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ORGÂNICA
Caráter básico - Vejamos agora o que ocorre com uma amina (base
orgânica):
AS REAÇÕES ORGÂNICAS
1- Rupturas de ligações
Nas reações orgânicas é muito comum a formação de grupos
intermediários instáveis, sendo, portanto, de existência transitória, nos
quais o carbono não tem efetuadas suas quatro ligações. Estes grupos se
originam da ruptura de ligações entre átomos, que pode ocorrer de modo
homogêneo ou heterogêneo.
Veja um exemplo:
2o etapa: eliminação
Veja um exemplo:
Substituição por radical livre - Nessa reação, típica de alcanos,
o substrato sofre na primeira etapa um ataque por radical livre. Veja um
exemplo:
HIDROCARBONETOS
1- Nomenclatura
A nomenclatura dos hidrocarbonetos, assim como a de todos os
compostos orgânicos está baseada na utilização de prefixos, infixos e
sufixos. O prefixo indica o número de carbonos existente na cadeia:
1 C - MET 5 C - PENT 9 C - NON
2 C - ET 6 C - HEX 10 C - DEC
3 C - PROP 7 C - HEPT 11 C - UNDEC
4 C- BUT 8 C - OCT 12 C - DODEC
2- Radicais livres
Imagine uma ligação covalente entre carbono e hidrogênio. Se houver
uma ruptura homolítica dessa ligação, teremos a formação de um radical
livre:
4- Subfunções
Os hidrocarbonetos são divididos em várias classes ou subfunções,
baseadas na saturação ou insaturação do composto, o que lhes confere
propriedades físico-químicas muito diferentes. São as principais classes de
hidrocarbonetos:
ALCANOS ou PARAFINAS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + ano
2- As conformações moleculares
Os alcanos são hidrocarbonetos saturados, ou seja, todos os seus
carbonos realizam quatro ligações simples. A hibridação nesse caso é sp3, o
que lhes confere uma geometria tetraédrica. Veja abaixo duas posições
espaciais para a molécula de etano:
4- Propriedades físicas
Por serem compostos completamente apolares, as forças (de Van der
Waals) que mantêm unidas as moléculas dos alcanos são muitas fracas e de
curto raio de ação - atuam apenas entre partes de moléculas vizinhas que se
encontrem em contato, ou seja, entre as superfícies das moléculas. Deve-se
esperar, portanto, que quanto maior for a molécula, e consequentemente a
área superficial, maiores serão as forças intermoleculares. Assim, algumas
propriedades físicas, como o ponto de fusão (PF) e o ponto de ebulição (PE)
crescem à medida que aumenta o número de carbonos na cadeia dos alcanos.
5- Métodos de obtenção
Os alcanos mais baixos, desde o metano até o n-pentano, podem ser
obtidos em estado puro, pela destilação fracionada do petróleo e do gás
natural. As frações separadas do petróleo, no entanto, são constituídas de
misturas complexas de vários hidrocabonetos com diferentes números de
átomos de carbono e, sob a forma de diversos isômeros. Os demais alcanos
têm de ser preparados em laboratório. O uso que se dá a cada uma das
frações depende essencialmente da respectiva volatilidade ou viscosidade
dos compostos.
6- Propriedades químicas
Os alcanos são compostos naturalmente pouco reativos. Para fazer
reagir um alcano é preciso fornecer grande quantidade de energia, pois sua
estrutura é muito estável e muito difícil de ser quebrada. Só uma partícula
extremamente reativa, como um átomo ou um radical livre, consegue atacar
a molécula do alcano. As reações geralmente se dão pela subtração de
hidrogênios do alcano, rompendo homoliticamente a ligação. Forma-se então
um radical livre, que continua a sequência da reação. A molécula do alcano,
todavia, possui diversos átomos de hidrogênio, e o produto, que
efetivamente se forma, depende de qual desses hidrogênios é removido.
1- Craque ou Pirólise
Os alcanos, quando convenientemente aquecidos, sofrem ruptura
homolítica na cadeia, simétrica ou não, resultando outros alcanos e alcenos
de cadeias menores. Essa reação é muito usada para se obter gasolina
(mistura de octanos) a partir de querosene e óleo diesel (alcanos com mais
de 16 carbonos). O alcano passa através de uma câmara aquecida a cerca de
400 a 600o C, utilizando geralmente um catalisador formado por óxidos
metálicos. Essas reações também produzem certa quantidade de hidrogênio.
2- Halogenação
A halogenação de um alcano se dá por substituição de um átomo de
hidrogênio por um halogênio, resultando em um haleto de alquila. Por
exemplo, na cloração do metano e do etano os produtos são,
respectivamente, cloro metano e cloro etano. Para alcanos com mais de dois
carbonos existe mais de uma possibilidade para o halogênio se posicionar.
