Resposta da questão 4: [B]
O texto nos mostra que seu autor conseguiu aferir a pre-
Resposta da questão 1: [E]
O texto é direto ao afirmar que a cidade de Sobral guarda,
na sua arquitetura, os estilos artísticos que por lá passa-
ram – “(...) quem passa pela cidade pode ver construções
que trazem os estilos coloniais, ecléticos, art déco e vernacu-
lares (...)”. Logo, o complexo arquitetônico da cidade con-
tribui para a preservação da memória artística da mesma.
Resposta da questão 2: [C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
Ambos os textos apresentam reflexões sobre a função do
patrimônio histórico e cultural da sociedade e sobre os
meios viáveis de conservá-lo.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
A temática dos dois textos é a mesma: Patrimônios Histó-
ricos e Culturais, sua preservação e sua importância. Mas
as opiniões são diferentes. O primeiro texto provavelmen-
te foi escrito em um período no qual a conservação era
mais respeitada do que naquele em que foi escrito o se-
gundo texto.
Resposta da questão 3: [B]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
Os monumentos históricos correspondem à produção de
uma memória e identidade coletiva. Como a cultura é
dinâmica, essa memória tende a se modificar. É por esse
motivo que determinadas estátuas deixam de fazer senti-
do, pois seu significado é questionado e as pessoas pas-
sam a buscar outras referências para a construção de sua
identidade cultural.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Como fazem parte de um processo de construção de
memória, as constituições e valorizações de monumentos
estão sujeitas a modificações dos mais variados tipos.
Temos que ter em mente que a construção da memória –
individual ou coletiva – é variável e, por isso, pode sofrer
mudanças ao longo do tempo. Sendo assim, um ícone
valorizado no século XVI pode sofrer críticas no século
XXI, seja por revisionismos históricos, seja por mudanças
sociais e políticas ocorridas nas sociedades.
sença da cultura árabe no Brasil através da análise da
arte popular no sertão nordestino. Ou seja, nos mostra o
uso da cultura popular como fonte histórica.
Resposta da questão 5: [E]
A existência de pinturas rupestres no agreste pernambu-
cano atestam as habilidades desenvolvidas pela popula-
ção pré-histórica brasileira que ali viveu. Tais pinturas
revelam parte da vida cultural/espiritual dessa população,
nos ajudando a entender como ela viveu.
Resposta da questão 6: [C]
As cronologias utilizadas como referência temporal, como
marcos históricos que delimitam passado e presente, são
narrativas históricas construídas pautadas no campo da
política, de acordo com cada Estado Nacional. Gabarito
[C].
Resposta da questão 7: [B]
A afirmativa [3] está incorreta porque Stálin promoveu o
silenciamento de outras memórias na URSS, como a de
Tróstky, antigo aliado de Lênin e antigo membro do Parti-
do Comunista. A memória de Lênin foi preservada;
A afirmativa [4] está incorreta porque o projeto citado
resgata a memória dos torturados na Ditadura Militar, e
não no Estado Novo.
Resposta da questão 8: [B]
Segundo a tradição Positivista, somente a fonte escrita
deveria ser utilizada pelo historiador para escrever a his-
tória. No entanto, a partir de 1929, a escolar dos Annales e
a Nova História ampliaram a noção de documento históri-
co, isto significa que outros vestígios humanos ajudam o
historiador a montar sua narrativa, a própria história oral
tem contribuído muito como fonte histórica. Gabarito [B].
Resposta da questão 9: [D]
O trabalho historiográfico parte sempre da seleção de
algo (um assunto, um tema, um personagem histórico, um
questionamento) para que, então, através do olhar do
Historiador sobre a memória já constituída sobre tal, se
cristalize e se reatualize a História.
Resposta da questão 10: [D]
Mary Del Priore nos mostra que o estudo de atores histó-
ricos de maneira individualizada “como testemunhas, como
reflexos, como reveladores de uma época” ajuda a integrar o
entendimento social e cultural de um determinado perío-
do, abrindo acesso ao cotidiano de diferentes comunida-
des a partir dos laços desenvolvidos por esses atores.
Resposta da questão 11: [C]
O texto de Plínio em sua “História Natural” associa o papi-
ro, a escrita e a preservação da memória. “A utilização do
papiro estrutura boa parte da civilização humana e, possi-
velmente, até mesmo a sua existência, porque dele de-
pende a memória da humanidade”. Gabarito [C].
Resposta da questão 12: [C]
Correção a partir das incorretas. A História é uma ciência,
e como tal não é pautada em opinião ou convicção políti-
ca partidária. Há diversas correntes de pensamento no
mundo contemporâneo, tais como, Marxismo e Positivis-
mo elaboradas no século XIX. A partir da segunda metade
do século XX, a Pós-Modernidade estabelece diversas
críticas ao Marxismo e Positivismo. Assim como toda
ciência, a História necessita de fonte e método. Gabarito
[C].
Resposta da questão 13: [D]
A afirmativa [III] está incorreta porque é o olhar do histori-
ador que define qual a importância e qual uso vai se fazer
de uma fonte histórica. Toda fonte depende da “pergunta”
que o historiador vai fazer para ela, para que se possa
“contar uma determinada história”. Além disso, o tempo e o
espaço de uma fonte dizem muito a respeito da sua rele-
vância.
Resposta da questão 14: [A]
Todos os elementos citados constituem fontes históricas.
Fonte Histórica é todo elemento capaz de apresentar al-
gum indício de um tempo passado.
Resposta da questão 15: [B]
Somente a alternativa [B] está correta. Tributária da Esco-
la dos Analles, a Nova História ampliou a noção de docu-
mento e novos sujeitos históricos tornaram-se objetos de
pesquisa, tais como, a bruxaria, as mulheres, as festas, a
morte, etc. Os imperadores e os generais romanos já eram
estudados pela historiografia tradicional.
Questão 01 – [B]
Questão 02 – [B]
Questão 03 – [E]
Questão 04 – [D]
Questão 05 – [D]
Questão 06 – [D]
Questão 07 – [C]
A alternativa [C] está correta porque as revoluções Neolí-
tica (ou agrícola) e Industrial foram responsáveis pelo
desenvolvimento de instrumentos que ampliaram as prá-
ticas agrícolas, sua produção e produtividade definindo,
contudo, um perfil de consumo alimentar de baixa quali-
dade nutricional. As alternativas incorretas são: [A], por-
