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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA E QUÍMICA ANALÍTICA
RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL II

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Determinação de parâmetros eletroquímicos


para determinar a condutividade molar de eletrólitos fortes e fracos em diluição
infinita. Obtenção da constante de dissociação do ácido acético e avaliação da
solubilidade de um sal pouco solúvel por condutimetria

TELLIN DINO NOGUEIRA VIEIRA

FORTALEZA - CE
2023
TELLIN DINO NOGUEIRA VIEIRA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Determinação de parâmetros


eletroquímicos para determinar a condutividade molar de eletrólitos fortes e
fracos em diluição infinita. Obtenção da constante de dissociação do ácido
acético e avaliação da solubilidade de um sal pouco solúvel por condutimetria.

Relatório da aula prática sobre


Determinação de parâmetros
eletroquímicos para determinar a
condutividade molar de eletrólitos
fortes e fracos em diluição infinita.
Obtenção da constante de
dissociação do ácido acético e
avaliação da solubilidade de um sal
pouco solúvel por condutimetria..
Curso de Química Bacharelado da
Universidade Federal do Ceará –
UFC- Campus do Pici.

FORTALEZA - CEARÁ
2023
RESUMO
As propriedades de conduzir eletricidade de uma solução eletrolítica e associad
essas ao seu comportamento em um corpo condutor. Isso é possível devido a
mobilidade dos íons em solução, o que possibilita aplicar a Lei de Ohm. Considerando
os íons de um ponto de vista mais geral pôde-se derivar expressões que governam
suas propriedades. Com isso chegamos à Lei de Kohlrausch que nos mostra como é
o comportamento dos íons em solução através da relação entre sua condutividade e
concentração, e assim calcular a condutividade molar limite de cada solução através
de gráficos de condutividade em função da raiz quadrada da concentração.
Determinar o Ka do ácido acético e a constante de solubilidade de um sal pouco
solúvel.
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4
2- OBJETIVOS ............................................................................................... 7
2.1 GERAL ................................................................................................. 7
2.2 – ESPECÍFICOS .................................................................................. 7
3- MATERIAIS................................................................................................. 7
4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.......................................................... 8
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................. 9
6- CONCLUSÃO.............................................................................................10
7- REFERÊNCIAS...........................................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

A solução é uma mistura homogênea obtida por meio da dissolução de um soluto


em uma determinada quantidade de solvente. Tais substâncias podem ser
classificadas em dois grupos de acordo com seu comportamento quando se passa
uma corrente elétrica através de suas soluções. O primeiro grupo se trata de
substâncias que conduzem corrente elétrica sofrendo alterações químicas as
substâncias que compõem esse grupo são chamadas de eletrólitos, fazendo parte
desse grupo, com algumas exceções, todas as substâncias inorgânicas ácidos, bases
e sais. No segundo grupo temos compostos que quando dissolvidos em água, não
conduzem corrente elétrica e não sofrem modificações. Sendo chamados de não-
eletrolíticas e são exemplificadas por substâncias orgânicas, como glicose, manose,
glicerina, etanol dentre outras. ¹

Condutividade, κ, de uma solução eletrolítica é a medida da habilidade de seus


íons em transportar corrente elétrica. É definida em termos de resistência R, de uma
mostra de área A e comprimento l pela relação:
𝑙
𝐾= (1)
𝑅𝐴

Já que condutividade de uma solução é o inverso de sua resistência e, segundo


a lei de Ohm, a resistência de um condutor é diretamente proporcional ao comprimento
e inversamente proporcional a área deste condutor, tem-se que:
𝑙
𝑅=ρ (2)
𝐴

onde a constante ρ é denominada resistividade da amostra, isto é, a resistência


quando l e A têm valores unitários. Na prática, a condutividade é obtida por meio da
constante da célula θ, a qual é determinada indiretamente pela medida da resistência
R da célula quando imersa em uma solução de condutividade conhecida. A
condutividade é então obtida pela expressão:

θ
κ=𝑅 (3)

