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Abordagem ao paciente crítico

ATENDIMENTO EMERGENCIAL TROCA GASOSA

→ O que torna o paciente em situação crítica é o → Inspiração – capta oxigênio – aumenta


fornecimento energético e demanda metabólica (são concentração de oxigênio, no alvéolo a concentração
é maior
a base da emergência)
→ Dentro do interior da hemácia tem a hemoglobina
Fornecimento energético que vai transportar o oxigênio para o interior

→ Individuo apresenta alguma falha ao fornecimento → Quando chega o sangue ligado na hemoglobina
energético com o oxigênio, o tecido começa a ter dissociação
(quebra da hemácia liberando O2)
→ Fonte de energia é glicose, oxigênio, ATP (para
fazer precisa de O2) → Quando tem a hemoglobina liberando O2, precisa
→ Está baixando a energia, seja por glicose, oxigênio captar CO2 porque o tecido está produzindo muito
→ Se tem uma falha do fornecimento de energ. = ATP e precisa eliminar o que sobra do metabolismo
hipoglicemia, hipóxia; ou não tem uma distribuição que é o CO2
legal = anemia, desidratado, hipotenso → O CO2 começa a passar do interior do tecido para o
interior do vaso através da difusão, vai ser captado
Demanda metabólica pela hemácia e não fica na forma de CO2

→ Distribuição para metabolismo aeróbio → Quando a hemácia chega e libera o CO2, ele vai
→ A quantidade de energia tem que ser suficiente passar por difusão no interior da hemácia e no interior
para a demanda da hemácia tem água: CO2 com a presença de água,
→ Gases de forma geral são sempre transportados forma ácido carbônico (quem faz a conjugação é a
amidrase carbônica). O ácido carbônico se dissocia
ligados a alguma coisa: o oxigênio que é transportado
muito fácil e forma hidrogênio e bicarbonato
pela hemoglobina, precisa ter o número de hemácias
e hemoglobinas adequadas para que consiga realizar; → O hidrogênio que ficou solto vai se ligar com a
CO2 é transportado pelo bicarbonato hemoglobina que liberou o O2 no tecido, ela está livre
por ter soltado o O2. O bicarbonato fica sozinho e aí a
bomba dentro da célula pega o bicarbonato e começa
CARACTERÍSTICAS DO METABOLISMO a ser jogado para fora da célula, em troca do íon de
cloreto
→ Quando tem a captação de energia, precisa
distribuir de forma adequada. → A maior forma de CO2 é transportado na forma de
bicarbonato, extracelular (importante para regular pH
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
→ Quando começa entrar O2, o hidrogênio que
→ Livres no plasma = 3% estava ligado na hemoglobina, começa a pegar o O2
→ Ligados a hemoglobina (oxihemoglobina = 97%)

FATORES QUE AUXILIAM

A associação
→ Transporte e na chegada de O2 no tecido: aumento
da PO2

A dissociação METABOLISMO CEREBRAL


→ Diminuição da concentração de PO2 nos tecidos → Apenas aeróbio
→ Aumento da concentração de PCO2
→ Aumento de temperatura → Reserva para apenas 90 minutos de hipoglicemia
severa e consome cerca de 14% do oxigênio
→ Sistema nervoso é pobre em reservas energéticas;
não consegue sintetizar sua própria energia; portanto
dependem de um fluxo de sangue normal para
fornecer oxigênio e nutrientes, principalmente glicose
→ SN necessita de ATP constantemente, não faz
reservas ou produz energia. Em hipoglicemia e hipoxia
o SN é rapidamente afetado.

→ Depende da circulação sistêmica para que


mantenha uma atividade normal
Diminuição de fluxo sanguíneo local
→ Tecido nervoso capta a glicose através da barreira
hematoencefálica (conjunto de estruturas)
→ Transportadores de GLUT – facilitam a passagem
de glicose. Pro tecido nervoso é o importante o 1 e o
3; são receptores transportadores que não dependem
da insulina; fazem com que a glicose chegue ao
neurônio
→ Astrócito precisa pegar a energia que vem do
endotélio vascular e jogar para o neurônio conseguir
pegar a energia
→ GLUT 1 (no neurônio) capta a energia do endotélio
vascular para o astrócito, e o GLUT 3 (no astrócito)
LACTATO
recebe a glicose e coloca para dentro do neurônio → Sintetizado para virar uma forma de piruvato
→ GLUT 1 – glicose do endotélio vascular – astrócito – → Nível de lactato alto – fornecimento de energia
GLUT 3 – neurônio está baixo; metabolismo anaeróbico elevado
→ Indicativo de metabolismo anaeróbico
→ Para o neurônio se comunicar com outro tem o
→ Quando o tecido nervoso não tem ATP, começa a
processo de despolarização. Veio estímulo, abre o
fazer glicose anaeróbica; sem ATP, bomba de sódio e
canal de sódio e entra o sódio, despolarizou, saiu
potássio e ficou negativo do lado de fora e não potássio não funciona e o sódio fica dentro da célula
consegue voltar puxando água e forma um edema citotóxico
→ Muito glutamato, acaba ativando a cascata do
→ Quem corrige isso é a bomba de sódio potássio, e ácido araquidônico
se não tem ATP a bomba não funciona
→ O tecido precisa de energia pois tem muito ÁREA DE ATENDIMENTO
transporte ativo e comunicação entre as células
→ Diferenciar emergência de urgência (emergência:
→ A parte da adrenal medular libera catecolamina e a
risco eminente de morte, necessita de intervenção
porção da cortical libera mineralocorticoide
imediata)
→ Serviço 24 horas – triagem (entender o risco do
paciente), consultório que pode ter alta da clínica ou
complicações que levará o animal a uma internação