que a quantidade de mantimentos aumentou após a Re-
volução Neolítica; [B], porque ocorreu prejuízo nutricional
para as sociedades; [D], porque a obesidade, resultado de
reduzida qualidade nutricional, é maior em países desen-
volvidos; [E], porque houve forte variação da dieta huma-
na.
Questão 08 - [A]
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete
a Arte rupestre que caracterizou os primeiros agrupamen-
tos humanos em uma época em que não havia escrita. O
termo Pré-história tem um viés Positivista considerando
que esta doutrina entende que fonte documental só pode
ser escrita, logo onde não há escrita não há História. A
partir de 1930 na França com a Escola das Analles e a
Nova História, ampliou-se a noção de documento históri-
co. Vasos, pinturas, vestígios humanos, entre outros po-
dem servir como matéria prima para o historiador constru-
ir sua narrativa histórica. Desta forma, o termo Pré-
história entrou em desuso embora ainda está presente
nos manuais de História. Vale a pena o professor discutir
este aspecto em sala de aula.
Questão 09 - [A]
A proposição [A] está correta. O surgimento da escrita por
volta de quatro mil anos antes de Cristo na Antiguidade
Oriental, Mesopotâmia e Egito, foi um acontecimento his-
tórico muito importante do ponto de vista político, eco-
nômico e cultural. Graças à escrita foi possível registrar
cenas da vida cotidiana. O Positivismo do século XIX
concebia a escrita como um fato histórico que demarcava
a Pré-História da História, ou seja, na visão Positivista só
há História com o surgimento da escrita. As demais alter-
nativas estão incorretas. A partir de 1930, a Escola dos
Analles e posteriormente a História Nova ampliou a noção
de documento. Assim, povos com ou sem escrita fazem
história e podem ser considerados civilizados. As civiliza-
ções como o Egito e a Mesopotâmia não podem ser con-
sideradas superiores as outras porque possuíam a escri-
ta.
Questão 10 - [A]
A proposição [A] está correta. Segundo a professora Gra-
ça Proença em seu livro História da Arte (editora Ática,
2000, página 16) o homem no período do Neolítico come-
çou a abandonar as cavernas e a construir suas próprias
moradias como os nuragues que consistem em edifica-
ções de pedra sem nenhuma argamassa e em forma de
cone truncado. Construíram também os dolmens como o
santuário de Stonehenge na Inglaterra. Consistem em
duas ou mais pedras fincadas verticalmente no chão co-
mo se fossem paredes e uma grande pedra colocada na
vertical sobre elas parecendo um teto. Até hoje a história
e a antropologia não sabem o motivo destas construções.
As alternativas [B], [C] e [D] estão erradas. Os cristãos não
cultuaram ou contemplaram estes monumentos. Confor-
me afirma a proposição [A] não se sabe até hoje o motivo
da construção destes monumentos de pedra.
Questão 11 - [D]
As itaquatiaras são uma arte rupestre, das mais antigas
do nosso Nordeste e do Brasil como um todo. São, basi-
camente, desenhos feitos em rochas, constituindo impor-
tante fonte para o estudo pré-histórico brasileiro e da
América como um todo.
Questão 12 - [B]
Antes da descoberta de “Luzia”, fóssil humano mais anti-
go da América, com dez a quinze mil anos de idade, as
teorias de povoamento do continente americano enfatiza-
vam a rota de Estreito de Bering e, ainda, pela passagem
“Malaio-polinésia”. Desta forma, a descoberta de Luzia,
permite novas teorias sobre a chegada do homem ao
continente americano no que diz respeito a rotas e tem-
pos. Gabarito [B].
Questão 13 - [B]
O texto aponta para o trágico incêndio no Museu Nacional
do Rio de Janeiro, no ano de 2018, que destruiu boa parte
do Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil e do mundo. O
antropólogo Carlos Fausto, afirma que foi queimada boa
parte do acervo arqueológico e antropológico dos índios
como os sambaquis, restos de cozinha indígena que da-
tam de até 6 mil ano atrás. Gabarito [B].
Questão 14 - [B]
Somente a alternativa [B] está correta. De acordo com a
hipótese mais aceita atualmente, a espécie humana mo-
derna, Homo sapiens, surgiu na África, a partir de linha-
gens de H. ergaster, e daí teria irradiado e colonizado os
outros continentes. Outra hipótese, que tem perdido força
nos últimos anos, é que a espécie humana atual teria
surgido simultaneamente na África, Ásia e Europa, a partir
de populações de H. erectus que habitavam esses locais.
Com base na hipótese de origem única na África, acredita-
se que, entre 100 mil e 70 mil anos atrás, a espécie huma-
na moderna irradiou da África para a Ásia, de onde atingiu
o continente australiano, entre 60 mil e 50 mil anos atrás,
e a Europa, há cerca de 40 mil anos. Entre 14 mil e 11 mil
anos atrás, grupos humanos vindos da Ásia atravessaram
o Estreito de Bering e chegaram à América do Norte. Entre
12 mil e 11 mil anos, alcançaram a América do Sul.
Questão 15 - [C]
Somente a alternativa [C] está correta. Ainda há inúmeras
controvérsias sobre a evolução das espécies, no entanto,
todas as descobertas confirmam que a espécie humana é
originária do continente Africano. As descobertas ocorri-
das na década de 1970, no Lago Turkana e a Lucy corro-
boram para o consenso entre os cientistas sobre a origem
da espécie humana.
Questão 16 - [B]
Somente a alternativa [B] está correta. As pesquisas
apontam que, no fazer técnico destas imagens, eram utili-
zados pigmentos minerais e vegetais e, sobre o sentido
destas imagens produzidas no paleolítico, segundo Hau-
ser (2000, p. 4): “Todas apontam, mais exatamente, para o
fato de que se tratava do instrumento de uma técnica
mágica e, como tal, tinha uma função inteiramente prag-
mática que visava alcançar objetivos econômicos”.
Questão 17 - [B]
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete
à produção artística no período do Paleolítico. A estudi-
osa da História da Arte, Graça Proença, afirma que a prin-
cipal característica da arte no período do Paleolítico Su-
perior é o naturalismo. O artista pintava os seres, um ani-
mal, por exemplo, do modo como os via, reproduzindo a
natureza tal qual sua vista captava, ou seja, retratava
apenas o que o artista vê.
Questão 18 - [A]
A produção dos primeiros instrumentos de pedra lascada
na Pré-História ocorreu durante o Paleolítico Inferior.
Questão 19 - [B]
Utilizando técnicas de irrigação baseadas no uso de ter-
raços de água, os Incas, nos planaltos andinos, tinham
