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UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ICEX – INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


ESPECIALIZAÇÃO EM MATEMÁTICA PARA PROFESSORES:
MATEMÁTICA DO ENSINO BÁSICO

JÉSUS TADEU FERREIRA

CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS ELEMENTARES


E SUAS APLICAÇÕES

BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS


2011
JÉSUS TADEU FERREIRA

CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS ELEMENTARES


E SUAS APLICAÇÕES

Apresentação de Monografia a UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais


como condição prévia para conclusão Curso de Pós-Graduação “Lato-Sensu” –
Especialização para Professores da Educação Básica.
Por: Jésus Tadeu Ferreira

Orientador : Prof. Fábio Enrique Brochero Martinez

BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS


2011
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho às pessoas que


acreditaram e me impulsionaram , concedendo a
mim a oportunidade de aprimoramento social e
profissional.
José Carlos Putnoki,

[...] não há Geometria sem Régua e


Compasso. Quando muito, há apenas
meio Geometria, sem os instrumentos
euclidianos. A própria designação
Desenho Geométrico me pareça
inadequada. No lugar, prefiro Construções
Geométricas. Os problemas de construções
são parte integrante de um bom
curso de Geometria. O aprendizado das
construções amplia as fronteiras do
aluno e facilita muito a compreensão das
propriedades geométricas, pois
permite uma espécie de “concretização”. Vejo
a régua e o compasso como
instrumentos que permitem “experimentar”.
Isso, por si só, dá uma outra
dimensão aos conceitos e propriedades
geométricas.
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador Prof. Fábio Enrique Brochero


Martinez pelo incentivo, simpatia e presteza no
auxílio às atividades e discussões sobre o
andamento, normalização e conclusão desta
Monografia. Aos idealizadores, coordenadores ,
e professores da Especialização para
Professores pelo conhecimento e competência
demonstrado ao longo do curso. E finalmente a
Deus. Obrigado meu Deus!!!
RESUMO

O Objetivo dessa monografia é a motivação da implementação, dos conteúdos


geométricos através das Construções Geométricas em sala de aula. Visando um
processo de ensino-aprendizado mais atrativo e reflexivo, explorando as
construções geométricas elementares, seus procedimentos, e as
argumentações em torno dos procedimentos suas aplicações. Outro aspecto a
ser abordado é a incorporação da Geometria Dinâmica, o acesso a softwares
livres (recursos computacionais) para auxiliar no planejamento das construções
geométricas, incorporando ao lápis e o papel, a lousa e o giz, a apropriação de
novas tecnologias.
Quando falamos em implementação, é que tem-se observado tanto nos planos
anuais de cursos, quanto nos livros didáticos que o conteúdo de Geometria não
é privilegiado, muito menos as construções geométricas, que aparece como um
conteúdo a parte , sendo pouco explorado em relação a Álgebra ou Aritmética .
Corroborando isso, Wagner (1993), estando as construções geométricas cada
vez mais ausentes dos currículos escolares, deve-se ajudar a resgatar o assunto
do esquecimento e mostrar a sua importância como instrumento auxiliar no
aprendizado da geometria, pois as construções com régua e compasso já
aparecem no século V a.C., época dos Pitagóricos, e tiveram enorme
importância no desenvolvimento da matemática grega.
Logo este trabalho almeja a implementação de modo efetivo do estudo das
Construções Geométricas no ensino fundamental e médio, assim como a
promover a educação integral dos alunos.
SUMMARY

The objective of this monograph is the motivation of the implementation of the


geometric content through the geometric constructions in the classroom. Seeking
a teaching-learning more attractive and reflective, exploring the basic geometric
constructions, its procedures, and the arguments around processes applications.
Another aspect to be addressed is the incorporation of dynamic geometry,
access to free software (computational resources) to assist in the design of
geometric constructions, incorporating the pencil and paper, blackboard and
chalk, the appropriation of new technologies.
When we talk about implementation, is that it has been observed both in the
annual plans of courses, textbooks and the content of geometry is not privileged,
much less geometric constructions, which appears as a content part, with little
explored in relation algebra or arithmetic. Corroborating this, Wagner (1993), with
geometric constructions increasingly absent from school curricula, must be
helped to rescue from oblivion the subject and show its importance as an aid in
the learning of geometry, because the constructions with ruler and compass
already appear in the fifth century AD, when the Pythagoreans, and had
enormous importance in the development of Greek mathematics.
Once this work aims to implement effectively the study of geometric constructions
in elementary and secondary education, as well as to promote the integral
education of students.
Capítulo 1 : Um breve histórico das Construções Geométricas no Brasil -
Currículo Escolar..

Capítulo 2:
2.1 – Métodos dos Lugares Geométricos;
2.2 – Estudo das Cevianas,
2.3 – Construções Geométricas Elementares (Fundamentais);
2.4 – Teoremas aplicáveis

Capítulo 3: Aplicações: Sequência de Problemas - Construções Geométricas:


3.1 – Construção de Triângulos;
3.2 – Tangência e Concordância
3.3 – Quadriláteros,
3.4 – Polígonos

Capítulo 4: Geometria Dinâmica : Geogebra e suas aplicações

Capítulo 5: Conclusão
INTRODUÇÃO

A matemática é uma grande aventura nas ideias; a sua história reflete


alguns dos mais nobres pensamentos de inúmeras gerações.»
(Dirk J. Struik)

Um dos objetivos dessa monografia é promover o estudo das construções


geométricas , É notório que tanto seu ensino quanto sua aprendizagem
apresentam diversas dificuldades, tanto no ensino fundamental com na
graduação, seja por motivo de incentivo na de formação dos docentes, ou da
própria legislação, quando a disciplina deixa de ser obrigatória.
Desde a antiguidade, por volta do século V a.C., realizada pelos antigos
matemáticos gregos, uma das formas de estudar as figuras geométricas, era
através da realização e exploração de construções geométricas. Destacam-se
os problemas clássicos relatados pelos Gregos e recopilados por Euclides
(300 a.C.) que perguntam a possibilidade da construção com régua e
compasso da quadratura do círculo, isto é , construir um quadrado com igual
área de um círculo dado, a trisseção de um ângulo e a duplicação do cubo.
Estes problemas permanecem abertos até o surgimento de uma teoria
adequada que permite caracterizar os segmentos construtíveis via álgebra. O
estudo destes problemas levou à descobertas de propriedades,
estabelecidas sob a forma de teoremas. Logo não podemos deixar de
enfatizar que a realização e exploração das construções geométricas,
constitui uma forma eficiente de aprender e ensinar geometria.
O trabalho foi desenvolvido em 5 capítulos, nos próximos parágrafos são
destacados os principais pontos discutidos.

No capítulo 1, temos um breve panorama da participação do Desenho


Geométrico ênfase em Construções Geométricas na grade curricular de
ensino nacional. Uma análise histórica de fatos sobre o desenvolvimento do
conteúdo, que são relevantes e levaram a motivação da escolha deste tema,
almejando também um caráter de aquisição e aprofundamento do
conhecimento da disciplina aplicada durante a Especialização para
Professores.
Com a publicação dos PCN em 1998, pelo Ministério de Educação e Cultura,
a discussão sobre conteúdos, metodologias, recursos, livros didáticos tornou-
se uma constante nas diversas instituições de ensino.
José Carlos Putnoki, autor de coleções de livros didáticos de Desenho
Geométrico para o Ensino Fundamental e Médio, considera de fundamental
importância o ensino das Construções Geométricas: “o aprendizado das
construções amplia as fronteiras do aluno e facilita muito a compreensão das
propriedades geométricas” (apud ZUIN, 2002, p. 9-10). Mas esse aprendizado
precisa estar vinculado a conceitos geométricos utilizados nesse campo do
conhecimento.
Enfim a proposta do tema é dar maior credibilidade as atividades de
Construções Geométricas constituindo esta teoria e prática fundamental no
ensino e aprendizagem de Geometria .
No Capítulo 2, tentamos elaborar uma documentação que reunisse
condições e parâmetros necessários para o processo das construções
geométricas, levando em conta que toda figura geométrica incorpora um
conjunto de propriedades que a individualiza, constituindo-se em conjuntos de
lugares geométricos, e tendo por base algum argumento que a justifique. É
apresentado de maneira resumida o método dos lugares geométricos, o
estudo das cevianas e os pontos notáveis de um triângulo, construções
geométricas elementares (fundamentais), construções estas auxiliares na
resolução de quase todos os problemas gráficos e teoremas aplicáveis.
A figura geométrica que é o resultado gráfico de uma proposição, contém
todas as propriedades inerentes a este modelo, o processo de construção
pode ter caminhos diferentes dependendo dos dados iniciais, da disposição
destes. Contudo, existe uma relação intrínseca entre o processo de
construção e as propriedades inerentes ao modelo matemático, ou seja, deve-
se verificar os esquemas que acionamos na obtenção da figura geométrica a
ser construída, dessa forma definimos este capítulo .

No Capítulo 3, são apresentadas as construções geométricas, as resoluções


gráficas de uma série de problemas propostos que envolvem a geometria
plana elementar, todo o procedimento para a realização utilizando a régua e o
compasso, os instrumentos utilizados pelos pitagóricos na antiga Grécia, no
sec. V a.C. Por volta de 300 a.C., com Euclides, as grandezas passaram a ser
associadas a segmentos de reta e, então, “construídas”, no lugar de serem
calculadas ou medidas. De modo semelhante, a ferramenta usada para a
realização das construções é o software Geogebra, que terá sua
apresentação no capítulo 4.
Problemas de construções geométricas sempre ocuparam lugar de
destaque na geometria, além de terem importância teórica fundamental.
Passemos a algumas considerações sobre construções geométricas em seus
aspectos gerais. Por uma construção geométrica devemos entender um
problema do tipo: a partir de elementos dados ou prontamente construídos
(pontos, retas, círculos,ângulos) outros elementos podem ser derivados, de
acordo com as regras seguintes, com base em Breidenbach & Suss
(1983;p.198-237):
 Cada um dos instrumentos pode ser usado apenas de uma forma pré-
determinada; e
 A construção deve acabar em um número finito de passos.
Qualquer construção geométrica com régua e compasso obedece a uma
sequência de etapas bem características e pode envolver ao menos uma das
etapas seguintes:
(a) Unir dois pontos por uma reta;
(b) Achar o ponto de interseção de duas retas;
(c) Desenhar um círculo com um raio dado em torno de um ponto;
(d) Encontrar os pontos de interseção entre dois círculos ou entre um círculo
e uma reta. Uma construção geométrica consiste, portanto, em encontrar
elementos que podem ser pontos, retas ou círculos.