ÁREA DE TRIAGEM

→ Área próxima à recepção e de fácil acesso a partir


da recepção
→ Resumida no que avalia o paciente
→ Admissão: breve histórico médico/queixa principal
→ Breve inspeção visual
→ Avaliação física inicial de quatro sistemas:
Respiratório/ Cardiovascular/ Nervoso/ Urinário
Classificação de risco EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
Paciente não apresentando risco → Ruídos respiratórios
→ Dispneia, taquipneia, apneia
Paciente com risco leve → Estridor/estertor
→ Dificuldade respiratória
→ O proprietário percebe que algo não anda bem, → Cianose: hemoglobina desoxigenada (muita
mas não define exatamente a queixa (vômito, hemoglobina sem O2 ligado a elas; >5g/dL)
diarreia, anorexia etc.) → Sons pulmonares anormais: crepitação,
→ Nunca subestime o classe IV, ele poderá apresentar abafamento de sons
piora clínica! → Repercussões de outros sistemas, como um
indivíduo cardiopata
Paciente com urgência no atendimento → Posição ortopneica

→ Possível estabilidade respiratória, mas com


DISPNEIAS
comprometimento hemodinâmico
→ Possível presença de Choque Mecânico ou Oculto INSPIRATÓRIA
→ Lesões mais aparentes (por trauma principalmente)
→ Associadas a processos extratorácicos
Paciente com maior urgência no atendimento → Obstrução de laringe ou colapso de traqueia;
alterações de vias áreas superiores
→ Possível estabilidade cardiovascular
→ Possibilidade de obstrução das vias aéreas
EXPIRATÓRIA
→ Dispneia (inspiratória/expiratória/mista)
→ Hipotensão, algum sinal de cianose, discreta perda → Processos intratorácicos
de volume/hemorragia
Restritiva
Paciente em emergência/crítico
→ Restringindo (dificuldade) a expansão pulmonar:
→ Inconsciente / Ausência de pulso ou não detectável efusão pleural, pneumotórax, pneumonia, edema
→ Apneia ou padrão respiratório agônico pulmonar
→ Hipotermia / Midríase → Respiração rápida
→ Ausência de choque cardíaco ou não detectável → Respiração abdominotorácico
→ Nível de consciência reduzido → Aumenta a FR

ATENDIMENTO EMERGENCIAL Obstrutiva


ESTABILIZAÇÃO IMEDIATA → Dificuldade de passagem de ar por obstrução nas
vias aéreas
→ Obter acesso venoso → Bronquite crônica e asma felina
→ Avaliação objetiva dos parâmetros
(hemogasometria, lactato, glicemia, spO2)
MISTAS
→ Avaliação rápida do abdômen e tórax: A-fast/T-fast → Intratorácicos
(efusão pleural, efusão pericárdica, pneumotórax,
corpo estranho, ruptura intestinal)
SISTEMA CARDIOVASCULAR
→ Suplementação de oxigênio
→ Administração de fluidoterapia → Alterações de mucosas
→ Taquicardia, bradicardia: frequência cardíaca
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA → Alteração de pulso
→ Extremidades frias: alteração de cor, sensibilidade.
→ Após estabilização realização do exame físico mais Trombo - mais comum em gatos (+ maine coon),
detalhado devido a cardiomiopatia hipertrófica
→ Sincope/pré sincope
SISTEMA NERVOSO DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS
→ Alteração no estado mental: responsivo, estado → Hipocalemia/hipercalemia
alerta → Distúrbio no metabolismo do cálcio, magnésia,
→ Estupor (inconsciência profunda, coma cloreto e sódio
→ Anisocoria: diâmetros pupilares diferentes; miose e
midríase Hipocalemia: faz com que repolariza muito mais
→ Crise epilética rápido; contratilidade muscular alta, ventroflexão de
→ Paresia (diminuição do movimento), paralisia cabeça em gatos
(perda total)
→ Crise generalizada
→ Tonicidade: rigidez
→ Hipoglicemia – hepatopatia, quadro séptico,
neoplasias, principalmente pancreática (insulinoma)

Crise convulsiva: diazepan intraretal, estabilizou,


medição de glicemia, e se tiver ok, fenobarbital

SISTEMA UROGENITAL
→ Distensão, rigidez de bexiga
- Se romper a bexiga, pode ter uma azotemia pós
renal; como o rim não consegue filtrar, o túbulo renal
secreta potássio, e aí nesse caso o potássio aumenta
(hipercalemia) porque não secreta e leva alteração
cardíaca (bradicardia, porque altera a repolarizacao
da célula, fica mais lenta)

→ Prolapso uterino
→ Priapismo
→ Parto-distócico

INTOXICAÇÃO
→ Distúrbios de coagulação
→ Agentes neurotóxico

HIPER/HIPOTERMIA
• Febre x hipertermia
→ Hipertermia: perde os mecanismos de
compensação de calor. Exemplo: subir a temperatura
devido a carro fechado
→ Febre: decorrente a um processo infeccioso e
inflamatório

• Hipotermia
→ Distúrbios de coagulação, acidose metabólica,
arritmias

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