sua economia baseada na produção de excedentes. Seus
principais produtos eram a batata e o milho.
Questão 20 - [C]
A alternativa [C] é a única correta. Desvendar a vida em
toda sua dimensão na Pré-História é tarefa complicada e,
muitas vezes, demorada. Através de escavações dos ar-
queólogos e a descoberta de inúmeros vestígios de povos
da Pré-História os cientistas se utilizam dos recursos da
nanotecnologia para melhor compreensão deste contex-
to. Somente a assertiva [I] está correta. Todo material e
informação coletados devem ser analisados não de forma
isolada, mas considerando o contexto histórico, tempo e
espaço. Os cientistas para compreender a vida de nossos
antepassados necessitam de muitos recursos e não so-
mente a observação.
Questão 21 - [E]
Como a própria questão afirma em uma de suas proposi-
ções, o Estado começa a surgir a partir da diversificação
econômica e do crescimento demográfico das popula-
ções que viveram a passagem entre a Pré-História e a
História Antiga, ou, ainda, entre a economia coletora e a
economia agrícola. Nesse sentido, a formação do Estado
não pode ser afastada dos processos de formação da
propriedade privada e da divisão do trabalho.
Questão 1: [B]
Alexandre Magno, também conhecido como o Grande, foi
Imperador da Macedônia entre 336 a.C. e 323 a. C. Ainda
jovem, Alexandre já dominava um Império que ia Grécia
ao Egito, chegando, inclusive, à Índia. Seu domínio sobre a
Grécia ajudou a formar a cultura helênica, o que contribu-
iu para a fusão entre as culturas ocidental e oriental, além
de fazer com que a cultura grega chegasse ao Oriente.
Questão 2: [B]
A questão aponta para os diversos povos que se estabe-
leceram na Antiga Mesopotâmia, uma região entre os rios
Tigre e Eufrates, caracterizada por conflitos em função da
posse de terras. A região sul foi ocupada pelos Sumérios
que lançaram as bases da civilização Mesopotâmica. Sob
o comando do rei Hamurabi, foi estabelecido o Primeiro
Império da Babilônia, foi o auge deste império, 1792-1750
a.C. Foi criado o Código de Hamurabi apoiado na Lei de
Talião, com o objetivo de organizar o império. A base da
economia era a produção agrícola à margem dos rios
Tigre e Eufrates. A facilidade de locomoção e a necessi-
dade de produtos contribuíram para o comércio da Meso-
potâmia com outros povos. Gabarito [B].
Questão 3: [A]
A ordem correta é:
[4] Os Fenícios, além de se organizar em cidades-Estado,
tinham as atividades marítimas como centro da sua eco-
nomia;
[2] Os povos Mesopotâmicos desenvolveram uma série de
conhecimentos, como a escrita cuneiforme (Sumérios) e o
calendário dividido em doze meses (Sumérios e Caldeus);
[3] Os Hebreus organizaram-se em Reino e criaram o Ju-
daísmo, uma das três religiões monoteístas existentes no
mundo;
[1] Os Egípcios desenvolveram uma série de conhecimen-
tos, como na arquitetura (construção das Pirâmides) e na
medicina (as técnicas de mumificação).
Questão 4: [D]
Conseguimos perceber aquilo que se afirma na alternativa
[D] neste trecho: “(...) de fato, não existia um governante
divino imperando sobre os gregos que pudesse forçar – ou
tivesse forçado – todo um povo a trabalhar como escravos
para ele (...)”. Aqui fica claro que a troca cultural entre
egípcios e gregos estava condicionada às suas diferenças
de organização, em especial a diferença política. Afinal, o
Egito Antigo era um Império Teocrático Centralizado, en-
quanto a Grécia Antiga era uma civilização que se organi-
zava em cidades-Estado independentes.
Questão 5: [C]
O excerto mostra que tanto na Mesopotâmia quanto no
Egito as sociedades tiveram que se adaptar aos aspectos
naturais para conseguir se desenvolver. O principal as-
pecto natural citado são os rios – Nilo e Eufrates – que
foram fundamentais para o desenvolvimento de egípcios
e dos povos mesopotâmicos na Antiguidade.
Questão 6: [D]
No Egito Antigo, o poder concentrava-se nas mãos dos
Faraós, de maneira centralizada e teocrática. Sendo as-
sim, todo um aparato burocrático – um conjunto de ativi-
dades públicas e administrativas, exercidas por funcioná-
rios públicos reais, como os escribas – se desenvolveu ao
longo do tempo em torno do Imperador, auxiliando-o a
governar.
Questão 7: [E]
A Epopeia de Gilgamesh foi elaborada pelos Sumérios por
volta do ano 2000 a.C no contexto da Civilização Mesopo-
tâmica. Ela é considerada a obra literária mais antiga e
que influenciou outros poemas como os de Homero. A
Mesopotâmia pode ser analisada dentro do conceito de
“Modo de Produção Asiático ou Hidráulico” caracterizado
pelo politeísmo religioso, economia essencialmente agrá-
ria, Estado Despótico, Servidão Coletiva, sociedade estra-
tificada, etc. A Mesopotâmia, região entre os rios Tigre e
Eufrates, foi uma civilização que possuía no seu interior,
diversos povos, entre eles: No Sul, a Suméria; ao Centro a
Acádia; ao Norte a Assíria. Cada povo possuía suas parti-
cularidades, os Assírios, por exemplo, eram um povo guer-
reiro. Gabarito [E].
Questão 8: [D]
A sequência correta é:
[4] os caldeus chegaram ao ápice da sua civilização
quando da tomada de Jerusalém por Nabucodonosor.
[1] os sumérios foram os únicos a desenvolver uma escri-
ta, no caso, a cuneiforme.
[2] os babilônios desenvolveram um código de leis conhe-
cido como Código de Hamurabi.
[3] os assírios eram preponderantemente uma civilização
guerreira.
Questão 9: [E]
A cidade de Jerusalém é considerada sagrada para três
religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamis-
mo. Tem sido palco de inúmeras polêmicas políticas reli-
giosas. Na esfera política, os palestinos e israelenses
exigem que a cidade seja sua capital. Na antiguidade, por
volta do ano 1000 a.C, o rei Davi conquistou a cidade e
transformou-a na capital do povo de Israel. O templo de
“Salomão” foi construído no reinado no reinado do rei
Salomão, perto do ano 950 a.C.
Questão 10: [C]
O texto de Plínio em sua “História Natural” associa o papi-
ro, a escrita e a preservação da memória. “A utilização do
papiro estrutura boa parte da civilização humana e, possi-
velmente, até mesmo a sua existência, porque dele de-
pende a memória da humanidade”. Gabarito [C].
Questão 11: [B]
A civilização da Fenícia antiga foi caracterizada do ponto
de vista econômico pelo comércio e navegação. Para
facilitar a comunicação, os fenícios criaram o alfabeto
