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Classificação: Interno

POLÍTICA DE
ACORDOS
JURÍDICO
MASSIFICADO
07.2020
Classificação: Interno

PREMISSAS E ORIENTAÇÕES

Para autorização automática, o escritório deverá observar os requisitos apresentados a seguir:


i. Nas hipóteses em que a parte autora possui mais de uma ação contra o PAN, o escritório deverá negociar encerramento de
todas demandas, utilizando uma única alçada para todas as demandas;

ii. Verificar a existência de eventuais débitos em nome do autor. Em caso positivo, o escritório deverá observar tais pontos na
negociação (tentativa de diminuirmos os valores a serem desembolsados pelo PAN).
IMPORTANTE! Nos casos de devedor contumaz, aplica-se a súmula 385 STJ – “Da anotação irregular em cadastro de proteção
ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao
cancelamento”. Portanto, não cabe pagamento de indenização, mas apenas o cumprimento da obrigação;

iii. Existência de eventual pagamento/garantia (bloqueio, transferência ou pagamento em garantia) relacionados ao processo;

iv. O processo não poderá envolver produto das empresas LIDERPRIME, ADMINISTRADORA DE CARTÕES e PAN SEGUROS (TOO
SEGUROS);

v. Nos casos que envolvem produto CONSÓRCIO, é necessária a prévia autorização da área de acordos em conjunto com a área
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responsável pelo produto;
Classificação: Interno

PREMISSAS E ORIENTAÇÕES

vi. Possibilidade de cumprimento das obrigações de fazer dentro do prazo e em conformidade com as instruções previstas no
Manual e Book de Obrigações Impossíveis e de Difícil Cumprimento previamente a formalização do acordo;

vii. Os processos que envolvem multa (astreinte e art. 523 CPC), revelia e perda de prazo, não possuem autorização automática e
devem ser direcionados à área responsável para análise e autorização;

viii. Nas hipóteses em que identificada matéria de conexão e litispendência não são passíveis de autorização automática.
IMPORTANTE! As situações de coisa julgada e prescrição não possuem autorização para acordo.
Conexão: ações que versam sobre mesmo objeto ou causa de pedir;
Litispendência: ações que discutem matéria idêntica (mesmas partes, causa de pedir e pedidos);
Coisa julgada: ações que repetem a mesma matéria de demanda julgada anteriormente, irrecorrível;
Prescrição: perda do direito de executar reparação.

ix. Não há autorização para acordo pré-sentença nos processos patrocinados por advogados considerados como ofensores pelo
PAN;

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x. O escritório poderá negociar o prazo mínimo de pagamento de 12 dias úteis a contar do protocolo da minuta;
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PREMISSAS E ORIENTAÇÕES

xi. Eventuais alterações na minuta de acordo, deverão conter prévia e expressa autorização da área responsável;

xii. O acordo deverá englobar o valor relativo aos danos morais, materiais e honorários;

xiii. A interpretação da Política de Acordos deve ser realizada em conjunto com as demais Políticas e orientações divulgadas pelo
PAN;

xiv. Serão passíveis de chargeback/pontuação, os acordos realizados sem observar as premissas da presente Política ou sem
prévia autorização da área responsável;

xv. As demais situações não previstas expressamente na presente Política, deverão ser direcionadas para prévia análise e
autorização da área responsável, através do mailing Acordos (acordos@grupopan.com);

xvi. O PAN reserva para si o direito de alterar e modificar a presente Política a qualquer tempo, em razão de estratégias internas.

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Classificação: Interno

Os acordos pré-sentença deverão observar as premissas e orientações previstas


na presente Política

• O escritório possui autorização para realização de acordo pré-sentença nos casos de


subsídios desfavoráveis. Portanto, independente da classificação da causa real, o

ACORDO escritório deverá observar o conteúdo do chamado respondido pela área


responsável para cada contrato discutido em cada pasta;
PRÉ
• Nas hipóteses de ausência de resposta dos chamados (essenciais a defesa) pela área
até 3 dias antes do prazo fatal, poderá ser apresentada proposta de acordo;

• Nos casos de revelia decretada também poderá ser apresentada proposta de acordo;

• O valor dos acordos deverão observar as alçadas previstas na presente Política,


considerando CAUSA RAIZ e PRODUTO;

• O escritório deverá evidenciar na solicitação de pagamento que os acordos


realizados se enquadram nas regras e premissas previstas na presente Política de
Acordos contendo todos documentos essenciais para análise e validação;
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Para os casos de causa raiz FRAUDE, deverão observar as alçadas por tipo de produto
para negociação, conforme indicado abaixo:
Consignado - R$ 3.000
Cartão Consignado – R$ 2.500
Veículo – R$ 3.500

ACORDO Os casos que versarem sobre fraude com divergência somente nas assinaturas, para
PRÉ produto Consignado e Cartão Consignado, não possuem autorização para acordo pré-
sentença, conforme classificação:
Causa Real 1: PROCEDE
Causa Real 2: FRAUDE CONFIRMADA
Causa Real 3: ASSINATURA DIVERGENTE
Causa Real 4: CONTA LEGÍTIMA
Produto: CONSIGNADO e/ou CARTÃO CONSIGNADO

Excepcionalmente, será possível a realização do acordo pré-sentença, nos casos de


divergência somente nas assinaturas, que tramitam perante a Justiça Comum, com a
comprovação do depósito judicial do valor recebido pela parte ou devolução integral do
valor ao PAN, com confirmação do recebimento do valor pela área e/ou deferimento da
perícia grafotécnica pelo juiz;
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Os acordos deverão condicionar apenas a baixa dos contratos fraudulentos.

