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CAPÍTULO 14

O Modelo Bioecológico de
Desenvolvimento Humano

URIE BRONFENBRENNER e PAMELA A. MORRIS

VISÃO GERAL 795 PROCESSOS PROXIMAIS EM ATIVIDADES SOLO

DEFININDO AS PROPRIEDADES DA COM OBJETOS E SÍMBOLOS 814
MODELO BIOECOLÓGICO 796 O MICROSSISTEMA AMPLIADO: ATIVIDADES,
Proposição I 797 RELACIONAMENTOS E PAPÉIS 814
Proposição II 798 Efeitos do Ambiente Físico sobre
DA TEORIA AO PROJETO DE PESQUISA: Desenvolvimento Psicológico 814
OPERACIONALIZANDO O A Díade Mãe-Bebê como Contexto de Desenvolvimento 815
MODELO BIOECOLÓGICO 799 ALÉM DO MICROSSISTEMA 817
Ciência do Desenvolvimento no Modo Descoberta 801 O Universo Ecológico em Expansão 818
Caminhos diferentes para resultados diferentes: disfunção Natureza-Criação Reconceitualizada:
versus Competência 803 Uma Interpretação Bioecológica 819
O Papel dos Experimentos no Modelo Bioecológico 808 TEMPO NO MODELO BIOECOLÓGICO:
COMO AS CARACTERÍSTICAS DA PESSOA INFLUENCIAM MICRO-, MESO- E
DESENVOLVIMENTO POSTERIOR? 810 SISTEMAS MACROCRONOLÓGICOS 820

Características da Força como Modeladoras do Desenvolvimento 810 DA PESQUISA À REALIDADE 822

Características de recursos da pessoa como formadores de O MODELO BIOECOLÓGICO: UM
desenvolvimento 812 AVALIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO 824
Demanda Características da Pessoa como REFERÊNCIAS 825
Influências de Desenvolvimento 812
O PAPEL DO FOCO DE ATENÇÃO NA
PROCESSOS PROXIMAIS 813

O modelo bioecológico, juntamente com seus projetos de gerações e através do tempo histórico, passado e futuro. O
pesquisa correspondentes, é um sistema teórico em evolução termo futuro levanta uma questão: como é possível investigar
para o estudo científico do desenvolvimento humano ao longo cientificamente fenômenos que ainda não ocorreram? Esta
do tempo (Bronfenbrenner, 2005). No modelo bioecológico, questão não é nova; na verdade, ela permeia todos os
o desenvolvimento é definido como o fenômeno de campos do esforço científico.
continuidade e mudança nas características biopsicológicas No entanto, somos a única espécie que, ao longo do tempo
dos seres humanos, tanto como indivíduos quanto como histórico, desenvolveu a capacidade de se envolver com
grupos. O fenômeno se estende ao longo da vida, através de sucessos
sucesso na investigação científica e, portanto, em muitos aspectos,

Somos especialmente gratos pelas críticas ponderadas de rascunhos anteriores
do manuscrito generosamente fornecidas pelos seguintes colegas: Jay Belsky,
Rick Canfield, Nancy Darling, Glen H. Elder Jr., Steven F. Hamilton, Melvin L.
Kohn, Kurt Lüscher , Phyllis Moen, Donna Dempster-McLain, Laurence Steinberg
e Sheldon H. White. Devemos agradecimentos especiais à professora Susan
Crockenberg e seus alunos da Universidade de Vermont que, durante a pós-
graduação
seminário, revisou cuidadosamente um rascunho deste capítulo e fez muitas
sugestões construtivas. Fizemos o possível para atender aos altos padrões que
eles estabelecem de forma louvável. Desejamos expressar gratidão a Richard M.
Lerner e William Damon, editores do Volume de 1998 e dessa série como um
todo, por seus sábios conselhos, encorajamento e paciência.
Por fim, um agradecimento especial à nossa crítica mais severa e construtiva,
Liese Bronfenbrenner.