fonético composto por 22 sinais, sendo, posteriormente,
aperfeiçoado pelos gregos. Gabarito [B].
Questão 12: [E]
Somente a proposição [E] está correta. As Guerras Médi-
cas, 500-475 a.C, foram um conflito travado entre o Impé-
rio Persa e os Gregos. As colônias gregas na Ásia Menor
entraram em conflito com o expansionismo dos Persas na
região da Jônia. Atenas organizou a Liga de Delos, uma
união entre diversas cidades estados visando agregar
forças contra os Persas. Tucídides, general e historiador
grego, em sua obra “Guerra do Peloponeso”, narrou o con-
flito entre a Liga de Delos liderada por Atenas contra a
Liga do Peloponeso liderada por Esparta. Neste livro, Tu-
cídides apontou para a importância das pestes que asso-
laram a cidade de Atenas contribuindo para a dissolução
de acordos sociais. Plutarco em sua obra “Vidas Parale-
las” comentou sobre a importância de Alexandre Magno
na construção de um grande império provocando uma
fusão entre a cultura grega com a cultura oriental Persa
incentivando as artes e as ciências.
Questão 13: [D]
Das escritas surgidas na Antiguidade, muitas nasceram
no Egito Antigo. A hieroglífica era a mais complexa, domi-
nada apenas pelos escribas. A hierática era uma escrita
cursiva, utilizada para fins comerciais. A demótica era
uma simplificação da hieroglífica, desenvolvida para ser
utilizada por mais pessoas. E a copta surgiu a partir da
incorporação de elementos gregos ao alfabeto egípcio.
Questão 14: [C]
A afirmativa [I] está incorreta porque a política egípcia era
verticalizada a partir do Faraó, a estratificação social era
grande e a economia era centrada na agricultura;
A afirmativa [II] está incorreta porque a população cuja
estrutura era militarizada e centrada na conquista de ou-
tros povos e localidades era a assíria.
Questão 15: [E]
O texto relata uma mistura entre as tradições pagãs (afri-
canas), judaicas e cristãs no exercício da religiosidade
cristã no continente africano na chamada Antiguidade
Oriental.
Questão 16: [C]
Fazendo um paralelo entre a afirmação de Heródoto (as-
severando a importância do rio Nilo para a existência do
Egito) e as afirmações de Brecht (criticando a exclusão da
importância das camadas populares nos eventos históri-
cos) apenas a alternativa [C] está correta.
Questão 17: [D]
A questão pede a evolução da história grega na antigui-
dade dividida em cinco fases: Pré-Homérico, Homérico,
Arcaico, Clássico e Helenístico. No período Arcaico, sécu-
los VIII ao VI a.C, formaram as cidades-estados, as polis.
No período Clássico, séculos V-IV a.C, surgiu a democra-
cia em Atenas, Clístenes criou a democracia em 509 a.C.
Gabarito [D].
Questão 18: [E]
Como o próprio texto atesta, a prática da homossexuali-
dade na Grécia Antiga não colocava em risco os matrimô-
nios heterossexuais. A homossexualidade, entre os gre-
gos antigos, era vista como complementar à educação:
jovens encontravam nos seus tutores – mais velhos –
mais uma forma de aprendizado: a relação de afeto entre
os homens. Vale ressaltar que apenas a homossexualida-
de masculina era tolerada pelos gregos e que a prática do
coito anal era mal vista (inclusive nas relações heterosse-
xuais). Homens mais velhos, mesmo casados, relaciona-
vam-se com seus pupilos, inclusive em público, podendo
praticar o que chamamos de coito femural, a prática se-
xual aceita nas relações homossexuais gregas.
Questão 19: [C]
A Guerra do Peloponeso foi uma guerra civil grega, tendo
sido travada entre a Liga de Delos (liderada por Atenas) e
a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta). Tendo sido
um confronto de gregos contra gregos, tal guerra provo-
cou o enfraquecimento da civilização grega, o que acabou
por proporcionar a perda de territórios e a dominação da
Grécia pela Macedônia.
Questão 20: [C]
O poema faz referência a Afrodite e a Zeus, dando mais
ênfase às características da deusa. Logo, traz a religiosi-
dade e a presença do feminino na mesma à tona. Ambos
os temas ajudam a compor as características da cultura
grega.
Questão 21: [A]
Das leis romanas citadas, apenas a alternativa [A] faz
sentido nos tempos atuais. A criação de leis não deve ser
personalista, individualista ou vingativa, devendo visar ao
bem público, comum e social.
Questão 22: [A]
A questão aponta para alguns estereótipos sobre a civili-
zação romana na antiguidade. Associa-se a Grécia com a
filosofia e a democracia e Roma com o aspecto militar e
guerreiro. No entanto, boa parte do mundo grego não co-
nheceu a democracia e a cidade-estado de Esparta, por
exemplo, também era militar e possuía uma educação
voltada para a formação do guerreiro. Gabarito [A].
Questão 23: [A]
Na época de Santo Agostinho de Hipona, século IV d.C, o
Império Romano do Ocidente estava agonizando. As cri-
ses internas, as invasões dos bárbaros e as ideias cristãs
contribuíram para a decadência e o fim deste império. O
cristianismo, apesar da repressão da cúpula romana, foi
expandindo dentro do tecido social romano o que levou
muita gente a associar a crise de Roma com o monoteís-
mo cristão. Gabarito [A].
Questão 24: [A]
A única concepção ditatorial correta é aquela apresentada
sobre a República Romana. De fato, em situações excep-
cionais, em especial se a República estivesse em risco,
existia a possibilidade do exercício da Magistratura sob a
forma ditatorial, exercício esse concedido pelo Senado
Romano.
Questão 25: [E]
A frase “(...) Roma se expandiu por um mundo de violência
endêmica, de focos rivais de poder apoiados por forças mili-
tares (...)” deixa claro que a expansão romana se deu em
meio a um universo militarizado e violento. O exército
romano, através da tática de “dividir para conquistar” usou
das rivalidades dos povos dos lugares que invadiu para
executar seu domínio, incorporando as práticas militares
dos povos dominados.
cendo diversas funções sociais, porém sempre destituí-
das de direitos políticos. Em Atenas, as moças viviam em
regime de reclusão, isoladas dos rapazes. Já em Esparta,
observa-se o contrário: elas praticavam numerosos des-
portos em público. Praticavam diversas lutas, o lança-
mento do disco e do dardo, aprendiam a manusear armas
de guerra. Era um método de preparar mães de família
fortes, robustas, dotadas de qualidades viris, com o intui-
to de formarem uniões harmoniosas que dariam crianças,
do sexo masculino, fortes e robustas. Gabarito [B].

