INTERNACIONAIS DE COMBATE AO TERRORISMO Nome: Aniceto Daúdo Resumo: Apesar de não ser um fenómeno novo, o terrorismo pode ser considerado quando nos referimos ao assunto como tema de Direito Internacional. Isto porque um dos primeiros esforços tomados pela comunidade internacional no sentido de abordar o assunto somente se deu em 1937 com a convenção de genebra. Actos terroristas possuem a capacidade de desestabilizar governos e sociedades, de por em risco a paz e segurança internacional e é também de ameaçar o desenvolvimento social e económico das sociedades antigas. Actualmente é possível dizer que já se abandonaram as teses de que a protecção dos direitos humanos não passava de um problema ou assunto puramente interno, pós as normas que visam a protecção dos direitos humanos são um claro desta contemporânea linha de pensamento. Nesse cenário a ONU se apresenta como o principal responsável pela efectiva protecção destes direitos que vem sofrendo com diversos ataques terroristas perpetrados mundialmente. No seu papel de efectivador dos direitos fundamentais dos indivíduos, a ONU acaba por adoptar acções e medidas que podem por si, ferir os próprios direitos que a organização visava proteger. A presente pesquisa busca demonstrar, destarte o paradoxo existente nas medidas extremas de combate ao terrorismo, nomeadamente das resoluções 1267 e 1373, que foram adoptados com a organização com o objectivo de permitir o combate ao terrorismo em âmbito global por meio das chamadas Smart Sanctions. Para tanto a pesquisa ira abordar a internacionalização dos direitos humanos, bem como o impacto que os actos terroristas podem ter sobre estes direitos. Apresentando, por fim, o paradoxo na aplicação destas medidas, quando tomadas de maneira extrema e sem devida observância dos direitos humanos. Todos os instrumentos de combate ao terrorismo que são adoptados sejam internacionais ou regionais afirmam que os Estados têm um dever, de proteger os indivíduos que estão sob sua tutela, não há dúvidas quanto a isso. É possível concluir que as estratégias de combate ao terrorismo no âmbito da ONU, não se coadunam com a protecção dos direitos humanos em todos os casos, pois, na algumas situações medidas prol atadas por tal órgão podem se mostrar mas prejudiciais aos direitos humanos dos indivíduos, que as disposições e as praticas das ordens internas ou regionais. Isso torna necessário um maior diálogo entre tais estruturas normativas e jurisdicionais, uma vez que as medidas de combate ao terror e a protecção dos direitos humanos devem caminhar juntos, sendo concedidas num sistema de reforço recíproco.
Palavras-chaves : Direitos Humanos, combate ao Terrorismo, Resolução 1267, Resolução