Uma construção que possa ser executada com um número finito das
operações acima chamar-se-á construção euclidiana.
No Capítulo 4 , é descrito um panorama sobre o uso das ferramentas
tecnológicas, sua eficácia na medida que levam a realização da reflexão
teórica sobre situações de aprendizado. A implementação e uso do software
Geogebra na aulas de geometria, software livre com o qual desenvolvemos
todas as construções geométricas apresentadas neste trabalho. Reforçando
também o pensamento que as tecnologias livres devem estar integradas ao
contexto escolar, no planejamento, no trabalho de sala de aula, nas
bibliotecas, enfim desenvolvendo o sentido de autonomia, criatividade e
cidadania, ampliando para os estudantes a oportunidade de aquisição de
novos conhecimentos..
CAPÍTULO 1
– Um breve histórico do ensino das Construções Geométricas no Brasil
- Currículos Escolares
O ensino de Construções Geométricas de 1931 a 1971 era oficialmente parte
do currículo escolar. A partir de 1961, com a publicação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, inicia-se o desprestígio desta disciplina, pois ela deixa
de ser obrigatória e com a Lei n. 5692/71, passa a integrar o conteúdo de
Educação Artística, evidenciando seu abandono. Lei 5692/71., Artigo 4º. :
Art. 4º - os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum
obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender,
conforme as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades
locais, aos planos dos estabelecimentos e às diferenças individuais dos
alunos. (BREJON, 1973, p. 231)
Deste modo, após a promulgação da referida lei, muitas escolas aboliram o
ensino das construções geométricas, ensinadas na disciplina Desenho
Geométrico, surgindo, nesta época, os primeiros sinais de abandono e
descaso do ensino deste conteúdo. Um fator agravante, foi que nos
vestibulares de Arquitetura e Engenharia na década de 70, não seriam mais
aplicadas questões sobre construções geométricas com uso de régua e
compasso.
Com isso, as escolas optaram em manter as construções geométricas nas
aulas de Educação Artística,dentro da parte diversificada, outras escolas
optaram por não incluir no currículo de educação Artística o conteúdo de
Construções Geométricas o que acabou por abolir o seu ensino.
Este cenário preservou-se até década de 80, quando algumas editoras
lançam coleções de Desenho Geométrico, para serem utilizados de 5° a 8°
série do primeiro grau, o que nos aponta uma revalorização das construções
geométricas pelas escolas, algumas escolas particulares e da rede pública
continuavam a ministrar aulas de Desenho Geométrico. Vários livros de
Educação Artística passaram a trazer nos seus capítulos iniciais tópicos de
construções como: retas paralelas e perpendiculares, circunferências e
também alguns manuais de como usar instrumentos como régua, compasso e
esquadro. Nestes livros as construções eram realizadas como regras a serem
seguidas, sem nenhuma justificativa teórica sobre a construção.
De acordo com Zuin (op. cit.), apenas em 1998, com a publicação dos
Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o 3° e 4° ciclos do
ensino fundamental, demonstra-se uma real preocupação com o ensino das
construções geométricas neste nível de ensino.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental sugerem que,
no trabalho com Espaço e Forma, o professor de Matemática “explore
situações em que sejam necessárias algumas construções geométricas com
régua e compasso, como visualização e aplicação de propriedades das
figuras, além da construção de outras relações.” (BRASIL, 1998, p. 51). Ainda
em relação às Construções Geométricas, destaca a atenção que merece ser
dada aos “procedimentos de construção com régua e compasso e o uso de
outros instrumentos, como esquadro, transferidor, estabelecendo-se a relação
entre tais procedimentos e as propriedades geométricas que neles estão
presentes” (BRASIL, 1998, p. 68 – 69) no 3º e 4º ciclos.
No que se refere aos alunos, os PCN deixam claro que, no domínio da
Geometria, das grandezas e da medida, a competência matemática que todos
devem desenvolver inclui um aspecto que precisa ser considerado ao longo
de todos os ciclos: a aptidão para realizar construções geométricas e para
reconhecer e analisar as propriedades de figuras geométricas,
nomeadamente recorrendo a materiais manipuláveis e a software de
Geometria.
É o que nos diz Purificação (p. 5, 2002): “um novo olhar sobre as construções
geométricas possibilita aos professores refletir e reconstruir conceitos
geométricos e repensar a prática pedagógica”.
Para Wagner (1998) a partir dos gregos surgiu uma espécie de álgebra
geométrica em que a palavra construir era o sinônimo do termo resolver, ou
seja, as construções serviam para validar conhecimentos de base relativos a
propriedades das figuras geométricas. Sendo assim as Construções
Geométricas representam “um meio pelo qual se apresentam novos
problemas, bem como, um recurso para resolução de problemas
matemáticos” (SANTANA, 2002, p. 7-8).
Sendo assim, temos motivos relevantes para a abordagem do tema, então,
vamos as construções geométricas.
CAPÍTULO 2
As construções geométricas constituem o principal enfoque dessa
monografia, este capítulo destina-se à apresentação de método, definições,
propriedades e teoremas que reúnem elementos geométricos dos quais
dependem as soluções das construções geométricas.

2.1 - Método dos lugares geométricos


A recorrência ao método dos lugares geométricos facilitará muito na
resolução e entendimento dos problemas de construções geométricas. Veja o
exemplo a seguir:
(i) Consideremos dados um lado AB de um triângulo e a medidas a e b dos
outros dois lados.A proposta é encontrar o terceiro vértice C (ou C’) que
será determinado pela interseção de dois lugares geométricos, a saber,
as duas circunferências C(A,a) e C(B,b).

(ii) Considere o exemplo da mediatriz que é um dos principais lugares


geométricos:
Apesar de todos os pontos do segmento RS terem a propriedade comum,
(são eqüidistante de A e B), esse segmento não é lugar geométrico dos
pontos eqüidistantes de A e B, pois , não só os pontos do segmento RS que
têm essa propriedade. Já a reta r, mediatriz de AB, merece o nome de lugar
geométrico, porque todos os seus pontos e só eles (no plano do papel) têm a
propriedade: são eqüidistante de A e B.
O Conceito de lugar geometrico (LG):
Definição:
Uma figura é denominada lugar geométrico dos pontos que possuem uma
propriedade β quando, e somente quando:
 Todos os pontos dessa figura possuem a propriedade β;
 Somente os pontos dessa figura possuem a propriedade β.
O que consiste o método dos lugares geométricos?
Procurar um ponto que satisfaça as condições impostas em um problema:
 Imagina-se o problema já resolvido e faz–se uma figura-rascunho onde
destaca-se o ponto procurado;
 Pesquisam-se na figura rascunho, duas propriedades β1 e β2, desse
ponto, que definam dois lugares geométricos aos quais ele pertence;
 Constroem-se esses lugares geométricos obtendo o ponto (ou pontos) de
interseção de ambos.
Nas construções geométricas aplicaremos de modo sistemático desse método.

Lugares Geométricos

 Lugar Geométrico 1 :LG1 – Circunferência


O lugar geométrico dos pontos que estão a uma igual distância de um ponto
dado é a circunferência que tem centro nesse ponto e raio igual à dada.

Sempre que um ponto procurado estiver a uma distância r conhecida de um


ponto O conhecido, esse ponto pertencerá a circunferência.
 Lugar Geométrico 2 : LG2 – Mediatriz
O lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de dois pontos A e B dados é a
mediatriz do segmento AB.

Sempre que um ponto procurado for eqüidistante de dois pontos A e B dados,


esse ponto pertencerá a mediatriz de AB .Logo, a mediatriz pertence ao ponto
médio de AB.
Vejamos que a mediatriz é efetivamente este lugar geométrico, para isto, seja P
um ponto sobre a mediatriz e M o ponto médio de AB.

Observemos que os triângulos AMP e BMP são congruentes porque:


• AM = MB
• MP é lado comum
• AMP = BMP = 90º
Logo, pelo critério LLA (lado-lado-ângulo) os triângulos são congruentes, em
particular AP = PB.
 Lugar Geométrico 3 : LG3 – Retas Paralelas
O lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a uma reta r dada são iguais d
constitui um par de retas paralelas a r.

Sempre que um ponto procurado estiver a uma distância d de uma reta dada,
esse ponto pertencerá a uma das paralelas distantes d dessa reta.
Uma advertência importante:
Nos problemas, o LG3 deve ser totalmente construído, isto é, devem ser
construídas as duas retas paralelas, sob pena de se perderem soluções, caso
isso não seja feito.
Demonstração: seja r uma reta e A, B pontos tal que a distância de A e r é igual
à distância de B a r e os pontos A e B estão no mesmo semi-plano determinado
por r então a reta AB é paralela a reta r.
Prova:

Seja C um ponto sobre AB. Mostremos que a distância de C a reta r independe


de C.
Sejam A’, B” e C” os pés das perpendiculares desde A, B e C a r.
Observe que AA’B’ é congruente ao BB’A’ porque:
• AA’ = BB’ (hipótese)
• A’B’ é lado comum Caso LLA
• AA’B’ = BB’A = 90º
Em particular AB’ = A’B
Por outra parte, AA’B é congruente BB’A porque:
• AB’ = A’B (prova anterior)
• A’A = B’B (hipótese) Caso LLL
• AB é lado comum
Em particular A’AB = B’BA
Como a soma dos ângulos interno de um quadrilátero é 360º temos
• A’AB = B’BA = 90º .
Assim se o ABB’ = 90º sugere que B’CC’ = 90º fazendo o mesmo processo
anterior com o retângulo BCC’B’ temos BB’ = CC’. Isto é a distância de C a r não
muda, assim a reta AB permamnece à mesma distância de r.

 Lugar Geométrico 4: LG4 – Bissetriz


O lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de duas retas concorrentes, a e
b, constitui um par de retas perpendiculares, as quais contêm as bissetrizes
dos ângulos determinados por a e b.

Sempre que um ponto procurado for eqüidistante de duas retas concorrentes


dadas, esse ponto pertencerá à bissetriz de um dos ângulos formados por
essas retas.
Seja P um ponto que eqüidista de s1, e s2 e, O o ponto de interseção de s1 e s2.
Denotemos por A e B os pés de perpendiculares desde P a s 1 e s2.

Observe que os triângulos AOP e BOP são congruentes já que:


• OP é lado comum
• AP = BP (hipótese) Caso LLA
• PAO = PBO = 90º
Segue que POB = POA
Assim basta encontrar um ponto que equidista dos lados do ângulo para
determinar totalmente a bissetriz.
 Lugar Geométrico 5: LG5 – Arco capaz
O lugar geométrico dos pontos que enxergam um segmento AB segundo um
ângulo de medida β e constante é o par de arcos capaz do ângulo β descrito
sobre AB.

Sempre que um ponto procurado enxergar um segmento segundo um


ângulo β, esse ponto pertencerá a um dos pontos dos arcos capazes do
ângulo β descritos sobre esse segmento. Esta é uma propriedade observada
em a circunferência e sua corda
É bom lembrar, que a maior corda de uma circunferência é o seu diâmetro.
O valor do arco capaz com a corda passa pelo centro é de 90º, os ângulos β
e θ são congruentes.

Seja A, B pontos fixo e seja O um ponto sobre a mediatriz de AB tal que


AOM = BOM = β , traçamos uma circunferência com o centro O e raio AO.
Seja X um ponto sobre o arco que esta no mesmo semi-plano de O determinado
por AB.
Observe que o AXO, BXO e ABO são isósceles:
• OXA = OAX
• OXB = OBX
• OAB = OBA = 90º - β
Como a soma destes 6 ângulos é 180º temos que :
• 2( OXA + OXB+ OAB ) = 180º como OXA+ OXB = AXB virá
• AXB + (90º - β ) = 90º
• AXB = β
Segue que não é importante onde está o ponto X sobre o arco, o ângulo AXB
é invariante.

2.2 - CEVIANAS NOTÁVEIS


Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um
triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a
esse vértice. O nome Ceviana foi dado em homenagem ao matemático
italiano Giovanni Ceva (1648-1734).

Conforme a definição, uma das extremidades da ceviana é um vértice. Diremos,


então, que a ceviana é relativa a esse vértice, ou relativa ao lado oposto ao
mesmo. A outra extremidade da ceviana é denominada pé. Assim, na figura
anterior, as cevianas AA1, AA2 e AA3, são relativas ao vértice A ou , também,
relativas ao lado BC, e os pontos A 1, A2 e A3 são os pés dessas cevianas.
Evidentemente, de cada vértice de um triângulo podem-se traçar infinitas
cevianas, as quais podem ser internas ou externas ao mesmo. Porém, dentre as
cevianas, há três que são muito importantes, por isso chamadas notáveis.
Passamos a defini-las:
MEDIANA é o segmento de reta que une o vértice ao ponto médio do lado
oposto de um triângulo.

Os pontos médios dos lados opostos aos vértices A, B e C (os pés das
medianas) serão denotados por Ma, Mb e Mc, respectivamente, e os
comprimentos das medianas relativas aos mesmos serão denotados por m a, mb
e mc;
BARICENTRO (G) é o ponto de interseção da medianas, que divide cada uma delas
na proporção de 1/3. Em todo triângulo o baricentro é ponto interior do mesmo.

Por hipótese, temos:


, e são medianas.
Por tese, temos:

Demonstração:
Seja X o ponto onde:

Que é o baricentro G que queremos demonstrar. Se considerarmos os pontos


médios D e E de e , temos que , no triângulo ABC:
Se:
e
Então:

E se:
e

Então: e

Daí, segue que:


e

Logo, M2M3DE é paralelogramo.

Então:

Logo, a Mediana , intercepta a mediana num ponto X tal que:

Tomando-se as Medianas e e sendo Y o ponto tal que:

De modo análogo, concluímos que:

De ( I ) e ( III ) vem que X = Y.

Se chamarmos esse ponto X=Y de G e considerarmos ( I ), ( II ) e ( IV ), temos:

e
MEDIATRIZ é a perpendicular que passa pelo ponto médio de cada lado do
triângulo e o CIRCUNCENTRO é o ponto de interseção das mediatrizes, que é
eqüidistante dos vértices, portanto, o centro da circunferência que circunscreve o
triângulo. Observemos que o circuncentro sempre existe. De fato, seja O ponto
de interseção das mediatrizes de AB e BC. Como O está sobre a mediatriz de
AB então AO = OB e como O está sobre a mediatriz de BC então OB = OC, logo
AO = OC. Assim O está a mesma distância de A e C, o que implica que está sob
re a mediatriz de AC. Pelo mostrado anteriormente temos que uma
circunferência com centro em O e raio AO também passa por B e C. Concluímos
que todo triângulo é circunscritível.
No Triângulo Acutângulo o circuncentro está no interior;

No Triângulo Obtusângulo o circuncentro está no exterior;

No Triângulo Retângulo o circuncentro está no ponto médio da hipotenusa.