Questão 26: [E]

O texto deixa claro que apesar das exclusões – cita-se os

escravos, mas as mulheres e os estrangeiros também
eram excluídos – a cidadania ateniense abrangia homens
de diferentes classes sociais e ocupações, o que denota
que o acesso à democracia era heterogêneo, como nas
sociedades atuais.

Questão 27: [C]

A democracia escravista ateniense, apesar de propor um

modelo de cidadania excludente, não deu origem a “um
governo de aspecto centralizado, arbitrário, despótico, antici-
entífico e que ignorava a participação dos cidadãos”. Pelo
contrário, a democracia era exercida de maneira direta,
com ampla participação daqueles considerados cidadãos,
e existiam mecanismos de combate a desvios e tiranias,
como a condenação ao ostracismo.

Questão 28: [A]

A democracia ateniense era excludente e exercida de

forma direta: aqueles considerados cidadãos – homens,
atenienses natos e maiores de idade – participavam dire-
tamente das deliberações pertinentes aos rumos da cida-
de-Estado.

Questão 29: [C]

Todos os órgãos citados faziam parte do funcionamento

da Democracia Ateniense e eram controlados pelos eupá-
tridas, a elite agrária e escravista de Atenas.

Questão 30: [B]

É comum os manuais de História, estabelecer uma com-

paração entre a mulher espartana e a mulher ateniense e,
afirmar que a espartana era mais valorizada. Vale dizer
que o Mundo Grego na Antiguidade era formado por uma
sociedade extremamente patriarcal, a palavra do homem
possuía o poder supremo no âmbito familiar. Consideran-
do a característica militar-guerreira de Esparta no qual os
homens gastavam boa parte do seu tempo em guerras ou
treinos militares, as mulheres espartanas acabavam exer-

Resposta da questão 1: [D]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
No ano de 395, o imperador romano Teodósio dividiu o
império romano em duas partes: Império Romano do Ori-
ente, capital Constantinopla e o Império Romano do Oci-
dente capital Roma. Em 476 ocorreu a queda do Império
Romano do Ocidente, marcando o final do mundo antigo e
o início da Idade Média. A partir daí o Império Romano do
Oriente conhecido como Império Bizantino foi retomando
suas raízes gregas e se distanciando do modo de vida da
Europa. Enquanto a Europa foi se ruralizando e ganhando
uma fachada feudal, o Império Bizantino desenvolveu um
comércio, possuía poder político centralizado e uma vida
urbana mais dinâmica. Gabarito [D].
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
A relação que os europeus nutriram com os habitantes da
cidade de Constantinopla está muito próxima àquilo que
podemos denominar como etnocentrismo. Por não se
identificarem com as dinâmicas econômicas e culturais
da cultura local, os europeus passaram a nutrir esse sen-
timento de desdém, ainda que tivessem algum desconfor-
to com isso.
Resposta da questão 2: [B]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Na legenda conseguimos identificar que a obra em ques-
tão é a novela O Conto do Graal, de Chretién de Troyes. Tal
obra – na verdade, não chegou a ser finalizada e narra
dois grandes ciclos da literatura medieval: o ciclo arturiano
– que trata da formação de cavaleiros – e a demanda do
Santo Graal – que trata da busca pelo famoso cálice sa-
grado usado por Jesus. A narrativa mistura elementos da
doutrina cristã e da cultura céltica, considerada pagã aos
olhos da Igreja Católica.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
A imagem dos cavaleiros e a legenda que a acompanha
fazem referência às lendas arturianas e ao personagem
Percival, cavaleiro da Távola Redonda que participa da
busca do cálice sagrado. O santo Graal seria o cálice usa-
do por Jesus Cristo na Última Ceia e o único objeto com
capacidade para devolver a paz ao reino de Artur. Ou seja,
sua composição mistura elementos pagãos e cristãos
conforme transcrito em [B].
Resposta da questão 3: [A]
A partir do momento em que houve a conversão de chefes
tribais bárbaros ao Cristianismo, podemos afirmar que o
poder eclesiástico se sobrepôs ao poder secular desses
chefes, dada a influência que a Igreja Católica tinha sobre
a sociedade feudal. Logo, tal conversão contribuiu para a
imbricação do poder eclesiástico sobre o secular na soci-
edade europeia da época.
Resposta da questão 4: [B]
O texto faz uma correlação interessante: nos locais onde
as religiões cristã e muçulmana mais se desenvolveram,
houve, também, um desenvolvimento ambiental, econô-
mico e social, descrito no texto pelos clarões em meio às
matas.
Resposta da questão 5: [A]
A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi
uma síntese entre dois tipos de relações sociais anterio-
res: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa
síntese resultou na servidão feudal.
Resposta da questão 6: [D]
A afirmativa [I] está incorreta, porque os povos germâni-
cos, apesar de conviver em Roma desde o século II parti-
cipando, inclusive, do ambiente político, nunca tiveram
uma relação pacífica com o Império Romano, atacando-o,
assim que sentiu sua fragilidade.
Resposta da questão 7: [A]
O alto clero era a parcela do clero católico ligada à admi-
nistração da religião e da Igreja Católica. Nesse sentido,
sempre esteve envolvida em questões econômicas e polí-
ticas, além da questão espiritual. Para administrar seus
fiéis na Alta Idade Média, o alto clero montou uma grande
rede de paróquias pelo território europeu, todas centrali-
zadas na administração principal, exercida pelo alto clero.
Resposta da questão 8: [C]
Os bellatores correspondiam aos nobres dentro da estru-
tura social da Idade Média e, além da posse das terras,
também possuíam o monopólio da força militar. Eles não
se dedicavam à produção agrícola, pois essa função era
realizada pelos laboratores (servos).