Deste modo o produto da reação será uma mistura de isômeros de posição.
Entretanto, as quantidades dos isômeros formados diferem-se na mistura.
A reação ocorre via radicais livres.
H primário = 1,0
H secundário = 3,8
H terciário = 5,0
3- Nitração
Os alcanos podem ser nitrados utilizando-se ácido nítrico
concentrado em condições enérgicas (aprox. 400o C), produzindo nitro-
compostos:
4- Sulfonação
Os alcanos podem ser sulfonados utilizando-se ácido sulfúrico
concentrado a altas temperatura, produzindo ácidos sulfônicos:
ALCENOS ou OLEFINAS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + eno + posição da dupla ligação
2- A dupla ligação
A principal característica de um alceno é, sem dúvida, a dupla ligação.
Toda ligação dupla é formada a partir de uma ligação sigma e uma ligação pi.
A hibridação do carbono ligado pela dupla é sp2, o que lhe confere uma
estrutura geométrica trigonal plana. A energia contida numa ligação dupla
carbono-carbono está em torno de 100 kcal (sigma: 60 ; pi: 40),
evidentemente, mais forte que uma ligação simples. O fato de os carbonos
estarem mais fortemente ligados entre si faz com que a distância da ligação
seja menor.
3- Isomeria geométrica
4- Propriedades físicas
Os alcenos apresentam essencialmente as mesmas propriedades
físicas dos alcanos: são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares,
são menos densos que a água e os pontos de ebulição escalonam-se
igualmente segundo o número de carbonos na cadeia e dependem da maior
ou menor ramificação que nela exista. Também o número de ramificações
existentes no alceno podem conferir-lhe estabilidade: quanto maior o
número de grupos alquilo ligados aos carbonos da dupla ligação, mais estável
será o alceno.
5- Métodos de obtenção
Os alcenos mais simples, até cinco átomos de carbono, podem ser
obtidos em forma pura, na indústria do petróleo. Os demais são produzidos
em laboratório.
6- Propriedades químicas
Os alcenos sofrem principalmente reações de adição. Estes
hidrocarbonetos caracterizam-se por possuírem uma dupla ligação entre
carbonos, constituída de uma ligação sigma, forte, e uma ligação pi, fraca. É
de se esperar, portanto, que as reações consistam na ruptura da ligação
mais fraca. Tal previsão é confirmada experimentalmente: a química dos
alcenos é basicamente a ruptura da ligação pi, fraca, e a formação de duas
ligações sigma, fortes, na mesma molécula. Logo, são reações de adição.
1- Halidrificação
O HCl, o HBr e o HI transformam os alcenos nos correspondentes
haletos de alquila. A reação consiste em fazer passar o haleto de
hidrogênio, gasoso e anidro, diretamente através do alceno. Alcenos com
mais de dois carbonos poderiam dar origem a mais de um produto. No
entanto, na grande maioria dos casos, apenas um deles se forma ou existe
um deles que se forma em maior quantidade em relação ao outro. A
orientação da adição nos alcenos depende da estabilidade do carbocátion.
Veja o exemplo abaixo:
Como se percebe, o carbocátion que se forma é secundário, e não
primário. Entretanto, a orientação da adição do HBr, em especial, depende
exclusivamente da presença ou ausência de peróxidos. Se a reação for feita
em ausência de peróxidos orgânicos, a orientação da adição segue a regra
de estabilidade dos carbocátions. Caso seja feita em presença de
peróxidos, a orientação da adição se dá exatamente de modo oposto, ou
seja, o H se liga ao carbono secundário e o Br no carbono primário. isso
porque a reação nestas condições não se dá por meio iônico, e sim via
radicais livres. O peróxido utilizado, frequentemente derivado de ácidos
carboxílicos, inicia a reação por radical livre, e não há formação do
carbocátion. Veja:
4- Hidratação
Em meio ácido, os alcenos reagem com a água formando álcoois:
5- Reação com H2SO4
Os alcenos podem reagir com ácido sulfúrico concentrado a quente,
originando sulfatos ácidos:
DIENOS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + adieno + posição das duplas ligações
De duplas isoladas
3- Propriedades físicas
As mesmas dos alcenos.
4- Métodos de obtenção
5- Propriedades químicas
As propriedades químicas dos dienos dependem das posições em que
se encontram as ligações duplas. Ligações duplas isoladas ou acumuladas
pouco efeito exercem uma sobre a outra, e, por isso, cada uma delas reage
como se fosse um alceno simples. Excetuando o consumo de maior
quantidade de reagente, as propriedades químicas dos dienos não
conjugados são idênticas às dos alcenos. Os dienos conjugados, porém,
diferem dos alcenos simples em três aspectos: são mais estáveis, são mais
reativos e apresentam adição 1,4.