A unidade de κ no SI é siemens por metro (S m-1), onde 1 S ≡ 1 Ω-1.A


condutividade de uma solução depende do número de íons presentes e normalmente
é introduzido o termo condutividade molar Λ, definida como sendo:
𝐾
Λ= (4)
𝐶

Usando κ em Ω-1 cm-1 e a concentração do eletrólito em mol L -1, a unidade de


Λ será dada em S cm2 mol-1 e Λ será dada por:
𝐾
Λ = 1000 𝐶 (5)

A determinação da condutividade molar de uma solução resulta na sua classificação


como eletrólito forte ou fraco. Foi demonstrada que, em baixas concentrações, a
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condutividade molar de eletrólitos fortes obedece a lei de Kohlrausch, na qual a
condutividade molar é proporcional a raiz quadrada da concentração:

Λ = Λ∞ - KC1/2 (6)

sendo Λ∞ a condutividade molar em diluição infinita e K um coeficiente que depende


da estequiometria do eletrólito. Kohlrausch demonstrou que Λ∞ pode ser expressa
como a soma das contribuições individuais de cada íon. Sendo a condutividade molar
do cátion dada como Λ∞+ e a do ânion Λ∞−, a lei da migração independente dos íons
estabelece que:

Λ∞ =ν- Λ∞- + ν+ Λ+∞ (7)

onde ν+ e ν- são os números de cátions e ânions, por fórmula de eletrólito. Isto resulta
no fato de que os íons se comportam independentemente no limite de concentração
tendendo a zero, levando a predizer qual a condutividade molar em diluição infinita
para eletrólitos fortes.²

A medida da condutividade molar dos eletrólitos mostra que, em igualdade de


concentração, alguns apresentam valores elevados e outros valores reduzidos, o que
levou a classificá-los em dois grupos em eletrólitos fortes e eletrólitos fracos. Além
desta distinção, verifica-se que nos primeiros Λ aumenta regularmente com a diluição,
sendo possível determinar por simples extrapolação a condutividade molar limite Λ0,
correspondente a uma diluição infinita. Em contraposição, esta extrapolação não é
possível nos eletrólitos fracos, pois Λ sofre, a grandes diluições, rápido incremento e
aproxima-se assintomaticamente do valor limite Λ0.3

Considerando um ácido fraco, CH3COOH, se dissocia de acordo com a reação:


CH3COOH + H2O → CH3COO- + H3O+
Sua constante de dissociação é dada por:
𝛼
[𝐻 + ] [𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂− ] 𝐻 + 𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂− 𝛼
𝐾𝑎 = ×
[𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂𝐻] 𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂𝐻𝛼

Considerando somente soluções bem diluídas, pode-se atribuir aos coeficientes de


atividade o valor unitário e escrever:

[𝐻 + ] [𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂− ]
𝐾𝑎 =
[𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂𝐻]
Sendo α, o grau de dissociação do ácido, em uma concentração C, a equação
anterior pode ainda ser escrita como:
𝛼2 𝐶
𝐾𝑎 =
1−𝛼
Fazendo-se α = Λ/Λ∞, a equação final da constante de dissociação assume a seguinte
forma em função da razão entre a condutividade molar e condutividade molar em
diluição infinita:
Λ
𝐶(Λ∞)2
𝐾𝑎 =
1 − Λ/Λ∞
5
Se um sal pouco solúvel se dissociar de modo simples e completo, sua solubilidade
poderá ser determinada por meio de medidas de condutividade κ. Conhecendo-se a
condutividade da solução saturada do sal da solução e a condutividade do solvente,
no caso a água, calcula-se a condutividade devida aos íons do sal pela equação:
κ(sal) = κ(solução) - κ(água) (1)
Os valores de κ(sol) e κ(água) podem ser calculados pela expressão:
𝜃
𝐾=𝑅 (2)

onde θ = constante da célula em cm –1;

R = resistência medida em Ω.