Resposta da questão 9: [C]
O quadro representa o trabalho servil, típico dos campo-
neses no período medieval, ainda no interior da estrutura
feudal, quando o servo estava subordinado a um senhor
feudal – representado no quadro pelo castelo – e possuía
pouco conhecimento técnico. No entanto, a rotação de
culturas, deixando-se uma parte do campo em descanso,
era uma prática comum e visava reduzir o desgaste da
terra.
Resposta da questão 10: [A]
O trecho do texto selecionado pelo enunciado deixa mar-
gens para dúvidas na resolução da questão, pois relata
apenas o fato de que homens e mulheres medievais gos-
tavam de participação de festas tanto de origem pagã
quanto cristã. Porém, esse trecho se encerra sem a dis-
cussão da visão da Igreja em relação a essa contestação,
obrigando então que a questão seja resolvida por elimina-
ção, afinal, apesar de parte de a sociedade medieval parti-
cipar de festividades pagãs e cristãs a Igreja constante-
mente condenava as primeiras e aos poucos conseguiu
discipliná-las e integrá-las aos seus rituais.
Resposta da questão 11: [D]
Povos de origem persa, norte-africanos e ibéricos foram
islamizados a partir do século VII. O povo árabe palestino
é formado a partir de diferenças políticas e nem todos
defendem a luta armada contra Israel. Apesar do conceito
de Gihad estar equivocado, a religião adquiriu um caráter
expansionista. Existem diversos grupos considerados
fundamentalistas e podem ser xiitas ou sunitas.
A melhor resposta é D, apesar de imprecisa, pois, no Líba-
no temos muçulmanos xiitas 41%, muçulmanos sunitas
27%, cristãos maronitas 16%, drusos 7%, ortodoxos gre-
gos 5% e católicos 3%.O país tem um sistema de governo
que reflete a composição religiosa do país e busca sem-
pre o equilíbrio. O presidente do Líbano é sempre um ma-
ronita, o primeiro-ministro é um muçulmano sunita, o pre-
sidente do Parlamento é xiita, e o comandante do Exército
é um maronita.
Resposta da questão 12: [C]
Construída pelo Imperador Constantino em 360, foi des-
truída por um incêndio durante as insurreições de 532.
Reconstruída com incrível rapidez, até 537, Justiniano
dedicou-a a Sagrada Sabedoria. O objetivo dos arquitetos,
Anthemius de Tralles e Isidorus de Mileto, era construir
um interior não só impressionante, mas também funcio-
nal. Os mosaicos foram uma característica marcante nos
vitrais das igrejas bizantinas e as colunas demonstram a
influencia da arquitetura grega.
Resposta da questão 13: [D]
O texto destaca a chegada da peste negra às cidades
portuárias da Itália e somente depois atingiu o interior e
outras regiões da Europa. A doença já era grave nas regi-
ões do oriente próximo e a intensificação do comércio –
dada a “reabertura” do Mediterrâneo na baixa idade média
– abriu as portas não apenas para maior contato com
povos árabes e para novas mercadorias, mas também
para ratos e doentes, que rapidamente espalharam a do-
ença pelas cidades litorâneas.
Resposta da questão 14: [D]
Antes de ser adotado pela Igreja Católica como uma festa
oficial (590 d. C.), o Carnaval era uma comemoração pagã
marcada pela sexualidade e pelo consumo excessivo de
álcool. Nas cidades medievais, inclusive, a festa desafiava
o grande poder feudal da Igreja Católica.
Resposta da questão 15: [B]
O processo de reconquista da Península Ibérica insere-se
num contexto de retomada das últimas áreas de domínio
árabe no continente europeu e de expansão do cristia-
nismo. A experiência dos cristãos nessa disputa teve
caráter político, econômico e religioso. Ao final, com a
vitória dos cristãos sobre os árabes, a expansão europeia
colocou-se em outro patamar com a posterior incorpora-
ção dos continentes americanos e de áreas do continente
asiático.
Resposta da questão 16: [B]
A Baixa Idade Média é o período marcado por importantes
transformações na estrutura feudal, determinada pelo
grande crescimento populacional. Se uma parcela da
população se dirige para as cidades, a maior parte ainda
se concentra nos feudos e, portanto, na atividade agríco-
la. O desenvolvimento de novas técnicas aumentou as
áreas de cultivo. A questão pode se considerada difícil,
pois a maioria dos manuais trata o período como sendo
de “crise feudal”, destacando as atividades urbanas, como
o comércio e a produção artesanal, que se desenvolveram
na época. No entanto vale lembrar que feiras, comércio e
burgos são as novidades, mas não são os elementos pre-
dominantes no cotidiano europeu, que mantêm nessa
época mais de 90% da população no campo.
Resposta da questão 17: [A]
As feiras medievais eram áreas de comércio que se de-
senvolveram principalmente no cruzamento das princi-
pais rotas, mas também nas proximidades de grandes
castelos e centros religiosos, locais de grande aglomera-
ção humana. Eram temporárias e as principais feiras se
realizaram na região que ligava o norte da Itália à região
de Flandres. A nova classe de mercadores não ocupou o
lugar da nobreza, que se manteve como elite; as moedas,
apesar de restritas, circulavam nas mãos da alta nobreza
e do alto clero; o crescimento da cidade não era entendi-
do como ameaça a atividade rural, assim como as dispu-
tas que ocorreram, como o “movimento comunal”, tinha
fundo político e não necessariamente econômico.
Resposta da questão 18: [B]
A Escolástica pode ser entendida como o conjunto de
doutrinas filosófico-teológicas cultivadas nas escolas e
universidades medievais. Os traços característicos da
escolástica são os seguintes: a) pensamento dos gregos
subordinado à teologia (o direito era pensado a partir da
teologia, pois Deus é o seu fundamento); b) defesa da
Igreja contra as instituições seculares; c) método lógico-
formal. Com Tomás de Aquino temos a nova escolástica
dominicana, baseada na Teoria de Aristóteles sobre a
Justiça e valendo-se dos ensinamentos do Direito Roma-
no.
Resposta da questão 19: [C]
Resposta da questão 20: [E]
Os humanistas do Renascimento Cultural, séculos XIV, XV
e XVI, associaram de maneira pejorativa a Idade Média
com trevas, noite e ignorância. A proposta era supervalo-
rizar os valores humanistas em relação ao teocentrismo
medieval. No século XIX, o Romantismo (diferente dos
humanistas da Renascença), valorizou a época medieval
considerando que foi na Baixa Idade Média que surgiu o
Estado Nacional Moderno. Gabarito [E].
Resposta da questão 1: [A]
Dentro do sistema colonial, a atividade econômica ligada
a pecuária foi bem diferente em relação a economia açu-
careira e a mineradora. A pecuária foi uma atividade se-
cundária, responsável pela interiorização da colonização,
prevaleceu mão de obra livre, produção extensiva, visava
o mercado interno, o pagamento ao vaqueiro era realizado
com cria de animais, havia certa mobilidade social. Gaba-
rito [A].
Resposta da questão 2: [A]
A questão aponta para uma grande reflexão coletiva nas
sociedades contemporâneas, os monumentos históricos
em espaços públicos de grandes personagens da história.
Parte da sociedade não aceita monumentos históricos de
pessoas que escravizaram, mataram, etc. Neste sentido,
os monumentos são pichados, queimados e derrubados.
Os poderes públicos já analisam essas novas demandas
coletivas. Um grande exemplo no Brasil são os monumen-
tos dos bandeirantes. Nos séculos XVII e XVIII, os bandei-
rantes paulistas mataram e escravizaram índios.Teve