793
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794 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
sido capaz de mudar a natureza do mundo em que
ao vivo. Como resultado, dentro de certos limites, nós humanos temos
alterou a natureza e o curso de nosso próprio desenvolvimento como
uma espécie (Bronfenbrenner & Evans 2000; Bronfenbrenner &
Morris 1998).
Colocar a teoria bioecológica do desenvolvimento humano
em um contexto mais amplo, é importante reconhecer que
muitas das perspectivas gerais avançadas e elaboradas nesta teoria
também fazem parte de outras linhas relacionadas
de investigação teórica e empírica sobre o desenvolvimento humano.
Os exemplos incluem a psicologia do ciclo de vida (Baltes,
Lindenberger, & Staudinger, Capítulo 11, deste Manual,
neste volume), psicologia cultural (Cole, 1995; Shweder
et al., Capítulo 13, este Manual, este volume), a teoria
desenvolvimental de Magnus son de contexto-interativo
holismo (Magnusson & Stattin, Capítulo 8, este manual, este volume)
e, especialmente, o trabalho de Robert
Cairns (Capítulo 3, deste Manual, deste volume), que
através de comunicações e publicações que se estendem
ao longo de 3 décadas, tem desempenhado um papel importante na evolução
das quatro propriedades definidoras da bioecologia
modelo: (1) Processo, (2) Pessoa, (3) Contexto e (4)
Tempo. Cairns é mais conhecido como o fundador e principal
protagonista da ciência do desenvolvimento, e há vários exemplos
excelentes de seus livros e artigos que
têm sido mais relevantes para a evolução da bioeconomia
modelo lógico (Bergman, Cairns, Nilsson, & Nysted,
2000; Cairns, 1970; Cairns & Cairns, 1994). O perfil específico do
modelo bioecológico de desenvolvimento humano é seu foco
interdisciplinar e integrador em
os períodos etários da infância e adolescência e seu interesse
explícito em aplicações a políticas e programas
pertinentes para melhorar o desenvolvimento da juventude e da família.
Neste capítulo, nos comprometemos a apresentar o modelo
ecológico de desenvolvimento humano que foi introduzido ao longo
das duas edições anteriores deste
Handbook (Bronfenbrenner & Crouter, 1983; Bronfen brenner &
Morris, 1998). O foco principal do 1983
capítulo foi sobre as raízes empíricas e teóricas de uma
modelo já em uso, centrado no papel do
ambiente na formação do desenvolvimento. Em contraste, este
capítulo é orientado para o futuro. O modelo atual
introduz as principais inovações teóricas de 1983
capítulo na forma e no conteúdo. A presente formulação não pretende
ser uma mudança de paradigma (se é que existe tal
um fenômeno); ao contrário, continua uma mudança marcante no
centro de gravidade do modelo, no qual as características das
versões anteriores são primeiro questionadas, mas depois refeitas
combinados, junto com novos elementos, em uma estrutura mais
complexa e mais dinâmica.
A transição na forma e no conteúdo do modelo
realmente ocorreu durante um longo período de tempo, uma
expressão que se tornará muito familiar para o leitor
(Bronfenbrenner, 2005). A transição de um foco em
o ambiente para um foco em processos foi introduzido pela primeira
vez no contexto do trabalho inédito de Bronfenbrenner
palestras, apresentações de colóquios e contribuições
para simpósios. Somente em 1986, a referência a um novo modelo
emergente apareceu pela primeira vez na imprensa (Bronfenbrenner,
1986b). O trecho estendido a seguir transmite tanto a sua
espírito e substância pretendida. Porque ambos os tributos são
relevantes para a evolução gradual do
modelo à sua forma atual, citamos a declaração de 1986 com certa
extensão:
Já faz mais de uma década que, sendo um pouco
mais jovem, presumi desafiar as convenções então predominantes em
nosso campo, descrevendo a pesquisa desenvolvimentista da época
como “o estudo do estranho comportamento de
crianças em situações estranhas pelo menor período de tempo
possível” (Bronfenbrenner, 1974). Em vez disso, argumentei (como
se fosse simplesmente uma questão de escolha), deveríamos estar estudando
desenvolvimento em seu contexto ecológico; isto é, na realidade
ambientes em que os seres humanos viveram suas vidas. EU
passou a esboçar, em uma série de publicações, uma estrutura conceitual
para analisar o desenvolvimento no contexto,
e oferecer exemplos concretos de como vários elementos de
o esquema pode ser aplicado tanto a estudos passados quanto a
estudos ainda por vir. Também enfatizei o caráter científico e
benefícios práticos de uma ligação mais próxima, em ambas as direções,
entre a pesquisa desenvolvimentista e a política pública (Bronfen Brenner,
1974, 1975, 1977a, 1977b, 1979a, 1979b, 1981).
Agora, uma dúzia de anos depois, pode-se pensar que tenho boas
razão para descansar conteúdo. Estudos de crianças e adultos em
configurações da vida real, com implicações na vida real, são agora
comuns na literatura de pesquisa sobre desenvolvimento humano,
tanto nos Estados Unidos quanto, como atesta este volume, em
A Europa também. Este desenvolvimento científico está ocorrendo,
Eu acredito, não tanto por causa de meus escritos, mas sim
porque as noções que tenho promulgado são ideias
cuja hora chegou. . . .
Claramente, se alguém considera tais desenvolvimentos científicos como
desejável, há motivos para satisfação. No entanto, junto
com sentimentos de gratificação, devo confessar algum descontentamento.
Minha inquietação deriva de dois
preocupações. A primeira refere-se a uma das principais vias que
a pesquisa contemporânea tomou; a segunda, para alguns
caminhos mais promissores que estão sendo negligenciados.
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Infelizmente, posso ter que aceitar alguma responsabilidade pelo que
Eu considero como o curso rebelde. É uma instância do que
pode ser chamado de “o fracasso do sucesso”. Por alguns anos, eu
arengava meus colegas por evitarem o estudo do desenvolvimento em
contextos da vida real. Não posso mais reclamar
essa partitura, encontrei uma nova bête noir. No lugar de também
muita pesquisa sobre desenvolvimento “fora de contexto”, agora
estão fartos de estudos sobre “contexto sem desenvolvimento”.
Não se pode presumir fazer uma alegação tão descarada
sem estar preparado para documentar o caso. Estou preparado.
(Bronfenbrenner 1986a, pp. 286–288)
O que se seguiu foi uma versão inicial da estrutura teórica recém-
evoluída, mas o propósito do presente capítulo é mais bem atendido
apresentando o modelo em
sua forma atual, embora ainda em evolução, agora chamada de
modelo bioecológico. O termo evolução destaca que
o modelo, juntamente com seus correspondentes projetos de
pesquisa, passou por um processo de desenvolvimento durante sua
curso de vida (Bronfenbrenner, 2005). O bioecológico
modelo aborda duas questões estreitamente relacionadas, mas fundamentalmente
diferentes processos de desenvolvimento, cada um ocorrendo
ao longo do tempo. O primeiro processo define o fenômeno
sob investigação - continuidade e mudança no
características biopsicológicas do ser humano. O
a segunda foca no desenvolvimento do conhecimento científico
ferramentas - modelos teóricos e pesquisas correspondentes
projetos necessários para avaliar a continuidade e a mudança.
Estas duas tarefas não podem ser realizadas de forma independente,
pois são o produto conjunto de ideias emergentes e convergentes,
baseadas tanto em teorias quanto empíricas.
fundamentos - um processo chamado ciência do desenvolvimento na
modo de descoberta (Bronfenbrenner & Evans 2000,
pp. 999–1000). No modo de verificação mais familiar,
o objetivo é replicar descobertas anteriores em outras configurações
para garantir que as descobertas ainda se apliquem. Em contraste, em
o modo de descoberta, o objetivo é cumprir dois mais amplos, mas
objetivos inter-relacionados:
1. Conceber novas hipóteses alternativas e projetos de pesquisa
correspondentes que não apenas questionem as
resultados, mas também novos, mais diferenciados, mais
resultados de pesquisa precisos e replicáveis e, assim,
produzir conhecimentos científicos mais válidos.
2. Fornecer bases científicas para o design de métodos eficazes
políticas e programas sociais que combatem os novos
emergentes influências disruptivas do desenvolvimento.
Este tem sido um objetivo explícito do modelo bioecológico desde
seus primórdios. Para orientar o
Visão geral 795
leitor para a presente formulação do biológico
modelo, segue uma prévia.
VISÃO GERAL
Começamos com uma exposição das propriedades definidoras
do modelo, que envolve quatro componentes principais
e as relações dinâmicas e interativas entre eles.
A primeira delas, que constitui o cerne do
modelo, é Processo. Mais especificamente, esse construto abrange
formas particulares de interação entre o organismo e o ambiente,
chamadas de processos proximais, que
operam ao longo do tempo e são colocados como os mecanismos
primários que produzem o desenvolvimento humano. No entanto, o
poder de tais processos para influenciar o desenvolvimento é
presumido, e mostrado, para variar substancialmente em função das
características da Pessoa em desenvolvimento, de
os Contextos ambientais imediatos e mais remotos ,
e os períodos de tempo , em que os processos proximais
tomar lugar.
As seções a seguir examinam com mais detalhes cada
das três propriedades definidoras restantes do modelo,
começando com as características biopsicológicas de
a pessoa. Este domínio recebeu prioridade sequencial para
preencher uma lacuna reconhecida em protótipos anteriores do
modelo ecológico. Assim, no meio do desenvolvimento da
modelo atual, Bronfenbrenner criticou sua teoria
predecessores e reconheceu sua parcela de responsabilidade por
não cumprir uma promessa empírica:
Os estudos de desenvolvimento existentes que adotam um modelo
ecológico forneceram muito mais conhecimento sobre a natureza dos
ambientes relevantes para o desenvolvimento, perto de
e muito, do que sobre as características dos indivíduos em
desenvolvimento, então e agora. A
. .crítica
. que acabei de fazer também
aplica-se aos meus próprios escritos. . . . Em nenhum lugar em 1979
monografia, nem em outro lugar até hoje, se encontra um
conjunto paralelo de estruturas para conceituar as características da
pessoa em desenvolvimento. (Bronfenbrenner,
1989a, pág. 188)
Três tipos de características da Pessoa são distinguidos
como os mais influentes na formação do curso de
desenvolvimento futuro por meio de sua capacidade de afetar
a direção e o poder dos processos proximais através
o curso de vida. Em primeiro lugar, as disposições podem definir relações proximais
processos em movimento em um desenvolvimento particular
domínio e continuar a sustentar sua operação. Próximo,
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796 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Recursos bioecológicos de habilidade, experiência, conhecimento
e habilidade são necessários para o funcionamento efetivo dos
processos proximais em um determinado estágio da vida.
desenvolvimento. Finalmente, as características da demanda convidam ou
desencorajar reações do ambiente social
que podem promover ou interromper a operação de
processos. A diferenciação dessas três formas
leva à sua combinação em padrões de estrutura da Pessoa que
podem explicar ainda mais as diferenças nas diferenças
reflexão e poder dos processos proximais resultantes e
seus efeitos desenvolvimentais.
Essas novas formulações de qualidades da pessoa
que moldam seu desenvolvimento futuro tiveram o
efeito imprevisto de maior diferenciação, expansão e integração
da conceituação original de 1979 do ambiente em termos de
sistemas aninhados
variando de micro a macro (Bronfenbrenner, 1979b).
Por exemplo, os três tipos de características da Pessoa
descritos anteriormente também são incorporados à definição do
microssistema como características dos pais,
parentes, amigos próximos, professores, mentores, colegas de trabalho,
cônjuges ou outras pessoas que participam regularmente da vida
da pessoa em desenvolvimento por um período prolongado.
períodos de tempo.
O modelo bioecológico também introduz uma
domínio mais consequente na estrutura do microssistema que
enfatiza a contribuição distinta
ao desenvolvimento de processos proximais envolvendo interação
não com pessoas, mas com objetos e símbolos.
Ainda mais amplamente, conceitos e critérios são introduzidos
que diferenciam entre as características do ambiente
que promovem versus interferem no desenvolvimento de
processos proximais. Particularmente significativo neste último
esfera é a crescente agitação, instabilidade e caos
nos principais cenários em que a competência humana
e o caráter são moldados - na família, no cuidado dos filhos
arranjos, escolas, grupos de pares e bairros.
Este último tema fala da quarta e última propriedade definidora
do modelo bioecológico e aquela que
move-o muito além de seu predecessor - a dimensão
do Tempo. O volume de 1979 mal menciona o termo,
Considerando que na formulação atual, tem um papel proeminente
lugar em três níveis sucessivos: (1) micro-, (2) meso-,
e (3) macro-. Microtempo refere-se à continuidade versus
descontinuidade em episódios contínuos de processo proximal.
Mesotempo é a periodicidade desses episódios através
intervalos de tempo mais amplos, como dias e semanas. Finalmente,
Macrotime se concentra na mudança de expectativas e
eventos na sociedade em geral, tanto dentro quanto entre gerações
como elas afetam e são afetadas por processos
e resultados do desenvolvimento humano ao longo da vida
curso. O tratamento deste último tópico baseia-se no Élder
e Shanahan, Capítulo 12, este Manual, este volume.
Nossa ênfase principal, no entanto, é sobre o papel dos processos
e resultados de desenvolvimento na produção de mudanças em
larga escala ao longo do tempo no estado e na estrutura do
sociedade mais ampla ao longo do tempo, e as implicações dessas
mudanças para o futuro da sociedade.
Antes de passar para a tarefa em mãos, é importante
explicitar três orientações abrangentes que definem
o conteúdo e a estrutura do capítulo como um todo.
Primeiro, usamos o termo desenvolvimento para nos referirmos à estabilidade
e alteração nas características biopsicológicas de
seres humanos ao longo da vida e através das gerações. Não há
premissas restritivas de mudança
para melhor ou de continuidade nas características de
a mesma pessoa ao longo do tempo. Em vez disso, são questões a
ser investigado.
Em segundo lugar, do ponto de vista da bioecologia
modelo, as forças que produzem estabilidade e mudança no
as características dos seres humanos ao longo de sucessivas
gerações não são menos importantes do que a estabilidade e a mudança
nas características da mesma pessoa sobre o seu ou
a vida dela.
A terceira orientação é talvez a mais essencial,
e o mais difícil de alcançar. Foi Kurt Lewin
(citado em Marrow, 1977) que disse que não há nada tão
prática como uma boa teoria. Mas para ser “bom”, uma teoria
também deve ser “prático”. Em ciência, uma boa teoria é aquela
que podem ser traduzidos em projetos de pesquisa
correspondentes que correspondam às propriedades definidoras da teoria. Em
a ausência de tais projetos de pesquisa - ou pior ainda, em
a aplicação de projetos de pesquisa que falham em combinar ou
mesmo violam as propriedades definidoras da teoria – a ciência
não pode avançar. Assim, procuramos, como
passar por estágios sucessivos de formulação teórica, para
especificar e, sempre que possível, para ilustrar o
propriedades de um projeto de pesquisa que corresponda ou
aproxima, pelo menos, a estrutura teórica proposta.
DEFININDO AS PROPRIEDADES DA
MODELO BIOECOLÓGICO
Um elemento crítico inicial na definição do modelo bioecológico é a
experiência, que indica que o
características cientificamente relevantes de um ambiente para
desenvolvimento humano não inclui apenas sua proposta objetiva,
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mas também a maneira como as propriedades são subjetivamente
vivenciadas pela pessoa que vive naquele ambiente. Essa ênfase igual
em uma experiência , bem como
como uma visão objetiva não brota nem de uma antipatia por
conceito behaviorista nem de uma predileção por fundamentos
filosóficos existenciais, mas é ditado simplesmente pelo
fato de que muito poucas das influências externas que afetam
significativamente o comportamento e o desenvolvimento humano podem
ser descrito apenas em condições físicas objetivas e
eventos (Bronfenbrenner & Evans 2000; Bronfenbrenner
e Morris 1998).
Fundamental para a formulação anterior é a palavra
unicamente. No modelo bioecológico, tanto objetivos quanto
elementos subjetivos são colocados como dirigindo o curso de
desenvolvimento Humano; nenhum deles sozinho é presumido
suficiente. Além disso, esses elementos nem sempre operam em
a mesma direção. Portanto, é importante entender a natureza de cada
uma dessas duas forças dinâmicas,
começando pelo lado fenomenológico ou experiencial.
Ambos os termos são relevantes porque, embora relacionados a
entre si, eles são tipicamente aplicados a esferas um tanto diferentes.
Experimental é mais frequentemente usado em relação ao
desenvolvimento cognitivo e se refere principalmente a
mudanças na forma como o ambiente é percebido em estágios
sucessivos do curso da vida, começando na primeira infância
e passando pela infância, adolescência, maturidade e, finalmente,
velhice.
Em contraste, a experiência pertence mais ao reino da
sentimentos - antecipações, pressentimentos, esperanças, dúvidas ou
crenças pessoais. Sentimentos, emergindo na primeira infância
e continuando ao longo da vida, são caracterizados por ambos
estabilidade e mudança: eles podem se relacionar consigo mesmo ou com os outros,
especialmente para a família, amigos e outros associados próximos.
Eles também podem se aplicar às atividades nas quais nos envolvemos;
por exemplo, aqueles que mais ou menos gostamos de fazer. Mas o
característica mais distintiva de tais igualdades experienciais é
que eles são carregados emocional e motivacionalmente, abrangendo
amor e ódio, alegria e tristeza, curiosidade
e tédio, desejo e repulsa, muitas vezes com ambas as polaridades
existindo ao mesmo tempo, mas geralmente em graus diferentes. Um
corpo significativo de evidências de pesquisa indica
que tais forças subjetivas positivas e negativas, evoluindo
no passado, também pode contribuir de forma poderosa para moldar o
curso do desenvolvimento no futuro (Bronfen brenner & Evans 2000;
Bronfenbrenner & Morris 1998).
Mas essas forças não são as únicas poderosas em
trabalho, outras forças são mais objetivas por natureza. Esse
presença não significa, no entanto, que as forças são
necessariamente mais ou menos influentes, principalmente
Definindo Propriedades do Modelo Bioecológico 797
porque os dois conjuntos de forças são interdependentes e afetam um
ao outro. Como suas contrapartes subjetivas, esses
fatores mais objetivos também dependem de sua avaliação de
modelos teóricos correspondentes e projetos de pesquisa associados,
que evoluíram ao longo do tempo. esses mais
relacionamentos objetivos são proposições documentadas
apresentado posteriormente (ver também Bronfenbrenner & Evans 2000;
Bronfenbrenner & Morris 1998). A primeira proposição
especifica o modelo teórico e fornece informações concretas
exemplos; o segundo prenuncia um projeto de pesquisa correspondente
para sua avaliação.
No entanto, antes de prosseguir com as definições formais,
pode ser útil apontar que tradicionalmente fenômenos como a interação
pais-filhos - ou, mais geralmente,
o comportamento dos outros em relação à pessoa em desenvolvimento -
foram tratados sob a categoria mais inclusiva de
o ambiente. No modelo bioecológico, uma crítica
distinção é feita entre os conceitos de ambiente e processo, com este
último não apenas ocupando um
posição central, mas também com um significado bastante
específico. A construção aparece na Proposição I estipulando as
propriedades definidoras do modelo. Para colocar o seu
significado no contexto, citamos a Proposição II também.
Proposição I
Especialmente nas suas fases iniciais, mas também ao longo da vida
Claro, o desenvolvimento humano se dá por meio de processos
de interação recíproca progressivamente mais complexa entre um
organismo humano biopsicológico ativo e em evolução
e as pessoas, objetos e símbolos em seu ambiente externo imediato.
Para ser eficaz, a interação deve
ocorrem de forma bastante regular durante longos períodos de
tempo. Tais formas duradouras de interação no imediato
ambiente são referidos como processos proximais. Exemplos de
padrões duradouros de processo proximal são encontrados em
alimentar ou confortar um bebê, brincar com uma criança pequena,
atividades criança-criança, brincadeiras em grupo ou solitárias, leitura,
aprendizagem de novas habilidades, atividades atléticas, resolução de problemas, cuidar
para os outros em perigo, fazendo planos, realizando tarefas complexas
tarefas e adquirir novos conhecimentos e know-how.
Para a geração mais jovem, a participação em tais processos
interativos ao longo do tempo gera habilidade, motivação, conhecimento
e habilidade para se engajar em tais atividades
tanto com os outros quanto sozinho. Por exemplo, através
interação progressivamente mais complexa com seus pais, as crianças
tornam-se cada vez mais agentes de sua própria
desenvolvimento, com certeza apenas em parte.
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798 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Os processos proximais são considerados os motores primários
do desenvolvimento (ver Gottlieb, Wahlsten, & Lickliter, Capítulo 5,
deste Manual, deste volume; Tobach,
1981; Tobach e Schneirla, 1968). Uma segunda definição
propriedade, a fonte quádrupla dessas forças dinâmicas é
identificados na Proposta II.
Proposição II
A forma, o poder, o conteúdo e a direção do
processos que afetam o desenvolvimento variam sistematicamente como um
função conjunta das características da pessoa em
desenvolvimento, o ambiente – tanto imediato quanto mais remoto –
em que os processos estão ocorrendo, a natureza do
resultados de desenvolvimento em consideração, e as
continuidades e mudanças sociais que ocorrem ao longo do tempo atravésinteração recíproca ocorra, os objetos e símbolos no ambiente
o curso de vida e o período histórico durante o qual o
pessoa viveu.
As proposições I e II são teoricamente interdependentes e
sujeitas a teste empírico. Um operacional
o projeto de pesquisa que permite sua investigação simultânea é
chamado de modelo Processo-Pessoa-Contexto (PPCT).
As características da pessoa realmente aparecem duas vezes
no modelo bioecológico - primeiro como um dos quatro elementos
que influenciam a forma, poder, conteúdo e direção
do processo proximal, e depois novamente como desenvolvimento
resultados - qualidades da pessoa em desenvolvimento que
surgir em um momento posterior como resultado da articulação,
efeitos interativos e mutuamente reforçados dos quatro principais
componentes antecedentes do modelo. Em suma, no
modelo bioecológico, as características da pessoa
funcionar tanto como um produtor indireto quanto como um produto de
desenvolvimento (ver Lerner, 1982, 2002; Lerner & Busch Rossnagel,
1981).
Finalmente, porque no modelo bioecológico o conceito de
processo proximal tem um significado específico, é
importante que suas propriedades distintivas sejam explicitadas.
Para os presentes propósitos, as seguintes características de
a construção são especialmente notáveis:
1. Para que ocorra o desenvolvimento, a pessoa deve se envolver em
uma atividade.
2. Para ser eficaz, a atividade deve ocorrer “em um
regularmente, durante um longo período de
tempo." Por exemplo, isso significa que, com crianças
pequenas, um fim de semana para fazer coisas com a mãe ou o pai
não faz o trabalho, nem faz atividades que muitas vezes são
interrompido.
3. Por que não? Uma razão é que, para ser desenvolvimentalmente
eficaz, as atividades devem continuar por tempo suficiente para
tornam-se “cada vez mais complexos”. A mera repetição não
funciona.
4. Os processos proximais eficazes no desenvolvimento são
não unidirecional; deve haver influência em ambas as direções.
Para a interação interpessoal, este
significa que as iniciativas não vêm de um lado
apenas; deve haver algum grau de reciprocidade em
a troca.
5. Os processos proximais não se limitam a interações
com pessoas; eles também podem envolver interação com
objetos e símbolos. Nesta última circunstância, por
imediato devem ser de uma
tipo que convida a atenção, exploração, manipulação,
elaboração e imaginação.
6. Os poderosos fatores moderadores especificados na Proposição
II produzem mudanças substanciais no conteúdo,
timing e eficácia dos processos proximais. Em
especial:
a. À medida que as crianças crescem, seu desenvolvimento
as capacidades aumentam tanto em nível quanto em alcance;
portanto, para continuar a ser eficaz, os processos
proximais correspondentes também devem se tornar
mais amplo e complexo para atender
realização futura de potenciais em evolução. No
mesmo tempo, tendo em vista o desenvolvimento contínuo
avanço, os intervalos entre os períodos de atividade
“progressivamente mais complexa” podem ser cada vez
mais longos, embora ainda devam ocorrer
em uma “base bastante regular”. Caso contrário, o ritmo
de desenvolvimento diminui, ou seu curso pode até inverter
a direção.
b. As principais pessoas com quem as crianças pequenas
interagir “em uma base bastante regular por um período prolongado
períodos de tempo” são pais, mas especialmente como
as crianças ficam mais velhas, outras pessoas – como cuidadores,
parentes, irmãos e colegas – também desempenham esse papel.
Estes são logo seguidos por
professores ou mentores em outras atividades, e então
por amigos íntimos do mesmo sexo ou do sexo oposto,
cônjuges ou seus equivalentes e colegas de trabalho, superiores
e subordinados no trabalho. Como os exemplos
indicar, o envolvimento de pessoas que funcionam
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Da teoria ao projeto de pesquisa: operacionalizando o modelo bioecológico 799
nesta função não se limita aos anos de formação.
Tomando emprestado um termo de GH Mead (1934),
referem-se a essas pessoas como outras pessoas importantes.
O que precede constitui os elementos principais do
modelo teórico emergente. Se assim for, a questão surge em
que sentido tem o modelo bioecológico? Onde e como
a biologia entra em cena? Apresentamos três respostas a essa
pergunta em ordem decrescente de certeza sobre sua validade. O
primeiro é um não qualificado
isenção de responsabilidade. Pouco nas páginas que se seguem fala ao
funcionamento dos sistemas biológicos dentro do organismo.
Em contraste, uma atenção científica considerável é dada às
características da pessoa geralmente consideradas como de base
biológica que influenciam
processos e seus resultados de desenvolvimento. Finalmente,
o modelo atual se baseia na suposição de que fatores biológicos e
processos evolutivos não apenas estabelecem limites
sobre o desenvolvimento humano, mas também impõem imperativos
sobre as condições e experiências ambientais
necessária para a realização dos potenciais humanos. Toma-se a
posição de que, na medida em que as condições e experiências
necessárias não são fornecidas, tais potenciais
permanecerá não atualizado (Bronfenbrenner & Ceci,
1993, 1994a, 1994b).
Acreditamos que, quando aplicados, os princípios bioecológicos
paradigma é cientificamente produtivo. No presente
tempo, no entanto, sua característica mais distintiva é
não seu poder científico comprovado, mas sua raridade. Para ter certeza,
a raridade não surpreende, visto que sucessivas revisões do
modelo emergente começaram a ser
publicado apenas nos últimos anos (Bronfenbrenner, 1989a, 1990,
1993, 1994, 1995; Bronfenbrenner &
Morris, 1998; Bronfenbrenner & Ceci, 1994a). Paradoxalmente,
alguns exemplos concretos, no entanto, existiram
muito mais cedo. Eles foram o produto do que Bronfen Brenner e
Crouter referiram na edição de 1983 de
este Manual como “paradigmas latentes”; ou seja, teórico
modelos que não foram declarados explicitamente, mas estavam implícitos
nos projetos de pesquisa usados na análise dos dados
(Bronfenbrenner & Crouter, 1983, pp. 373–376). De fato, um
precursor parcial do modelo bioecológico apareceu no capítulo do
Manual de 1983 sob a rubrica de
um “modelo pessoa-processo-contexto”. Nesse capítulo, no entanto,
o que se entende por processo nunca é especificado, e
a esmagadora maioria dos exemplos citados não
incluem um componente de processo proximal conforme definido em
Proposição I. O mesmo vale para desenvolvimento
características relevantes da Pessoa. O capítulo de 1983
também não fez nenhuma referência ao Tempo como uma propriedade definidora de
o modelo teórico. Nesses e outros aspectos a seguir, o modelo
bioecológico atual vai muito além de sua
antecessores, tanto no que diz respeito às construções básicas e
suas inter-relações bidirecionais e sinérgicas.
DA TEORIA AO PROJETO DE PESQUISA:
OPERACIONALIZANDO O
MODELO BIOECOLÓGICO
Chegamos ao ponto em que é possível e
necessário examinar os requisitos impostos pelo
modelo bioecológico para projetos de pesquisa correspondentes.
Começamos com um exemplo concreto deste último.
Nas décadas de 1950 e 1960, Cecil Mary Drillien (1957,
1964), médico e professor de vida e saúde infantil
na Universidade de Edimburgo, realizou uma investigação de 7
anos sobre o desenvolvimento psicológico em
dois grupos: 360 crianças com baixo peso ao nascer e um grupo
de controle selecionado “por ter o próximo nascimento maduro
da lista de admissão hospitalar” (1957, p. 29). Nela
avaliações de acompanhamento, o investigador descobriu que
crianças com baixo peso ao nascer eram mais propensas a apresentar
problemas no crescimento físico, suscetibilidade a doenças,
desenvolvimento intelectual prejudicado e pior desempenho em
sala de aula, com todas essas tendências sendo
mais pronunciado em meninos (1964). Em uma comparação de
desempenho escolar das crianças com o que teria
esperado com base em suas pontuações em um teste de
inteligência, Drillien descobriu que aqueles com baixo peso ao nascer
eram especialmente propensos a trabalhar abaixo de sua capacidade mental.
capacidade. Em relação a esse achado, o autor comenta o seguinte:
“Na maioria dos casos, a falha em atingir um padrão compatível
com a habilidade foi associada a
problemas de comportamento, que foram encontrados para aumentar com
diminuindo o peso ao nascer [e] ser mais comum em
homens” (1964, p. 209).
A Figura 14.1 mostra os resultados. A figura não aparece na
monografia de Drillien, mas foi construída a partir de
dados apresentados em tabelas nesse volume. Mostra o impacto
da qualidade da interação mãe-bebê aos 2 anos
no número de comportamentos problemáticos observados aos 4 anos de idade,
uma função conjunta de classe social e três níveis de baixa
peso ao nascer - aqueles abaixo do peso por uma libra ou mais, não
mais de uma libra, e os de peso normal ao nascer.
As medidas de responsividade materna foram baseadas em
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800 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
12
Processo ruim
10
Bom Processo
8
comportamento
problemas
Pontuação
média
em
de
6
4 ocorrer; ou seja, de acordo com a Proposição I, proximal
2 resultado do desenvolvimento (neste caso, a frequência de
0 Além disso, conforme estipulado na Proposição II, o poder
Nrm Low Vlow Nrm Low Vlow Nrm Low Vlow
NSE médio
NSE alto
Nrm = Peso normal ao nascer
Baixo = Entre Normal e 5,5 lbs.
Vbaixo = 5,5 lbs. ou menos
Figura 14.1 Efeito da capacidade de resposta da mãe no problema
comportamento da criança aos 4 anos segundo peso ao nascer e classe social.
observações domiciliares e entrevistas com a mãe.
A medida de classe social do investigador era um índice composto
que levava em conta não apenas a renda dos pais
e educação, mas também o nível socioeconômico da
bairro onde a família morava. A qualidade de
interação foi avaliada pelo grau em que a mãe
respondia a mudanças no estado e no comportamento do
infantil. A medida do resultado do desenvolvimento foi
a frequência de distúrbios de comportamento relatados, como
hiperatividade, dependência excessiva, timidez e negativismo.
Nosso interesse principal não está nos resultados da pesquisa,
mas na medida em que a estrutura da pesquisa
o sinal corresponde às propriedades definidoras do modelo teórico
bioecológico. O primeiro ponto a ser observado em
a este respeito é que a Proposição I define Proximal
Processos como bidirecionais. medida de processo de Drillien,
no entanto, baseou-se apenas na capacidade de resposta da mãe
a mudanças no estado e no comportamento do bebê, e não
são relatados dados que permitiriam calcular uma medida
complementar da capacidade de resposta do bebê a
mudanças no estado e comportamento da mãe. Esse
significa que a medida operacional disponível no Drillien's
pesquisa aborda apenas um lado da definição teórica de
processo proximal. Por essa razão, parece provável que,
na medida em que a contribuição do bebê para a interação recíproca
tenha algum peso, os resultados obtidos podem subestimar a
verdadeira magnitude dos efeitos observados.
No entanto, conforme revelado na Figura 14.1, a responsividade
materna ao longo do tempo, uma medida unilateral de proxi
processo de mal, ainda emerge como o preditor mais poderoso
do resultado do desenvolvimento. Em todos os casos, responsivo
tratamento materno reduz substancialmente o grau de
distúrbio comportamental apresentado pela criança.
Aqui reside a principal justificativa para distinguir
entre o processo proximal, por um lado, e, por outro
o outro, os ambientes em que os processos
os processos acabam sendo a força mais potente que influencia o
comportamentos problemáticos aos 4 anos de idade).
NSE baixo do Processo varia sistematicamente em função da
Contexto ambiental (ou seja, classe social) e do
características da Pessoa (ou seja, peso ao nascer). O
processo parece ter causado seu maior impacto
crianças pequenas crescendo nos bairros mais desfavorecidos
ambiente (ou seja, o nível socioeconômico mais baixo), mas
naquele ambiente, são os que nasceram com peso normal os que
mais se beneficiaram. Aliás, foi neste
mesmo Contexto desfavorecido que, sob altos níveis de
responsividade materna, o peso ao nascer apresentou seu maior
efeito consistente, com o número de problemas de comportamento
aumentando constantemente à medida que o peso ao nascer caiu. Finalmente, em todo o
bordo, a responsividade materna teve o resultado geral de
diminuindo ou amortecendo as diferenças ambientais no resultado
do desenvolvimento. Assim, em altos níveis de
interação mãe-filho, diferenças de classe social em
o comportamento problemático tornou-se muito menor.
Do ponto de vista da ciência do desenvolvimento, o que
O mais notável sobre essas descobertas não é seu conteúdo
específico, mas que sua descoberta simultânea foi
possibilitado por um projeto de pesquisa baseado em uma teoria
modelo que permitiu o surgimento de padrões dessa
forma. Não são apenas os quatro componentes-chave do Processo,
Pessoa, Contexto e Tempo, todos representados, mas o design
também fornece a detecção dos tipos de interdependências
sinérgicas1 entre esses componentes que são
colocado no modelo bioecológico como um sistema teórico
dinâmico. Dois exemplos específicos dessas interdependências
são revelados na análise dos dados de Drillien:
1. A proposição II estipula que os efeitos desenvolvimentais dos
processos proximais variam como uma função conjunta de
1
Sinergismo refere-se a “ação cooperativa de agências discretas
tal que o efeito total seja maior que a soma dos dois ou
mais efeitos—tomados de forma independente” (Webster's Third New
Dicionário Internacional).
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Da Teoria ao Projeto de Pesquisa: Operacionalizando o Modelo Bioecológico 801
Pessoa e Contexto; ou seja, os efeitos indiretos de
Pessoa e Contexto na relação do Processo com o exterior
vindos não devem ser concebidos como simplesmente aditivos.
Consistente com essa expectativa é a constatação de que
processos proximais tiveram seu maior impacto no
ambiente mais desfavorecido, mas no ambiente mais saudável
infantil. A combinação de Pessoa e Contexto ex
impedem um reforço mútuo, multiplicativo, indireto
efeito sobre o poder dos processos proximais como os “motores do
desenvolvimento”.
2. Na pesquisa de Drillien, a frequência de comportamentos
problemáticos foi avaliada em dois pontos no tempo - primeiro
quando os bebês tinham 2 anos de idade, e novamente aos
4 anos de idade. Se alguém fizer a suposição razoável de que as
mães continuaram a interagir com
seus filhos durante o período intermediário, então o
os resultados mostrados na Figura 14.2 fornecem evidências para a
efeito de processos proximais que ocorreram
durante um período de tempo prolongado. Jovens experimentando
baixos níveis de interação com suas mães
apresentou um aumento acelerado no número de
comportamentos problemáticos dos 2 aos 4 anos de idade, enquanto
aqueles expostos a níveis substancialmente mais elevados deste
processo proximal mostrou apenas um aumento modesto.
Ciência do Desenvolvimento no Modo Descoberta
E quanto à possibilidade de que os resultados anteriores sejam
achados casuais? Alguns deles são estatisticamente significativos,
mas outros não puderam ser testados porque as variações
necessários para o cálculo das estimativas de erro não foram relatados.
Mas essa não é a questão principal em jogo. Com concreto
10
Processo ruim - mães que não respondem
8
Bom processo - mães responsivas
6
comportamento
problemas
Pontuação
média
em
de
4
2 formulação não pode ser deduzida nem da teoria
0 dados já disponíveis (pelo menos que seja do nosso conhecimento).
NSE alto NSE médio NSE baixo NSE alto NSE médio NSE baixo
Idade 2 4 anos
Figura 14.2 Efeito da capacidade de resposta da mãe no problema
comportamento da criança aos 2 e 4 anos por classe social.
exemplos da relação entre modelos teóricos e operacionais agora
diante de nós, podemos abordar o que torna
uma questão complexa e conseqüente: o que é
a função do projeto de pesquisa no bioecológico
modelo? O primeiro ponto a ser destacado a esse respeito é que o
função principal não é a usual de testar estatísticas
significado. Em vez disso, o projeto de pesquisa deve fornecer
realizando um trabalho igualmente essencial e necessariamente prévio
estágio do processo científico: o de desenvolver hipóteses com poder
explicativo e precisão suficientes para garantir a submissão a testes
empíricos. estamos lidando com
ciência no modo de descoberta e não no modo de
verificação. Nesta fase inicial, a teoria desempenha um papel
função mais crítica. Desde os seus primórdios, o modelo bioecológico,
através das suas sucessivas reformulações, representa um esforço
sustentado para responder a esta necessidade científica.
Quais são as características apropriadas da pesquisa
projetos para a ciência do desenvolvimento na descoberta
modo? Encontrar uma resposta para esta pergunta é complicado
pelo fato de que, em comparação com o físico e natural
ciências, a ciência do desenvolvimento ainda está reconhecidamente em um
estágio anterior de desenvolvimento. Além disso, porque sua
escopo se situa entre as ciências naturais e as ciências sociais,
o processo de descoberta deve, até certo ponto, ser adaptado para
os requisitos de ambos. Talvez em parte por essas razões, não
conseguimos encontrar nenhuma discussão sobre o assunto
na literatura desenvolvimentista. Nessas circunstâncias, concluímos
que o melhor que podíamos fazer era
tentar explicitar as características da pesquisa
projetos que foram empregados ao longo dos últimos vários
anos para chegar a formulações sucessivamente mais diferenciadas do
modelo bioecológico.
Essas características de design dependem dos construtos e das
possíveis relações entre eles, que
são colocados no modelo teórico em seu estágio atual
de desenvolvimento. Tanto os construtos quanto os possíveis
relacionamentos foram indicados nas Proposições I
e II, mas ainda aparecem de forma relativamente indiferenciada. Por
exemplo, as direções do esperado
efeitos de Pessoa e Contexto em processos proximais para
diferentes tipos de resultados não são especificados. A razão para tal
falta de especificidade é que um método mais preciso
em seu estado atual, ainda em evolução, ou induzida por qualquer
Dadas essas limitações, concluímos que uma estratégia de design
apropriada neste ponto do processo de descoberta
poderia ser aquele que envolve uma série de progressivamente mais
formulações diferenciadas e dados correspondentes
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802 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
análises, com os resultados em cada configuração de etapa sucessiva
o palco para a próxima rodada. Os projetos de pesquisa empregados
devem ser principalmente geradores, em vez de confirmatórios versus
desconfirmadores.
Neste processo generativo, as implicações derivadas de
o modelo teórico desempenha um papel mais proeminente do que
aqueles extraídos de resultados de pesquisas, mas os últimos são
também crítico. Sua importância é melhor transmitida pela especificação
de uma característica chave do projeto de pesquisa correspondente:
ele deve fornecer uma estrutura estruturada para
exibir os resultados emergentes da pesquisa de uma maneira que
revela com mais precisão o padrão das interdependências que são
obtidas nos dados disponíveis. de primário
interesse científico não são aqueles aspectos do observado
padrão já antecipado na teoria existente
modelo, mas aquelas características que apontam para formulações
teóricas mais diferenciadas e precisas. estes podem
então ser avaliada à luz de novas evidências e, se
considerados cientificamente promissores, podem ser incorporados em
o projeto de pesquisa para uma próxima etapa. A estratégia proposta
para investigações desenvolvimentistas na descoberta
modo envolve um processo iterativo de confrontos sucessivos entre
teoria e dados que conduzem ao
objetivo final de ser capaz de formular hipóteses que
tanto merecem como são susceptíveis de avaliação científica
no modo de verificação.
Ao apresentar esta definição do modo de descoberta,
reconhecemos que, na prática científica atual, é
dificilmente será uma descoberta. O processo que descrevemos,
ou algo parecido, é o que os cientistas sempre fizeram. Nosso
principal motivo para tentar fazer isso
processo explícito era a crença de que isso poderia promover o
processo de descoberta. Mas também esperamos que a
explicação e os exemplos do modo de descoberta apresentados
neste capítulo terá uma utilidade mais ampla na pesquisa de
desenvolvimento.
Voltando à tarefa em questão, os critérios propostos
têm implicações mais específicas para o papel crítico na
projeto de pesquisa jogado pela análise estatística. Primeiro em
fase de descoberta, os erros do Tipo I podem acarretar um
maior risco do que os erros do Tipo II. Para declarar o problema
de forma mais ampla, descartando como inválido um achado que aponta
o caminho para uma explicação mais completa e precisa para o
fenômeno sob investigação pode resultar em uma maior
perda do que aquela produzida ao aceitar uma constatação que é
altamente significativo por causa de ainda indiferenciados e
confundindo assim os fatores que produzem o fenômeno
em questão (por exemplo, a falha em distinguir Processo de
Contexto). O maior risco no processo de descoberta de
descartar achados como erros do Tipo I é ainda mais agravado pelo
fenômeno de ampliação dos primeiros
diferenças ambientais ao longo do tempo. Assim, conforme ilustrado
pelos efeitos crescentes dos processos proximais
mostrado na Figura 14.2, mudanças no resultado associadas
com um processo proximal no Tempo 1 pode ser bastante pequeno e
não significativa estatisticamente. No entanto, como mostrado, eles podem ser
poderosos preditores de um aumento acentuado no resultado mental
do desenvolvimento vários anos depois (no caso provável
que o processo continuou a ser mantido durante o período de
intervenção).
Neste ponto, cabe uma nota metodológica. Os modelos
estatísticos amplamente utilizados para fins de teste de
hipóteses são muitas vezes inadequados como modelos operacionais para
investigações de desenvolvimento no modo de descoberta.
Isso é particularmente verdadeiro para modelos que controlam
estatisticamente apenas relações lineares entre os fatores.
no projeto de pesquisa para obter uma estimativa da contribuição
independente de cada fator na estatística
modelo para o resultado sob investigação. A validade
de tais análises repousa sobre o que em estatística matemática
é referido como “a suposição de homogeneidade de
regressão." Para ilustrar a suposição em sua forma mais simples
caso geral: dada uma variável dependente y e dois nas variáveis
dependentes x1 e x2 , então a relação entre x1 e y deve ser a
mesma em todos os níveis de x2 . Esse
suposição muitas vezes não é atendida em dados de desenvolvimento. Para
exemplo, quando aplicado à análise mostrada na Figura
14.2, exigiria que a relação entre o processo proximal e a
frequência de comportamentos problemáticos fosse a
mesmo em todos os níveis de classe social, o que não é o caso.
Nem é provável que esse requisito seja válido em relação a
qualquer combinação das quatro propriedades definidoras do
modelo bioecológico. Como Bronfenbrenner afirmou em seu
Monografia de 1979, “Na pesquisa ecológica, o principal
efeitos principais provavelmente serão interações” (p. 38, itálico
no original).
Qualquer projeto de pesquisa baseado em um modelo bioecológico
deve permitir a possibilidade de tais interações. No entanto, também é
essencial, especialmente na descoberta
fase, que as interações particulares a serem examinadas sejam
fundamentados teoricamente e que, se possível, sua direção e forma
antecipadas sejam especificadas com antecedência para que
discrepâncias entre a expectativa teórica e a realidade observada
podem ser prontamente reconhecidas e, assim, fornecer a base para
um próximo passo no processo tipicamente lento,
processo iterativo de busca de formulações mais diferenciadas que
mereçam maior exploração tanto em teoria
e fundamentos empíricos. Em cada caso, a nova fórmula
Machine Translated by Google
Da Teoria ao Projeto de Pesquisa: Operacionalizando o Modelo Bioecológico 803
ção deve ser consistente com a teoria existente
especificações do modelo bioecológico, mas também
deve levar em conta quaisquer descobertas de pesquisas antigas ou novas
tendo em conta a questão.
Os critérios anteriores para pesquisa na descoberta
modo não implica negligenciar as questões tradicionais de confiabilidade
e validade. Estes são homenageados de uma forma um pouco
maneira diferente, teoricamente guiada. Essencialmente, o processo é
de validação cruzada em dois níveis. Primeiro, em um
dado estudo, os resultados em cada etapa sucessiva de análise são
validados na formulação seguinte, mais diferenciada. Em segundo
lugar, as generalizações que emergem de um dado
investigação são validados de forma cruzada contra descobertas de
outros estudos de fenômenos teoricamente relacionados, mas com
um foco específico nos componentes definidores do modelo bioecológico.
Antes de prosseguirmos com exemplos concretos, é importante
enfatizar que os critérios que propusemos
e aplicado para a condução da ciência do desenvolvimento no
modo de descoberta representam uma primeira tentativa de construir um
modelo de trabalho. Além disso, o modelo de trabalho está sujeito
à curiosa qualificação de que ele próprio é o produto de
o mesmo desenho sequencial que propõe. O critério
foram desenvolvidos examinando as mudanças introduzidas em
cada estágio sucessivo na evolução do sistema bioecológico
modelo para identificar as propriedades teóricas e operacionais que
levam à melhoria na previsão do modelo
poder. O exemplo a seguir ilustra esses processos simultâneos.
Caminhos diferentes para resultados diferentes:
Disfunção versus Competência
Nesse caso, nosso esforço exploratório tomou como ponto de
afastamento do disposto na Proposta II de que os efeitos
dos processos proximais variam sistematicamente, dependendo
o resultado do desenvolvimento. Mais uma vez, em vez de tomar tempo
para refazer nossos passos, começamos por onde
acabou; ou seja, com a seguinte formulação inicial:
O maior impacto no desenvolvimento dos processos proximais
sobre crianças que crescem em ambientes desfavorecidos ou desorganizados
Espera-se que os ambientes ocorram principalmente para resultados que
refletem a disfunção do desenvolvimento. Por contraste,
para resultados que indicam competência desenvolvimental, processos
proximais são postulados como prováveis de ter maior impacto
em ambientes mais favorecidos e estáveis.
O termo disfunção refere-se à manifestação recorrente de
dificuldades por parte da pessoa em desenvolvimento em manter o
controle e a integração do comportamento
em todas as situações, enquanto a competência é definida como o
demonstrou aquisição e desenvolvimento adicional de
conhecimento e habilidades - sejam intelectuais, físicas,
socioemocional, ou uma combinação deles (por exemplo, aprendizagem
como cuidar de uma criança pequena envolve todos os três).
A formulação emergente anterior é baseada na
seguintes considerações. A maioria dos pais tem capacidade e
motivação para responder às manifestações
de sofrimento físico ou psicológico por parte de
seus filhos. Em ambientes privados ou desorganizados, tais
manifestações de disfunção têm sido
mostrou ser mais frequente e mais grave (por exemplo,
na pesquisa de Drillien), aproveitando assim mais tempo e energia
disponíveis dos pais. Em conformidade, ao
medida em que, em ambientes desfavorecidos, os pais são capazes
para se envolver em processos proximais, estes são susceptíveis de
têm maior impacto na redução da disfunção do que
do que aumentar o conhecimento de seus filhos sobre
e habilidade em lidar com o ambiente externo.
Com relação aos problemas de disfunção, em
ambientes geralmente há uma correspondência entre jovens
necessidades das crianças e a capacidade de seus pais para atender
essas necessidades. Isso não significa, no entanto, que as crianças
nesses ambientes acabarão funcionando como
bem como seus colegas de idade crescendo em condições mais favoráveis
circunstância, mas sim que, durante períodos semelhantes de
tempo, eles vão mostrar maior melhoria no controle
sobre seus próprios comportamentos problemáticos como uma função de
responsividade dos pais.
A situação em ambientes favorecidos e estáveis
é bastante diferente. As manifestações de disfunção são
provavelmente ocorrerão com menos frequência e serão menos intensos. Sob
Nessas circunstâncias, os pais são mais propensos a serem atraídos e
responderem às perguntas mais frequentes e mais frequentes.
sinais gratificantes da crescente competência de seus filhos,
com o resultado de que os processos proximais podem ser focalizados
principalmente nesta última esfera. Além disso, os pais
vivendo em um mundo de classe média são eles próprios mais aptos
possuir e exibir os conhecimentos e habilidades que
desejam que seus filhos adquiram. Eles também têm maior
acesso a recursos e oportunidades fora da família
que podem fornecer experiências necessárias para seus filhos.
Tomadas em conjunto, as considerações anteriores levaram à
formulação da “proto-hipótese” anteriormente declarada.
Como o estudo de Drillien sobre a influência da interação mãe-filho
lidou com apenas um resultado desenvolvimental, é preciso procurar
em outro lugar evidências de que os efeitos
de tais processos variam dependendo da natureza do resultado em
consideração. Um rico arquivo de dados generosamente
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804 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano

6.9 formados e estabelecem limites para as atividades de seus filhos

Mãe e
Pai Mãe e fora de casa. No presente estudo, foi avaliado por
Padrasto
5.9 uma série de itens de um questionário aplicado a adolescentes em suas
Mãe monoparental
Significar turmas escolares. Todos os itens se referem aos pais no plural, sem
(GPA)
Média
notas
de
4.9 Significar distinção se o
Significar
mãe ou o pai estava fazendo o acompanhamento. Níveis de
3.9 monitoramento parental, variando de 0 a 12, são mostrados no
o eixo horizontal, e a média de pontos (GPA) é
2.9 mostrado na vertical. Os marcadores à direita de cada
0 468 2 M 0 468 2 10 12 M 0 468 2 10 12 10 12 M
1 3 5 7 9 11 31 5 7 9 11 1 3 5 7 9 11 curva registre o GPA médio para cada um dos seis grupos.
Níveis de monitoramento parental variando de 0 a 12 Mais uma vez, os resultados revelam que os efeitos dos processos
proximais são mais poderosos do que os dos processos proximais.
Mães com alguma escolaridade além do ensino médio
Contextos ambientais em que ocorrem. Nesse caso, porém, o impacto
Mães sem educação além do ensino médio
Escala GPA: do Processo foi maior
2 = Principalmente D's ou menos 6 = Principalmente B's
no que emerge como o meio ecológico mais vantajoso
3 = 1/2 C's, 1/2 D's 7 = 1/2 A's, 1/2 B's
4 = Principalmente C's 8 = Principalmente A's nicho - famílias com dois pais biológicos em que o
5 = 1/2 B's, 1/2 C's
mãe teve alguma educação além do ensino médio. Além disso, o efeito
desenvolvimental do processo proximal sobre
notas escolares - uma medida de competência - foi mais forte
Figura 14.3 Efeito do monitoramento dos pais nas notas em
para famílias que vivem em condições socioeconômicas mais favorecidas
ensino médio por estrutura familiar e escolaridade da mãe. Análises e
gráficos baseados em arquivos de dados generosamente circunstâncias. Esta descoberta é diretamente oposta àquela
fornecido pelos professores Stephen A. Small (University of Wis consin) e revelado pela análise dos dados de Drillien, onde o resultado foi uma
Tom Luster (Michigan State University). disfunção psicológica (ou seja, a frequência de comportamentos
problemáticos). Ao mesmo tempo, o
disponibilizados por Small e Luster (1990) em seus A principal descoberta de ambos os estudos documenta o poderoso
estudos estaduais de jovens em risco em Wisconsin atenderam a essa efeito dos processos proximais no desenvolvimento humano,
necessidade.2 A Figura 14.3 mostra os resultados de uma análise de um resultado consistente com a primeira propriedade definidora do
os efeitos diferenciais do monitoramento parental no desempenho modelo bioecológico estipulado na Proposição I.
acadêmico de alunos do ensino médio que vivem em um dos O leitor pode muito bem perguntar por que os dados em cada grama de
as três estruturas familiares mais comuns encontradas no dispersão foram ajustados a uma curva com uma inclinação decrescente em vez de
amostra total de mais de 2.500 casos.3 Os alunos tinham entre 14 e 16 do que simplesmente com uma linha reta. De acordo com os critérios de
anos de idade. Também foi possível estratificar a amostra por dois níveis pesquisa no modo descoberta, a introdução de
de escolaridade da mãe, com o termo quadrático foi baseado em considerações teóricas. Níveis mais
conclusão do ensino médio como linha divisória. Parental altos de desempenho acadêmico exigem
monitoramento refere-se ao esforço dos pais para manter domínio de tarefas mais complexas e, portanto, mais difíceis de alcançar.
Como resultado, a cada passo sucessivo, o
2
As análises dos dados do arquivo de Wisconsin relatados em mesmo grau de esforço ativo seria esperado para produzir um
deste capítulo foram realizados em colaboração com Stephen A. resultado um pouco menor. Mais especificamente, para os alunos
Small (Universidade de Wisconsin) e Tom Luster (Michigan que não estão indo tão bem na escola, monitoramento dos pais
State University) que desenhou e conduziu a pesquisa
de onde os dados são extraídos. Somos profundamente gratos a em um projeto de pesquisa estreitamente correspondente pode produzir
eles para o pensamento teórico que fundamenta a construção da pesquisa. descobertas confiáveis, mesmo quando há relativamente poucos casos em
É um excelente exemplo de desenvolvimento algumas, ou mesmo todas, as células do modelo. Isso ocorre porque, com
ciência no modo de descoberta. Agradecemos também a Regina efeito, o modelo bioecológico requer, em sua fase de descoberta,
Cannon (então estudante de pós-graduação na Cornell University) que especificação prévia principalmente não apenas de
realizou as análises estatísticas com cuidado e rapidez. efeitos principais, mas também na forma e direção de seus efeitos mais
3
O grande número de casos neste estudo não deve ser tomado interações plausíveis à luz do modelo teórico em evolução e das evidências
implicar que o modelo bioecológico só pode ser aplicado em de pesquisa então disponíveis. Isso é