Demonstração do Circuncentro de um Triângulo:


Seja o triângulo:

Por hipótese, temos:


m1, m2 e m3 são mediatrizes de , e .
Por tese, temos:

Demonstração:
Seja, então, O o ponto onde:

Se:

Então:

Logo:

BISSETRIZ é cada uma das retas que passando pelo vértice, divide o ângulo
que lhe corresponde em duas partes iguais.
INCENTRO é o ponto de interseção das bissetrizes, equidistante a todos os
lados é o centro da circunferência inscrita no triângulo. O incentro está sempre
no interior do triângulo. Incentro é o centro da circunferência inscrita, porém, o
raio dessa circunferência é determinado pela perpendicular que passa por I
(Incentro). De fato o incentro sempre existe. Para mostrar isto, seja I o ponto de
interseção da bissetriz desde o vértice em A e da bissetriz desde o vértice em B.
Como IA é bissetriz do ângulo BAC temos que I equidista dos lados BA e AC e
como IB é bissetriz do ângulo ABC temos que I equidista dos lados AB e BC.
Logo I equidista dos lados AC e BC o que implica que I está sobre a bissetriz
desde C.
Observe que se construímos uma circunferência com centro em I e tangente a
um dos lados, como a distância dos lados a I é a mesma então esta
circunferência também será tangente aos outros dois lados.
Demonstração do Incentro de um Triângulo:
Seja o triângulo abaixo:

Por hipótese temos:


, e são bissetrizes internas.
Por tese temos:
e dsa = dsb = dsc
Demonstração:
Seja I o ponto onde:

Que é o Incentro que queremos demonstrar.

Então:
dSb = dSc e
Logo: e dSa = dSb = dSc
ORTOCENTRO é ponto de ALTURA de um triângulo é um segmento de reta
perpendicular a um lado do triângulo ou ao seu prolongamento, traçado pelo
vértice oposto. Esse lado é chamado base da altura, e o ponto onde a altura
encontra a base é chamado de pé da altura.
interseção das três alturas de um triângulo .

No triângulo acutângulo, o ortocentro está no interior do triângulo;

No triângulo retângulo, o ortocentro concidirá com o vértice, correspondente


ao vértice do ângulo reto;

No triângulo obtusângulo, o ortocentro é externo ao triângulo.


Os três vértices juntos com o ortocentro formam um sistema ortocêntrico.
Obseerve que as alturas de de ABC são as mesmas retas que as bissetrizes do
triângulo órtico HaHbHc.Como mostramos anteriormente as bissetrizes se
encontram em um ponto (isto é, são concorrentes em um ponto) logo as alturas
de ABC são concorrentes em um ponto que como falamos anteriormente
chamraremos ortocentro.
No triângulo isósceles, a altura relativa ao ângulo do vértice coincide com a
bissetriz e com a mediana daquele mesmo ângulo.
No triângulo equilátero, a altura de qualquer lado coincide com as bissetrizes e
medianas dos mesmos.
Demonstração do ortocentro de um triângulo:
Seja o triângulo:

Pelos vértices A, B e C, traçamos retas paralelas aos lados opostos obtendo o


triângulo MNP. Temos então que:

Analisando o triângulo, temos:


APBC é paralelogramo se :

ABCN é paralelogramo se:

Então:
A é o ponto médio de NP ( I )
Em contrapartida:
, é perpendicular a ( II )
De ( I ) e ( II ) temos que a reta é a mediatriz de .
Analogamente, temos:
é a mediatriz de
é a mediatriz de
Logo, considerando o triângulo MNP, as mediatrizes interceptam-se num ponto
H:
2.3 - Teoremas
Passaremos agora as demonstrações de alguns teoremas importantes aos
nossos propósitos. Para efeito de referência, vamos numerá-los na forma T 1,
T2 ... para facilitar suas posteriores referências.

Teorema 1 (T1). Se três retas paralelas determinam segmentos congruentes


em uma transversal, então determinam segmentos também congruentes em
qualquer outra transversal.
Hipótese: r // s // t
AB = BC
Tese: DE = EF

Demonstração:
Por D e E traçamos, respectivamente, DB //AB; EC’ // BC . Então, DB’ = AB
e EC’ = BC por serem lados opostos nos paralelogramos ABB’D e BCC’E.
( T2 – Em todo o paralelogramo os lados opostos são congruentes.)

Como AB = BC por hipótese, vem que DB’ = EC’.


Assim, os triângulos DEB’ e EFC’ são congruentes pelo critério LAAo, pois:
DB’ = EC’, EDB’ ≅ FEC’ (correspondente) e DEB’ ≅ EFC’
(correspondentes). Da congruência desses triângulos, vem a tese, DE = EF.
Teorema 2 (T2) -Teorema de Tales - Um feixe de retas paralelas determina sobre
duas transversais quaisquer segmentos em uma proporcionais aos
correspondentes na outra.
Hipótese: r // s // t
Tese :

Demonstração:
Vamos admitir que AB e BC sejam comensuráveis, isto é, vamos admitir que
exista um segmento u que divide AB em m segmentos congruentes, e BC em n
segmentos congruentes.

Então, AB = m.u e BC = n.u, ou ainda , :

Traçando agora as paralelas ao feixe pelo pontos de divisão, pelo Teorema 1,


elas determinarão segmentos u’ também congruemtes entre si na outra
transversal. Assim DE = m.u’ e EF = n.u’. Logo:

De (1) e (2) ,
Teorema 3 (T3). Se uma reta corta dois lados de um triângulo dividindo-os na
mesma razão, então ela é paralela ao terceiro lado.
Demonstração: Seja ABC um triângulo qualquer. Consideremos a reta DE onde
D é um ponto entre A e B, e E é um ponto entre A e C com

Seja DE a reta passando por D, paralela à BC e interseccionando AC no


ponto E’ pelo teorema fundamental da proporcionalidade temos:

E , portanto,

Portanto AE’ = AE. Logo E = E’, e DE é paralela a BC.

 Teorema 4 (T4).
a) Duas retas paralelas cortadas por uma transversal formam pares de ângulos
correspondentes congruentes;
b) Duas retas distintas paralelas a um mesma reta são paralelas entre si.
c) Se uma reta é perpendicular a uma de duas retas paralelas, então é
perpendicular à outra.
Teoremas Fundamentais Sobre Semelhança de Triângulos

 Teorema 5 (T5).Teorema da Semelhança A.A.A


Dados dois triângulos ABC e DEF, se A≅ D, B≅ E e

C≅ F, então ABC ≅ DEF. Demonstração:


Consideremos os triângulos ABC e DEF satisfazendo as hipóteses do
teorema:

Consideremos E’ e F’ pontos de AB e AC, respectivamente, tais que


AE’= DE e AF’ = DF. Pelo postulado L.A.L, temos que :

AE’F’ ≅ DEF
Portanto E’ ≅ B. Assim, E’F’ e BC são paralelas ou coincidem. Se
coincidem então, pelo caso de congruência A.L.A., temos

AE’F’ ≅ ABC, e, portanto, os triângulos ABC e DEF são congruentes e


daí, semelhantes.
Se E’F’ e BC são paralelas, então pelo Teorema Fundamemntal da
Proporcionalidade, temos :

Como AE’ = DE e AF’ = DF’, temos:

Analogamente demonstramos que:

Logo ABC’ ≅ DEF.

Corolário. (Corolário A.A.) Seja S uma correspondência entre os vértices de


dois triângulos. Se dois pares de ângulos correspondentes são congruentes,
então a correspondência S é uma semelhança.
 Teorema 6 (T6).Teorema de Semelhança L.A.L
Dados dois triângulos ABC e DEF, se A≅ D e

Então:

AE’F’ ≅ DEF.

Demonstração:
Consideremos os triângulos ABC e DEF satisfazendo as hipóteses do teorema.

Consideremos E’ e F’ pontos de AB e AC respectivamente, tais que AE’ = DE


e AF” = DF. Temos:

Portanto, pelo Teorema 3, obtemos que E’F’ e BC são paralelas e então, pelo
Teorema 4, temos B ≅ E’ e C ≅ F’. Mas , pelo postulado L.A.L., os
triângulos AE’F’ e DEF são congruentes. Portanto temos
E’ ≅ E e F’ ≅ F.
Então, B≅ E e C≅ F , e pelo corolário A.A. , temos

ABC ≅ DEF.
 Teorema 7(T7). Teorema de Semelhança L.L.L.
Se dois triângulos ABC e DEF são tais que seus lados satisfazem a relação

Então ABC ≅ DEF.


Demonstração:
Sejam E’ e F’ pontos de AB e AC, respectivamente, tais que AE’=DE e
AF’=DF.

Como da hipótese decorre

Segue, usando o Teorema 1, que E’F’ e BC são paralelas. Então, pelo


Teorema 2, temos B≅ E’ e C≅ F’ (a)

Pelo Corolário A.A. temos ABC ≅ DE’F’.


Portanto,

e, daí,

Mas, pela hipótese, temos :


De (b) e (c) segue E’F’ = EF. Então, pelo Teorema L.L.L. de congruência de
triângulos, temos AE’F’ ≅ DEF , e portanto E’ ≅ Ee F’ ≅ F.

Teorema8 (T8): Em um triângulo ABC qualquer, o baricentro, o ortocentro,


e o circuncentro são colineares.
O baricentro está entre o ortocentro e o circuncentro e sua distância ao
ortocentro é o dobro de sua distância ao circuncentro.
Demontração:
A prova deste Teorema vale para um triângulo qualquer.
No caso de o triângulo ABC ser eqüilátero (figura 1), medianas, alturas e
mediatrizes coincidem, conseqüentemente, os três pontos G, H e O também irão
se coincidir.
Para se definir uma reta precisamos de dois pontos distintos.
Sendo assim, em um triângulo eqüilátero a Reta de Euler não está definida.
Figura 1

Para triângulos isósceles (figura 2), temos que a mediana, mediatriz e altura
relativa à base são coincidentes, logo, o baricentro, o ortocentro e o circuncentro
pertencem e um mesmo segmento. Assim, a reta que contêm esse segmento é
a Reta de Euler do triângulo.
Figura 2

Por simplicidade na demonstração utilizaremos um triângulo acutângulo para


garantirmos que os três pontos, citados acima, serão internos ao triângulo. No
entanto a prova é análoga para um triangulo obtusângulo, ou mesmo retângulo.
- Vamos considerar então um triângulo ABC escaleno (figura3).
- Baricentro G (contido na mediana) e o circuncentro O (contido na mediatriz)
são pontos distintos, pois a mediana é distinta da mediatriz;
- Tomamos então a reta l determinada pelos pontos G e O;
- Seja H’ um ponto pertencente a semi-reta OG tal que GH'= 2 GO;
- Seja P o ponto médio do lado BC;
- Consideremos a mediana e a mediatriz relativas ao lado BC;

Figura 3

- Os triângulos GH’A e GOP são semelhantes pelo caso LAL de semelhança:


· GH' = 2GO (por construção)
· AGˆH'= AGˆ O (o.p.v)
· AG = 2 GO (propriedade do baricentro)
- Logo, seus ângulos correspondentes, AHˆ 'G e POˆ G são congruentes;
- Assim a reta suporte que contêm o segmento AH' é paralela à mediatrizOP ;
- Conseqüentemente, H’ é um ponto pertencente a altura relativa ao ladoBC;
- Raciocinando da mesma forma, vamos tomar agora a mediana e a mediatriz
relativas ao lado AC(figura4);
- Seja P’ o ponto médio do lado AC;
Figura 4

- Os triângulos GH’B e GOP’ são semelhantes pelo caso LAL de semelhança:


· GH' = 2GO (por construção)
· BGˆ H'= P'GˆO (o.p.v)
· BG = 2 GP' (propriedade do baricentro)
- Logo, seus ângulos correspondentes, BHˆ 'G e P'Oˆ G são congruentes;
- Assim a reta suporte que contêm o segmento BH' é paralela à mediatrizOP' ;
- Conseqüentemente, H’ é um ponto pertencente a altura relativa ao ladoAC;
- Como H’ é a intersecção de duas alturas do triangulo ABC temos que H’ = H
(ortocentro).
 Concluímos assim que, Circuncentro ( O ), Baricentro ( G ) e
Ortocentro ( H ) são colineares e a Reta l é a Reta de Euler do
Triângulo ABC.
 Como o Ortocentro de um triângulo é único, por construção, temos
que, o Baricentro estará sempre entre o Ortocentro e o Circuncentro
e GH = 2GO .