Sabe-se que a solubilidade de um sal em uma dada temperatura é expressa


pela concentração da solução saturada. Na presente experiência, considera-se a
concentração de um sal pouco solúvel como sendo sua própria solubilidade.
Considerando-se uma solução muito diluída, pode-se admitir que Λ = Λ∞ onde Λ∞ é a
condutividade molar em diluição infinita. Sabe-se que a condutividade molar em
diluição infinita pode ser obtida a partir da soma das respectivas condutividades
iônicas também conhecidas como condutividades molares limite, ou seja:

Λ∞ = Λ+∞ + Λ-∞ (3)

Da expressão analítica da condutividade molar em função da concentração específica


e substituindo-se, neste caso, a concentração pela solubilidade, tem-se que:
𝐾
Λ = 1000 𝐶 (4)
onde o valor de κ é dado pela Eq. (1) e, de acordo com o citado acima, a concentração
C pode neste caso, ser substituída pela solubilidade S, com a Eq. (4) adquirindo a
seguinte expressão:
1000
Λ = 𝐾𝑠𝑎𝑙 𝐶 (5)

Da expressão de Λ na Eq. (5), considerando-se que Λ = Λ∞ e substituindo-se Λ∞ por


seu valor dado na Eq. (3), tem-se o valor de S:
1000
S = 𝐾𝑠𝑎𝑙 Λ+∞ + Λ−∞ (6)

Pela fórmula acima é possível calcular a solubilidade do sal.

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2. OBJETIVOS
2.1 - GERAL:
2.1.1- Determinar os parâmetros eletroquímicos dos processos experimentais
realizados.
2.2 – ESPECÍFICOS:
2.2.1- Determinar a condutividade molar em eletrólitos fortes e fracos em diluição
infinita.
2.2.2- Obter a constante de dissociação de um ácido fraco.
2.2.3- Avaliar a solubilidade de um sal pouco solúvel por condutimetria.

3. MATERIAIS

• KCl, NaCl e HCl nas seguintes • Condutivímetro;


concentrações: 0,001; 0,005; 0,01; • Balança Analítica;
0,02, 0,05; 0,1 mol dm-3; • Chapa aquecedora com Agitação
• Béqueres de 100 mL; magnético;
• Soluções de ácido acético com • Suporte com garra;
concentrações de 0,005; 0,01; 0,05; • Agitador magnético;
0,1; 0,2 e 0,5 mol dm-3; • Sabão em pó em água;
• Pisceta com água destilada; • Solução de leite de magnésia em
• Erlenmeyers de 200 mL; água (1:20).
• Cloreto de Cobalto hexahidratado
CoCl2°6H2O ;

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1- Determinação da condutividade molar em eletrólitos fortes e fracos em


diluição infinita.
Utilizou-se soluções já preparadas de KCl, NaCl e HCl nas seguintes
concentrações: 0,001; 0,005; 0,01; 0,02, 0,05; 0,1 mol dm -3. Preencheu-se a célula
com cada solução em ordem crescente de concentração, colocou-se o eletrodo
previamente lavado e seco para determinar sua condutância. Lavou-se a célula
com a solução que foi analisada, antes do preenchimento definitivo. Iniciou-se o
processo com as soluções de KCL, em seguida repetiu-se o procedimento para
NaCl e HCl. Anotando-se os dados obtidos em uma tabela.

4.2- Obtenção da constante de dissociação do ácido acético.


Partindo-se de soluções de ácido acético com concentrações de 0,005; 0,01; 0,05;
0,1; 0,2 e 0,5 mol dm-3, recentemente preparadas, mediu-se as condutâncias.
Obedecendo-se a ordem crescente de concentração para evitar contaminação do
eletrodo e das soluções.

4.3 - Determinação da solubilidade de um sal pouco solúvel por


condutimetria.
Lavou-se a célula de condutância com água destilada. Imergiu-se o eletrodo de
condutância em água destilada e fazendo-se quatro medidas, de 5 em 5 minutos,
até obter um valor constante para a condutância eletrolítica. Pesou-se 1,2016 g de
um sal solúvel, por exemplo CoCl2, adicionou-se logo em seguida 200 mL de água
destilada, mantendo-se o sistema sobe agitação constante. Mediu-se a
condutância da solução eletrolítica de 5 em 5 minutos, obtendo-se valores
constantes de leitura.