É obrigatória a compensação dos valores recebidos pela parte autora, quando versar
sobre CONTA LEGÍTIMA – especialmente para os casos de produto CONSIGNADO e
CARTÃO CONSIGNADO. Nos casos de CONTA FRAUDULENTA ou OP SACADA POR
TERCEIROS não é necessário a compensação, considerando que os valores não foram
ACORDO recebidos pela parte.
PRÉ *Poderá ser “dispensada” a necessidade de compensar o valor recebido pela parte,
quando apurado dano material igual ou superior. O dano material deverá ser apurado
por meio do demonstrativo de operação (não SPA).

Quando houver laudo do perito judicial desfavorável ao Banco, ou seja, perícia


grafotécnica ou datiloscópica, independente da causa real ou conteúdo do chamado,
será possível a realização do acordo, observando as alçadas previstas na Política para
CAUSA RAIZ e PRODUTO. O referido laudo deve estar anexo no sistema.

Nas hipóteses de alegação de FRAUDE, em que decorrido o prazo para apresentação do


contrato e/ou comprovante da OP (CEF) junto a defesa (como documento essencial),
poderá ser apresentada proposta de acordo, observando a alçada prevista na presente
Política.
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Para os casos causa raiz COBRANÇA INDEVIDA, deverão observar a alçadas R$ 2.800
para negociação;
*Nas hipóteses de alegação de negativação indevida, envolvendo devedor contumaz
(súmula 385 STJ), a alçada será de R$ 200,00 a título de honorários + cumprimento da

ACORDO obrigação de fazer, qual seja, baixa da restrição.

PRÉ Para os casos que versarem sobre alegação de “baixa de gravame”, deverão observar a
alçada de R$ 3.000 para negociação, conforme classificação da causa raiz a seguir:
Causa Raiz 1: DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL
Causa Raiz 2: BAIXA DE GRAVAME
Produto: VEÍCULO

E para os casos que versarem sobre alegação de “desacordo comercial”, também


deverão observar a alçada de R$ 3.000 para negociação, conforme classificação da causa
raiz a seguir:
Causa Raiz 1: DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL
Causa Raiz 2: DESACORDO COMERCIAL
Produto: VEÍCULO
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PRODUTO BCSUL

Os casos que envolvem produto BCSUL possuem autorização para acordo na alçada de
R$ 3.000,00 + baixa do saldo devedor, desde que:
a) Versar sobre Crédito Adquirido;
ACORDO b) Ausente o contrato (desde que seja documento essencial para defesa);
PRÉ c) E que não haja utilização do cartão por meio de compras e Telesaques.

Portanto, para realização do acordo pré-sentença, o escritório deverá comprovar


previamente a ausência do contrato (subsídio e/ou tela SPA) e concomitantemente a
ausência de utilização do cartão pela parte autora por meio das faturas.

PROPOSTA CANCELADA

Para os casos de proposta cancelada, os subsídios indicam a informação expressa de


“proposta cancelada”, sem liberação de valor a parte (TED cancelada) e um desconto
realizado, possuem alçada de R$ 2.000,00.

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Os acordos pós-sentença deverão observar as premissas e orientações previstas


na presente Política

• O escritório será responsável por manter o sistema atualizado, contendo todas as

ACORDO
decisões, cálculos e demais documentos pertinentes a análise, em formato de dossiê
no sistema, bem como evidências da negociação sempre que solicitado pela área;
PÓS
• O módulo de decisões deverá estar devidamente preenchido com base nas
informações das respectivas decisões anexas no sistema;

• Nas situações de condenação solidária, será imprescindível o escritório confirmar


junto a área responsável sobre eventual parceria com as corrés, por meio do mailing
Solicitações de Pagamentos - Jurídico (pagamentos@grupopan.com) seguindo a
orientação da área;

• Eventual inconsistência nos cálculos elaborados pelo escritório, em especial nos casos
de dispensa recursal com autorização automática, será passível de chargeback.

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DISPENSA RECURSAL

Autorização automática para realização de acordo nos casos com decisão desfavorável e
dispensa recursal, observando-se a economia mínima de 5% do valor atualizado da

ACORDO condenação, limitado ao valor de R$ 13.000,00.

PÓS *Para os casos de até R$ 3.000,00, será exigida economia mínima de 2% do valor
atualizado da condenação.

PENDENTE JULGAMENTO RECURSO

Autorização automática para a realização de acordo nos casos de recurso pendente de


julgamento, para os casos de subsídios negativos e inconclusivos, com economia
mínima de 30% do valor atualizado da condenação, limitado ao valor de R$ 11.000,00.

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