2.4 - CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS ELEMENTARES (FUNDAMENTAIS)

PCE-01 - CONSTRUÇÃO DE UMA PERPENDICULAR QUE PASSA POR UM


PONTO NÃO PERTENCENTE A UMA RETA:

Considere o segmento AB e um ponto P não pertencente ao segmento.


Procedimento:
Durante a construção tenha em mente que os traços das circunferências e
pontos de interseção são auxiliares. Outra opção é manter apenas os arcos
convenientes, não sendo necessário traçar toda a circunferência.
(i) Centro em P, abertura dist(PA) =dist(PB) = r, obtemos a circunferência C1;
(ii) Mesma abertura, centro em A , obtemos a circunferência C2;
(iii) Mesma abertura centro em B, obtemos a circunferência C3;
(iv) Na interseção de C2 e C3, obtemos o ponto Q.
(v) Traçar o segmento PQ, determinando assim, a reta perpendicular ao
segmento AB que passa pelo ponto P.

Nesta construção estamos usando a conseqüência dos triângulos ABQ e


BPQ para concluir que a reta encontrada é de fato a mediatriz.

PCE-02 - CONSTRUIR PERPENDICULAR QUE PASSA POR UM PONTO


QUALQUER, PERTENCENTE A UMA RETA:
No caso, o ponto é a extremidade de um segmento de reta em A.
Considere o segmento AB:
Procedimento:
(i) Numa região do plano, próxima ao ponto A, assinalar o ponto O;
(ii) Centro em O, abertura dist(OA) = r, obtemos a circunferência C1 que
intercepta o segmento AB no ponto C;
(iii) Traçar reta passando r CO interceptando a circunferência C1, no ponto D;
(iv) Traçar AD obtendo perpendicular no ponto A.

Nesta construção estamos usando o fato que o ângulo inscrito em meia


circunferência (arco capaz) é 90º.
Outra forma de obtenção de uma perpendicular.
Considere a reta s
Procedimento:
(i) Centro em A, abertura qualquer, obtemos a circunferência C1, e ponto B que
intercepta a reta s;
(ii) Centro em B, mesma abertura, obtemos a circunferência C2, e a interseção
com a circunferência C1, no semi-plano acima de A, obtemos o ponto C;
(iii) Centro em C, mesma abertura, obtemos a circunferência C3, e a interseção
com a circunferência C1, obtemos o ponto D;
(iv) Centro em D, mesma abertura, obtemos a circunferência C4, e a interseção
com a circunferência C3, obtemos o ponto E;
(v) Traçar o segmento AE, perpendicular a reta s no ponto A.
Nesta construção estamos usando o fato que os triângulos ABC e ACD
são eqüiláteros assim o ângulo BAC = 60º e CAD = 60º, então se
traçarmos a bissetriz do ângulo CAD obtemos o ângulo de 30º e, portanto,
BAE = 60º + 30º = 90º.

PCE-03 - CONSTRUIR A MEDIATRIZ , OBTENDO O PONTO MÉDIO DE UM


SEGMENTO:
Dado AB. O segmento PQ é a mediatriz do segmento AB.
A mediatriz é o conjunto de todos os pontos que equidistam dos extremos do
segmento, portanto, é um lugar geométrico devido a essa propriedade.

Demonstração LG.2 Página nº:


PCE-04 - CONSTRUIR UMA PARALELA QUE PASSA POR UM PONTO P
QUALQUER NÃO PERTENCENTE A UMA RETA:

Considere a reta s e ponto P não pertencente a reta s.


Procedimento:
(i) Centro em P, traçar circunferência C1, que intercepta a reta s em A;
(ii) Centro em A, com a mesma abertura, traçar circunferência C2 , que
intercepta a reta s em B;
(iii) Centro em B, com a mesma abertura, traçar circunferência C3, que
intercepta C1 no ponto C;
(iv) Traçar PC, obtendo-se a a reta r paralela a reta s .
Observemos que pela construção AP = AB é de igual forma AB = BC e por
último PC = BC, logo, ABCD é um losango em particular , e um pararelogramo
assim, AB // PC.

PCE-05 - CONSTRUIR A BISSETRIZ DE UM ÂNGULO:

(i) Traçar os segmentos OA, OB, sobre as retas suporte concorrentes r e s,


determinado os lados do ângulo AOB;
(ii) Centro em B, abertura qualquer, traçar circunferência C1, determinando P
em r e Q em s;
(iii) Centro em P, com a mesma abertura, traçar a circunferência C2;
(iv) Centro em Q, com a mesma abertura, traçar a circunferência C3;
(v) Na região convexa do ângulo , na interseção de C2 e C3, obtemos o ponto
R;
(vi) Traçar o segmento OR determinando a bissetriz do ângulo AÔB.

Pela construção os triângulos BPR e AQR são congruentes (LLL) em


particular PBR = QBR = 90º. Demonstração LG.4 página nº
PCE-O6 - CONSTRUÇÃO DO ARCO CAPAZ :

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento AB;


(ii) Construir em A, um ângulo de medida arbitrária em sentido horário
(ângulo do arco capaz);
(ii) Sobre o lado do ângulo A, traçar a reta suporte n;
(iii) Traçar a perpendicular p por A conforme PCE-02 fazendo interseção
com n;
(iv) Traçar a mediatriz o de AB conforme PCE-03;
(v) Determinar o centro O e traçar a circunferência C1= (O,A), arco capaz,
na interseção da reta o com a reta p;
(vi) Determinar o centro O1 e traçar a circunferência C2 = (O2,A),arco
capaz, na interseção da reta o com a reta n.
Demonstração LG.5 Pg. Nº:
3 – APLICAÇÕES:
3.1 - CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

Um triângulo fica determinado em forma e tamanho, quando dele são


conhecidos três elementos independentes, sendo pelo menos um deles linea
r, isto é, um lado ou uma altura ou uma mediana etc.

Normas gerais para a construção de um triângulo


1ª) Imagina-se o problema já resolvido e faz-se uma figura rascunho onde
comparecem , além do contorno do triângulo propriamente dito, todos os
elementos dados (altura, mediana, etc.);
2ª ) Destacam-se os elementos dados com uma tonalidade mais acentuada, ou
traçando-os em outra cor, ou outro artifício qualquer. O importante é que os
dados destaquem-se na figura-rascunho;
3ª) Estuda-se a figura-rascunho em busca de propriedades que permitem obter
os vértices;
4ª) Determinando tais propriedades, passa-se a construção.

Observação:
Quando entre os dados figura um lado, de um modo geral, pode-se começar a
construção a partir dele, pois com uma lado já se têm dois vértices, restando
apenas determinar o terceiro.

Convenções:
Medianas:
Os pontos médios dos lados opostos aos vértices A, B e C (os pés das
medianas) serão denotados por Ma, Mb e Mc, respectivamente, e os
comprimentos das medianas relativas aos mesmos serão denotados por m a, mb
e mc;

Alturas:
Os pés das alturas relativas aos vértices A, B e C serão denotados por H a, Hb e
Hc , e os comprimentos dessas alturas por ha, hb e hc , respectivamente.

Bissetrizes:
Os pés da bissetrizes internas relativas aos vértices A, B, e C serão denotados
por Sa, Sb e Sc, respectivamente, e os comprimentos das mesmas por s a, sb e sc.
APLICAÇÕES DAS CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS ELEMENTARES
CONSTRUÇÕES DE TRIÃNGULOS:

(1) Construir um ABC, sendo dados o lado a e ângulos adjacente a esse


lado de medidas diferentes : Figura-rascunho:

(i) Sobre a reta suporte r , traçar o segmento BC;


(ii) Construir os θe β, respectivamente para os pontos B e C;
(iii) Prolongar os lados dos θ e β, sendo obtido na interseção desses

segmentos o vértice A (A = b ∩ c) do ABC.


(2) Construir um retângulo ABC, sendo dados os catetos com medidas a e
b: Figura-rascunho:

(i) Sobre a reta suporte r , traçar segmento CB;


(ii) No ponto C, traçar perpendicular conforme PCE-02;
(iii) Construir C1= (C,a) , determinando o ponto B, traçar CB;
(iv) Construir C2 = (C,b), determinando o o ponto A, traçar CA;

(v) Traçar o segmento AB, determinando o ABC. Temos apenas uma


solução, pois, no outro semi-plano o triângulo é semelhante.
(3) Construir um ABC, sendo dados o B, e os lados a e c:
Figura-rascunho:

(i) Sobre a reta suporte r traçar segmento BC;


(ii) Sobre a reta suporte s, no ponto B, construir um ângulo com uma medida
qualquer;
(iii) Traçar circunferência Cc= (B,c); sendo c = c1;
(iv) Na interseção da reta suporte s com a circunferência
Cc , A = Cc ∩ s, é determinado o vértice A;

(v) Traçar os segmentos AB e AC , determinando o ABC.


(4) Construir um ABC , sendo dados a, b, ma:
Figura-rascunho:

A idéia nesta construção é que temos as medidas do ACMa que são b,


a/2 e Ma.
(i) Sobre a reta suporte r, traçar o segmento BC= a;
(ii) Obter mediatriz conforme PCE-03;
(iii) Construir C1 = (Ma,ma), Ma é ponto médio de BC;
(iv) Construir C2 = (C,b),
(v) Tais circunferências interceptam-se determinando o vértice A ,
A = C 1 ∩ C 2;

(vi) Traçar os segmentos AB e AC para determinação do ABC;


Observação: O problema admite apenas uma solução, pois, o outro triângulo
é semelhante.
(05) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, o lado b, e o ângulo A:

A idéia da construção é a seguinte fixando AC, o vértice A está a uma


distância b e sobre o arco capaz de abertura igual ao A.

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento BC;


(ii) No ponto B, construir C1, arco-capaz conforme PCE-06;
(iii) Em C, construir C2 = (C,b);
(iv) Na interseção C1 com C2, determinamos o vértice A, A = C1 ∩ C2;

(v) Traçar os segmentos AB e AC, determinando o ABC.


(6) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, a distância BHa e o ângulo
Â:
Figura-rascunho:

A idéia nesta construção é que o vértice A está sobre uma reta perpendicular
a BC por Ha e, sobre o arco capaz de abertura igual ao A.

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento BC;


(ii) Traçar Cc arco-capaz conforme PCE-06;
(iii) Traçar a reta n perpendicular no ponto H a, em seguida determinando o
vértice A, A = Cc ∩ n;

(iv) Traçar os segmentos A1B1 e A1C1, determinando o ABC.


(7) Construir um ABC , sendo dados os lados a e c e altura h a:
Figura-rascunho:

A idéia nesta construção é que no momento que se fixa a base BC o vértice A,


está sobre uma paralela a BC que está a uma distância h a.

(i) Sobre a reta suporte r, traçar o segmento BC;


(ii) Traçar a reta s // r conforme PCE- 04 com medida h a;
(iii) Construir Cc = (B,c), determinando os vértices A’ e A, interseção de C
com ha, A’= Cc ∩ ha e A = Cc ∩ ha ;

(iv) Traçar os segmentos A’B e AB , determinando os A’BC e ABC,


portanto, temos duas soluções.
Observação: Se traçarmos o lugar geométrico completo, no outro semi-
plano, obteremos as mesmas soluções, porém, em posições
diferentes.
(8) Construir um ABC , sendo dados: o lados a, a altura ha e o ângulo B:
Figura-rascunho:

A idéia nesta construção é que no momento que se fixa a base BC, e o


ângulo B, o vértice A, está sobre uma paralela a BC que está a uma
distância ha.

A idéia nesta construção é que no momento que se fixa a base BC, o


vértice A está sobre uma paralela a BC que está a distância h a na interseção
com o lado do B.

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento BC;


(ii) Traçar r // s, conforme PCE-04 com medida ha ;
(iii) Sobre a reta suporte t, no ponto B, construir um ângulo de medida
qualquer;
(iv) Determinar o vértice A, na interseção do prolongamento do lado desse
B com a reta suporte s, A = t ∩ s.

(v) Traçar os segmentos AB e AC, determinado o ABC.


(9) Construir um ABC , sendo dados: o lados a, a mediana ma e o A:
Figura-rascunho

A idéia nesta construção é que no momento que se fixa a base BC, e o


ângulo B, o vértice A, está sobre um arco capaz de A e sobre uma
circunferência de centro Ma e raio Ma.

(i) Sobre a reta suporte r, traçar o segmento BC;


(ii) Construir C1 , lugar geométrico: Arco Capaz, conforme PCE-06;
(iii) Construir C2 = (Ma,ma);
(iv) Na interseção C1 com C2, determinar os vértices A’ e A;
A’ = C1 ∩ C2 e A’ = C1 ∩ C2
(v) Traçar A’B e A’C, determinando o triângulo A’BC;

(vi) Traçar os segmentos AB e AC, determinando o ABC.