amostras com um grande N. Conforme ilustrado aqui, a precisão no especialmente verdadeiro para experimentos bem projetados. Por exemplo,
formulação do modelo teórico e na sua tradução ver pp. 808–809.
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Da Teoria ao Projeto de Pesquisa: Operacionalizando o Modelo Bioecológico 805
pode ter um efeito substancial, garantindo mais estabilidade de
Tempo e local para que ocorra algum aprendizado. Mas pelo
desempenho escolar superior, os alunos exigiriam em
além de altos níveis de motivação, atenção focada,
conhecimento prévio e, especialmente, realmente trabalhando
com o material a ser aprendido. Todas essas são qualidades
que a estabilidade de tempo e lugar por si só não pode fornecer.
Como pode ser visto na Figura 14.3, a relação entre
o monitoramento dos pais e as notas escolares mostram uma tendência
de orelha curvilínea. Além disso, de acordo com os critérios de pesquisa
no modo de descoberta (ver pp. 801–803), tanto em sua direção quanto
em forma, a tendência corresponde ao teórico
expectativas em serem mais pronunciadas quando a mãe
tem alguma educação além do ensino médio, especialmente em um
estrutura familiar biparental. Um teste para heterogeneidade de
a regressão confirma a inspeção visual. As diferenças em
as inclinações entre os dois níveis educacionais são altamente
significativas (p ÿ 0,01), com o componente quadrático emergindo como
confiável apenas no grupo educacional superior.4 Também
estatisticamente significativas são as diferenças no desempenho escolar
por estrutura familiar em cada nível de educação da mãe, com os alunos
crescendo em famílias biparentais
obtendo as notas mais altas, e aquelas de pais solteiros
famílias são as mais baixas, uma ordem hierárquica correspondente ao
poder do processo proximal em cada grupo, conforme medido
pelas inclinações dos coeficientes de regressão associados.
Finalmente, um resultado não mostrado no gráfico fornece evidências
adicionais que apontam para outra tentativa de generalização. A primeira
indicação surgiu na análise de
Os dados de Drillien, que, entre outras descobertas, revelaram
que a responsividade materna teve o efeito geral de diminuir ou
amortecer as diferenças ambientais em
resultado do desenvolvimento. Assim, em altos níveis de interação mãe-
filho, as diferenças de classe social no comportamento problemático
tornaram-se menores. Um padrão semelhante surge para o
efeitos do monitoramento dos pais nas notas escolares. Entre
os seis grupos mostrados na Figura 14.3, pais mais fortes
monitoramento foi associado não apenas a uma média
no desempenho escolar, mas também com um desvio padrão mais
baixo. Essas diferenças também eram estatisticamente confiáveis.
Daí a seguinte hipótese de trabalho:
Para resultados de competência, processos proximais não apenas
levar a níveis mais elevados de funcionamento do desenvolvimento, mas também
4 tarde, devo ligar para meus pais para avisá-los”;
O grau de curvilinearidade é medido pelos coeficientes de regressão correspondentes
e não pela diferença no
comprimento de cada curva de cima para baixo. O último é determinado por células
vazias no gráfico de dispersão abaixo ou acima do qual
entradas para nível de monitoramento e GPA estavam disponíveis.
servem para reduzir e agir como um amortecedor contra os efeitos de ambientes
desvantajosos e disruptivos.
Passando da substância ao método, o que precede
resultados também demonstram que os testes de significância têm
um lugar na pesquisa no modo descoberta, mas, como
verificação de hipóteses, somente após um levantamento teórico específico
expectativa foi formulada com antecedência.
Em um contexto de descoberta, no entanto, o objetivo não é
reivindicar validade empírica para uma formulação teórica particular,
mas indicar sua plausibilidade para inclusão em
o projeto de pesquisa em estágios subseqüentes de exploração
trabalhar. Para ter certeza, isso pode resultar em uma falha de
replicação. Mas não fazer isso corre o risco de perder potencialmente
oportunidades de pesquisa importantes e teoricamente orientadas
ainda não reconhecido. Garmezy e Rutter (1983), em seu
estudos de referência sobre estresse e coping no desenvolvimento
infantil não diferenciaram entre as forças protetoras ou perturbadoras
que emanam do ambiente e aquelas inerentes ao biopsicológico.
características da pessoa. Como evidenciado pelo
análise dos dados de Drillien mostrados na Figura 14.1, estes
os vetores nem sempre operam na mesma direção.
No entanto, as formulações de Garmezy e Rutter e
descobertas desempenharam um papel significativo nos estágios iniciais da
o processo pelo qual o modelo bioecológico
alcançou sua forma atual, ainda em evolução.
A forma ainda em evolução impõe a obrigação de tomar
vantagem das oportunidades existentes para exploração continuada.
No que diz respeito ao presente inquérito, o próximo passo no
esse processo foi mais uma vez colocar a questão sobre a
medida em que o projeto de pesquisa atende à definição
propriedades do modelo bioecológico. À primeira vista, podemos
parecem confrontados com o mesmo problema que encontramos no
estudo de Drillien. A proposição I define
processos proximais como bidirecionais. Como notado anteriormente,
Small e Luster (1990) definiram o monitoramento parental como
o esforço dos pais em manter-se informados e estabelecer limites
nas atividades dos filhos fora de casa. Como declarado,
tal comportamento implica influência de apenas um lado - que
dos pais. Um exame dos itens reais usados em
seu questionário, no entanto, revelou que eles eram de
dois tipos. Alguns foram lançados na linguagem da expectativa e
prescrição dos pais (por exemplo, “Se eu vou para casa
“Quando saio, meus pais me perguntam para onde estou indo”).
Em contraste, outros itens implicavam que as expectativas ou
prescrições desejadas estavam sendo atendidas (por exemplo, “Meu(s) pai(s)
saber onde estou depois da escola”; “Eu digo ao(s) meu(s) pai(s) quem
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806 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano

eu vou estar antes de sair”). Embora o primeiro tipo de item seja meninos, um resultado que é acompanhado por diferenças
unidirecional, o segundo acarreta algum grau de reciprocidade na correspondentes no GPA médio para os dois sexos.5 Em cada uma
medida em que o adolescente está fornecendo as informações das três estruturas familiares, as meninas receberam notas mais
desejadas pelos pais. Assim, levantamos a hipótese de que os altas do que os meninos, com a diferença sendo mais pronunciada
itens do segundo tipo mostrariam relações mais fortes com os em famílias com dois pais e mais baixa em famílias solteiras famílias mães.
resultados do desenvolvimento do que aqueles que descreviam Como visto na Figura 14.4, no entanto, uma característica
apenas as expectativas dos pais sobre como eles gostariam que distintiva do padrão para meninas é um acentuado achatamento da
seus filhos se comportassem. curva, especialmente para filhas de mães solteiras. Esse resultado
Análises separadas de escalas baseadas em cada tipo de item sugere que, em cada uma das três estruturas familiares, as mães
forneceram suporte substancial para nossa hipótese de trabalho. podem estar pressionando suas filhas já bem-sucedidas a ponto de
Embora as respostas a ambos os tipos de perguntas mostrassem a conformidade com o controle materno não mais trazer retornos
efeitos confiáveis sobre o desempenho escolar, as relações para a educacionais, principalmente quando a mãe é a única genitora.
escala de reciprocidade eram significativamente mais fortes e eram
muito mais propensas a mostrar efeitos curvilíneos. Assim, esta Uma análise dos dados de alunos cujas mães não concluíram o
última foi a escala utilizada na análise dos resultados apresentados ensino médio mostrou um padrão geral semelhante, mas os efeitos
na Figura 14.3. foram menos pronunciados.
Da perspectiva do modelo biológico, o projeto de pesquisa que A influência do monitoramento foi consideravelmente mais fraca, e
produz os resultados mostrados naquela figura está perdendo um seu maior benefício para as meninas também foi reduzido. No
componente importante da Pessoa. É um achado geral na pesquisa entanto, as meninas com mães com menos escolaridade, tanto em
educacional que, no nível do ensino médio, as alunas obtêm notas pais solteiros quanto em famílias adotivas, ainda tiveram pontuações
mais altas em medidas de desempenho acadêmico do que os GPA mais altas do que os meninos. Isso significa que algum outro
homens. A questão, portanto, surge: até que ponto essa diferença fator ainda não identificado deve explicar essa diferença.

de gênero é atribuível a variações no processo proximal? A Figura Embora várias possibilidades venham à mente em relação a
14.4 fornece uma resposta experimental a essa pergunta para essa incógnita, infelizmente o arquivo de Wisconsin não contém
alunos cujas mães não concluíram o ensino médio. Em cada nenhum dado sobre os principais suspeitos. O que está disponível
estrutura familiar, o monitoramento dos pais exerceu um efeito mais é informação sobre outro trilho de descoberta que já começámos a
poderoso sobre o desempenho escolar das meninas do que das explorar. Nossos modelos de trabalho sucessivamente mais
meninas. diferenciados, tanto conceituais quanto operacionais, para avaliar
os efeitos do monitoramento parental sobre o desempenho escolar
têm fornecido suporte crescente para a hipótese experimental de
7
Garotas
Rapazes que, para resultados que refletem a competência desenvolvimental,
Significar Garotas

6
meninos meninas os processos proximais provavelmente terão maior impacto no
Significar Significar
Significar
Rapazes ambientes mais favorecidos. Mas e quanto à outra metade da
5 formulação original: o postulado complementar de que o maior
Significar
Significar
Disciplinas
Ensino
Médio
Média
Nota
em
do
impacto no desenvolvimento dos processos proximais que crescem
4 em ambientes pobres deve ocorrer principalmente para resultados
que refletem a disfunção do desenvolvimento ?
3

Os dados do arquivo de Small e Luster também oferecem a

2 oportunidade de validação cruzada desta reivindicação provisória.
0 4 8 12 0 4 8 12 2 6 10 2 6 6 106210
62106 10 0 4 8 12 0 4 8 122 0 4 8 12 0 4 8 12 2
10
Além das medidas de desempenho acadêmico, o estudo de
Nível de Monitoramento dos Pais
2-Pai Mãe e Wisconsin também incluiu informações sobre a atividade sexual dos
Pai solteiro
Família Padrasto Mãe adolescentes. A decisão de analisar esse resultado no contexto de
Os alunos do ensino médio têm entre 14 e 16 anos. um modelo bioecológico foi motivada pela descoberta de Small e
Luster (1990) de que tal
Figura 14.4 Acompanhamento parental e séries do ensino médio por
sexo: mães com mais de ensino médio.
5
Análises e gráficos baseados em arquivos de dados generosamente Dentro de cada par, tanto as médias quanto os coeficientes de
fornecidos pelos professores Stephen A. Small (University of Wiscon regressão foram estatisticamente significativos, o último confirmando
sin) e Tom Luster (Michigan State University). diferenças confiáveis na inclinação.
Machine Translated by Google

Da Teoria ao Projeto de Pesquisa: Operacionalizando o Modelo Bioecológico 807

o comportamento variou sistematicamente de acordo com a 80

estrutura familiar. A atividade sexual foi medida por uma única
pergunta: “Você já teve relações sexuais com outra pessoa?” 60
Significar
Esta documentação de variações na atividade sexual pela
Significar
estrutura familiar assume um significado especial à luz das Porcentagem
sexualmente
ativa
40
mudanças sociais mais amplas que ocorrem na vida de crianças,
jovens e famílias na sociedade contemporânea dos Estados
20
Unidos. Hoje, os Estados Unidos têm a maior taxa de gravidez
na adolescência de qualquer nação desenvolvida, quase duas
0
vezes maior que a de seus concorrentes mais próximos (Bron 1 34 2 1 34 2
fenbrenner, McClelland, Wethington, Moen, & Ceci, 1996, p. Mãe Concluída Mãe teve alguma educação
Apenas ensino médio Além do ensino médio
117). A atividade sexual na adolescência também é um dos
elementos proeminentes na chamada síndrome do adolescente,
Filha com mãe e pai próprios
um padrão crescente de comportamentos concomitantes, Filha com mãe solteira
incluindo fumar, beber, experiência sexual precoce e frequente, Filha com mãe e padrasto

gravidez na adolescência, uma atitude cínica em relação à

educação e ao trabalho, e, nos casos mais extremos, drogas, Figura 14.5 Efeito do monitoramento na atividade sexual das
meninas (estudantes do ensino médio entre 14 e 16 anos).
suicídio, vandalismo, violência e atos criminosos (para referências
e resumos sucessivos das provas, ver Bronfenbrenner, 1970,
1975, 1986a, 1989c, 1990, 1992; Bronfenbrenner et al., 1996;
que, para resultados que refletem falta de controle, os processos
Bronfenbrenner & Neville, 1994).
proximais têm maior impacto em ambientes mais pobres.
Testes de heterogeneidade de regressão confirmam que esse
Ao antecipar os efeitos do monitoramento dos pais sobre a
achado é válido para cada uma das três formas de família.
atividade sexual dos adolescentes, fomos novamente confrontados
No entanto, conforme mostrado na Figura 14.6, a análise
com a questão da possível direção da influência. Em relação à
correspondente dos dados para meninos revela o resultado exatamente oposto.
atividade sexual como resultado, no entanto, alguma alavanca
O monitoramento parental tem um efeito mais poderoso em meninos
para a resolução do problema foi fornecida porque cada direção
cujas mães tiveram mais escolaridade do que menos.
poderia produzir efeitos opostos. Por um lado, se o monitoramento
Mais uma vez, o achado vale para cada estrutura familiar e é confirmado
dos pais funciona para adiar a atividade sexual, quanto mais
por testes de heterogeneidade de regressão.
monitoramento, menos atividade sexual. Por outro lado, se os
pais passassem a monitorar somente após o fato, a associação
seria inversa, ocorrendo o monitoramento em reação ao
comportamento do adolescente; assim, os adolescentes 80

sexualmente ativos seriam mais monitorados.