3
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1- Determinação da condutividade molar em eletrólitos fortes e fracos em
diluição infinita.
Utilizou-se soluções já preparadas de KCl, NaCl e HCl nas seguintes
concentrações: 0,001; 0,005; 0,01; 0,02, 0,05; 0,1 mol dm -3. Preencheu-se a célula
com cada solução em ordem crescente de concentração, colocou-se o eletrodo
previamente lavado e seco para determinar sua condutância. Lavou-se a célula
com a solução que foi analisada, antes do preenchimento definitivo. Iniciou-se o
processo com as soluções de KCl, em seguida repetiu-se o procedimento para
NaCl e HCl. Obtendo os dados presentes nas tabelas abaixo:

Tabela 1 - Sais utilizados, concentração dos sais usados em mol L-1 e condutividade medida em S cm-1

Determinação do valor da condutividade molar em


diluição infinita de eletrólitos fortes T= 23°C
[KCl] / mol κ / µS Λ / S cm2 √c / (mol cm-
dm-3 cm-¹ mol-1 3)1/2
0,001 111,5 0,112 0,032
KCl 0,005 510,7 0,102 0,071
0,010 996,7 0,100 0,100
0,020 1875,3 0,094 0,141
0,050 4450 0,089 0,224
0,100 8326,7 0,083 0,316
[NaCl] / κ / µS Λ / S cm2 √c / (mol cm-
mol dm-3 cm-¹ mol-1 3)1/2
0,001 79,3 0,079 0,032
NaCl 0,005 394 0,079 0,071
0,010 763 0,076 0,100
0,020 1449 0,072 0,141
0,050 3480 0,070 0,224
0,100 6620 0,066 0,316
[HCl] / mol κ / µS Λ / S cm2 √c / (mol cm-
dm-3 cm-¹ mol-1 3)1/2
0,001 271,33 0,271 0,032
0,005 1282,7 0,257 0,071
HCl
0,010 25400 2,540 0,100
0,020 60709 3,035 0,141
0,050 115600 2,312 0,224
0,100 - - 0,316
T = 23°C

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Os dados foram plotados em gráficos obtendo as seguintes representações
gráficas.

Figura 1 - Representação gráfica da curva de condutividade molar pela raiz quadrada da concentração

y = -10,103x + 1,1227
KCl R² = 0,9236
0,350

0,300

0,250

0,200

0,150

0,100

0,050

0,000
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
-0,050

Fonte: Autor

Figura 2- Representação gráfica da curva de condutividade molar pela raiz quadrada da concentração para NaCl

NaCl
0,350

0,300

0,250

0,200

0,150

0,100

0,050 y = -19,708x + 1,6012


R² = 0,9642
0,000
0,064 0,066 0,068 0,070 0,072 0,074 0,076 0,078 0,080

Fonte: Autor

5
Figura 3- Representação gráfica da curva de condutividade molar pela raiz quadrada da concentração para HCl

HCl
0,350

0,300 y = 0,0549x - 0,045


R² = 0,9455
0,250

0,200

0,150

0,100

0,050

0,000
0 1 2 3 4 5 6 7

Fonte: Autor

4.2- Obtenção da constante de dissociação do ácido acético.


Partindo-se de soluções de ácido acético com concentrações de 0,005; 0,01; 0,05;
0,1; 0,2 e 0,5 mol dm-3, recentemente preparadas, mediu-se as condutâncias.
Obedecendo-se a ordem crescente de concentração para evitar contaminação do
eletrodo e das soluções. Os dados obtidos estão presentes na tabela abaixo:

Tabela 2 - Valores de das concentrações de ácido acético e suas respectivas condutâncias

Concentrações de soluções de ácido acético e


respectivas condutâncias
[CH3COOH]
κ / µS Λ / S mol
/ mol 1/Λ Λ *C
cm-1 -¹ cm²
dm-3
0,005 86,98 0,017396 57,48 0,00008698
0,01 320,4 0,03204 31,21 0,0003204
0,05 296,6 0,005932 168,58 0,0002966
0,1 411,1 0,004111 243,25 0,0004111
0,2 584 0,00292 342,47 0,000584
0,5 894,7 0,001789 558,85 0,0008947
T= 23° C KH2O = 3,33µ S FONTE: AUTOR