(10) Construir um ABC, sendo dados: o lado b, o inraio e o A:
Inraio : raio da circunferência inscrita

A idéia neste problema é no momento de fixar o lado AC e o vértice B estão


sobre uma reta que forma A com AC, além disso o incentro está sobre a
bissetriz do A e está a uma distância r de AC. Assim é possível traçar o
incírculo completando a construção traçando uma tangente desde C a este
círculo.

(i) Construir no ponto A um ângulo de medida qualquer , com a retas suporte r


e p;
(ii) Traçar uma reta suporte m paralela ao lado b, conforme PCE-04;
(iii) Traçar a bissetriz n do A, conforme PCE-05;
(iv) Traçar uma perpendicular no ponto I = m ∩ n, interseção da bissetriz n com
a reta suporte m, conforme PCE-02, determinando o inraio de C 1;
(v) Traçar a circunferência de C1 = (I,r1);
(vi) Prolongar as retas suporte p e q, passando pelos pontos de tangência E e
D com a circunferência C1, determinando o vértice C, C = p ∩ q ;

(vii) Traçar os segmentos AB, AC e BC, determinando o ABC.


(11) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, o circunraio r e a altura de
A (ha):

A idéia nesta construção é que o circuncentro está sobre a mediatriz de BC e


está a uma distância r de C. Logo o ponto O está determinado. Igualmente A
está sobre uma paralela a BC a distância ha.

(i) Traçar reta suporte m e traçar as retas n e o paralelas a m , definindo a


altura de A;
(ii) Traçar segmento BC;
(iii) Traçar circunferência Cc a partir do médio de BC;
(iv) Na interseção das paralelas m e n com a circunferência Cc, obtemos os

pontos A1= Cc ∩ n, A2= Cc ∩ n, A3 = Cc ∩ m ,e A4= Cc ∩ m, vértices do


ABC;

(v) Traçar os triângulos A1BC, A2BC, A3BC, A4BC.


Observação:

Temos duas soluções, triângulos A1BC e A2BC. Veja que A3BC é


idêntico a A3BC, e o mesmo acontece com A1BC e A4BC.
(12) Construir um ABC, sendo dados: o lado b, o lado c, e a mediana de
(ma):
Solução1:

Nesta construção é possível construir o AMaMb que tem lados b/2, Ma e


C/2, observe que a medida MaMb é obtida a partir do Teorema de Tales. Logo
os pontos C e B estão determinados porque AMb = MbC e CMa= MaB.

(i) Sobre a reta suporte s, traçar o lado b;


(ii) Traçar a circunferência C1= (A, ma)
(iii) Traçar ponto médio do lado b;
(iv) Traçar a circunferência C2= (Mb,b/2);
(v) Na interseção C1 com C2, determinamos Ma, Ma = C1 ∩ C2;
(vi) Traçar uma reta suporte p suporte, passando por C e M a;
(vii) Traçar a circunferência C3=(Ma,MaC);
(viii) Na interseção a circunferência C3 com a reta suporte p, determinamos
B = C3 ∩ p;

(ix) Determinar o ABC,traçando os segmentos AB,BC .


(13) Construir um ABC, sendo dados: o lado a,o A e a mediana b (mb) :

Nesta construção seja D um ponto sobre a reta suporte r tal que DB = BC.
Pelo Teorema de Tales AD = 2mb, assim fixando BC, o vértice A está sobre o
arco capaz de abertura A e a distância 2mb do ponto D.

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento BC;


(ii) Obter o ponto médio D, conforme PCE-03;
(iii) Construir a circunferência C1, arco capaz de BC, conforme PCE-06;
(iv) Traçar a circunferência C2 = (DB, 2mb);
(v) Determinar A, ponto de interseção de C 1 com C2, B = C1 ∩ C2.
(14) Construir um ABC, sendo dados: o lado a; mediana b (m b) ; e a
media c (mc) :
Figura rascunho:

Nesta construção os lados do BGC são conhecidos e iguais 2/3 mb e


2/3mc.

(i) Traçar o segmento BC;


(ii) Traçar C1 = (B,ᵠ1), ᵠ1 = 2/3 de mb;
(iii) Traçar C2 = (C,ᵠ2), ᵠ2 = 2/3 de mc;
(iv) Determinar ponto médio de BC, PCE-03;
(v) Determinar o ponto G, interseção de C 1 com C2, G = C1 ∩ C2;
(vi) Determinar semi-reta n passando por BG e semi-reta m passando por
CG;
(vii) Determinar semi-reta suporte o ,passando por MaG;
(viii) Determinar vértice A , construindo C3 = (Ma,GMa) e C4 = (H,GMa) sobre
a semi-reta suporte o.

(ix) Traçar os segmentos AB e AC, determinando o ABC.


(15) Construir um ABC, sendo dados: o lado a; altura b (h b) ; e a altura c
(hc) :

Nesta construção os pontos Hc e Hb estão sobre uma semi-circunferência


Com diâmetro BC e, além disso Hb está a uma distância hb de e, Hc está a
uma distância Hc de C .

(i) Sobre a reta suporte s, traçar o segmento BC;


(ii) Obter ponto médio de BC, conforme PCE-03;
(iii) Construir C1, arco capaz de 90º ;
(iv) Construir C2=(C,ᵠ1), ᵠ1 = hc;
(v) Construir C3=(B,ᵠ2) , ᵠ2 = hb;
(vi) Na interseção de C1 com C2, obtemos Hc, Hc = C1 ∩ C2;
(vii) Na interseção de C1 com C3, obtemos Hb, Hb= C1 ∩ C3;
(viii) Traçar semi-reta suporte m, passando CH b e traçar semi-reta n passando
Bhc;
(ix) Na interseção das semi-retas suporte m e m, determinamos o vértice A.

(x) Traçar os segmentos AB e BC, determinando o ABC.


(16) Construir um ABC, sendo dados: a mediana de a (m a); altura a (ha) ;
e a altura b (hb) :
Figura rascunho :

Nesta construção o AHbMa está totalmente determinado. Além disso se


traçarmos uma paralela a BHb por Ma, até X ∈ AC . Pelo Teorema de Tales M aX
= hb/2, assim AC é tangente a uma circunferência com centro M a e raio MaX igual
hb/2, o que determina C. De igual forma BMa = MaC o que determina B.

(i) Traçar a reta suporte m paralela a reta suporte n ;


(ii) Determinar o ponto A na reta suporte n;
(iii) Traçar uma reta suporte p perpendicular passando por A e
determinado o ponto Ha;
(iv) Traçar C1= (A,Ma);
(v) Traçar C2 = (Ma,ᵠ1), sendo ᵠ1= hb/2;
(vi) Traçar a reta suporte o, passando pelo ponto At 1 tangente a C2,
determinando o ponto C na interseção com a reta suporte m, C = o ∩ m;
(vi) Traçar a circunferência C3 = (C,MaC), determinando o ponto B na
interseção com a reta suporte m, B = C3 ∩ m;

(vii) Traçar os segmentos AC e AB, determinando o ABC.


(17) Construir um ABC, sendo dados: a mediana (ma), a altura b (hb) e a
altura c (hc) :Figura rascunho:

Nesta construção seja AC tal que Bh b // MaX pelo teorema de Tales MaX =
Hb/2. De igual forma seja Y ∈ AB tal que MaY //CHc pelo Teorema de Tales
MaY = Hc/2. Como MaYA = MaXA = 90º, então X e Y estão sobre uma
circunferência de diâmetro AMa, o que determina as retas que contem os
lados AB e AC, mas B está a distância h b da reta AC e C está a distância h c
da AB.

(i) Determinar o ponto Ma na reta suporte r, e traçar o segmento MaA;


(ii) Traçar a circunferência C1 = (Ma,ᵠ1), sendo ᵠ1 = Hb/2, determinado o ponto
X;
(iii) Traçar a circunferência C2 = (Ma,ᵠ2); sendo ᵠ2 = Hc/2, determinando o
ponto Y;
(iv) Traçar a reta suporte t1 passando por AX;
(v) Traçar a reta suporte t2 passando por AY;
(vi) Traçar p1 paralela a t1, em seguida, determinando o ponto B = t 2 ∩ p1;
(vi) Traçar p2 paralela a t2, em seguida, determinando o ponto C = t 1 ∩ p2;

(vii) Traçar os segmentos AB,BC e AC, determinando o ABC


(18) Construir um ABC, sendo dados: G ( baricentro), O (circuncentro) e
a reta s que conterá lado BC:
Figura rascunho:

Nesta construção observemos que a perpendicular p passa que pelo ponto


O,intercepta a reta s no ponto médio M a do lado BC, como o vértice A
pertence ao mesmo segmento de reta que o ponto G e M a cumprindo que AG
= 2GMa. Assim o ponto A está determinado logo podemos traçar a
circunferência circunscrita.

(i) Sobre a reta suporte s traçar o segmento BC;


(ii) Traçar a mediatriz p, conforme PCE-03, determinando M a;
(iii) Traçar C1 = (O,OB);
(iv) Traçar a reta suporte r passando por MaG ;
(v) Traçar C2 = (G,GMa), GMa = 1/3 ma;
(vi) Traçar C3 = (H,GMa), determinando o vértice A, A = C3 ∩ C1;

(vii) Traçar os segmentos AB, AMa e AC, determinando o ABC


(19) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, a soma dos lados b e c
(l = b + c) e a altura b (hb):
Figura rascunho:

Nesta construção seja D um ponto sobre o prolongamento da base AC de tal


forma que AB = AD = c, assim CD = b + c, portanto , no BCD são
conhecidos os lados CB = a, e CD = b + c e a altura (h b) relativa ao lado
CD. Como ABD é isósceles ,assim A está sobre a mediatriz do lado BD e
sobre CD.

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento BC;


(ii) Traçar C1 , o arco capaz de 90º ;
(iii) Traçar C2 = (B,hb);
(iv) Traçar a reta suporte n, passando por CH b, em seu prolongamento
determinado B1, l = b + c;
(v) Traçar a mediatriz o de BB1 conforme PCE-03, determinado o vértice A,
A = o∩ n ;

(vi) Traçar os segmentos AB e BC, determinado o ABC.


(20) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, a soma dos lados b e c
(l = b + c) e o A:
Figura rascunho: A 1 = A/2

Construímos um ponto A1 sobre o prolongamento do segmento AB tal que A 1A


= AC = b, assim BA1 = b + c, como o CAA1 é isósceles temos que
AA1C= ACA1= A/2. Portanto no triângulo BCA1 são conhecidos os
lados BA1 e BC e o ângulo A 1. Então para determinar A basta observar que
ele está sobre a mediatriz de A1C.

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento BC;


(ii) Traçar C1 : arco-capaz conforme PCE-06,
(iii) Traçar C2 = (B,l), sendo l = b + c, determinando B1 e B2;
(iv) Traçar a mediatriz m2 do segmento BB2, conforme PCE-03, determinado
o vértice A’ na interseção com o S1, A1 = m1 ∩ s1;
(v) Traçar a mediatriz m2 de BB2, conforme PCE-03, determinando o vértice
A1 na interseção com S2, A = m2 ∩ S1;

(vi) Traçar os segmentos AB e AC determinando o ABC.


(21) Construir um ABC, sendo dados: o lado a, a diferença dos lados b e
c (d = b - c) e o A :
Figura rascunho:

Nesta construção seja D sobre o segmento AC tal que DC = b – c, logo o


ABD é isósceles e, portanto, D é externo a este triângulo e igual a 90º +
A/2, logo no BDC são conhecidos dois lados BC e CD e um ângulo.

(i) Sobre a reta suporte m, traçar o segmento BC;


(ii) Construir C1: arco-capaz conforme PCE-06;
(iii) Construir C2 = (C,d); determinado B1;
(iv) Traçar o segmento BB1;
(v) Traçar a reta suporte n, passando CB 1;
(vi) Traçar a mediatriz p conforme PCE-03 do segmentoBB1;
(vii) Determinar o vértice A , na interseção da reta suporte n com a mediatriz
p, A = p ∩ n;

(viii) Traçar os segmentos AB e BC, determinando o ABC.


(22) Construir um ABC, sendo dados: o seu perímetro 2p, o ângulo B e
ângulo C : Figura rascunho

Nesta construção seja B1 e C1 sobre o prolongamento da base BC tal que B 1B


= BA = c e AC = CC1 = b, assim o segmento B1C1 = a + b + c como o
B1BA é isósceles temos que B1 = B/2 e de igual forma com o ACC1 é
isósceles temos que C1 = C/2. Assim no B1AC1 são conhecidos dois
ângulos e um lado.