Grupo %
60
Grupo %
Os resultados da análise são apresentados nas Figuras 14.5
e 14.6.6. A descoberta mais saliente para ambos os sexos é que Porcentagem
sexualmente
ativa
40
o monitoramento dos pais reduz substancialmente a atividade
sexual dos adolescentes. Em muitos outros aspectos, no entanto, 20
os padrões para adolescentes do sexo feminino e masculino são
bastante diferentes. Os resultados para meninas na Figura 14.5 0
mostram que o efeito do monitoramento parental é mais forte 1 3 42 21 3 4
Mãe Concluída Mãe teve alguma educação
para filhas de mães sem educação além do ensino médio – uma Apenas ensino médio Além do ensino médio
descoberta consistente com a hipótese de trabalho
Filhos em Famílias Biológicas
Filhos de mãe monoparental
6 Também somos gratos a Kristen Jacobson, agora estudante de Filhos em Stepfamilies
doutorado na Universidade Estadual da Pensilvânia, por sua
engenhosidade e precisão na tradução para um formato comum de Figura 14.6 Efeito do monitoramento dos pais na atividade
arquivos de dados gravados em diferentes sistemas de computação. sexual dos meninos (alunos do ensino médio entre 14 e 16 anos).
Machine Translated by Google
808 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Este não é o único afastamento das expectativas geradas pelo
modelo de trabalho mais recente. Para
exemplo, nem sempre houve correspondência entre
o poder de desenvolvimento dos processos proximais em um
determinada estrutura familiar e a porcentagem de
adolescentes ativos nessa estrutura: Em famílias adotivas em
em que a mãe tem apenas o ensino médio, o acompanhamento
materno das filhas é tão alto quanto nas famílias biparentais, mas
o percentual de mulheres sexualmente ativas
meninas é ainda maior do que para mães solteiras
no mesmo nível educacional. A descoberta é consistente
com pesquisas indicando que viver em uma família com um
padrasto implica um risco de desenvolvimento especial para meninas
(Hetherington & Clingempeel, 1992).
E assim, nos encontramos engajados em uma próxima etapa do
processo de descoberta em que procuramos desenvolver uma
formulação mais diferenciada que, por meio de um projeto de
pesquisa correspondente, será mais eficaz na redução dos desvios
empíricos observados das expectativas
com base no modelo de trabalho existente. O primeiro passo é
faça uma pergunta óbvia: o que tem mais probabilidade de explicar
para tais discrepâncias? Refazendo a pergunta do
perspectiva do modelo bioecológico, qual dos quatro
componentes é um provável suspeito? Tem que ser alguém que
já está em cena. Os pais já estão lá. Quem
mais está por perto quem poderia exercer alguma influência sobre o sexo
atividade ual dos alunos do ensino médio? a pergunta responde
em si - o grupo de pares. E se é realmente verdade que os processos
proximais são pelo menos tão poderosos determinantes do
desenvolvimento quanto as características da pessoa ou do
o ambiente, o que poderia ser esse processo?
Uma primeira indicação provisória é progressivamente mais
intensa na interação com colegas que já são sexualmente ativos.
Entre outras considerações, esta sugestão é pautada
pela possibilidade de que a pressão dos colegas para se envolver
em atividade sexual e o prestígio que tal atividade traz provavelmente
ser maior para meninos de famílias menos instruídas, com o resultado
de que o monitoramento dos pais não é tão eficaz. Com relação aos
demais componentes do modelo, dada a
resultados recém-relatados, o gênero ainda seria uma característica
da Pessoa de grande importância. A escolha de um contexto
ambiental apropriado depende da pesquisa precisa
pergunta que está sendo feita. A estrutura familiar também ainda seria
apropriado. Mas do ponto de vista da bioecologia
modelo, uma opção a considerar seria as crenças dos pais
sobre as atividades que eles queriam que seu filho adolescente ou
filha se envolver ou se abster, bem como a proximidade do
relacionamento pai-filho.
Oferecemos essas sugestões não por sua relevância para
esta questão particular, mas para ilustrar dois corolários emergentes
adicionais do modelo bioecológico:
1. Os componentes específicos de Processo, Pessoa, Contexto e
Tempo a serem incluídos em uma determinada investigação
devem ser aquelas que, do ponto de vista teórico,
são extremamente relevantes para a questão de pesquisa sob
investigação e complementares entre si em relação ao resultado
desenvolvimental dado.
2. Do ponto de vista teórico, o poder de um PPCT
design é melhorado de forma mais eficaz, incluindo mais
mais de um processo proximal no modelo.
A próxima seção leva a outro corolário.
O papel dos experimentos no
Modelo Bioecológico
Os exemplos considerados até agora são essencialmente
experimentos da natureza: Eles mostram como o desenvolvimento é
influenciado por variações nos componentes do modelo bioecológico
que ocorrem em sociedades já existentes.
Eles não nos dizem nada sobre se, em que medida ou
como esses elementos e suas combinações podem ser
mudado. Esta limitação aplica-se particularmente aos mais
componente consequente do modelo bioecológico—
processos proximais. Não conhecemos nenhuma pesquisa que tenha
especificamente sobre esta questão, mas algumas evidências indiretas
existe. Em resultados de pesquisas já apresentados, a melhoria da
qualidade do meio ambiente demonstrou
aumentar o poder de desenvolvimento dos processos proximais.
A evidência indireta vem de experimentos em que
pesquisadores introduziram sistematicamente condições
no ambiente em que as pessoas viviam que supostamente melhoravam
seu funcionamento psicológico
além dos níveis existentes.
Aqui estão dois exemplos em idades contrastantes.
Dinâmica Ambiental na Velhice
O primeiro exemplo é a muito citada intervenção experimental de
Langer e Rodin realizada com moradores de uma Nova
Casa de repouso Haven para idosos (Langer & Rodin, 1976;
Rodin e Langer, 1977). A manipulação contextual
empregado neste estudo está bem sintetizado nas palavras dos
autores:
Machine Translated by Google
Da Teoria ao Projeto de Pesquisa: Operacionalizando o Modelo Bioecológico 809
A administradora do hospital deu uma palestra aos moradores do
grupo experimental enfatizando sua responsabilidade
eles mesmos, enquanto a comunicação para um segundo grupo de
comparação enfatizou a responsabilidade da equipe por eles
como pacientes. Para reforçar a comunicação, os moradores do
grupo experimental receberam plantas para cuidar,
Considerando que os residentes no grupo de comparação receberam
plantas que foram regadas pela equipe. (Rodin & Langer,
1977, pág. 897)
Os residentes foram designados aleatoriamente para o grupo
experimental ou de controle. Dados psicológicos e
as características de saúde foram coletadas em três momentos:
(1) pouco antes da introdução do experimento; (2) 3
semanas depois, quando o experimento foi formalmente encerrado;
e (3) em um estudo de acompanhamento realizado 18 meses depois.
Os efeitos substanciais da intervenção encontrados no
final do experimento (Langer & Rodin, 1976) ainda estavam
em evidência na avaliação de acompanhamento. Para ter certeza,
porque os moradores eram quase um ano e meio mais velhos,
a idade adicionada cobrou algum preço, mas, no entanto,
aqueles no grupo de “responsabilidade induzida” não apenas
ultrapassaram significativamente seus controles, mas foram consideravelmente
sistemática das atividades em que o
melhor, tanto psicologicamente quanto fisicamente, do que
eles estavam meses antes da intervenção ter
começou. Em classificações por observadores cegos para o experimental
condições, foram julgados mais alertas, sociáveis,
e vigoroso. Os resultados mais impressionantes foram vistos no
comparação das taxas de mortalidade entre os dois tratamentos
grupos. Tomando os 18 meses anteriores à intervenção original como
um período de comparação arbitrária, nos 18 meses subseqüentes à
intervenção, 15% na
grupo “induzido por responsabilidade” morreu, em comparação com
30% no grupo controle.
Dinâmica Ambiental na Infância
Uma validação cruzada notável e independente de Langer e
A principal hipótese de Rodin aparece nas descobertas de
outro experimento de intervenção - este quase desconhecido - que foi
realizado mais ou menos na mesma época com um
amostra de 100 lactentes de 9 meses de idade e suas mães em
a cidade holandesa de Nijmegen (Riksen-Walraven, 1978). Embora
esta autora, Marianne Riksen-Walraven, apareça
não ter conhecimento do trabalho de Langer e Rodin realizado no
mesmo período, uma das duas estratégias de intervenção que
empregou com sua amostra de bebês
semelhante ao usado no estudo de New Haven com idosos
pacientes. As mães, designadas aleatoriamente para o que Riksen
Walraven chamou de grupo de “responsividade”, receberam uma
“livro de exercícios para pais” enfatizando a ideia de que “o bebê
aprende mais com os efeitos de seu próprio comportamento” (p. 113):
Os cuidadores foram orientados a não direcionar as atividades da criança
demais, mas para dar oportunidade à criança de descobrir
coisas para si mesmo, para elogiá-lo por seus esforços e para responder
às suas iniciações de interação. (pág. 113)
Em contraste, mães de bebês na fase de “estimulação”
O grupo recebeu uma apostila que enfatizava a importância de
fornecer ao bebê uma grande variedade de experiências perceptuais
de todos os tipos, “para apontar e nomear
objetos e pessoas” e “falar muito com seus filhos” (p. 112).
Na avaliação de acompanhamento realizada 3 meses depois,
bebês de mães que foram encorajadas a responder às iniciativas de
seus bebês exibiram níveis mais altos de comportamento exploratório
e eram mais propensos a preferir
um objeto novo para um que já era familiar. Os bebês
também aprenderam mais rapidamente em uma tarefa de contingência de aprendizagem.
Nenhuma das investigações anteriores incluiu qualquer avaliação
participantes do experimento subsequentemente engajados, de
o equilíbrio entre unidirecional e bidirecional seja
comportamento nos dois grupos, ou de qualquer outra característica específica
isso poderia fornecer uma medida da extensão em que os processos
proximais estavam operando em cada uma das duas condições
experimentais contrastantes.
Em ambos os estudos experimentais anteriores, por mais elegantes
que sejam, a pedra angular da teoria bioecológica
modelo - uma medida do processo proximal - não foi incluído no
projeto de pesquisa. Além disso, a demonstração (na Figura 14.3) dos
efeitos indiretos conjuntos de
estrutura familiar e educação dos pais sobre a relação
processos proximais às notas escolares faz apenas metade do
trabalho, pois não fornece informações sobre se as diferenças
nas características pessoais dos alunos (como gênero)
exercer um efeito indirecto semelhante. Ainda assim, visto de
na perspectiva teórica de um modelo bioecológico, tudo
essas descobertas são impressionantemente consistentes com as
expectativas derivadas do modelo; as descobertas ilustram o
a praticabilidade do modelo e - talvez mais promissor para
o futuro da ciência do desenvolvimento - gerar perguntas
que, quando respondidas, fornecem maneiras de aprimorar o
poder científico do modelo. São essas perguntas e respostas que são
abordadas nas seções a seguir.
Até este ponto, nossa exposição deu atenção primária ao conceito
central de processo proximal e sua
Machine Translated by Google
810 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
posição-chave no modelo bioecológico como um todo. Nós
agora prossiga para um exame mais detalhado de cada um dos
as outras três propriedades definidoras do modelo - Pessoa, Contexto
e Tempo.
COMO AS CARACTERÍSTICAS DA PESSOA
INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO POSTERIOR?
Como já indicado, no meio do desenvolvimento de
modelo bioecológico, iniciou-se um esforço para chegar a
algumas respostas a esta pergunta, e continuou até
o dia de hoje. Como antes, em vez de descrever os estágios sucessivos
dessa reconcepção emergente, apresentamos
em sua forma mais recente e ainda em evolução.
A maioria das pesquisas sobre o desenvolvimento trata do desenvolvimento cognitivo e
características socioemocionais da pessoa como dependente
variáveis; isto é, como medidas de resultados de desenvolvimento.
Com muito menos frequência, essas características são examinadas
como precursoras e produtoras de desenvolvimento posterior. Do
ponto de vista do modelo bioecológico, sua eficácia em
este último papel deriva de sua capacidade de influenciar o
emergência e operação dos processos proximais.
Assim, em um esforço para identificar tais características de Pessoa
relevantes para o processo, aplicamos o método sequencial
estratégia de design descrita na seção anterior. Começando com as
implicações derivadas da teoria
modelo, que são então relacionados a descobertas de pesquisas
existentes, aplicações sucessivas dessa estratégia resultaram na
conceituação de três tipos de
características da pessoa relevantes para o processo, que, por
conveniência de brevidade, rotulamos como forças, recursos e
demandas da pessoa.7
Características de Força como Shapers
de Desenvolvimento
No modelo bioecológico, as características do
Pessoa com maior probabilidade de influenciar o desenvolvimento futuro
seriam disposições comportamentais ativas que podem definir
processos proximais em movimento e sustentam sua operação ou,
inversamente, interferem ativamente, retardam ou
mesmo prevenir sua ocorrência. É, portanto, útil
7
Como é documentado mais adiante neste capítulo (p. 819), o recentemente
reivindicações renovadas e muito mais fortes dos geneticistas comportamentais
o papel predominante dos fatores genéticos na determinação de ambos
diferenças individuais e grupais em todas as formas de características
humanas são diretamente desafiadas por explicações alternativas
e descobertas de pesquisas derivadas do modelo bioecológico.
distinguir entre essas duas propensões. Nós nos referimos a
o primeiro como características geradoras do desenvolvimento ;
para o último como perturbador do desenvolvimento.
Exemplos de disposições disruptivas do desenvolvimento
vêm mais facilmente à mente. Em um pólo, eles incluem
tais características como impulsividade, explosividade, distração,
incapacidade de adiar a gratificação ou, de uma forma mais
forma extrema, pronto recurso à agressão e violência; em
resumindo, dificuldades em manter o controle sobre as emoções
e comportamento. No pólo oposto estão os atributos da pessoa como
apatia, falta de atenção, falta de resposta, falta
interesse pelo ambiente, sentimentos de insegurança,
timidez, ou uma tendência geral para evitar ou retirar-se de
atividade.8 Pessoas exibindo qualquer um dos anteriores
propensões achariam difícil se engajar em relacionamentos proximais.
processos que requerem padrões progressivamente mais complexos
de interação recíproca por longos períodos de tempo.
Em contraste, as características generativas do desenvolvimento
envolvem orientações ativas como curiosidade, tendência
iniciar e se engajar em atividades sozinho ou com outros, receptividade
a iniciativas de outros e prontidão para
adiar a gratificação imediata para perseguir objetivos de longo prazo.
Encontramos poucas investigações que lançam luz sobre a
efeitos desenvolvimentais de qualquer tipo de característica dinâmica
nos processos proximais e seus resultados. Uma importante
razão para esta deficiência é a ausência de
construtos para conceituar sua natureza mutável ao longo
o curso do desenvolvimento desde a primeira infância, até
adolescência, dentro e fora do início da idade adulta. A estrutura a
seguir é oferecida como uma base inicial para atender a essa
requisito começando no domínio Pessoa em maior
necessidade de definição conceitual - a de desenvolvimento
características generativas. A estrutura correspondente
pois as qualidades da Pessoa perturbadoras do desenvolvimento podem então
ser derivado como uma imagem espelhada invertida do primeiro.9
Disposições geradoras desenvolvimentais em
Perspectiva do Curso de Vida
A primeira e mais antiga manifestação de disposições generativas
assume a forma do que chamamos de responsividade seletiva.
Envolve resposta diferenciada a, atração
por, e exploração de aspectos do físico e social
ambiente.
8
Dependendo das alternativas disponíveis, a retirada pode ser
o único caminho que resta para lidar com uma situação insuportável.
9 O material a seguir representa um desenvolvimento
pelos autores atuais de idéias introduzidas pela primeira vez em Bronfen
Brenner (1989).
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Como as características da pessoa influenciam o desenvolvimento posterior? 811
A próxima característica generativa a evoluir vai além da
responsividade seletiva para incluir a tendência de
envolver-se e persistir em atividades progressivamente mais
complexas; por exemplo, para elaborar, reestruturar e até
criar novos recursos em nosso ambiente - não apenas físicos e
sociais, mas também simbólicos. Referimo-nos a propensões
desse tipo como tendências estruturantes.
A transição de uma para outra dessas dinâmicas
formas de orientação durante a primeira infância são ilustradas
em sucessivas publicações a partir de um estudo longitudinal de
in fants realizado por Leila Beckwith, Sarale Cohen,
Claire Kopp e Arthur Parmelee na UCLA (Beckwith &
Cohen, 1984; Beckwith, Rodning, & Cohen, 1992; Cohen
& Beckwith, 1979; Cohen, Beckwith, & Parmelee, 1978;
Cohen & Parmelee, 1983; Cohen, Parmelee, Beckwith, &
Sigma, 1986). Seu trabalho imaginativo e cuidadoso revela uma
sequência progressiva dessas disposições ambientalmente
orientadas desde o nascimento até os 7 anos de idade.
Assim, imediatamente após o nascimento, os bebês respondem
especialmente à estimulação vestibular (ser pego e
mantida em posição vertical junto ao corpo), que tem
o efeito de acalmar os bebês para que eles comecem a se envolver
no olhar mútuo; em 3 meses, a exploração visual se estende
além dos objetos proximais, e a voz da mãe é mais
susceptíveis de eliciar respostas especialmente na forma de
vocalizações recíprocas.
A partir dos 6 meses, a criança começa ativamente a
manipular objetos espontaneamente de maneira proposital
e reorganizar o ambiente físico. Até agora, ambos
vocalização e gesto estão sendo usados para atrair o
atenção dos pais e influenciar seu comportamento. Além disso,
há uma prontidão crescente, em todas as modalidades,
para iniciar e manter a interação recíproca com um
alargamento do círculo de pessoas no ambiente imediato da
criança. Esse é o surgimento do que chamamos de tendências
estruturantes.
Várias outras investigações produziram descobertas
comparáveis e as estenderam a outros
domínios de atividade; por exemplo: diferenças individuais em
a criatividade das crianças em comportamento de brincadeira e
fantasia (Con nolly & Doyle, 1984; MacDonald & Parke, 1984) ou
Os estudos longitudinais de Jean e Jack Block sobre “resiliência
do ego” e “controle do ego” (JH Block & Block, 1980;
J. Block, Block & Keyes, 1988).
A natureza da terceira e última classe de desenvolvimento
de características da Pessoa mentalmente generativas reflete a
aumento da capacidade e propensão ativa das crianças
à medida que envelhecem para conceituar sua experiência. Isto
lida com o que chamamos de sistemas de crenças diretivas sobre
si mesmo como um agente ativo, tanto em relação a si mesmo
e ambiente, ou, para abreviar, crenças diretivas. O
conceito mais antigo deste tipo é a construção de Rotter e
medida de “locus de controle” (Rotter, 1966). Posteriormente,
uma formulação mais sofisticada do conceito foi introduzida por
Bandura (1977, 1982) sob o título
rubrica de autoeficácia. A principal distinção entre essas
construções anteriores e suas contrapartes em
o modelo bioecológico é que os últimos são conceituados
principalmente não como características da pessoa
suficientes em si mesmas, mas como disposições direcionais
interagindo sinergicamente com características particulares do
ambiente para gerar níveis sucessivos
de avanço desenvolvimental.
A aproximação mais próxima de uma operação
modelo bioecológico no qual as crenças diretivas funcionam
como as características da pessoa aparecem em uma série de descobertas
decorrente de uma tese de doutorado de Tulkin (1973,
1977; Tulkin & Cohler, 1973; Tulkin & Kagan, 1972).
O investigador estudou diferenças de classe social tanto em
os comportamentos e as crenças das mães de 10 meses
meninas velhas. A pesquisa foi realizada em casa, empregando
entrevistas e observações. Classe média
mães se distinguiam de sua classe trabalhadora
contrapartes não apenas por níveis mais altos de interação
recíproca com seus bebês, mas também em suas opiniões sobre
o que uma criança de 10 meses poderia fazer e sobre suas
próprias habilidades para influenciar o desenvolvimento de seu
bebê; as mães mais favorecidas atribuíam maiores potenciais tanto a
seus filhos e a si mesmos. Além disso, as correlações entre o
comportamento materno e as atitudes foram subestimadas.
significativamente maior na classe média do que na classe baixa
famílias. Vários anos depois, Tulkin e um colega
(Tulkin & Covitz, 1975) reavaliou os mesmos jovens
depois de terem entrado na escola. O desempenho das crianças
em testes de habilidade mental e habilidade de linguagem
mostrou relações significativas com as medidas anteriores de
interação recíproca mãe-bebê.
Leitores perspicazes podem ter detectado um toque de
mão em nossa análise da pesquisa de Tulkin quando examinada
a partir da perspectiva do modelo bioecológico. Em
essa estrutura, temos discutido características
da Pessoa em desenvolvimento que influenciam a
processos e seus resultados. Na obra de Tulkin, a Pessoa em
desenvolvimento é a criança. Mas as crenças diretivas
temos discutido são os da mãe. O
motivo da substituição é o seguinte. Embora, em
a linha de trabalho estimulada por Rotter e Bandura há
muitas investigações sobre a relação entre
Machine Translated by Google
812 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
crenças e desenvolvimento, até onde sabemos, existem
não houve estudos sobre o efeito das crenças pessoais sobre o
processos proximais nos quais a pessoa em desenvolvimento se
envolve. Para dar um exemplo,
recorremos a uma substituição de papéis.
A substituição também oferece uma oportunidade para introduzir
uma formulação de corolário, cuja evidência aparece mais adiante
nesta e nas seções subsequentes deste capítulo:
Nos processos proximais que envolvem a interação
interpessoal, as características pessoais que influenciam o
poder do processo e seus efeitos são os mesmos para todos
partes envolvidas.
Para retornar à tarefa em questão, apresentamos uma segunda
forma de característica da Pessoa postulada como afetando o futuro
crescimento psicológico - o que chamamos de desenvolver recursos
mentais.
Características de recursos da pessoa como
Formadores de Desenvolvimento
São características da Pessoa que por si só em
não envolvem disposição seletiva para a ação, mas constituem
passivos e ativos biopsicológicos que influenciam o
capacidade do organismo de se engajar efetivamente em processos
proximais. Na primeira categoria estão as condições que
limitar ou perturbar a integridade funcional do organismo.
Alguns exemplos óbvios incluem defeitos genéticos, baixa
peso ao nascer, deficiências físicas, graves e persistentes
doença ou dano à função cerebral por acidente ou
processos degenerativos. Em contraste, conjuntos de desenvolvimento
assumem a forma de habilidade, conhecimento, habilidade e
experiência que, à medida que evoluem durante a maior parte da vida
Claro, estender os domínios em que os processos proximais
podem fazer seu trabalho construtivo - tornando-se assim uma outra
fonte dos padrões progressivamente mais complexos
de interação constituindo uma propriedade definidora de processos
proximais.
A semelhança entre as definições para os dois
tipos de recursos de desenvolvimento, e para os primeiros
distinção entre resultados de desenvolvimento refletindo
disfunção versus competência, deriva do fato
já notei que as características da Pessoa aparecem
em ambos os lados da equação bioecológica. Desenvolver resultados
mentais no Tempo 1 indiretamente influencia desenvolver resultados
mentais no Tempo 2 por meio de seu efeito sobre
processos proximais durante o período intermediário. O
A diferença, portanto, não está nos próprios conceitos
mas em seu lugar no modelo bioecológico.
Um exemplo concreto de deficiência em recursos de
desenvolvimento já foi documentado no
análise dos resultados de Drillien representados na Figura 14.1.
Os processos proximais exerceram seu efeito mais poderoso
em crianças que crescem no ambiente mais desfavorecido, mas
nesse ambiente os jovens que em
nascidos com peso normal foram os mais beneficiados. Peso em
nascimento não implica uma propensão dirigida para se envolver em
ou abster-se de um determinado tipo de comportamento. o que
representa sua variação nos recursos biológicos
disponível para se envolver em qualquer atividade que exija orientação
atividade ou resposta durante longos períodos de tempo.
Assim, no presente caso, uma explicação plausível
para o padrão assimétrico observado é que, entre
famílias que vivem em ambientes estressantes, bebês que
são fisicamente saudáveis desde o nascimento são mais capazes de
se envolver em interação recíproca do que aqueles que são
biologicamente debilitados.
Essa interpretação é questionada, no entanto,
pelos resultados correspondentes, mostrados no mesmo gráfico,
para bebês criados sob condições socioeconômicas mais favoráveis
circunstâncias nómicas. Recém-nascidos de peso normal
lucraram menos com a interação com suas mães. Como
esse paradoxo pode ser resolvido?
Mesmo que o termo de interação correspondente seja
estatisticamente significativo, em circunstâncias normais
o resultado anterior seria - e apropriadamente deveria - ser
questionada como um achado post hoc. Mas no
presente caso, não é bem assim. Para ter certeza,
não havia hipótese a priori que previsse a precisão
padrão dos resultados obtidos. O padrão é consistente, no entanto,
com várias possibilidades vislumbradas para um
atributo da terceira pessoa colocado como influenciador proximal
processos e seus efeitos no desenvolvimento. E para a ciência no
modo de descoberta, descobertas post hoc que são
teoricamente relevantes não devem ser descartados levianamente.
Características da Demanda da Pessoa
como influências de desenvolvimento
A característica distintiva deste último conjunto de características da
Pessoa que afetam o desenvolvimento é sua capacidade de provocar
ou desencorajar reações do meio social.
que podem interromper ou promover processos de
crescimento: por exemplo, um bebê agitado versus um bebê feliz,
aparência física atraente versus não atraente ou hiperatividade versus
passividade. Meio século atrás, Gordon
Allport (1937), tomando emprestado um termo originalmente introduzido
por Mark A. May (1932), falou de tais características como
Machine Translated by Google
constituindo “personalidade” definida em termos de sua “condição social”.
valor do estímulo”. Reformulando este conceito em termos de sua
analógico nas teorias contemporâneas da percepção, nos referimos
a tais qualidades de pessoa como características de demanda.
Um exemplo notável do efeito desenvolvimental da
tal característica surge como uma descoberta importante em um dos
estudos de acompanhamento de crianças da Grande Depressão
realizado por Elder e seus colegas (Elder, Van
Nguyen, & Caspi, 1985). Os investigadores descobriram que
as dificuldades econômicas influenciaram adversamente o bem-estar
psicossocial das meninas (mas não dos meninos) por meio de sua
tendência de aumentar o comportamento de rejeição dos pais. O
os efeitos da rejeição, entretanto, variavam inversamente em função
da atratividade física da filha. Nas palavras dos autores, “Não era
provável que filhas atraentes fossem
maltratados por seus pais, não importa o quão severo o
pressão econômica. [Os resultados] ressaltam a importância de ver o
declínio econômico em relação tanto ao
características da criança e comportamento dos pais” (p. 361).
Aqui está um exemplo clássico do poder de um modelo PPCT
revelando as complexas interações entre o organismo
e ambiente que impulsionam o processo de desenvolvimento.
O conceito de características de demanda também introduz uma
nova perspectiva para interpretar o contraste
efeitos desenvolvimentais do peso ao nascer por classe social
mostrado na Figura 14.1. Como observado anteriormente, no nível
socioeconômico mais baixo, eram os filhos de parto normal
peso que mais se beneficiaram da capacidade de resposta materna.
Mas isso significa que eles também foram os únicos que conseguiram
mais atenção de suas mães? Paradoxalmente,
a imagem acaba sendo exatamente o contrário. Apenas 14% dos
essas mães de classe baixa foram consideradas responsivas
a mudanças no estado ou no comportamento de seus bebês, enquanto
a porcentagem para mães de bebês com baixo peso ao nascer
foi mais do que o dobro (média de 37%). Resumidamente,
mães de classe baixa estavam respondendo principalmente àqueles
em bebês que mais precisavam de sua atenção, embora com um
menor retorno sobre seu investimento.
Mas quais características desses bebês estavam chamando a atenção
das mães? Parece provável que neste
Por exemplo, as mães estavam respondendo principalmente às expressões
de angústia de seus filhos - comportamento menos propenso a ocorrer
entre os de peso normal ao nascer. Se olharmos para os dados
correspondentes para as famílias nos níveis socioeconômicos mais altos,
nível, descobrimos um quadro bem diferente. mães são
respondem melhor aos lactentes mais saudáveis do que aos de
menor peso ao nascer, mas como mostrado na Figura 14.1, eles ficam
o menor retorno por suas dores. Mais uma vez uma questão chave
torna-se “O que está chamando a atenção da mãe?” A
O Papel do Foco de Atenção nos Processos Proximais 813
resposta plausível para crianças com peso normal ao nascer
nas circunstâncias mais favoráveis é que suas mães
estaria respondendo principalmente não a manifestações de
comportamento problemático, mas de competência crescente.
O PAPEL DO FOCO DE ATENÇÃO NA
PROCESSOS PROXIMAIS
As considerações anteriores, geradas pelo confronto dos dados com
a teoria, pedem formulações mais diferenciadas no modelo bioecológico
existente. Aqui está
a primeira de duas respostas provisórias ao chamado:
Quando um processo proximal envolve interação com outro
pessoa, o poder do modelo bioecológico é substancialmente
aumentado pela inclusão no projeto de pesquisa de uma
medida do foco de atenção da outra pessoa no
aspectos particulares do comportamento do sujeito que são
presumido, em bases teóricas e empíricas, como sendo o mais
intimamente relacionado com o resultado do desenvolvimento.
Para o estudo de Drillien, a medida do processo proximal
é a responsividade da mãe, mas não sabemos
a quais comportamentos particulares de seu bebê ela estava
respondendo. Como já sugerido, o aspecto mais relevante para
reduzir comportamentos problemáticos futuros podem ser expressões
de aflição. Se assim for, uma definição conceitual e operacional mais
precisa do processo proximal neste estudo
seria a proporção de manifestações de angústia
que foram respondidas com esforços bem-sucedidos para reduzir
aquela aflição.
No entanto, embora no estudo de Drillien o foco de atenção das
mães não fosse conhecido, a extensão de sua
a capacidade de resposta ainda era um forte preditor do resultado.
Mesmo quando os requisitos teóricos e operacionais do modelo
bioecológico não são atendidos em
completo, os resultados ainda podem contribuir para o entendimento do
forças que moldam o desenvolvimento humano.
Uma segunda formulação experimental complementar deriva da
definição de processos proximais como bidirrecionais. Dito
sucintamente, ele postula que o precedente
formulação também vale no sentido inverso:
Quando um processo proximal envolve interação com outro
pessoa, o poder do modelo bioecológico é substancialmente
aumentado pela inclusão no projeto de pesquisa de uma
medida do foco de atenção da pessoa em desenvolvimento no
aspectos particulares do comportamento da outra pessoa que
Machine Translated by Google
814 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
são presumidos, em bases teóricas e empíricas, como sendo mais
intimamente relacionados ao resultado do desenvolvimento.10
PROCESSOS PROXIMAIS EM SOLO
ATIVIDADES COM OBJETOS E SÍMBOLOS
As considerações e complexidades anteriores conferem importância
acrescida aos processos proximais que não envolvem interação
interpessoal, mas, em vez disso, concentram-se em interações
recíprocas progressivamente mais complexas com objetos e
símbolos. Essas são atividades que podem ser realizadas na
ausência de outras pessoas e, portanto, a magnitude e a eficácia do
processo proximal não são influenciadas pelos comportamentos de
outro participante. Seria de se esperar, portanto, que a disposição e
os recursos da própria pessoa desempenhassem um papel muito
mais forte em afetar a direção e o poder do processo proximal do
que no caso da interação interpessoal. Além disso, tais atividades
individuais alteram significativamente os processos envolvidos, seus
resultados e as características do ambiente que se tornam mais
relevantes. O contraste nos três
domínios envolve um foco nas relações humanas, por um lado, e
nas tarefas, por outro. Compreender a importância desenvolvimental
desse contraste requer uma exposição mais completa das
características do ambiente que influenciam os processos proximais
e seus efeitos.
Mas antes de entrar neste tópico, devemos dar o devido
reconhecimento a três outras características da Pessoa que nos
impulsionam na mesma direção. Eles são tão difundidos em afetar o
desenvolvimento futuro que sua possível influência rotineiramente
precisa ser considerada em relação ao fenômeno particular sob
investigação. Esses são os fatores demográficos familiares de idade,
sexo e etnia. Outra razão para esta recomendação é que todos
esses três fatores, embora baseados em diferentes características
físicas da Pessoa, também a colocam em um nicho ambiental
particular que define sua posição e papel na sociedade. O
reconhecimento dessa ambigüidade nos leva a uma mudança de
foco das características relevantes para o desenvolvimento da
Pessoa para suas contrapartes na estrutura e substância da
10
Em termos de projeto de pesquisa, ambas as formulações declaradas
são melhor avaliadas por meio de observação direta, mas, dada a
clareza e a natureza contrastante da relação prevista, medidas válidas
podem ser obtidas para crianças mais velhas e adultos por meio de
entrevistas bem projetadas e até mesmo para crianças pequenas a
partir de informações fornecidas pelos pais e outros membros da família.
Contextos ambientais na medida em que afetam os processos e
resultados do desenvolvimento.
O MICROSSISTEMA AMPLIADO:
ATIVIDADES, RELACIONAMENTOS E FUNÇÕES
Ao abordar este tópico, voltamos à formulação mais antiga do
modelo ecológico. Hoje, como então, “o ambiente ecológico é
concebido como um conjunto de estruturas aninhadas, uma dentro
da outra como um conjunto de bonecas russas” (Bronfenbrenner,
1979b, p. 3). A definição contemporânea do mais interno dessas
estruturas é semelhante, mas contém elementos adicionais que o
vinculam ao “cenário”.
gravidade” do paradigma bioecológico:
Um microssistema é um padrão de atividades, papéis sociais e
relações interpessoais experimentadas pela pessoa em
desenvolvimento em um determinado ambiente face a face com
características físicas, sociais e simbólicas particulares que convidam,
permitem ou inibem o engajamento em atividades contínuas. ,
interação progressivamente mais complexa e atividade no ambiente
imediato. (Bronfenbrenner, 1994, p. 1645)11
Começamos com a consideração da primeira característica do
ambiente introduzida na definição anterior.
Efeitos do Ambiente Físico sobre
Desenvolvimento Psicológico
O trabalho pioneiro nesta esfera foi feito por Theodore Wachs. Em
1979, ele publicou um artigo seminal no qual mostrava um padrão
consistente de relações entre certas características do ambiente
físico de bebês durante os primeiros 2 anos de vida e seu
desenvolvimento cognitivo durante esse mesmo período. Para
permitir o exame dos efeitos ao longo do tempo, os dados foram
agrupados em blocos sucessivos de 3 meses. Os resultados são
relatados na forma de correlações entre as características do ambiente
em um momento anterior e o estado de desenvolvimento dos bebês
em um momento posterior.
A partir dos resultados complexos do estudo, nos concentramos
nas características físicas do ambiente que foram mais frequentemente
e fortemente associadas ao funcionamento cognitivo. Estes incluíram
um en
11
A definição de 1979 é a seguinte: “Um microssistema é um padrão de
atividades, papéis e relacionamentos interpessoais experimentados pela
pessoa em desenvolvimento em um determinado ambiente com
características físicas e materiais particulares”.
Machine Translated by Google
O Microssistema Ampliado: Atividades, Relacionamentos e Papéis 815
ambiente, presença de áreas abrigadas, “O grau de
qual a configuração física da casa permite exploração”, baixo nível
de ruído e confusão, e “o grau de regularidade temporal” (Wachs,
1979, p. 30).
Lamentavelmente, poucos pesquisadores seguiram o
excitante caminho científico que Wachs foi o primeiro a percorrer. consideração acaba sendo a complexidade da tarefa que um
gráfico. Tomado como um todo, seu original e subseqüente
trabalho (Wachs, 1987a, 1987b, 1989, 1990, 1991; Wachs
& Chan, 1986) sugere duas áreas especialmente dignas de
investigação sistemática adicional, tanto na conceituação
quanto na mensuração. A primeira permanece estritamente no
domínio do ambiente físico. O segundo aumenta
a questão dos processos proximais como eles se relacionam com isso
ambiente.
No primeiro domínio, as descobertas de Wachs apontam para dois
aspectos gerais do ambiente físico que podem afetar o curso do
desenvolvimento cognitivo – um para melhor, outro para pior. Do
lado construtivo estão
objetos e áreas que convidam à manipulação e exploração, enquanto
instabilidade, falta de estrutura clara e
a imprevisibilidade dos eventos prejudica o desenvolvimento
processo. Do ponto de vista ecológico, a existência
dessas forças compensatórias no ambiente físico leva a uma nova
hipótese de trabalho:
Não só as características generativas do desenvolvimento do
ambientes têm maior impacto em ambientes mais estáveis,
mas também funcionam como um amortecedor contra as influências
perturbadoras de ambientes desorganizados.
A segunda questão introduz um componente adicional no
projeto de pesquisa. Como estipulado na Proposição I, os
processos proximais envolvem progressivamente mais
interações complexas não apenas com pessoas, mas também
com objetos e símbolos. A questão, portanto, novamente
surge em que medida atividades solitárias envolvendo objetos e
símbolos – como brincar com brinquedos, trabalhar
em hobbies, leitura ou jogos de fantasia - também pode promover
desenvolvimento psicológico? E até que ponto
envolvimento em objetos e símbolos produz efeitos de
desenvolvimento sinérgicos em cada domínio? As respostas
para essas perguntas ainda são desconhecidas, mas são
prontamente detectável através do uso de designs apropriados
que diferenciam entre medidas de processo
e da estrutura ambiental.
No entanto, a terra incógnita mais promissora para pesquisas
sobre o papel do ambiente físico na vida humana
desenvolvimento pode muito bem estar além do domínio da infância
no mundo dos adultos. Uma prévia dessa promessa aparece
nas sucessivas publicações do sociólogo Melvin
Kohn e seus colegas (para um resumo integrativo,
ver Kohn & Slomczynski, 1990) demonstrando o poderoso efeito dos
ambientes de trabalho no desenvolvimento intelectual
desenvolvimento na idade adulta. De especial importância neste
dado trabalho implica.
Na conclusão da seção anterior, chamamos
atenção para um contraste que atravessa todos os quatro domínios
de Processo, Pessoa, Contexto e Resultado de Desenvolvimento. O
contraste em todos os quatro domínios envolve um foco primário em
relacionamentos versus tarefas. as evidências
de Wachs e Kohn caem principalmente na última categoria, mas os
dados de Drillien sobre a interação mãe-bebê
e comportamento problemático de bebês em famílias de classe baixa
cair principalmente no primeiro (ou seja, um aumento na
capacidade de resposta funciona como um amortecedor contra problemas em
esta esfera de controle emocional e comportamental).
Mas esse não é o único efeito do aumento dos níveis do processo
proximal.
A Díade Mãe-Bebê como Contexto
de Desenvolvimento
Um corpo substancial de pesquisa indica que tais
processos também promovem o desenvolvimento de um forte vínculo
emocional entre mãe e filho, que
aumenta a qualidade da interação futura entre o
duas partes (Ainsworth, Blehar, Waters & Wall, 1978;
Bowlby, 1969, 1973). Além disso, os trabalhos mais recentes
nesta esfera sugere fortemente que, como resultado da reciprocidade
contínua no contexto de um relacionamento próximo,
o bebê começa a desenvolver uma definição de si mesmo que
espelha a forma e o conteúdo transmitidos por meio da evolução
padrões de intercâmbio entre mãe e filho
(Sroufe, 1990). Assim, os processos proximais tornam-se os
mecanismos mensuráveis para produzir o que em um
era anterior da teoria e pesquisa do desenvolvimento foi
chamado de internalização.12 Além disso, esse processo sequencial
tem dupla função. Embora operando principalmente em
do lado do relacionamento, também favorece o desempenho da tarefa.
De acordo com a teoria do apego, o emocionalmente
padrões carregados de processos de intercâmbio entre os
o bebê e o cuidador principal tornam-se internalizados
na forma de “modelos internos de trabalho” (Bowlby,
12
Um ressurgimento do interesse teórico e de pesquisa neste
esfera foi estimulada pelos elegantes estudos de Kochan ska e seus
colegas.
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816 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
1969, 1973). Esses modelos de trabalho são representações
do bebê em relação aos outros e se tornam a base
para o desenvolvimento do self (Sroufe, 1990). Através
interações entre o bebê e o cuidador primário, o bebê desenvolve
expectativas sobre o comportamento do cuidador e crenças
complementares sobre si mesmo. Por exemplo, uma criança
que experimentou
uma história de responsividade contingente de um
cuidador irá desenvolver um modelo desse cuidador como
disponível, e espere tal comportamento. Essa criança vai
também desenvolver um senso complementar de si mesmo que ele ou
ela é digna de cuidados responsivos. Por outro lado, um
O bebê que experimentou cuidados não responsivos
desenvolverá um modelo muito diferente de relacionamento,
esperando que o cuidador não esteja disponível. Tal criança
espera-se que desenvolva um senso de si mesmo como indigno de
cuidados responsivos.
De maneira mais geral, esses modelos de trabalho internalizados
são vistos como fornecendo uma estrutura para interações futuras,
resultando em uma repetição do apego inicial
relacionamento (Bowlby, 1973; Sroufe, 1990). a criança
busca, responde e interpreta eventos com base no
modelo que ele ou ela desenvolveu durante a infância, e
esse modelo é adaptado a partir de novas experiências com o
ambiente. Uma criança que desenvolveu um relacionamento seguro de
apego provavelmente espera interações positivas com os professores
e, assim, obtém cuidados responsivos.
reminiscente do comportamento de seu cuidador. Uma criança insegura,
esperando rejeição, abordará os relacionamentos com maior hostilidade,
resultando, em última instância, em
novas experiências com rejeição.
O suporte para essas expectativas teóricas vem
a partir de uma série de estudos. Por exemplo, a qualidade de
relação de apego precoce da criança com o
descobriu-se que a mãe afeta as funções posteriores da criança
nas interações sociais com professores e colegas.
Assim, os processos proximais iniciais produzem
processos ao longo do desenvolvimento. Crianças julgadas como
Foi demonstrado que o apego seguro na infância aborda colegas
e adultos desconhecidos de forma mais positiva
e com maior aceitação (Booth, Rose-Krasnor,
McKinnon, & Rubin, 1994; Main & Weston, 1981;
Pastor, 1981). Além disso, eles têm mais resultados positivos
relacionamento com colegas e professores na pré-escola
(Sroufe, Fox, & Pancake, 1983; Turner, 1991). Porque as
crianças seguras desenvolveram um modelo de trabalho interno
positivo no contexto de um ambiente seguro
relação de apego com um cuidador principal,
essas crianças esperam e provocam interações positivas
com outros parceiros sociais.
Esse corpo de teoria e pesquisa do apego tem implicações
importantes para o modelo bioecológico. Sua relevância é transmitida
de forma mais sucinta em
termos, avaliando a qualidade do apego em diferentes
posições no projeto de pesquisa; por exemplo, como um resultado no
Tempo 2 de processos proximais no Tempo 1, ou, alternativamente, na
forma de contexto forte versus fraco
díades no Tempo 1 moderando o poder de um processo proximal para
influenciar os resultados do desenvolvimento no Tempo 2.
último projeto se encaixa em uma proposição de longa data derivada
do modelo bioecológico, que diz o seguinte:
A fim de desenvolver - intelectualmente, emocionalmente, socialmente,
e moralmente - uma criança exige, para todos eles, o mesmo
coisa: a participação em atividades recíprocas progressivamente mais
complexas, de forma regular durante longos períodos de
tempo com uma ou mais pessoas com quem a criança
desenvolve um apego forte, mútuo e irracional,13 e
comprometidos com o desenvolvimento dessa criança, preferencialmente
para a vida. (Bronfenbrenner, 1989c, p. 5)
Uma segunda proposição vai um passo além:
O estabelecimento e manutenção de padrões de interação
progressivamente mais complexos e apego emocional
entre o cuidador e a criança dependem em grau substancial
na disponibilidade e envolvimento ativo de outro adulto
que auxilia, incentiva, encanta, dá status e expressa admiração e carinho
pela pessoa que cuida
e engajar-se em atividades conjuntas com a criança. (Bronfen Brenner,
1989c, p. 11)
Tomadas em conjunto, as proposições anteriores apresentam uma
qualificador importante para o achado geral de que as crianças
crescendo em famílias monoparentais correm maior risco de
desenvolvimento do que aqueles em estruturas biparentais.
O que mais conta é a qualidade das relações e
atividades que acontecem na família e situações
pode ocorrer em que, nessa perspectiva, a qualidade supera a
quantidade (Hetherington & Clingempeel, 1992).
Ambas as proposições assumem importância acrescida porque
sua relevância pode se estender além dos laços parentais para fechar
relacionamentos com outros cuidadores, parentes, colegas,
professores, mentores, colegas de trabalho e supervisores. O
proposições também podem se aplicar além da infância e adolescência
13
O que significa o termo “apego irracional”? Um
resposta: Esta é a primeira criança que você tenta salvar em um incêndio.
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lescência aos relacionamentos na vida adulta e na velhice. Então
tanto quanto pudemos descobrir, essas possibilidades
ainda aguardam investigação sistemática em
projetos de pesquisa apropriados.
ALÉM DO MICROSSISTEMA
É uma premissa básica da teoria dos sistemas ecológicos que
desenvolvimento é uma função de forças que emanam de
configurações múltiplas e das relações entre essas
configurações. Como essas forças múltiplas e suas inter-relações
podem ser conceituadas, e que tipos de pesquisa
projetos podem ser empregados para medir seus efeitos
combinados? A primeira etapa de um modelo tão expandido do
ambiente envolve o que na teoria dos sistemas ecológicos
é chamado de mesossistema, definido como compreendendo as
relações existentes entre dois ou mais ambientes; em
resumindo, é um sistema de dois ou mais microssistemas.
Mesossistemas e sua operacionalização em uma pesquisa
design são melhor transmitidos através de um exemplo concreto.
Steinberg, Darling e Fletcher (1995) relataram
o que eles descreveram como “uma jornada ecológica”, que
foi consequência de uma decisão deliberada tomada em
o início de suas pesquisas. O foco inicial de inves
tigation foi sobre o impacto da parentalidade autoritária
sobre o desempenho acadêmico de adolescentes. eles tiveram em
à sua disposição uma gama de dados coletados de um grande
amostra multiétnica e multiclasse, abrangendo vários
estruturas familiares. Nessas circunstâncias, eles
concluiu:
[I]t não fazia nenhum sentido para controlar a etnia, social
classe ou composição familiar na tentativa de isolar
processo “puro”. Nenhum processo ocorre fora de um contexto.
E se quisermos entender o contexto, precisamos levá-lo
em conta, não pretenda controlá-lo. (Steinberg
e outros, 1995, pág. 424)
Assim que os investigadores embarcaram nessa
curso não convencional do que eles encontraram algumas
descobertas inesperadas. A primeira delas ocorreu não em
o domínio do contexto ambiental, mas do resultado do
desenvolvimento. Ao analisarem a escola de adolescentes
desempenho, eles descobriram que, em contraste com a juventude
de origem familiar europeia, hispânica,
Os jovens africanos ou asiático-americanos não se beneficiaram
parentalidade autoritária. Uma primeira pista para este quebra-cabeça
surgiram quando os investigadores identificaram os valores
Além do Microssistema 817
realizada pelas diferentes “turmas de pares” (por exemplo, “atletas,
cérebros, nerds, mauricinhos ou drogados”) nas nove altas
escolas incluídas em sua amostra. Seus subseqüentes
A análise revelou que “jovens europeus-americanos de lares
autoritários são mais propensos a ficar por muito tempo em
grupos de pares que incentivam a educação acadêmica.
realização” (Steinberg et al., 1995, p. 445).
Com base nessas descobertas e em outras relacionadas, Steinberg
e outros (1995) formulou o seguinte, novo trabalho
hipótese:
Existe um caminho forte, mas indireto, entre as práticas parentais e as
afiliações de grupos de pares de adolescentes. . . promovendo certas
características em seus filhos, os pais dirigem uma criança
para um determinado grupo de pares. Assim, na medida em que os pais
podem influenciar as características pelas quais os adolescentes
são associados por colegas a uma multidão, os pais podem “controlar” o
tipo de influência do grupo de pares ao qual seus filhos
está exposto. . . . Em essência, os pais têm um impacto direto e primário
nos padrões de comportamento do adolescente – pró-social
também antissocial. Grupos de pares servem principalmente para reforçar
padrões ou disposições de comportamento estabelecidos.
(págs. 446–447)
Mas quando os investigadores colocaram sua nova hipótese
ao teste, eles se depararam com mais um resultado inesperado:
Quando tentamos aplicar esse modelo aos jovens
de origens minoritárias, estávamos em um choque. Nós
descobriram que entre os estudantes negros e asiáticos, não havia
relação entre as práticas parentais e a participação no grupo de pares.
(pág. 447)
Mais uma vez, o “modelo de contexto múltiplo” dos pesquisadores
abriu o caminho para resolver o quebra-cabeça:
Por que não houve relação significativa entre parentalidade
e seleção de grupo de pares entre jovens minoritários? A resposta,
descobrimos, é que os modelos de seleção de grupos de pares
que assumem um sistema aberto, no qual os adolescentes podem
selecionar qualquer número de grupos tão facilmente quanto pedir comida
fora do cardápio de um restaurante, não levam em conta o tremendo nível
de segregação étnica que caracteriza a estrutura social da maioria das
escolas secundárias etnicamente mistas no
Estados Unidos. (págs. 447–448)
As descobertas dos autores com relação a grupos minoritários
específicos são de considerável interesse:
Machine Translated by Google
818 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Embora os pais [afro-americanos] tenham a pontuação mais alta em nosso
medida do envolvimento dos pais na escola, [adolescentes negros]
acham muito mais difícil ingressar em um grupo de pares
que incentiva o mesmo objetivo. (pág. 449)
Por contraste:
Na maioria das vezes, os estudantes asiático-americanos não têm
escolha, mas pertencer a um grupo de pares que encoraja e
recompensa a excelência acadêmica.... Relatório de americanos asiáticos
o mais alto nível de apoio dos colegas para o desempenho acadêmico.
Curiosamente, e em contraste com a crença popular,
[seus] pais são os menos envolvidos na vida de seus filhos
escolaridade. (pág. 448)
O Universo Ecológico em Expansão
Como se estivesse desapontado por não ter sido confrontado
com outra descoberta inesperada, Steinberg e seus colegas
mudou-se para estender o modelo ecológico para o próximo nível superior
nível de sistemas - o do exossistema. A definição formal dessa
estrutura ambiental é a seguinte:
O exossistema compreende as ligações e processos que ocorrem entre
dois ou mais ambientes, pelo menos um dos
que não contém a pessoa em desenvolvimento, mas em
quais eventos ocorrem que influenciam indiretamente os processos
dentro do ambiente imediato em que vive a pessoa em desenvolvimento.
(Bronfenbrenner, 1993, p. 24)
O exossistema particular que Steinberg et al. (1995)
se comprometeu a investigar foi “a rede de famílias
que se desenvolve através das relações da criança com seus pares”,
mais especificamente, “as práticas parentais de seus
pais dos colegas” (p. 450). As análises dos investigadores levaram
a uma série de descobertas inter-relacionadas, como mostrado nestes
dois exemplos:
Adolescentes cujos pais de amigos são autoritários ganham
notas mais altas na escola, gastam mais tempo com o dever de casa. . .
têm percepções mais positivas de sua vida acadêmica
competência e relatam níveis mais baixos de inadimplência e
uso de substâncias.
Adolescentes cujos pais já são mais autoritários parecem se
beneficiar mais de pertencer a um par
rede com outros jovens educados com autoridade do que
fazem adolescentes em redes semelhantes, mas de lares menos
autoritários. Parece que os adolescentes precisam de certas
“vantagens da casa” para poder aproveitar
o capital social em suas redes sociais. (Steinberg
et al., 1995, pp. 452–453)
Presumivelmente, mesmo um modelo ecológico só pode ser
levado até agora, mas Steinberg e seus colegas parecem
estar tentando empurrá-lo para seus limites - sua próxima análise
sai da rede parental do adolescente
pares ao nível de integração social do bairro.
A medida de integração foi baseada em uma série de
dúvidas sobre o contato dos pais com os filhos
amigos, participação em atividades comunitárias e sociais e laços
com outras famílias do bairro. Um
a análise dos dados revelou um efeito modesto da integração do
bairro no desenvolvimento do adolescente. No entanto, esta
constatação foi qualificada de uma forma importante que
atenção reorientada para o papel fundamental desempenhado pela família
processos. Nas palavras do autor:
Quando refazemos essas análises separadamente em bairros
caracterizados por uma alta proporção de pais efetivos versus não
efetivos, descobrimos que a integração só beneficia os . . . social
adolescentes cujas famílias vivem
em bairros caracterizados por bons pais. Social
integração num bairro caracterizado por um elevado
proporção de pais ruins tem um efeito prejudicial no desempenho e
comportamento escolar dos adolescentes. (Steinberg e outros,
1995, pág. 457)
Uma análise posterior revelou um segundo, igualmente
qualificador crítico, mas não surpreendente: “Viver em um bairro
caracterizado por um alto grau de integração social só é benéfico
para um adolescente individual se a família da criança também for
socialmente integrada” (p. 457).
A análise final de Steinberg et al.
substância à estrutura social. Ao agregar informações sobre
práticas e atitudes parentais em um bairro, ele e seus associados
foram capazes de calcular um
medida do grau de consenso entre os pais em uma
determinado bairro. Mais uma vez, a principal descoberta
emergindo da análise foi condicionada por uma realidade
psicológica:
O alto consenso da vizinhança aumenta a associação
entre a parentalidade e os resultados do adolescente apenas quando
o consenso é em torno de bons pais. . . . em outro
palavras, é sobre o que os pais concordam, não apenas se
eles concordam, isso faz a diferença. (Steinberg e outros,
1995, pág. 458)
Neste estudo específico, os investigadores não examinaram
até que ponto as características biopsicológicas dos adolescentes,
ou de seus pais, influenciaram
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processos de desenvolvimento e resultados. Hoje, um corpo
crescente de pesquisadores (por exemplo, Plomin, Reiss, Hethering
ton e Howe, 1994) reivindica fortes evidências para a visão
que as diferenças individuais e grupais em uma ampla gama de
os resultados do desenvolvimento são impulsionados principalmente
por diferenças na dotação genética (“Ability Testing,” 1992;
Plomin, 1993; Plomin & Bergeman, 1991; Plomin &
McClearn, 1993; Scar, 1992). Essa reivindicação é chamada
questão, no entanto, por explicações alternativas e evidências
baseadas no modelo bioecológico (ver também
Lerner, 1995, 2002, 2004a).
Natureza-Criação Reconceitualizada:
Uma Interpretação Bioecológica
O argumento teórico é apresentado em uma série de hipóteses,
cada uma acompanhada por um projeto de pesquisa correspondente
(Bronfenbrenner & Ceci, 1994b).
Hipótese 1: Os processos proximais elevam os níveis de
funcionamento efetivo do desenvolvimento e, assim, aumentam
a proporção de diferenças individuais
atribuível ao potencial genético atualizado para tal
resultados. Isso significa que a herdabilidade (h2 ) será
maior quando os processos proximais são fortes e menores
quando tais processos são fracos.
Hipótese 2: Processos proximais atualizam genes
potencial tanto para melhorar a competência funcional
e para reduzir os graus de disfunção. Operacionalmente, isso
significa que, à medida que o nível do processo proximal
aumenta, os índices de competência aumentam,
os de disfunção cairão, e o valor de h2
tornam-se maiores em ambos os casos.
1. O poder dos processos proximais para atualizar potenciais
genéticos para competência de desenvolvimento (como
avaliada por um aumento em h2 ) será maior em
ambientes privilegiados e estáveis do que naqueles
que são desfavorecidos e desorganizados.
2. O poder dos processos proximais para tamponar a genética
potenciais para disfunção do desenvolvimento serão com menos escolaridade, o
a correlação entre gêmeos idênticos é de 0,80, enquanto a correlação para
maior em ambientes desfavorecidos e
desorganizados do que naqueles favorecidos e estáveis. gêmeos fraternos é de 0,47. Para os gêmeos que têm mães
Hipótese 3. Se as pessoas forem expostas por um período prolongado
períodos de tempo para configurações que fornecem desenvolvimento
recursos e encorajar o envolvimento nas relações proximais
processos em um grau não experimentado no outro
configurações em suas vidas, então o poder de proximidade
processos para atualizar potenciais genéticos para desenvolver
Além do Microssistema 819
competência mental será maior para aqueles que vivem em
ambientes mais desfavorecidos e desorganizados.
Para testar as hipóteses anteriores, Bronfenbrenner e
Ceci (1994b) revisou a literatura sobre herança genética:
Não encontramos estudos de herança genética
em ambientes contrastantes que também continham dados sobre
processos proximais e, portanto, permitiria um teste direto
das hipóteses anteriores. Assim, a maioria dos disponíveis
evidência é indireta.
Um teste indireto pode ser realizado somente quando as estimativas
de herdabilidade são relatados para o mesmo desenvolvimento
resultados em diferentes ambientes. É uma sorte que
existem vários estudos que atendem a esse critério. Começar
com, ambos Scarr-Salapatek (1971) e Fischbein (1980)
encontrou suporte para a previsão de que os valores de h2 para QI
seria maior nas classes sociais mais altas do que nas mais baixas
grupos. Posteriormente, um grupo de investigadores noruegueses
(Sundet, Tambs, Magnus, & Berg, 1988) comprometeu-se a
esclarecer uma série de descobertas anteriores sobre tendências seculares
nas últimas décadas em hereditariedade para medidas de funcionamento
cognitivo. Usando pontuações de QI como dados de resultado, os
pesquisadores encontraram algum suporte para os resultados de uma pesquisa anterior.
estudo de sucesso educacional (Heath et al., 1985) que
havia mostrado um aumento em h2 para gêmeos nascidos depois de 1940.
tendência para seus dados de teste mental, no entanto, foi consideravelmente
mais fraco. Os autores ofereceram a seguinte interpretação
da semelhança e contraste observados:
Isso provavelmente se deve, pelo menos em parte, ao fato de
O governo norueguês no período pós-guerra concedeu
empréstimos a jovens em busca de educação, permitindo
assim que jovens com pais pobres frequentassem o ensino superior.
Educação. Tais fatores, aliados a um cenário mais positivo
atitude em relação à educação entre as pessoas pobres, seria
tendem a diminuir o efeito de ambientes familiares e
maximizar o potencial genético. (Sundet et al., 1988, p. 58)14
14
Sundet (comunicação pessoal, 17 de março de 1993) relatou que, em
resposta a uma versão preliminar do artigo
por Bronfenbrenner e Ceci (1994), ele e seus colegas realizaram uma análise
preliminar que produziu os seguintes resultados: “Para gêmeos com mães
com mais educação, essas correlações são 0,82 e 0,39, respectivamente.
Como você verá, isso produz uma estimativa de herdabilidade
de 0,66 para o primeiro grupo, enquanto é 0,86 para o segundo
grupo. Se eu entendi sua [hipótese 2] corretamente, isso está em
de acordo com suas previsões. No entanto, a diferença
entre as duas correlações DZ [dizigóticas] não parece
alcançar significância estatística, embora esteja bem próximo”.
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820 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Há também uma série de investigações que permitem
um teste indireto do padrão reverso hipotético quando
o resultado é uma disfunção do desenvolvimento. Por exemplo, Jenkins
e Smith (1990) descobriram que o
efeito de um bom relacionamento mãe-filho sobre a
comportamento problemático era mais forte em um casamento conturbado do que
de forma harmoniosa. De forma mais geral, em uma revisão recente,
Rutter e Rutter (1992) concluíram que o impacto dos fatores de proteção
na proteção dos transtornos do desenvolvimento é
maior em “circunstâncias de risco”. (pág. 56)
Isso conclui Processo, Pessoa e Contexto como
formadores de desenvolvimento, é hora de recorrer ao Tempo.
TEMPO NO MODELO BIOECOLÓGICO:
MICRO-, MESO- E
SISTEMAS MACROCRONOLÓGICOS
O tempo, propriedade definidora do paradigma bioecológico,
aparece mais de uma vez no modelo multidimensional
estrutura. De fato, sua primeira aparição, na segunda
sentença da Proposição I, pode ter passado despercebida.
Seguindo a definição de processos proximais como envolvendo
interações recíprocas progressivamente mais complexas, a Proposição
estipula que, para ser efetiva,
a interação deve ocorrer em uma base bastante regular.
Por que esta cláusula? Uma primeira indicação aparece no
descobertas da pesquisa de Wachs (1979) sobre as características
do ambiente mais frequente e fortemente associado a diferenças
individuais na competência cognitiva. Proeminente entre eles era um
fisicamente
ambiente responsivo, presença de áreas abrigadas, na estabilidade e
imprevisibilidade dos eventos, o “grau de
qual a configuração física da casa permite exploração”, baixo nível de
ruído e confusão, e “o grau de regularidade temporal” (p. 30). Como
notado anteriormente, ele
decorre de tais descobertas que os processos proximais não podem
funcionar efetivamente em ambientes que são instáveis e imprevisíveis
no espaço e no tempo.
Segue-se também que os efeitos cumulativos neste
nível do mesossistema provavelmente comprometerão o curso da
desenvolvimento Humano. Uma razão para esperar tal
O efeito crescente é que, neste próximo nível superior de estrutura
ambiental, características igualmente perturbadoras de microssistemas
interconectados tendem a reforçar
uns aos outros.
A evidência de pesquisa mais informativa sobre
esta questão vem de um estudo longitudinal realizado por
a psicóloga finlandesa Lea Pulkkinen (1983). Começando
quando as crianças participantes tinham 8 anos de idade, ela
investigou o efeito da estabilidade ambiental e
mudança no desenvolvimento das crianças ao longo da
adolescência e início da idade adulta, A “estabilidade” versus
“instância” das condições de vida da família foi medida por
a frequência de eventos como os seguintes: o número
de mudanças familiares, mudanças na creche ou arranjos
escolares, extensão da ausência da família, incidência de divórcio e
novo casamento e condições alteradas de emprego materno.
Maior instabilidade no ambiente familiar foi
associada a maior submissão, agressividade,
ansiedade e problemas sociais entre crianças em
infância e adolescência, levando a maiores riscos de violência
e comportamento criminoso no início da idade adulta (Pulkki
nen, 1983; Pulkkinen & Saastamoinen, 1986). Além disso,
o fator de estabilidade das condições de vida da família parecia
ser um determinante mais forte do desenvolvimento
subseqüente do que o status socioeconômico da família.
Descobertas análogas para a cena contemporânea dos EUA
foram obtidos por Moorehouse (1986) em um estudo de como
estabilidade versus mudança ao longo do tempo no trabalho da mãe
status durante os anos pré-escolares da criança afetou os padrões de
comunicação mãe-filho, e como estes
padrões, por sua vez, influenciaram o desempenho da criança e
comportamento social no 1º ano de escolaridade. Uma análise chave
envolveu uma comparação entre mães que mantiveram a mesma
situação profissional durante o período de
o estudo, e aqueles que mudaram em qualquer direção: isto é, para
trabalhar mais horas, menos horas ou nenhuma
de forma alguma. Os resultados revelaram que efeitos significativos de
situação de trabalho foram pronunciadas apenas no grupo que tinha
mudaram seu status de trabalho. Embora o disruptivo
impacto foi maior entre as mães que tiveram
passou a trabalhar em tempo integral, ainda estava presente
mesmo para aqueles que reduziram o horário de trabalho ou
havia deixado a força de trabalho. Moorehouse concluiu que “em
estabilidade, em geral, está associada a condições menos favoráveis
resultados escolares do que estabilidade” (p. 103).
No âmbito do modo de descoberta, estamos uma vez
novamente em um ponto onde uma série de descobertas de diferentes
estudos sugerem ainda outra formulação experimental. O
segue o corolário:
O grau de estabilidade, consistência e previsibilidade
ao longo do tempo em qualquer elemento dos sistemas que constituem o
ecologia do desenvolvimento humano é fundamental para o
operação do sistema em questão. Extremos qualquer um dos
desorganização ou rigidez na estrutura ou função representam sinais
de perigo para potencial crescimento psicológico, com
algum grau intermediário de flexibilidade do sistema constituindo a
condição ótima para o desenvolvimento humano. Em re-
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O Tempo no Modelo Bioecológico: Sistemas Micro, Meso e Macrocronológicos 821