6
Por meio dos dados de K e [CH3COOH] mol dm-3 calculou-se a condutividade
molar a cada concentração, e por meio destes os valores de 1/Λ vs Λ *C e por
estes elaborou-se a representação gráfica presente na figura abaixo:
Figura 4- representação gráfica de 1/Λ vs Λ *C

1/Λ vs Λ *C
0,001
0,0009 y = 10^-6x + 0,0001
0,0008 R² = 0,8927

0,0007
0,0006
0,0005
0,0004
0,0003
0,0002
0,0001
0
0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00

Fonte: Autor

Segundo a lei limite de Debye-Huckel vemos anormal quando a concentração chega próximo
a zero que pode ser observado na figura acima. Tendo como base a equação:
1 1 𝛬∗𝐶
= +
𝛬 𝛬∞ 𝐾(𝛬∞)²
Podemos por meio da equação da reta do gráfico estipular o valor de Ka para o ácido acético
no valor de 10-6, valor este próximo ao presente na literatura de 1,8* 10-5.

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4.3 - Determinação da solubilidade de um sal pouco solúvel por
condutimetria.
Para esse experimento foi utilizado um sal solúvel Cloreto de Cobalto
hexahidratado CoCl2°6H2O. Lavou-se a célula de condutância com água destilada.
Imergiu-se o eletrodo de condutância em água destilada e fazendo-se quatro
medidas, de 5 em 5 minutos, até obter um valor constante para a condutância
eletrolítica. Pesou-se 1,2016 g de um sal solúvel, por exemplo CoCl2, adicionou-se
logo em seguida 200 mL de água destilada, mantendo-se o sistema sobe agitação
constante. Mediu-se a condutância da solução eletrolítica de 5 em 5 minutos,
obtendo-se valores constantes de leitura. Obtendo os seguintes valores:

Tabela 3- Medidas de condutividade de CoCl2

Medidas de condutividade
de CoCl2
m (g) K / µS T(min)
cm-1
1,2016 10,23 0
1,2016 10,30 5
1,2016 10,33 10
1,2016 10,31 15
Fonte: Autor T=20°C

Para que seja calculada a condutividade molar precisamos primeiro calcular


concentração de CoCl2 em solução. A MM de CoCl2 é 129,84 g mol-1, como foram
usado 0,2 L de água destilada basta usar a seguinte relação
M= m/MM*V
M= 1,2016/129,84*0,2
M= 0,0463 mol L-1
Agora podemos substituir na seguinte relação
Λ= K/[CoCl2\]
Tirando uma média dos valores de K = 10,29, uma vez que a concentração é a
mesma em todas as leituras, basta agora substituir na equação:
Λ= 10,29/[0,00463]
Λ= 0,048 * 10-6 S mol -¹ cm²
Uma vez que possuímos os valores de K e da condutividade molar basta substituir
na equação abaixo e calcular a solubilidade:

8
1000
S = 𝐾𝑠𝑎𝑙
Λ+∞ + Λ−∞

1000
S = 10,29
0,048 × 10−6
S= 0,192 molL-1
Podemos concluir que a S do CoCl2 é 0,192 molL-1.

9
6. CONCLUSÃO
Por meio da condutimetria foi possível determinar a concentração molar em diluição
infinita de eletrólitos fortes, calcular a constante de solubilidade de um eletrólito fraco
no experimento usado o ácido acético, e a solubilidade de um sal solúvel. Obtendo
resultados satisfatórios.

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7. REFERÊNCIAS
VOGUEL, Análise Química Quantitativa. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC -
Livros Técnicos e Científicos. Editora 1992.
Roteiro de aulas práticas de Físico-química II, Universidade Federal do Ceará
2023.
PILLA, L. Físico-Química I. Livros Técnicos e Científicos. Rio de Ja-
neiro Editora 1979.
ATKINS, P. W. Physical Chemistry. 6 ed. Oxford: Oxford University
Press, 1998.
ATKINS, P. W. Físico-Química e Fundamentos. 3 ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos. Editora 2003.

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