(i) Sobre a reta suporte r, traçar o segmento B1C1 = 2p = pr;


(ii) Determinar em B1 o ângulo B1, através da reta suporte m;
(iii) Determinar em C1 o ângulo C1, através da reta suporte n;
(iv) Determinar o vértice A, na interseção das retas suportes m e n, A = m ∩ n;
(v) Traçar a mediatriz o do segmento B1A;
(vi) Traçar a mediatriz p do segmneto C1A;
(vii) Determinar os vértices B e C, nas interseções das mediatrizes o e p com
o segmento B1C1, B = o ∩ B1C1 e C = p ∩ B1C1;

(viii) Traçar os segmentos AB e AC, determinando o ABC.


(23) Construir um ABC, sendo dados: o seu perímetro 2p, o ângulo A e a
altura de a (ha) : Figura rascunho

Nesta construção sejam B1 e C1 sobre o prolongamento da base BC tal que


B1B = BA = c e C1C = CA = b , sendo B1AC1 = B1AB + BAC +
CAC1 = B/2 + A + C/2 = 90 + A/2. Portanto no B1AC1 são conhecidos a lado
B1C1, a altura e o ângulo em A. Para determinar B e C basta traçar as
mediatrizes dos lados B1A e AC1.

(i) Sobre a reta suporte m. traçar o segmento B1C1= 2p = pr;


(ii) Construir Cc : arco-capaz conforme PCE-06;
(iii) Traçar a reta n paralela a reta suporte m;
(iv) Determinar o vértice A na interseção da reta n com a circunferência Cc;
(v) Traçar os segmentos AB1 e AC1;
(vi) Traçar a mediatriz p do segmento B1A e a mediatriz o do segmento C1A;
(vii) Determinar B e C, na interseção das mediatrizes p e o com o segmento
B1C1, B = p ∩ B1C1 e C = o ∩ B1C1;

(viii) Traçar os segmentos AB e BC, determinando o ABC.


(24) Construir um ABC, sendo dados: o ponto A, o pé da altura de b (Hb)
e o ponto G (ponto de interseção das medianas) :
Figura rascunho:

(i) Plotar no plano os pontos A, G e Hb;


(ii) Traçar a reta suporte r, traçar o segmento AG, determinar o ponto médio
conforme PCE-03, em seguida traçar C1 = (G,PMG), determinando M a;
(iii) Traçar a reta suporte s , passando AH b;
(iv)Traçar a reta suporte v, perpendicular a s, passando pelo ponto H b;
(vi) Traçar a reta t paralela a reta s, passando por Ma;
(vii) Traçar a reta suporte u paralela a reta t;
(viii) Traçar a circunferência C2 = (PN,PNHb), determinando o ponto B, no
prolongamento da reta v interseção com a reta u, tangente a C 2,
B = v ∩ u;
(ix) Traçar a reta suporte z passando por BMa, determinando C na interseção
com s, C = z ∩ s;

(x) Traçar os segmentos AB, BC e AC, determinando o ABC.


(25) Construir um ABC, sendo dados: o ponto A, o ponto H (interseção
das alturas) e o ponto G (ponto de interseção das medianas) :
Figura rascunho:

(i) Plotar no plano os pontos A, H e G;


(ii) Traçar a reta s passando por AG, determinar o ponto médio de AG
conforme PCE-03;
(iii) Traçar circunferência C1= (G,PMG), determinando Ma;
(iv) Traçar a reta p1 perpendicular a reta r, passando por AH;
(v) Traçar a reta p2 perpendicular a reta r passando MaO;
(vi) Traçar a circunferência C2 = (O,OB), determinando os vértices B e C;

(vii) Traçar os segmentos AB e AC, determinando o ABC


(26) Construir um ABC, sendo dados,respectivos pés das alturas:
Ha , H b e H c :

(i) Traçar as bissetrizes (bha,Bhb e Bhc) conforme PCE-05 ,do Triângulo


Órtico HaHbHc ;
(ii) Traçar a circunferência C1 = (Ha,HHa), C2=(Hb,HHb) e C3 =(Hc,HHc);
(iii) Traçar os segmentos : (H’aH’b); (H’bH’c) e (H’a H’c) , determinando o
triângulo H’aH’bH’c;
(iv) Traçar as mediatrizes dos segmentos : (mH’ a-H’b); (mH’b-H’c) e
(mH’a-H’c), conforme PCE-03, determinando o ponto O, em seguida
traçar a circunferência C4 = (O, OH’a);
(v) Na interseção das mediatrizes (mH’a-H’b); (mH’b-H’c) e (mH’a-H’c), com
a circunferência C4, obtemos os pontos A = C4 ∩ mH’a-H’b,
B = C4 ∩ mH’b-H’c e C = C4 ∩ mH’a-H’c ;

(vi) Traçar os segmentos AB, AC e BC, determinando o ABC.


3.2 - TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA
Definimos reta tangente a um arco em um ponto como a reta tangente,
nesse ponto, à circunferência que contém esse arco. Neste caso, dizemos
que o arco e a reta estão em concordância nesse ponto. Dizemos que dois
arcos estão em concordância num ponto quando eles admitirem, nesse
ponto, uma tangente comum.
As regras de concordâncias são muitas utilizadas nas Arquitetura, no
traçado de arcos arquitetônicos, de ovais, nos vãos de portas e janelas de
catedrais.. E também em inúmeras construções gráficas e de máquinas. Por
exemplo, nos sistemas de roldanas, os fios “concordam” com as
circunferências das roldanas.

(1) Sendo dados uma circunferência e um ponto m pertencente a curva,


determinar a reta t tangente por esse ponto:
Suposto resolvido:

(i) Traçar a circunferência C1 com raio arbitrário e plotar M pertencente a


curva;
(ii) Traçar a reta suporte u passando por OM;
(iii) Traçar circunferência C2 com centro em M, determinando os pontos A e
B;
(iv) Traçar a mediatriz do segmento AB conforme PCE-03, determinando a
reta t, tangente a C1 no ponto M ;
(2) Sendo dado um ponto M pertencente a uma reta e outro ponto N não
pertencente a mesma, conforme figura abaixo, obtenha o arco de
circunferência que concorde com a reta r no ponto M e passe pelo ponto
N.
Suposto resolvido:

(i) Traçar a reta suporte o, passando por MN;


(ii) Traçar uma perpendicular n passando por M, conforme PCE-02;
(iii) Traçar a mediatriz p do segmento MN, conforme PCE-03;
(iv) Determinar o ponto O na interseção da reta da reta p com a reta n;
(v) Traçar a circunferência C1 = (O,M), obtendo o arco MN;
(3) Sendo dados uma circunferência e um ponto M exterior a curva,
determinar as retas tangentes a circunferência passando por M:
Suposto resolvido:

(i) Traçar a reta suporte m passando por OM;


(ii) Traçar a mediatriz n, conforme PCE-03, do segmento OM, determinando
O1;
(iii) Traçar a circunferência C2 = (O1,M);
(iv) Determinar T1 e T2 na interseção de C1 com C2;
(v) Traçar a reta suporte p passando por MT1, determinando a reta tangente
no ponto T1;
(vi) Traçar a reta suporte o passando MT2, determinando a reta tangente no
ponto T2.
(4) Sendo dados duas circunferências , determinar as retas tangentes
exteriores:
Suposto resolvido:

(i) Traçara circunferência C1 e C2 de raios arbitrários, C1 > C2;


(ii) Traçar a circunferência C3 (O,r3); r3= r1 – r2, interior a C1;
(iii) Traçar a reta suporte m passando por OO 1;
(iv) Traçar a mediatriz , conforme PCE-03, do segmento OO 1,;
(v) Traçar a circunferência C4 = (O4,O);
(vi) Determinar os pontos TA e TB, na interseção de C3 com C4;
(vii) Na interseção das semi-retas s e u com C1, determinar os pontos T1 e
T2;
(viii) Traçar a circunferência C5 = (T1,O1TA), determinando T3;
(ix) Traçar a circunferência C6 = (T2,O1TB), determinado T4;
(x) Traçar os segmentos T1T3 e T2T4, determinando as tangentes exteriores
as duas circunferências.
(5) Sendo dados duas circunferências , determinar as retas tangentes interiores:
Suposto resolvido:

(i) Traçar circunferência C1 e C2 de raios arbitrários, C1 > C2;


(ii) Traçar a reta suporte s passando por OO1;
(iii) Determinar o ponto médio, conforme PCE-03, do segmento OO1;
(iv) Traçar a circunferência C3 = (M,OM);
(v) Traçar a circunferência C4 = (O,r3), r3 = r1 + r2 ;
(vi) Determinar os pontos TA e TB na interseção de C3 com C4;
(vii) Traçar os segmentos OTA e OTB,
(viii) Determinar os pontos T1 e T2 na interseção de OTA e OTB com C1;
(ix) Traçar C5 = (T1,TAO1), determinando T3;
(x) Traçar C6 = (T1,TBO1) Determinando T4;
(xi) Traçar os segmentos T1T3 e T2T4, determinando as tangentes interiores
as duas circunferências.

(6) Dado o arco de centro O e os pontos T e P. Traçar um arco de circunferência


que contenha o ponto P e tangencie o arco dado no ponto T.

(i) Traçar a circunferência C1 = (O,T);


(ii) Traçar a semi-reta suporte para o segmento OT;
(iii) Traçar segmento TP, e determinar a mediatriz m, conforme PCE-03;
(iv) Determinar o ponto O1, interseção da mediatriz m com a semi-reta suporte n;
Traçar a circunferência C2= (O1,P) , determinando o arco PT procurado,
tangente no ponto T.
(7) Dado duas circunferências, traçar um arco simultaneamente tangentes
exteriores as duas circunferências sendo o ponto T um dos pontos de tangência.

• Traçar C1 = (O1,T)
• Traçar C2 = (O2,r), r > O1T;
• Traçar a reta suporte r passando T0 1;
• Traçar C3 = C2 = (O3,O2r);
• Traçar o segmento O2O3;
• Traçar a mediatriz m, conforme PCE-03, do segmento O 2O3;
• Na interseção da reta suporte m com a reta r, determinar O 4;
• Traçar a circunferência C4 = (O4,T), obtendo o pontoT1 e determinando o
arco tangente exterior T1T as duas circunferências.
(8) Dado duas circunferências, traçar um arco simultaneamente tangentes as
duas circunferências sendo o ponto T um dos pontos de tangência.

(i) Traçar as circunferências C1 e C2 raios arbitrários; r1 > r2;


(ii) Traçar a reta suporte n passando TO2;
(iii) Traçar sobre a reta suporte n, traçar C3 = (O3,r1) passando por T;
(iv) Traçar o segmento O1O3, e determinar a mediatriz m;
(v) Determinar O4 na interseção da reta m com a reta n;
(vi) Traçar a circunferência C4 = (O4,T), obtendo T1, na interseção de C1 com
C4, determinando o arco TT1 procurado.
3.3 – CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS:

Vamos construir quadrados, retângulos e losangos utilizando suas principais


propriedades e recursos de construções de triângulos. A construção de um
quadrilátero vai recair de forma natural na construção de triângulos, basta
lembrar que sua diagonal o divide em dois triângulos.Por essa razão para
construí-lo, é necessário conhecer cinco elementos de uma quadrilátero, dos
quais ao menos um deve ser linear. Com três deles, constrói-se um dos
triângulos em que o quadrilátero fica dividido por uma de suas diagonais, e com
os outros dois determina-se o quarto vértice.
Entretanto, quando se trata de um quadrilátero notável, convém observar que há
dados que estão implícitos. Assim, sendo ABCD um quadrilátero a ser
construído, observe que:
a) Se ABCD é um trapézio, são precisos quatro dados para construí-lo, pois
um já está implícito, AB // CD, por exemplo;
b) Se ABCD é um paralelogramo qualquer, são precisos três dados, pois
dois já são conhecidos, AB // CD e BC // AD;
c) Se ABCD é um retângulo, são precisos dois dados, pois já se sabe que
AB // CD, BC // AD e que seus ângulos são retos;
d) Se ABCD é um losango,também são precisos dois dados, pois já se sabe
que AB // CD, BC // AD e os lados são congruentes;
e) Finalmente, se ABCD é um quadrado, é preciso apenas um lado, pois já
são conhecidos quatro, AB // CD, BC // AD, os lados são congruentes e
os ângulos são retos.
(1) Construir um quadrado sendo dado o seu lado a medida a:

(i) Sobre a reta suporte m traçar o segmento AB= a;


(ii) Traçar no ponto A uma perpendicular conforme PCE-02;
(iii) Traçar C1 = (A,a) determinando o ponto C;
(iv) Traçar C2 = (C,a) e em seguida C3 = (B,a) determinando o ponto D;
(v) Traçar os segmentos AC, CD e BD, determinando o quadrado.
(2) Construir um quadrado sabendo que seu apótema tem medida a dada
pelo segmento abaixo:

O apótema de um polígono regular é o segmento cujos extremos são o centro


do polígono regular e o ponto médio do um lado. No caso do quadrado, o
apótema tem a medida que corresponde a metade do lado.