design de busca, esta proposição aponta para a importância de projetos de pesquisa relevantes e exemplos de pesquisas relevantes
avaliar o grau de estabilidade versus instabilidade, com descobertas.
respeito às características de Processo, Pessoa e Contexto, O primeiro princípio é o do tempo e lugar históricos,
em cada nível do sistema ecológico. definido por Elder da seguinte forma: O curso de vida dos indivíduos é
incorporado e moldado pelos tempos históricos e
Esta formulação também se aplica no nível macro para o
eventos que vivenciam ao longo de sua vida.
dimensão do Tempo, tanto durante a vida do indivíduo
A história é explorada como um experimento da natureza.
curso, e através do período histórico em que o
O projeto de pesquisa correspondente compara grupos
pessoa viveu (ver Proposição II). Foi essa observação que deu
semelhantes em outros aspectos que foram expostos,
origem à primeira formulação sistemática de
versus não expostos, a um evento histórico particular; por
o que se tornaria o modelo ecológico de desenvolvimento humano.
exemplo, os estudos de Elder sobre a Grande Depressão
A formulação surgiu há quase 4 décadas
em um artigo intitulado “Socialização e Classe Social (Elder, 1974; ver também Elder, 1998; Elder & Shanahan,
Capítulo 12, deste Manual, deste volume); serviço militar e
através do Tempo e do Espaço” (Bronfenbrenner, 1958). Naquilo
combate real na Segunda Guerra Mundial e na Coréia
artigo, Bronfenbrenner reanalisou o que parecia ser
(Elder, 1986; Elder, Shanahan, & Clipp, 1994); a crise
resultados contraditórios sobre as diferenças de classe social em
agrícola de Iowa (Conger & Elder, 1994; Elder,
padrões e resultados da criação dos filhos. A análise revela
King, & Conger, 1996); desigualdade urbana (Elder, Eccles,
que quando os resultados obtidos foram reorganizados pelo
Ardelt, & Lord, 1995); e, obra mais recente de Elder,
anos em que os dados foram coletados, o contraditório
pesquisa sobre jovens enviados para o campo
achados desapareceram. Em vez disso, houve uma sistemática
durante a revolução cultural da China (Elder, Wu, &
mudança gradual ao longo do período logo após a Segunda Guerra Mundial
Jihui, 1993).
até o final dos anos 1950, com pais de classe média se mudando
O segundo princípio, chamado timing nas vidas, afirma que
longe de padrões originalmente mais autoritários em direção a
o impacto desenvolvimental de uma sucessão de transições ou
maior permissividade e famílias de classe baixa entrando
eventos de vida depende de quando eles ocorrem na vida de
A direção oposta. Mudanças nos padrões de criação dos filhos ao
uma pessoa.
longo do tempo histórico e seus efeitos no desenvolvimento
Aqui, um projeto de pesquisa apropriado é aquele que compara
têm sido temas recorrentes na obra de Bronfenbrenner desde o
chegadas antecipadas versus chegadas tardias em uma transição específica
final dos anos 1950 (1958) e continuando até o
em relação ao seu curso de vida subseqüente. Por exemplo, Elder et
presente (Bronfenbrenner, 1970, 1975, 1990, 1994; Bron fenbrenner
al. (1994) reanalisou dados de acompanhamento em
& Crouter 1982; Bronfenbrenner et al., 1996);
temas do clássico Genetic Studies of Terman de 1925
mas em termos de contribuições teóricas e empíricas
Genius (todos os assuntos com QIs muito altos) e foram capazes
este trabalho empalidece em comparação com o de Elder,
para mostrar diferenças marcantes no desenvolvimento adulto
começando com seu estudo clássico, Children of the Great
subseqüente, dependendo da entrada precoce ou tardia no serviço
Depression (Elder, 1974; ver também Elder & Shanahan, Capítulo
militar durante a guerra. Alguns dos custos dos últimos
12, este Manual, este volume).
entrada incluem:
Como observou Bronfenbrenner, o trabalho de Elder sobre o
desenvolvimento do curso de vida desempenhou um papel
• Um maior risco de divórcio e separação
significativo na formulação do modelo ecológico original (Bronfenbrenner,
1979a, ver especialmente pp. 266-285 e 273-285), e tem • Uma vida profissional de decepção e perda de renda vitalícia
exerceu influência ainda maior sobre o modelo subsequente • Um declínio acelerado da saúde física, principalmente após os 50
evolução neste mesmo domínio (Bronfenbrenner, 1986a, anos de idade
1986b, 1989, 1993, 1995).
Como as contribuições de Elder merecidamente recebem
No lado oposto:
cobertura extensa no Capítulo 12, neste Manual, neste volume, nos
limitamos aos quatro princípios definidores
• Para muitos homens, e especialmente aqueles que entraram em
da teoria do curso de vida, conforme apresentado em uma formulação recente
desde tenra idade, o serviço militar foi uma experiência de
(Elder, 1998),15 juntamente com implicações para correspondência
reformulação. Ele forneceu uma ponte para uma maior oportunidade
15 e um ímpeto para o crescimento desenvolvimentista até o
Para um relato anterior, mas mais abrangente, consulte Elder's
Capítulo 16, este Manual, este volume. anos intermediários.
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822 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
Alguém é lembrado da escolha fatídica de Brutus em re
resposta aos apelos de Cássio:
Há uma maré nos assuntos dos homens
Que, tomada na enchente, leva à fortuna;
Omitido, toda a viagem de sua vida
Está preso em baixios e misérias.
—Shakespeare, Júlio César (IV. III. 218–221)
O terceiro princípio, vidas ligadas, afirma que as vidas
são vividas de forma interdependente e as influências sociais e
históricas se expressam por meio dessa rede de
relacionamentos.
O projeto de pesquisa básica correspondente a este
princípio envolve examinar o impacto diferencial de eventos
históricos e transições de papéis em diferentes
membros da mesma família experimentando esses mesmos
eventos e transições. Em um estudo de díades mãe-filha no
contexto histórico mais amplo das mudanças sociais nos papéis
de gênero que ocorreram
lugar desde a Segunda Guerra Mundial, Moen e Erickson (1995)
ofereceu o seguinte comentário final, sobre o
com base em sua análise estatística de dados em dois
gerações:
Mães convencionais abraçando papéis de gênero tradicionais
podem se encontrar com filhas que estão na vanguarda do
movimento de mulheres. Algumas mães podem até
empurrar suas filhas para alcançar o que era impossível para
eles mesmos. O fato de mães e filhas vivenciarem eventos
históricos e mudanças sociais de diferentes
pontos de vantagem significa que suas vidas são diferentemente
tocadas por eles e que suas perspectivas podem divergir. (pág.
180)
As mudanças ambientais ao longo do tempo histórico podem
produzir mudanças significativas no desenvolvimento, tanto em
direção. Por um lado, eles podem atrapalhar o timing
e duração das transições normativas durante a vida
curso, interrompendo assim a sequência de experiências de
aprendizagem que são essenciais para atender às expectativas
da sociedade à medida que envelhecemos. Por outro lado, eles
pode oferecer à pessoa oportunidades novas, ao mesmo tempo
mais estáveis e desafiadoras, que melhoram o crescimento
psicológico ou até mesmo revertem um curso anteriormente
negativo (p.
fundos).
DA PESQUISA À REALIDADE
O quarto e último dos princípios do curso de vida de Elder
desenvolvimento que ele chama de agência humana. Afirma que “os
indivíduos constroem seu próprio curso de vida por meio de escolhas
e ações que eles realizam dentro das oportunidades e restrições da
história e das circunstâncias sociais”. Um impressionante
exemplo é sua descoberta de que os jovens mais propensos a
voluntários cedo para o serviço na Segunda Guerra Mundial eram frequentemente
aqueles que vieram das circunstâncias mais carentes,
mas depois se beneficiou ao máximo das oportunidades de
treinamento e experiência que os militares forneceram. No entanto,
ele adverte que “nem mesmo um grande talento e uma indústria
podem garantir o sucesso na vida sobre a adversidade sem
oportunidades” (Elder, 1997).
Finalmente, aos quatro princípios de Elder, adicionamos um quinto,
que na verdade inverte a direção de seu primeiro
princípio sobre a importância das mudanças históricas
em moldar o curso do desenvolvimento humano. Simplesmente
afirmou, o quinto princípio afirma que as mudanças ao longo do tempo
nas quatro propriedades definidoras da bioecologia
modelo não são apenas produtos, mas também produtores de
mudanças históricas. Para explicar o argumento e as evidências sobre
em que se baseia o princípio: Periodicamente, desde o final
década de 1950, Bronfenbrenner, juntamente com colegas,
tem publicado artigos documentando mudanças ao longo do tempo
em três domínios: práticas educativas, a relação de
essas práticas aos resultados da criança e em gráficos de
demonstração familiar relatados anualmente no Censo dos EUA e em outros
publicações do governo.
Um relatório dessas análises aparece em um volume intitulado:
The State of Americans: This Generation and the
Em seguida (Bronfenbrenner et al., 1996). O livro consiste em
quase 300 páginas e 150 gráficos, mas, para os propósitos atuais, os
principais achados podem ser resumidos em 10
pontos mostrados na Tabela 14.1. Considerado como um todo, o
descobertas constituem a base para nossa adição proposta
aos quatro princípios de Elder.
Para ilustrar, embora os processos proximais funcionem
como os motores do desenvolvimento, a energia que impulsiona
deles vem de fontes mais profundas que nos levam de volta
o mundo experiencial da Proposição I (Bronfenbrenner
e outros, 1996; Bronfenbrenner & Evans, 2000; Bronfen Brenner
& Morris, 1998). Tanto subjetivo quanto objetivo
forças exercem uma influência especialmente forte no
desenvolvimento durante os anos de formação (desde a primeira infância até
idade adulta jovem). Um corpo substancial de pesquisa sobre
século passado indica que, 2 ou 3 décadas atrás,
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Da Pesquisa à Realidade 823

