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Recuperação Judicial e Falência

↳ A recuperação é um procedimento judicial que visa sanear uma situação de crise


econômica de uma empresa, mantendo seu funcionamento e função-social, desde que
comprovada sua viabilidade.
❖ Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
>Nem todas as empresas que exercem atividade econômica podem requerer a
recuperação judicial, sendo, apenas aquelas cujas estão em estado de crise, não sendo
possível no caso das que já tiveram com a quebra decretada.
>É competente o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de
empresa que tenha sede fora do brasil.
❖ Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a
recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do
devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
↳Local do principal estabelecimento do devedor (maior estabelecimento: maior volume
econômico ou última sede constante no registro)
↳Filial da empresa sediada fora do país
Direito Falimentar
↳Prevenir as crises.
↳Recuperar as empresas em crise.
↳Liquidar as empresas não recuperáveis.
↳Punir os sujeitos culpados por tais crimes.
Recuperação Extrajudicial
↳É um acordo feito diretamente entre a empresa endividada e os seus credores.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL


- A empresa devedora aciona - O devedor discute, negocia e aprova
diretamente o Juízo de Falência e junto aos credores uma proposta ou
Recuperação Judicial. Ao juízo, a plano de recuperação. Apenas
empresa apresentará uma proposta posteriormente ao acordo entre
de recuperação que não foi devedores e credores é que ocorre a
acordada previamente com os apresentação ao judiciário.
credores.
FALÊNCIA
- É um processo legal que ocorre quando existe impossibilidade no pagamento das
dívidas de uma empresa ou pessoa.

Tipos de Crises
- Crise de rigidez: a empresa não se adapta ao ambiente externo, demonstrando um
certo tipo de incapacidade de renovação e mudanças.
- Crise de eficiência: uma ou algumas áreas de gestão operam com rendimento
incompatíveis com sua potencialidade.
- Crise econômica: a atividade trabalha no prejuízo (↑ custo e ↓ rendimento).
- Crise financeira: incapacidade de a empresa fazer frente à suas dívidas com os
recursos financeiros à disposição.
- Crise patrimonial: insuficiência de bens (ativos) para atender o passivo (dívidas);
Insolvência.
Definições
- Empresário: é pessoa física que exerce a empresa em seu próprio nome, sendo o
titular e quem assume o risco da atividade.
❖ Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
- Empresariado: sequência de atos das pessoas e/ou do empresário para
determinado resultado na empresa.
Atividade → Profissionalidade → Assunção dos riscos → Produção e/ou circulação de
bens e/ serviços → Economicidade → Organização → Direcionamento ao mercado
↳Atividade: sequência de atos dirigidos a um mesmo fim.
↳Profissionalidade: estabilidade e habitualidade.
↳Economicidade: produção de bens e riquezas.

Exclusões
- Empresários:
↳Atividades não empresarias: profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística.
↳Empresário rurais
↳Sociedade cooperativa
↳ Sociedade em conta de participação
↳Empresas irregulares (não podem pedir rj, mas estão sujeitas à falência e a
autofalência)
- Empresas (Art. 2º, Lei rj e fl):
↳Empresa pública e sociedade de economia mista
↳ Instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio,
entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à
saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente
equiparadas às anteriores.

- Instituições financeiras: dedicam-se profissionalmente à operações de crédito.


↳Ex: Bancos, corretoras de títulos e valores imobiliários, casas de câmbio, etc.
- Sociedades de capitalização: são entidade, constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o
depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois
de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores
depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente;
conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em
dinheiro.
↳Decreto-Lei n. 73/66: Art. 26 - As sociedades seguradoras não poderão requerer
concordata e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a
liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo menos a
metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios da ocorrência
de crime falimentar.
↳Liquidação extrajudicial.
↳Ativo insuficiente para pagar metade dos credores quirografários.
↳Indício de crime falimentar.
- Operadoras de planos de saúde: Lei n. 9.656/98, art. 24. Sempre que detectadas
nas operadoras sujeitas à disciplina desta Lei insuficiência das garantias do
equilíbrio financeiro, anormalidades econômico-financeiras ou administrativas
graves que coloquem em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento à
saúde, a ANS poderá determinar a alienação da carteira, o regime de direção fiscal
ou técnica, por prazo não superior a trezentos e sessenta e cinco dias, ou a
liquidação extrajudicial, conforme a gravidade do caso.
- Entidades de previdência complementar: fechadas e abertas.
↳Fechadas - acesso exclusivo aos empregados de uma empresa ou grupo de
empresas e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
entes denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas jurídicas
de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.
↳Abertas - são sempre empresárias.

Intervenção do Ministério Público


Art. 8º → Impugnação de créditos Art. 19 → Pedido de exclusão,
reclassificação ou retificação de crédito já
incluído no quadro
geral de credores
Art. 22 §4º → Conhecimento do relatório Art. 30 §2º → Requerimento de
do Administrador judicial, caso haja substituição do administrador judicial
imputação de
crime
Art. 52, V → Conhecimento do despacho Art. 59 §2º → Interposição de recurso
que defere o pedido de recuperação contra decisão que recebe o pedido de
judicial falência
Art. 99, XIII → Comunicação de Art. 104, VI → Recebimento de
decretação de falência informações do falido
Art. 142, §7º → Intimação para alienação Art. 143 → Impugnação à arrematação de
dos bens bens
Art. 154 §3º → Manifestação sobre as Art. 184, p.ú. → Ação penal pública
contas do administrador judicial

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