(i) Traçar a reta suporte r e o segmento AB;


(ii) Traçar a mediatriz , do segmento AB conforme PCE-03, obtendo o ponto
M e o apótema do quadrado;
(iii) Traçar C1 = (A,MB), obtendo o ponto A1, em seguida traçar C2 = (A1,MB)
obtendo o ponto C;
(iv) Traçar C3 = (B,MB). Obtendo o ponto B1, em seguida traçar C4 =
(B1,MB) obtendo o ponto D;
(v) Traçar os segmentos AC, CD e BD, determinando o quadrado.
(3) Construir um quadrado sabendo que sua diagonal tem medida d dada
pelo segmento abaixo:

(i) Traçar o segmento AC de medida d;


(ii) Traçar a mediatriz m do segmento AC, conforme PCE-03;
(iii) Traçar C1 = (O,AO);
(iv) Determinar os pontos B e D na interseção de C1 com a mediatriz m;
(v) Traçar os segmentos AB,BC,CD e AD, determinando o Quadrado ABCD.
(4) Construir um quadrado conhecendo a soma da diagonal com o lado:

(i) Procedimento de Construção do quadrado conforme problema 1;


(ii) Prolonga-se a diagonal e rebate-se o lado sobre o prolongamento,
(iii) Traçar o segmento AE = s, s = d + l.
(5) Construir um quadrado conhecendo a diferença D da diagonal com o
lado:

(i) Procedimento de Construção do quadrado conforme problema1;


(ii) Sobre a diagonal rebate-se o lado, traçar AE = D , D = d – l.
(6) Construir um losango sendo dados as medidas, L e D, do lado e de uma
diagonal :

(i) Sobre a reta suporte r, traçar o segmento AB = D ,diagonal dada;


(ii) Traçar C1 = (A, L) e C2 = (B,L) , r = L = lado dado;
(iii) Traçar os segmentos AC,CB, e BD , determinando o losango ABCD.
(7) Construir um losango conhecendo um ângulo interno e a medida do lado :

(i) Sobre a reta suporte r traçar AB = D;


(ii) Traçar C1 = (A,AB), plotar o ponto C arbitrário;
(iii) Traçar o segmento CA , lado CA=AB, obter ângulo interno : CAB;
(iv) Traçar C2 = (B,AB);
(v) Traçar C3 = (C,AB), na interseção de C2 com C3 obter ponto D;
(vi) Traçar AC, CD e BD, determinando o losango ABCD.
(8) Construir um losango conhecendo as duas diagonais :

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB = D2 (diagonal maior);


(ii) Traçar a reta s mediatriz do segmento AB, conforme PCE-03;
(iii) Traçar C1 = (O,OC), OC= D1/2 < OB= D2/2, determinando os pontos C e
D;
(iv) Traçar os segmentos CD, AC, CB, DB e AD, determinando o losango
ABCD.
(9) Construir um retângulo sendo dados um lado e uma diagonal:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB igual ao lado dado;


(ii) No ponto A traçar perpendicular p conforme PCE-02;
(iii) Traçar C1 = (B, BC), obtendo C, na interseção da circunferência C1 com
a reta p; determinando a diagonal CB ;
(iv) Traçar C2 = (C, AB),em seguida Traçar C3 = (B, AC), determinando o
ponto D, na interseção da circunferência C2 com C3 ;
(v) Traçar AC, CD e DB, determinando o retângulo ABCD.
(10) Construir um retângulo conhecendo o semi-perímetro e a diagonal:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB igual o semi-perímetro;


(ii) No ponto B traçar a perpendicular p1, conforme PCE-02 e a bissetriz b,
conforme PCE-05, formando um ângulo de 45º , considerando um dos
lados o segmento AB;
(iii) Traçar C1 = (A,AC), AC = diagonal dada, obtendo C na interseção da
bissetriz b com a circunferência C1;
(iv) Traçar a perpendicular P3 passando por C, conforme PCE-02,na
interseção com a reta r determinando B’;
(v) Traçar C2 = (C, AB), em seguida traçar C3 = (A,CB’) obtendo o ponto D;
(vi) Traçar os segmentos AD, DC, e CB’, determinando o retângulo AB’CD.
(11) Construir um retângulo conhecendo a sua diagonal e sabendo que seus
lados são proporcionais aos segmentos de medidas a e b dados:

(i) Sobre a reta suporte r , traçar a circunferência C1 = (A,a), em seguida


traçar o segmento AB;
(ii) Traçar a circunferência C2 = (A,b);
(iii) Traçar as perpendiculares p1 e p2, nos pontos A e B, conforme PCE-02;
determinado os segmentos AC e BD;
(iv) Traçar a reta suporte s paralela a reta r, conforme PCE-04,determinando
em seguida, na interseção com p1 e p2, o segmento CD;
(v) Traçar a semi-reta suporte d , determinando a diagonal BC;
(vi) Traçar a perpendicular p3,conforme PCE-02, determinando o segmento
C’A, na interseção com as retas r e t, e semi-reta d.
(vii) Na interseção da reta suporte t com a reta p2, determinar D’, em
seguida traçar AA’,C’D’e DD’, obtendo o retângulo com lados a e b
proporcionais.

(12) Construir um paralelogramo sendo dados os dois lados distintos e o


ângulo entre eles:
(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;
(ii) Sobre a reta suporte r no ponto A construir o BAD;
(iii) Sobre a reta suporte s traçar a circunferência C1= (A, C’D’) obtendo o
ponto D;
(iv) Traçar a circunferência C2 = (D, AB);
(v) Traçar a circunferência C3 = (B, AD);
(vi) Na interseção de C2 com C3, determinar o ponto C;
(vii) Traçar os segmentos AD,DC e BC determinando o paralelogramo
procurado.

(13) Construir um paralelogramo sendo dados os um ângulo β interno , o


perímetro 2p e uma das diagonais:
Supondo que o paralelogramo ABCD, a seguir, seja a solução do problema,
Façamos as seguintes construções:
• Rebatendo o lado AB sobre o prolongamento do lado AD, obtemos um
ponto E tal que ED é o semi-perímetro;
• Traçando a semi-reta de origem em E que passa por B formamos um
triângulo isósceles EAB, de base EB, cujo ângulo externo não adjacente
aos ângulos da base é o ângulo interno dado. Portanto, o ângulo
da base do triângulo isósceles corresponde à metade do ângulo dado;
• Observe também que a diagonal dada é oposta ao ângulo BEA e que
o ponto A é equidistante dos pontos E e B.

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento ED, em seguida determinar o


seu ponto médio; conforme PCE-03;
(ii) No ponto E construir a metade do ângulo dado, sobre a reta suporte s;
(iii) No ponto D traçar a circunferência C1= (D, d);d = diagonal dada;
(iv) Determinar na interseção de C1 com a reta s, o ponto B;
(v) Traçar mediatriz m do segmento EB, conforme PCE-03, em seguida na
interseção da mediatriz m com a reta r determinar o ponto A;
(vi) Traçar a circunferência C2 = (B,AD);
(vii) Traçar a circunferência C3 = (D,AB);
(viii) Na interseção de C2 com C3 determinar o ponto C;
(ix) Traçar os segmentos AB,BC e CD, determinando o paralelogramo ABCD;
(14) Construir um paralelogramo conhecendo uma diagonal e o dois lados
distintos:
(i) Sobre a reta suporte traçar o segmento AB = L1;
(ii) No ponto B traçar C1 = (A, L2);
(iii) No ponto traçar C2 = (B,d ), em seguida determinar o ponto D, interseção
de C1 com C2;
(iv) No ponto D traçar C3 = (D,L1);
(v) No ponto B traçar C4 = (B,L2), em seguida determinar o ponto C ,
interseção de C3 com C4;
(vi) Traçar os segmentos AD, DC e CA, determinando o paralelogramo
ABCD.

(15) Construir um paralelogramo conhecendo as duas diagonais e um lado:


(i) Traçar na reta suporte r o segmento AB
(ii) Traçar a circunferência C1= (A, d1/2), determinando PM (Ponto de
interseção das diagonais); sendo d1/2 = APM
(iii) Traçar a circunferência C2 = (B,BPM); sendo PM = d2/2;
(iv) Traçar a reta suporte s passando APM, em seguida, traçar a
circunferência C3 =(PM,APM), sendo APM = d2/2, determinando o ponto
C;
(v) Traçar a reta suporte t passando por BPM, em seguida , traçar a
circunferência C4 = (PM,BPM) determinando o ponto D;
(vi) Traçar os segmentos AD, DC e CB determinando o paralelogramo ABCD.

(16) Construir um paralelogramo conhecendo a base, a altura e uma das


diagonais:
(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;
(ii) Traçar a reta s paralela a reta r conforme PCE-04;
(iii) Traçar a circunferência C1 = (A,d) ,determinado na interseção com s, o
ponto C;
(iv) Traçar a circunferência C2 = (A, BC) determinando na interseção com s, o
ponto D;
(v) Traçar os segmentos AD,DC e CB, determinando o quadrilátero ABCD.
(17) Construir um paralelogramo conhecendo um lado, a soma do outro lado
com a diagonal e o ângulo entre esta diagonal e o lado dado:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;


(ii) Traçar a reta suporte s como lado do ângulo dado no ponto A;
(iii) Traçar na reta suporte s o segmento da soma dada AE = AB + BC;
(iv) Traçar o segmento BE em seguida traçar a mediatriz m, conforme PCE-
03;
(v) Determinar o ponto C na interseção da reta m com a reta s;
(vi) Traçar a circunferência C1 = (A, BC);
(vii) Traçar a circunferência C2 = (C, AB), determinando o ponto D;
(viii) Traçar os Segmentos AD, DC e CB determinando o paralelogramo
ABCD.
(18) Construir um paralelogramo conhecendo um lado, a diferença uma
diagonal e o outro lado e o ângulo entre esta diagonal e o lado dado:Dúvida?

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;


(ii) No ponto A traçar o segmento diferença, reta suporte do ângulo dado;
(19) Construir um trapézio conhecendo as duas bases e as duas diagonais:

(i) Traçar sobre a reta r os segmentos AB=BM=Base maior, em seguida


,traçar BE=Bm= Base menor;
(ii) Traçar a circunferência C1 = (A,d1) ;
(iii) Traçar a circunferência C2 =(E,d2), na interseção de C1 com C2,
determinamos o ponto C;
(iv) Traçar o segmento BD;
(v) Traçar a circunferência C3 = (A,BD);
(vi) Traçar a circunferência C4 = (C,Bm), determinando o ponto D, na
interseção de C3 com C4.
(vii) Traçar os segmentos AD e DC, determinando o trapézio ABCD.
(20) Construir um trapézio isósceles conhecendo as duas bases:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;


(ii) Construir sobre as retas suporte s e t, o ângulo dado;
(iii) Traçar a circunferência C1 = (A, l) e C2 = (B,l), determinando os pontos C
e D na interseção com s e t;
(iv) Traçar os segmentos AC, CD e DB, determinando o trapézio ABCD.
(21) Construir um trapézio conhecendo as duas bases e os dois lados:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AE = AB + CD, em seguida


traçar a reta suporte s paralela a r;
(ii) Traçar a circunferência C1 = (A,l1), sendo l1 = BE, determinando o ponto
C na interseção com a reta s;
(iii) Traçar o segmento BC=d;
(iv) Traçar a circunferência C2 = (B,d);
(v) Traçar a circunferência C3 = (C,BE), determinando D na interseção de C2
com C3;
(vi) Traçar AC,CD e BD, determinando o trapézio ABCD.
(22) Construir um trapézio retângulo conhecendo a base menor, a soma da
base maior com a lateral perpendicular e o ângulo agudo interno:

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento EB = AB + AD;


(ii) No ponto E sobre a reta suporte s construir o um E= A/2;
(iii) Plotar o ponto F entre A e B,construir na reta suporte t em B, oB= E;
(iv) Traçar uma reta paralela u a reta t, em seguida determinar o ponto D na
interseção da reta u com a reta r;
(v) Traçar uma reta perpendicular p passando por AD, determinando o
segmento AD;
(vi) Traçar os segmentos DC, CB e AB, determinando o trapézio ABCD.
(23) Construir um trapézio retângulo conhecendo a base menor, a diferença a
a base maior e a lateral da reta e a diagonal maior:
3.3.1 – Polígonos:
Nesta seção faremos algumas construções de polígonos convexos, em seção
anterior trabalhamos com os triângulos e quadriláteros.
Polígonos convexos são polígonos simples ( que não tem interseção entre
lados não-consecutivos) tais que toda reta que passa por dois vértices
consecutivos deixa todos os outros vértices num mesmo semi-plano. A
interseção de todos os semi-planos assim obtidos foram o conjunto dos
pontos internos do polígono.