TABELA 14.1 Resumo das Descobertas Selecionadas empregos (nos quais as horas extras são cada vez mais
1. Pesquisas anuais nas últimas duas décadas revelam crescimento exigidas ou esperadas). A natureza dessa tendência e sua
cinismo e desilusão entre os jovens americanos, refletidos na perda de fé nos outros, relevância para o desenvolvimento humano são transmitidas
em seu governo, nas instituições básicas de sua sociedade e em si mesmos.
na ideia de que, para se desenvolver – intelectual,
2. Nos Estados Unidos, porcentagens muito maiores de jovens e emocional, social e moralmente – uma criança requer, para
as mulheres são vítimas de homicídio, com taxas mais de 10 vezes maiores do que todos eles, a mesma coisa: participação em atividades
em qualquer outro país desenvolvido.
progressivamente mais complexas, regularmente durante
3. Os jovens não apenas são vítimas de assassinato, mas também são mais propensos a
cometê-lo. Jovens e jovens adultos (de 18 a 25 anos) agora representam a maioria dos
um longo período de tempo na vida da criança, com uma
presos por homicídio. ou mais pessoas com quem a criança desenvolve um forte
apego emocional mútuo e que estão comprometidos com
4. A porcentagem de americanos na prisão é quatro vezes maior do que em outros
o bem-estar e desenvolvimento da criança, preferencialmente
países desenvolvidos, e o número está aumentando rapidamente.
por toda a vida (Bronfen brenner & Evans, 2000;
5. Apesar dos ganhos recentes obtidos por jovens de famílias negras. Bronfenbrenner & Morris, 1998; ver também Lerner, 2004b).
Os estudantes americanos do ensino médio ainda estão muito atrás daqueles de
O estabelecimento de um forte apego emocional mútuo
outros países desenvolvidos em desempenho acadêmico. Isso inclui os 10%
melhores alunos de cada nação. A tendência já ameaça nossa produtividade e leva à internalização das atividades dos pais e dos
capacidade de competir economicamente no futuro. sentimentos expressos de afeto. Tais laços mútuos motivam a interação da criança
Estar e engajar-se em atividades correlatas no ambiente
6. Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar na porcentagem de crianças crescendo
em famílias monoparentais, que agora inclui mais de um quarto de todas as
físico, social e – no devido tempo – simbólico imediato que
crianças americanas com menos de 6 anos de idade. convidam à exploração, manipulação, elaboração e
imaginação.
7. Famílias com crianças menores de 6 anos, especialmente monoparentais
O estabelecimento e a manutenção de padrões de
mães, são as que mais procuram – e precisam desesperadamente – de um
emprego. Mas eles também têm as maiores taxas de desemprego. A proporção de interação e apego emocional progressivamente mais
mães negras trabalhando em tempo integral é muito maior do que a de mães brancas complexos entre pais e filhos dependem, em grau
(em 1994, 76% contra 29%).
substancial, da disponibilidade e envolvimento de outro
8. A porcentagem de crianças americanas vivendo na pobreza hoje é duas vezes
maior do que em qualquer outra nação desenvolvida. adulto, um terceiro, que assiste, encoraja, afaga, dá status
9. Entre as nações desenvolvidas, a renda dos ricos versus a dos pobres a , e expressa admiração e carinho pela pessoa que cuida
as famílias são as mais distantes nos Estados Unidos. Estamos rapidamente nos
e desenvolve atividades conjuntas com a criança. Também
tornando uma sociedade de duas classes.
10. Dois terços das crianças em situação de pobreza vivem em famílias com adultos que
ajuda, mas não é absolutamente essencial, que o terceiro
trabalham. Menos de um terço das famílias pobres com uma criança pequena seja do sexo oposto ao da outra pessoa que está cuidando
dependem exclusivamente do bem-estar. da criança, porque isso provavelmente exporá e envolverá
Somos gratos a nossos colegas que, como coautores dos capítulos a criança em uma variedade maior de atividades
do volume The State of Americans: This Generation and the Next, estimulantes do desenvolvimento e experiências
forneceram as descobertas resumidas na Tabela 14.1. Além de nós,
(Bronfenbrenner et al., 1996). Quando se trata de um anexo
eles incluem: Steven J. Ceci, Helen Hembrooke, Peter McClelland,
Phyllis Moen, Elaine Wethington e Tara L. White. a duas ou mais figuras parentais, cada uma pode servir
Fonte: Do estado dos americanos: esta geração e a próxima, por U.
como terceira parte da outra.
Bronfenbrenner, P. McClelland, E. Wethington, P. Moen e S. J. Ceci,
A evidência de pesquisa para essa ideia vem
1996, Nova York: Free Press.
principalmente por padrão. Foi produzido por dados
demográficos que documentam um rápido aumento na
essas forças residem principalmente na família, com os proporção de famílias monoparentais. A tendência começou
pais atuando como os principais cuidadores e fontes de na década de 1980 e continuou em um ritmo ainda mais
apoio emocional para seus filhos, e com outros membros rápido durante a maior parte da década de 1990. A
adultos da família que moram na casa sendo os próximos na fila.esmagadora maioria desses lares eram aqueles em que o
Em menor grau, outros parentes, amigos da família e pai estava ausente e a mãe era a principal responsável pela criação dos filhos.
vizinhos também desempenhavam esse papel. Desde então, um grande número de investigações de
No entanto, houve uma mudança marcante nesse processos e resultados de desenvolvimento em famílias
padrão nas últimas 4 décadas. Os pais, e também outros desse tipo foi realizado em uma variedade de grupos
membros adultos da família, têm passado cada vez mais culturais e de classes sociais. Os resultados levam a duas
tempo se deslocando e trabalhando em tempo integral conclusões complementares:
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824 O Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano
1. Mesmo em famílias que vivem em condições socioeconômicas favoráveis
circunstâncias, filhos de mães solteiras ou
de pais, para quem nenhuma outra pessoa está agindo de forma
confiável em um papel de terceiro correm maior risco de
experimentar um ou mais dos seguintes desenvolvimentos
problemas: hiperatividade ou retraimento, falta de atenção,
dificuldade em adiar a gratificação,
desempenho acadêmico, mau comportamento escolar e
absenteísmo frequente.
2. Num nível mais grave, existe o chamado adolescente
síndrome de comportamentos que tendem a estar associados
entre si: abandono escolar; envolvimento em grupos socialmente
alienados ou destrutivos; fumar,
beber, experiência sexual frequente: adolescente
gravidez; uma atitude cínica em relação ao trabalho; E no
casos mais extremos - drogas, suicídio, vandalismo, violência e
atos criminosos. A maioria desses efeitos são
mais pronunciado em meninos do que em meninas (Bronfen
brenner et al., 1996).
Nem todas as famílias monoparentais, no entanto, exibiram
esses relacionamentos perturbados e seus efeitos perturbadores no
desenvolvimento das crianças. Estudos sistemáticos de
as exceções identificaram o que pode ser descrito como
um fator imunizante geral. Por exemplo, filhos de
pais solteiros eram menos propensos a desenvolver problemas
mentais, especialmente em famílias em que o
mãe (ou pai) recebeu forte apoio de outros
adultos que moram na casa. Também ajudaram parentes próximos,
amigos, vizinhos, membros de grupos religiosos,
e, quando disponível, membros da equipe de apoio à família
e programas de cuidados infantis. O que mais importava não era
apenas a atenção dada à criança - importante como isso
foi - mas também a assistência fornecida ao pai solteiro ou por outros
que desempenham os papéis de apoio mencionados anteriormente.
Parece que, na dança familiar,
leva três para dançar o tango.
Mas a dança não é toda a história. Na década de 1980, a teoria e
a pesquisa em ecologia do desenvolvimento humano
havia documentado uma tendência acelerada em direção a uma maior
permissividade nos estilos de criação dos filhos nas famílias
americanas. Ao mesmo tempo, sucessivas investigações científicas
revelaram progressivamente maiores
vantagem para estratégias que colocam maior ênfase
na disciplina e exigência dos pais. A interpretação
que emergiram das análises dos dados disponíveis sugeriram que a
aplicação generalizada dessas pesquisas
descobertas serviriam como uma resposta eficaz para a
mudanças disruptivas do desenvolvimento que estão ocorrendo na
sociedade contemporânea.
Em um nível mais geral, os resultados da pesquisa revelam
caos crescente na vida das famílias, em creches, escolas, grupos de
amigos, programas juvenis, bairros, locais de trabalho e outros
ambientes cotidianos em
quais os seres humanos vivem suas vidas. Tal caos interrompe e mina
a formação e a estabilidade dos relacionamentos e atividades que são
essenciais para
crescimento psicológico. Além disso, muitas das condições
levando a esse caos são os produtos muitas vezes imprevistos
de decisões políticas tomadas tanto no âmbito privado quanto no
setor público. Hoje, em ambas as arenas, estamos considerando
profundas mudanças econômicas e sociais, algumas delas
que ameaçam elevar o grau de caos até mesmo
níveis mais elevados e menos psicologicamente (e biologicamente)
toleráveis. As consequências mais prováveis e mais precoces
observadas de tal aumento são níveis ainda mais altos de juventude
crime e violência, gravidez na adolescência e pais solteiros,16 bem
como desempenho escolar reduzido e,
em última análise, um declínio na qualidade da nossa nação
capital humano (Bronfenbrenner et al., 1996).
Assim, chegamos a um ponto em que as preocupações
da ciência básica do desenvolvimento estão convergindo com o
problemas mais críticos que enfrentamos como nação. Essa
convergência nos confronta, tanto como cientistas quanto como cidadãos,
com novos desafios e oportunidades.
O MODELO BIOECOLÓGICO: UM
AVALIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo, empreendemos dois desafios
tarefas, cada uma um exemplo de ciência no modo de descoberta
tendo a ciência do desenvolvimento como objeto de estudo. O
primeiro foi descrever um próximo estágio na evolução de um
teoria ecológica do desenvolvimento humano, introduzida pela primeira vez
há mais de 20 anos. A segunda tarefa não foi intencional,
mas ainda assim começou, pois este capítulo também documenta
primeiros passos no projeto de um modelo de terceira geração.
Como um desses primeiros passos, achamos necessário
explicar os requisitos para conduzir o desenvolvimento
pesquisa no modo de descoberta. Ao nosso conhecimento, este
é um primeiro esforço para fazê-lo sistematicamente, e pode, portanto,
16
Mais uma vez, enfatizamos que os relacionamentos e atividades
em que pais e filhos estão envolvidos podem substituir o
influência de fatores puramente demográficos, como a idade da mãe
e estrutura familiar (p. 1015).
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Referências 825

