A concentração de etanol formado é avaliada a partir da massa de CO2 liberado durante o
processo fermentativo. O rendimento de etanol é determinado pela equação:

Onde:
- M CO2 = massa etanol liberado no processo;
- PM Etanol = peso molecular etanol - 46 g/mol;
- PM = peso molecular do CO2 - 44 g/mol;
- M Etanol = massa de etanol produzida durante a fermentação;
Pela Equação, calcula-se a massa de etanol produzido e tem-se a concentração de etanol
DETERMINAÇÃO CONCENTRAÇÃO DE ETANOL PRODUZIDO (P)
DETERMINAÇÃO CONCENTRAÇÃO DE ETANOL PRODUZIDO (P)
CLASSIFICAÇÃO DE GADEN E LUEDECKING-PIRET
CLASSIFICAÇÃO DE GADEN E LUEDEKING-PIRET
De acordo com a classificação de Garden, produto está
associado ao crescimento celular, pois é possível notar que à
medida que há crescimento da célula, também há formação
de produto. Portanto, gráfico do tipo I.

O modelo Luedeking ‐ Piret é baseado na classificação dos

produtos do processo de fermentação como associados (α> 0,
β = 0), não associados (α = 0, β> 0) e parcialmente
associados ao crescimento celular (α> 0, β> 0).

De acordo com a classificação de Gaden, temos que para o

modelo de Luedeking - Piret, a produção de etanol está
associada ao crescimento celular. Portanto, α> 0, β = 0. Como
o etanol é produto do metabolismo primário das leveduras, a
maioria dos casos descritos assume α> 0 e β = 0, conforme
relatado por Oliveira et al.
DETERMINAÇÃO Umáx - FASE LOG
CÁLCULO PARÂMETROS CINÉTICOS

Tempo de geração (tg): Considerando divisão binária o tempo de geração foi calculado utilizando
ln2.

- Umáx = 0,1359
- LN 2 = 0,6931
- Tg = 5,10 h/geração
CÁLCULO PARÂMETROS CINÉTICOS

Rendimento celular:

- Y X/S = 0,1212 g células/ g açúcar

- XF = 28,18
- XI = 10,05
- SI = 153,05
- SF = 3,52
CÁLCULO PARÂMETROS CINÉTICOS

Conversão biomassa em etanol (rendimento real):

Yp/s= 0,4703

Pf= 70,32
P0= 0,00
S0=153,05
Sf= 3,52
RENDIMENTO ETANOL (%)
1 mol glicose -> 2 mol etanol + 2 mol CO2

Rendimento real (%)= 92,01%

MM glicose= 180g/mol
etanol= 46g/mol
rendimento teórico= 0,511g/mol
 AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL TOTAL E REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
● A partir do cálculo com os dados fornecidos, foi obtido um rendimento real de 0,4733g etanol/g açúcar
consumido, em porcentagem esse valor representa de produção de etanol;
● Ao realizar pesquisa bibliográfica, encontra-se que no ambiente industrial a produção de etanol quando
bem conduzida atinge cerca de 90-92% do rendimento estequiométrico. Ao comparar tal resultado com o
os da aula prática que foi de 92%, conclui-se que o rendimento obtido foi satisfatório.
● Outros trabalhos como o de Takahashi et al., produziram etanol usando E. coli modificada e obtiveram um
rendimento de 42,5 g/L de etanol em processo batelada por 96h (em 24h rendimento de 10,6 g/L de
etanol); 3
● Enquanto que Rodrigues et al., por meio da Zymomonas mobilis PRO910 conseguiram uma concentração de
etanol igual a 106g/L.
 AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL TOTAL E REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Alguns dos fatores responsáveis por interferir no rendimento da fermentação e eficiência da conversão de açúcar
em etanol, são:

● Físicos → temperatura e pressão osmótica;

● Químicos → pH, oxigenação, inibidores, nutrientes minerais e orgânicos;

● Microbiológicos → espécie, linhagem e concentração da levedura, e contaminação bacteriana.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - PACHECO, T. F. Fermentação alcoólica com leveduras de características floculantes em reator tipo torre com escoamento ascendente. 2010.

2- STECKELBERG, C. Caracterização de leveduras de processos de fermentação alcoólica utilizando atributos de composição celular e características cinéticas. 2001.

3 - TAKAHASHI, D.F.; CARVALHO, M.L; AL TERTHUM, F. Ethanol production from pentoses and hexoses by recombinant Escherichia co/i. Biotechnology Letters, v. 16(7),
p.747-750, 1995

4 - RODRIGUES, M.L; ANDRIETIA, S.R; MAUGERI, F.F. Simulação da produtividade e rendimento em fermentação alcoólica contínua, para reatores em fermentação
alcoólica contínua, para reatores operando em condições ideais e não ideais de mistura. STAB. Açúcar, Álcool e Subprodutos. 10 (5): 35-47, 1992

5 - HISS, H. Cinética de processos fermentativos In: SCHMIDELL, W.; LIMA, U.A.; AQUARONE, E.; BORZANI, W.R (Coord.) Biotecnologia Industrial. São Paulo: Edgard
Blücherp, p. 93-122, 2001.

6 - BORZANI, W.; SCHMIDEL, W.; LIMA, U.A., AQUARONE, E. Biotecnologia Industrial – Fundamentos. Vol. 01. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 2001.

7 - BELLUCO, A. E. S. Alterações fisiológicas e de composição em Saccharomyces cerevisiae sob condições não proliferantes. Tese (Doutorado, Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz), Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil, 2001.

8 - Oliveira, S.C.; Stremel, D.P.; Dechechi, E.C.;, Pereira, F.M. Modelagem cinética de fermentações com etanol 1-G. Processos de fermentação , p. 419-468, 2017.