Polígono convexo
• A1, A2, A3, A4 e A5 são ângulos internos.
Alguns polígonos recebem denominação específica, conforme o número de
seus vértices:
n = 3 : triângulo n = 13 : tridecágono
n = 4 : Quadrilátero n = 14 : tetradecágono
n = 5 : Pentágono n = 15 : pentadecágono
n = 6 : Hexágono n =16 : hexadecágono
n = 7 : Heptágono n = 17 : heptadecágono
n = 8 : Octógono n = 18 : octadecágono
n = 9 : Eneágono n = 19 : eneadecágono
n = 10 : decágono n = 20 : icoságono
n = 11 : undecágono n = 30 : polígono de 30 lados
n = 12 : dodecágono
Processo para divisão de uma circunferência:
Um dos processos que será utilizado para as construções dos polígonos será
o método da Poligonal de Delaistre que permite a construção de polígonos
conhecendo o lado.
(1) Construção de Pentágono Regular a partir do lado;

(i) Sobre a reta suporte r traçar o segmento AB;


(ii) Traçar as circunferências C1 = (A,AB) e C2 = (B,AB) ,em seguida traçar a
mediatriz m determinando o ponto C = m ∩ C1 ∩ C2;
(iii) Traçara circunferência C3 =( D,DA) ,em seguida determinando os pontos
E = C1∩C3, F = C2 ∩ C3 e G = m ∩ C3;
(iv) Traçar as semi-retas n passando por FG e o passando por EG, em seguida
determinando os pontos H = n ∩ C1 e I = o ∩ C2 ;
(v) Traçar as circunferências C4 = (H, AB) e C5 = (I,AB), em seguida
determinando o ponto J = C4 ∩ C5 V m;
(vi) Traçar os segmentos AH, HJ, JI e IB, determinando o pentágono regular a
partir do seu lado AB.
(2) Construção de Pentágono Regular inscrito na circunferência:

(i) Traçar a circunferência C1 = (O,d) em seguida traçar a reta r


perpendicular a reta s no ponto O;
(ii) Traçar a mediatriz m1 conforme PCE-03, determinando o ponto
M = m1 ∩ r;
(iii) Traçar a circunferência C2 = (M, MA), determinando o ponto N = C2 ∩ r;
(iv) Traçar a circunferência C3 = (A,AN), determinando os pontos B = C1∩ C3 e
E = C3 ∩ C1;
(v) Traçar a circunferência C4 = (B,AN), determinando o ponto C= C4 ∩ C1;
(vi) Traçar a circunferência C5 = (C,AN), determinando o ponto D = C5 ∩ C2;
(vii) Traçar os segmentos AD, BC, CD, DE e EA , determinando o pentágono regular
inscrito.
(3) Construção de Hexágono Regular pela Escala de Delaistre:

(4) Construção do Eneágono:Regular pela Escala de Delaistre:


(5) Construção de Hexágono Regular a partir do lado:
(vii) CAPÍTULO 4
4.1. Introdução:
Este capítulo teve como fruto as aulas de geometria dinâmica, uma das
disciplinas que compõem a grade curricular da Especialização em Matemática
Para Professores do Ensino Básico. Quando falamos em tecnologia e
formação de professores, pensamos no uso de softwares educativos livres
que contribuam para novas metodologias de ensino aprendizagem, no
desenvolvimento de habilidades que facilitem na realização da transposição
didática, presteza ao apoio pedagógico, aprendizado coletivo na utilização
dessas ferramentas auxiliares, suas potencialidades e limitações .
O software educativo de Geometria Dinâmica utilizado na construções
geométricas foi o Geogebra, nele podemos trabalhar com dois pontos de
vista: o geométrico e o algébrico, neste último, pode-se trabalhar tanto com
construções geométricas quanto com a parte analítica, onde podemos usar
funções, equações, parâmetros, entre outros.
Segundo Alves [2], a geometria é a área em que tem acontecido muitas
transformações em relação a utilização das tecnologias informáticas. Aqui, os
conceitos de visualizar e visualização adquirem grande importância para o
ensino da disciplina, pois, conforme Van Hiele, a visualização é um dos
principais fatores para o processo de construção do conhecimento. A maioria
dos softwares dinâmicos tem uma aparência bem próxima, pois, em todos se
tem uma área em branco onde serão realizadas as construções e uma grande
quantidade de ferramentas; alguns têm seus diferenciais e ferramentas
extras, mas o principal recurso desses softwares é o “arrastar”, ou seja,
através do mouse é possível interagir com a figura construída no software;
desta forma o mouse é o meio de comunicação entre o usuário e o software.
O presente trabalho tem o objetivo futuro da realização de projetos de aulas
buscando não só a facilitação de construções geométricas, mas discutir
dificuldade em relação à inserção do computador na sala de aula, alguns
professores ,alegam que não tiveram formação para tal fim e nem conhecem
esses tipos de softwares, mas, ainda assim, acham importante o uso do
computador para o ensino de geometria.
É lembrar que,” a figura do professor nunca poderá ser substituída pelo uso
de ferramentas computacionais, pois os alunos não aprendem com o mero
arrastar de objetos na tela. A elaboração de tarefas adequadas e as
intervenções do professor ao conduzi-las desempenham um papel
fundamental para sucesso da utilização de tecnologias interativas (Lagrange
et al., 2001). Devemos então como professores buscar a capacitação
necessária para a apropriação dessas tecnologias disponíveis e aplicá-las
adequadamente.
4.2.Aplicações do Geogebra ao Ensino de Matemática

APRESENTAÇÃO
O GeoGebra é um software de acesso livre, permitindo a sua utilização, cópia e
distribuição sem fins comerciais, a acessibilidade tem gerado a criação de
grupos de aprendizagem e produtores de conhecimento que desenvolvem
manuais e soluções de acordo com as suas necessidade.
Para CATTAI (2007, p. 4), este software possibilita a simulação de construções
geométricas, diferente do uso tradicional de régua e compasso. Trata-se de um
excelente laboratório de aprendizagem da geometria.
O GeoGebra, desenvolvido em 2001 pelo austríaco Markus Hohenwarter,
professor e pesquisador da Universidade de Salzburg/Áustria, na área de
Informática Aplicada à Educação Matemática, permite a abordagem de
conteúdos da Educação Básica como geometria e funções. Com a sua
utilização, o professor poderá melhorar a compreensão dos alunos pela
visualização da representação algébrica (coordenadas de pontos, equações de
retas, funções, comprimentos, áreas) e gráfica (sistema de eixos coordenados),
além da zona destinada à entrada dos comandos que definem os objetos.
Existem vários grupos de estudos que contribuem para o uso e divulgação
desse Software livre, citaremos alguns: Graduandas do Curso de Matemática da
UFPR geogebraufpr@gmail.com; GeogebraWiki,repositório livre de materiais
educacionais, desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do Instituto de Matemática
da Universidade Federal Fluminense para o projeto de conteúdos digitais do
MEC (http://www.geogebra.org)

CONTEÚDOS MATEMÁTICOS DOS PCN’S


Conteúdos matemáticos que podem ser abordados:
1.1 TÓPICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Vários conteúdos matemáticos que estão presentes nos PCN’S terceiro e quarto
ciclos do Ensino Fundamental, podem ser abordados de forma dinâmica em sala
de aula com a utilização do GeoGebra. São exemplos: o estudo de figuras
planas, perímetros, áreas, medida de ângulos, os Teorema de Tales e Pitágoras,
o Teorema Fundamental da Semelhança, eixos coordenados e planos
cartesianos.
1.2 TÓPICOS DO ENSINO MÉDIO
Da mesma forma as sugestões para aplicação do software no Ensino Médio
são:
a) No primeiro ano: noções de funções, trigonometria do triângulo retângulo.
Geometria plana (semelhança, congruência e representações de figuras planas).
b) No segundo ano: funções trigonométricas. Trigonometria do triângulo
qualquer e da primeira volta. Comprimentos, perímetros e áreas,
c) No terceiro ano: geometria analítica: representações do plano cartesiano e
equações; interseção e posições relativas de figuras planas.

APLICAÇÕES
Seria injusto não citar como o melhor exemplo de aplicação, o
desenvolvimento das construções geométricas apresentados nessa
monografia.
REFERÊNCIAS:
• PUTNOKI, José Carlos; Desenho Geométrico, Ed. Scipione, 2001.
• Marmo, Carlos; Curso de Desenho, Ed. Moderna .
• WAGNER, Eduardo; Construções Geométricas. 2ªed., Markgraph, Rio de
Janeiro, 1998.110p.
• ZUIN,Elenice de Souza Lodron. Da Régua do Compasso: as construções
geométricas como um saber escolar no Brasil.
2001. Dissertação (Mestrado em Educação)- Faculdade de Educação,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Disponível em:
http://www.anped.org.br/25/excedentes25/elenicezuint19.rtf Acesso em
novembro de 2004.
• El triángulo órtico en el Court
Francisco Javier García Capitán - 04/08/2009
Resumo : Introduction to the Modern Geometry of the Triangle and the Circle,
de Nathan Altshiller-Court. E
• Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Exatas – Departamento de Desenho
Elementos de Geometria – Geometria Plana e Espacial - 2ª Edição -2009
Prof ª. Deise Maria Berthold Costa
Prof. José Luiz Teixeira
Prof. Paulo Henrique Siqueira
Prof ª. Luzia Vidal De Souza Zamboni
• Artigo: Importância do Desenho Geométrico
Clézio Lemes de Oliveira - Universidade Católica de Brasília - UCB
Licenciando do Curso de Matemática.
• Interpretando uma construção geométrica como traçados de lugares
geométricos – Iolanda Andrade Campos Almeida – Doutora em Educação –
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.
• Apostila de Apoio Desenho Geométrico – Pro ª. Déli Garcia Ollé Barreto –
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal de Alagoas –
UFA
• Apostila de Desenho Geométrico – Fundação Centro de Ciências e Educação
Superior a Distância do Estado dório de Janeiro.
• Blog – O Baricentro da Mente - A Matemática em seus neurônios
• SANTANA, José Rogério. Novas e velhas tecnologias no ensino de
Matemática: uma discussão sobre os aspectos cognitivos no ensino de
Geometria mediado por recursos computacionais. Fortaleza, 2002
• . PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. formação continuada de professores das séries
iniciais do ensino fundamental: um caminho em construção. PUC. 2002.
• BREJON, Moysés(org). Estrutura e Funcionamento do 1º e 2º Graus.
Pioneira. São Paulo, 2ª edição,1973.
• BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: matemática - 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
• PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. formação continuada de professores das séries
iniciais do ensino fundamental: um caminho em construção. PUC. 2002.
• Documento Oficial: Congresso Nacional. LEI nº 5692 de 11/08/1971. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
• [2] ALVES, G. S. ; SOARES, A. B. . Geometria Dinâmica: Um estudo de seus
recursos, potencialidades e limitações através do software Tabulae. In: IX
Worshop de Informática na Escola - XXIII Congresso da Sociedade Brasileira
de Computação, 2003, Campinas. Anais do XXIII Congresso da Sociedade
Brasileira de Computação, 2003. p. 275-286.
• [1] BORBA, Marcelo C. ; PENTEADO, Miriam Godoy . Informática e
educação Matemática (3ª Edição). 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. v.
1. 99 p.
• Estudo do Potencial dos Softwares
Geogebra, Cabri-geometrè e Régua e Compasso
Jackson Pereira Júnior
Universidade do Estado de Mato Grosso - Departamento de Matemática
78390-000, Campus Rene Barbour, Barra do Bugres, MT
E-mail: jackson.jrp@gmail.com
Profª MSc. Daise Lago Souto Pereira
Depto de Matemática, UNEMAT
78390-000, Barra do Bugres, MT
E-mail: daiselago@gmail.com
• APLICAÇÕES AO ENSINO DA MATEMÁTICA
PROFESSOR ORIENTADOR: DR. CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS
Professor do Departamento de Matemática da UFPR

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