antes de receber - e merece - mais críticas do que qualquer Os quatro componentes definidores do modelo bioecológico

outra seção do capítulo. Mas pelo menos os leitores irão devem estar teoricamente relacionados entre si e com os resultados

saber quais critérios estávamos tentando atender e teremos desenvolvimentais sob investigação. Isso significa
que a escolha de variáveis para representar cada uma das propriedades
uma base para avaliar a validade da estratégia proposta, conforme
definidoras deve ser baseada em suposições explícitas
refletido nas teorias mais diferenciadas
sobre suas supostas inter-relações.
e modelos operacionais emergentes dos sucessivos
confrontos entre teoria e dados.
Isso pode parecer uma conclusão decepcionante por tanto tempo
Entre os produtos mais promissores desse esforço está
uma exposição. Talvez, ainda mais na ciência do desenvolvimento
a demonstração do poder dos processos proximais como
do que em outros campos, os caminhos para a descoberta sejam
os motores do desenvolvimento, e sua variação sistemática em
não é fácil de encontrar. As trilhas não são sinalizadas, há
função das características tanto da Pessoa
muitos becos sem saída, a jornada é muito mais longa do que o esperado,
e Contexto. Também apresentamos evidências de que, em
e no final, pouco pode estar lá. O que vale é o que
de acordo com as especificações do modelo bioecológico,
aprende-se ao longo do caminho e passa-se para futuros
caminhos diferentes através do espaço e do tempo levam a exploradores do terreno inexplorado. Aqui estão algumas ideias finais
resultados diferentes. A esse respeito, as distinções entre
para aqueles cujo trabalho preencherá o cenário futuro da ciência
dois tipos de resultado parecem especialmente relevantes: (1) entre
do desenvolvimento. Neste momento ainda inicial do século XXI,
resultados de competência versus disfunção e
ficamos com uma
(2) entre atividades focadas principalmente em relacionamentos
Questão preocupante: Do ponto de vista do modelo bioecológico,
interpessoais versus objetos e símbolos. Um terceiro
qual é a perspectiva para o desenvolvimento futuro de nossa
contraste potencialmente produtivo fala sobre a questão de
espécie? A resposta para essa pergunta está
quem se desenvolve e quem não se desenvolve, identificando as
com a disposição dos Estados Unidos e de outros países
características disposicionais da Pessoa que são geradoras do
economicamente desenvolvidos de atender às lições emergentes
desenvolvimento versus disruptivas do desenvolvimento. Dois
da ciência do desenvolvimento. No momento é
características adicionais da Pessoa consideradas consequentes difícil saber qual será a resposta. O futuro
para o desenvolvimento também são distinguidos e ilustrados.
poderia ir de qualquer maneira. Dada esta alternativa, torna-se
O primeiro são os recursos em termos de habilidade e habilidades adquiridas.
a responsabilidade da ciência do desenvolvimento de comunicar o
conhecimento e habilidade. O segundo são características de
conhecimento que possuímos, e fazê-lo em
demanda que atraem ou encorajam interações cada vez mais palavras que ainda podem encontrar um eco. Aqui está um primeiro rascunho:
complexas. Uma taxonomia análoga é proposta para
a qualidade dos ambientes, acompanhada de ilustrações de seus Nos Estados Unidos agora é possível para um jovem, mulher
correspondentes efeitos diferenciais nos processos e resultados assim como o homem, para se formar no ensino médio ou na universidade,
proximais. Em cada instância, o sem nunca cuidar de um bebê; sem nunca olhar

evoluindo hipóteses experimentais derivadas de sucessivamente
formulações mais diferenciadas com base no bioeco
modelo lógico são acompanhados por seus
análogos em termos de projetos de pesquisa correspondentes e
as descobertas por eles geradas.
O processo de descoberta aponta também para o conhecimento científico
necessidade e benefício de incluir, em projetos de pesquisa para o
mesmas disciplinas, dois resultados de desenvolvimento diferentes
que se complementam. Por razões teóricas derivadas do modelo
bioecológico, provavelmente ainda
mais produtivo seria a inclusão no mesmo projeto de pesquisa de
dois processos proximais diferentes, mas teoricamente
complementares.
Finalmente, a nosso ver, o mais promissor cientificamente
A formulação emergente do processo de descoberta documentado
neste capítulo é facilmente enunciada, mas também é uma
que apresenta o maior desafio teórico:
depois de alguém que estava doente, velho ou solitário; ou sem confortar
ou ajudar outro ser humano que realmente
precisava de ajuda. As consequências para o desenvolvimento de tal
privação da experiência humana ainda não foram cientificamente
pesquisados. Mas as possíveis implicações sociais
são óbvios, pois - mais cedo ou mais tarde, e geralmente mais cedo - todos
de nós sofremos de doença, solidão e necessidade de ajuda, consolo e
companheirismo. Nenhuma sociedade pode se sustentar por muito tempo
a menos que seus membros tenham aprendido as sensibilidades,
motivações e habilidades envolvidas em assistir e cuidar de
outros seres humanos.
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