quatro tipos de bandeiras: caça ao índio, caça ao ouro,
monções e o sertanismo de contrato. Diferente da Améri-
ca Espanhola, no Brasil prevaleceu a escravidão do negro.
Gabarito [A].
Resposta da questão 3: [D]
O texto menciona a atuação dos Bandeirantes paulistas
nos séculos XVII e XVIII. As bandeiras foram organizadas
por particulares visando a caça ao índios, ao ouro, havia
também as monções, bandeiras voltadas para abastecer
as áreas mineratórias e o Sertanismo de Contrato, bandei-
ras com o objetivo de manter a ordem nas fazendas. Ga-
barito [D].
Resposta da questão 4: [C]
Existe na contemporaneidade, um movimento de ressigni-
ficar os monumentos históricos. Personagens históricos
estão sendo removidos, queimados, pichados em todo o
mundo. Trata-se de uma abordagem mais crítica e uma
tentativa de revisar a memória histórica. Monumentos
históricos como de Colombo, bandeirantes paulistas, ou
ainda, os monumentos retirados do Museu de História
Natural em Nova York são alguns exemplos. Gabarito [C].
Resposta da questão 5: [D]
A origem da Guerra dos Mascates está ligada a expulsão
dos holandeses do Nordeste (1654) e a crise da economia
açucareira. Este cenário contribuiu para a decadência da
elite açucareira de Olinda que entrou em conflito com
Recife que buscava mais autonomia política, ligado ao
comércio. Gabarito [D].
Resposta da questão 6: [C]
A ordem é:
(3) porque a Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambu-
co, opondo senhores de engenho de Olinda e comercian-
tes portugueses do Recife a partir da ideia de abertura de
uma Câmara Municipal em Recife;
(1) porque a Confederação dos Tamoios envolveu indíge-
nas e portugueses contra franceses no Rio de Janeiro; e
(2) porque a Guerra dos Bárbaros envolveu indígenas con-
tra portugueses e brasileiros pela preservação das terras
no Nordeste colonial.
Resposta da questão 7: [C]
O texto faz uma abordagem do Sistema colonial na Amé-
rica relacionando à colonização com as demandas das
monarquias europeias que estavam inseridas no Antigo
Regime, Absolutismo e Mercantilismo. As metrópoles
europeias necessitavam de recursos para manter os Es-
tados Nacionais, havia gastos com a burocracia estatal,
equipar e manter exércitos e a marinha, entre outros gas-
tos. A colônia era monopolizada pela sua metrópole, isso
significa o pacto colonial, a colônia não possuía autono-
mia. Gabarito [C].
Resposta da questão 8: [C]
A dicotomia entre homem livre e escravo contribuiu para a
privação do direitos dos escravos, ele não está escravo,
ele é escravo. A sociedade colonial era patriarcal, patri-
monialista e imobilista. Prevalecia o poder do homem
branco e rico, que se apropriou das estruturas do Estado,
havia baixíssima possibilidade de ascensão social para
negros, índios e mestiços, além da ausência de direitos.
Gabarito [C].
Resposta da questão 9: [D]
O texto de Ana Lúcia Valente aponta para o surgimento
das irmandades de negros no período colonial, era uma
forma de se manifestar fora do ambiente de trabalho,
também uma maneira de cristianizar os negros ainda que
os escravos utilizassem as irmandades para resguardar
suas tradições religiosas. Em certo sentido, o negro recri-
ou e reelaborou a cultura dominante, associando a sua
maneira de viver. Daí, o surgimento de manifestações
religiosas de matriz Africana no Brasil. Gabarito [D].
Resposta da questão 10: [D]
Dentro da Contrarreforma ou reação católica surgiu a
Companhia de Jesus, a relação dos livros proibidos (in-
dex), a organização do Concílio de Trento e a retomada da
Santa Inquisição. A Inquisição atuou na Europa e também
na colônia através das visitações que investigavam práti-
cas associadas ao Judaísmo bem como ligada a bruxaria.
Gabarito [D].
Resposta da questão 11: [B]
O processo de independência da América Latina (América
portuguesa e América Espanhola) está inserido no con-
texto da Era Napoleônica, 1799-1815. A expansão de Na-
poleão pela Europa enfraqueceu muito a Península Ibérica
contribuindo para a ruptura entre colonizados e coloniza-
dores. O Bloqueio Continental de Napoleão contra a Ingla-
terra contribuiu para a vinda da corte portuguesa para o
Brasil em 1808 enquanto as tropas de Napoleão invadi-
ram a Espanha e tiraram o rei Fernando VII colocando
José Bonaparte, irmão de Napoleão. Gabarito [B].
Resposta da questão 12: [C]
A questão remete ao processo de independência do Brasil
ocorrido entre 1808-1831. Resolução a partir das afirma-
ções incorretas. A vinda da corte portuguesa para o Brasil
em 1808 e os tratados que foram estabelecidos nesse
contexto não proibiram completamente o tráfico de es-
cravos africanos. Ficou determinado uma gradual aboli-
ção do comércio de escravos. Em 1821, a corte portugue-
sa retornou para Portugal. Pedro I ficou no Brasil como
Príncipe Regente, em 1822 ocorreu a independência do
Brasil tendo D. Pedro I como imperador. Este abdicou ao
trono em 07/04/1831, era o fim do Primeiro Reinado e o
início do Período Regencial. As revoltas regenciais, 1831-
1840, tinham como objetivo político o Federalismo, isto é,
maior autonomia para as províncias. Gabarito [C].
Resposta da questão 13: [B]
O texto compara a atividade açucareira do Brasil colonial
com a atividade cafeeira do Brasil imperial, destacando
que, no caso do café, houve um avanço da vida urbana, o
que levou a uma diminuição da importância da vida rural
nas relações sociais. Vivia-se da terra, ainda, mas não se
vivia necessariamente na terra, como os antigos senhores
de engenho, para os quais as fazendas eram o centro da
vida social.
Resposta da questão 14: [C]
O renascimento agrícola brasileiro ocorreu entre 1780 e
1830. O esgotamento das minas auríferas e o crescimen-
to da agricultura no interior da Colônia foram fatores que
contribuíram para esse renascimento. O início da Revolu-
ção Industrial na Inglaterra também influenciou, uma vez
que estimulou a produção de algodão para a venda no
mercado industrial externo. A chegada da Família Real,
em 1808, e a Abertura dos Portos às Nações Amigas favo-
receram esse intercâmbio comercial. Por fim, o aumento
da população europeia na Colônia (uma vez que cerca de
dez mil pessoas vieram para cá com d. João VI) colaborou
para o aumento da produção agrícola no interior, em es-
pecial no Sudeste.
Resposta da questão 15: [E]
A questão faz referência ao período do Brasil colonial,
1500-1822. Gabarito [E], considerando que todas as afir-
mações estão corretas. Desde o início da colonização
portuguesa no Brasil, o projeto lusitano foi ameaçado em
função de invasões francesas (RJ e MA) e holandesas
(BA e PE) no Brasil. A cor da pele fazia toda a diferença no
contexto colonial, o espaço ocupado por negro, índio e
mestiço era voltado para o trabalho braçal e não para
cargos de comando. O Período Pombalino, 1750-1777, foi
caracterizado por reformas no Estado português bem
como por algumas medidas significativas no Brasil, tais
como, a mudança da capital, expulsão dos jesuítas, cria-
ção de companhias de comércio, etc. Entre as revoltas
libertárias que ocorreram no Brasil no final do século XVIII
e início do XIX, somente a Conjuração dos Alfaiates de
1798 na Bahia teve uma preocupação social defendendo
o fim da escravidão.
Resposta da questão 16: [C]
Entre os séculos XVI ao XIX, o Brasil vivenciou práticas
escravistas. Os negros trabalharam de maneira vil e de-
sumana, exercendo uma grande influência na sociedade
brasileira. A Lei Áurea aprovada em 13/05/1888 aboliu a
escravidão, porém não criou condições para a inserção
dos negros na sociedade, eles permaneceram à margem
da sociedade. A constituição brasileira de 1988, conheci-
da como “cidadã”, reconheceu pela primeira vez, no artigo
68, o reconhecimento de terras para os quilombolas, os
remanescentes dos antigos quilombos. Em 2001, através
de medida provisória, conferiu-se ao Ministério da Cultura
o papel de identificar, delimitar e demarcar as terras dos
quilombolas. Cabe à Fundação Palmares, a função de
realizar os registros dos títulos. Gabarito [C].
Resposta da questão 17: [B]
O texto e a questão abordam as relações sociais estabe-
lecidas no Brasil Colônia, a partir da convivência entre
brancos, negros e indígenas. A miscigenação – e a con-
sequente origem dos mestiços –, a escravidão e as ten-
sões proporcionadas pela hierarquia dos brancos sobre
os outros agentes sociais foram marcas da formação da
identidade colonial brasileira.
Resposta da questão 18: [A]
A colonização do Brasil começou a partir da criação das
Capitanias Hereditárias em 1534 quando o rei de Portugal
João III dividiu o Brasil em lotes de terras e doou para
particulares. Assim, o projeto de colonização foi oficial,
isto é, organizado pela coroa, enquanto a execução do
projeto que necessitava de investimento ficou para a ini-
ciativa particular. As Capitanias não deram o resultado
esperado pela coroa devido à falta de comunicação entre
a colônia e a metrópole, falta de recursos dos donatários,
ataques indígenas, entre outros. Apenas duas capitanias
prosperaram São Vicente e Pernambuco. Gabarito [A].
Resposta da questão 19: [B]
A questão faz referência ao período colonial, a coloniza-
ção portuguesa no Brasil. O Governo Geral foi estabeleci-
do em 1548 (e não em 1621) visando recuperar as capita-
nias hereditárias através da centralização do poder. Gaba-
rito [B].
Resposta da questão 20: [A]
No regime das Capitanias Hereditárias, o espaço de terra
– pertencente ao Rei – era entregue à administração pri-
vada – na figura do Capitão Donatário. Documentos regu-
lamentavam esse “negócio”, deixando claro que apesar da
responsabilidade pela Capitania ser totalmente do seu
Capitão, a posse da terra era exclusiva do Rei português.
Resposta da questão 21: [C]
A afirmativa [II] está incorreta porque a presença indígena
era significativa no litoral do Ceará e houve resistência
por parte desses indígenas à colonização portuguesa.
Resposta da questão 22: [A]
Independente do resultado das disputas territoriais envol-
vendo os Sete Povos das Missões, o fragmento registra
que o uso da escrita pelos Guarani foi de fundamental
importância para mostrar a resistência indígena. Além
disso, a escrita também ajudou os nativos a se posiciona-
rem diante dos europeus, o que também contribuiu para a
afirmação do posicionamento indígena na disputa.
Resposta da questão 23: [E]
A Intendência das Minas foi um órgão criado para inten-
der cada Capitania da Colônia que tivesse exploração
aurífera. Uma de suas funções era a cobrança dos impos-
tos do ouro. O objetivo da criação da Intendência foi regu-
lamentar a extração de ouro no Brasil para garantir o lucro
português no novo ciclo colonial.
Resposta da questão 24: [D]
A questão aponta para diversos movimentos ocorridos no
Brasil em lugares e contextos históricos diferentes, porém
todos possuíam um caráter separatista. A Aclamação de
Amador Bueno de 1641 foi uma revolta nativista; a Revo-
lução Pernambucana de 1817 foi um revolta libertária em
relação a coroa portuguesa; a Confederação do Equador
ocorreu em Pernambuco em 1824 no contexto do Primei-
ro Reinado e visava a separação em relação ao Brasil; a
Farroupilha aconteceu no Rio Grande do Sul entre 1835-
1845 no Período Regencial, visava a separação em rela-
ção ao Brasil.
Resposta da questão 25: [B]
As revoltas coloniais são divididas em duas categorias:
nativistas e libertárias. As nativistas não visavam à sepa-
ração política em relação a coroa portuguesa enquanto as
revoltas libertárias desejavam a ruptura política. A Revol-
ta de Beckman ocorreu no Maranhão em 1684 associada
a pobreza e isolamento da região e ao conflito entre jesuí-
tas e os colonos devido à escravidão do índio que não era
aceita pelos padres jesuítas. Gabarito [B].
Resposta da questão 26: [B]
O texto datado de 1748, auge da atividade mineradora no
Brasil colonial, aponta para o cotidiano de uma sociedade
escravista, profundamente hierarquizada. Quando era
transportada uma mulher branca, conforme relato, era
necessário utilizar escravas bem vestidas e limpas. Gaba-
rito [B].
Resposta da questão 27: [A]
O fragmento de texto do sociólogo Jessé de Souza apon-
ta para uma particularidade da colonização portuguesa
na América, “o elemento português permanece sempre
igual a si mesmo, o português é ele e o outro ao mesmo
tempo”. Isso significa que, ao colonizar, o português deixa
marcas profundas no colonizado. No idioma, religiosida-
de, organização social, etc. Gabarito [A].
Resposta da questão 28: [B]
Somente a alternativa [B] está correta. A partir da segun-
da metade do século XVIII, Portugal está em grave crise
econômica e o déspota esclarecido Marques de Pombal,
1750-1777, elaborou um programa de reformas que con-
tribuiu para a crise do sistema colonial no Brasil. Entre as
medidas está a criação de impostos como a derrama.
Dona Maria I, a louca, em 1785, aprovou o Alvará que pro-
ibiu as manufaturas no Brasil. Desta forma, a elite ilustra-
da mineira se revoltou contra a exploração e defendeu a
separação política em relação a metrópole.
Resposta da questão 29: [C]
Somente a alternativa [C] está correta. Na história portu-
guesa nada é mais paradoxal do que o período Pombalino,
1750-1777, o ministro do rei José I foi liberal em relação a
Portugal, porém foi mercantilista em relação ao Brasil.
Suas reformas visavam modernizar o Estado Português
que estava em grave crise econômica e, ao mesmo tem-
po, criou impostos para a colônia como a derrama, expul-
sou os jesuítas de Portugal e do Brasil e proibiu definiti-
vamente a escravidão indígena na colônia.
Resposta da questão 30: [D]
O texto I, ao comparar as Independências da América
Espanhola e do Brasil, afirma que a Independência brasi-
leira não foi violenta. Mas o texto II deixa claro que, após
a decisão de separação tomada por d. Pedro, houve con-
frontos entre brasileiros e portugueses na Bahia e tais
confrontos, além de violentos, foram fundamentais para a
consolidação da Independência. Além disso, o texto II
afirma que os brasileiros foram representados nesses
confrontos por negros (escravos e ex-escravos). Repre-
sentação que a historiografia brasileira insiste em não
valorizar.
Resposta da questão 31: [C]
Dentre os sintomas do esgotamento colonial podemos
citar o atraso econômico e comercial, uma vez que a Co-
lônia não podia desenvolver manufaturas por Decreto
Real, e os altos impostos cobrados pela Coroa Portugue-
sa, como o Quinto e a Derrama.
Resposta da questão 32: [B]
Ao assumir total responsabilidade pelo Movimento, Tira-
dentes livra outros inconfidentes das pesadas penas im-
postas pela Coroa Portuguesa. Dentre os inconfidentes
estavam Manuel da Costa e Antonio Gonzaga.