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + ino + posição da tripla ligação
2- A ligação tripla
A ligação tripla constitui a característica principal dos alcinos, e os
carbonos ligados dessa forma possuem hibridação sp, que lhes confere uma
geometria linear. A ligação tripla é formada por uma ligação sigma e duas
ligações pi ortogonais, assumindo a forma de um tubo. A sua energia total é
de 123 kcal. Mais forte, portanto, que a ligação dupla (100 kcal) e a ligação
simples (83 kcal). Por estarem mais fortemente unidos, a distância da
ligação entre os núcleos dos átomos de carbono é menor. A inexistência de
isômeros geométricos do acetileno (HC CH) serve para confirmar a
estrutura da ligação tripla.
3- Propriedades físicas
Os alcinos são compostos de baixa polaridade e apresentam
essencialmente as mesmas propriedades físicas dos alcanos e dos alcenos:
são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares, são menos densos
que a água e os pontos de ebulição escalonam-se igualmente segundo o
número de carbonos na cadeia e dependem da maior ou menor ramificação
que nela exista.
4- Métodos de obtenção
Não são muito importantes as reações que produzem alcinos, porém,
vale a pena destacar a desalogenação de dihaletos vicinais.
5- Propriedades químicas
O carbono, quando em tripla ligação, comporta-se como se fosse um
elemento mais eletronegativo do que o carbono que participa apenas de
ligações ou duplas. Assim, o hidrogênio ligado ao carbono da tripla ligação
adquire um apreciável caráter ácido. Assim, a presença ou não do hidrogênio
no carbono da tripla ligação faz com que os alcinos tenham propriedades
químicas diferentes. Os alcinos que possuem o hidrogênio terminal são
chamados alcinos verdadeiros, e os que não o possuem são chamados alcinos
falsos. Veja um exemplo que deixa clara essa diferença:
1- Halidrificação
Quando reagidos com HX, os alcinos produzem haletos e, se existir
excesso de HX poderemos obter dihaletos germinados. Veja o exemplo da
reação entre acetileno e HBr:
2- Halogenação
Quando reagidos com halogênios, os alcinos produzem dihaletos. Caso
exista halogênio em excesso, poderemos obter um derivado
tetrahalogenado. Veja o exemplo:
3- Hidratação
O mecanismo da adição de água nos alcinos ocorre de maneira análoga
à hidratação dos alcenos, porém, o produto - um enol - tautomeriza-se na
forma cetônica ou aldeídica, dependendo da estrutura da cadeia carbônica.
Veja o exemplo da hidratação do acetileno:
4- Trimerização do acetileno
Aquecendo-se o acetileno e fazendo-o passar por tubos de ferro a
temperaturas elevadas obtém-se o benzeno. O processo não é industrial
porque existem outras fontes de extração do benzeno (alcatrão da hulha e
petróleo).
5- Hidrogenação
Os alcinos podem ser hidrogenados em presença de um catalisador.
Este atua diminuindo a energia de ativação necessária para que a reação
ocorra. Os reagentes são adsorvidos na sua superfície, rompendo as
ligações pi e enfraquecendo as ligações sigma, o que facilita a reação. O
paládio, a platina e o níquel podem servir como catalisadores da
hidrogenação. Veja que, como a adição do hidrogênio ocorre como se fosse
um "encaixe", no mesmo lado, o alceno formado terá sempre a configuração
cis :
6- Adição nucleofílica de HCN
A reação de um alcino com HCN é um caso de adição nucleofílica.
Inicialmente, o HCN ioniza-se e fornece íons CN- (nucleófilo), que irão
iniciar a reação. Veja:
HIDROCARBONETOS ALICÍCLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: ciclo + prefixo + sufixo + o
4- Isomeria geométrica
As cadeias fechadas, assim como os alcenos, também podem
apresentar isomeria geométrica cis-trans, pois também existe a
impossibilidade de rotação livre das ligações. Veja abaixo duas estruturas
cíclicas cuja disposição espacial para os seus ligantes possibilitam a
isomeria cis-trans:
5- Propriedades físicas
As propriedades físicas dos hidrocarbonetos alifáticos assemelham-
se às dos hidrocarbonetos correspondentes de cadeia aberta, embora os
pontos de fusão e ebulição e as densidades destes compostos sejam
ligeiramente mais altos. Por serem compostos apolares, dissolvem-se apenas
em solventes apolares ou fracamente polares.
6- Métodos de obtenção
Em certas regiões (em especial, na Califórnia), o petróleo é rico em
cicloalcanos, entre eles o ciclo-hexano, o metil ciclo-hexano, o ciclo-pentano
e o 1,2 - dimetil ciclo-pentano. Estes compostos são excelentes
combustíveis, com elevado número de octanos. Os demais alicíclicos são
preparados em laboratório.
1- Halidrificação
Os cicloalcenos podem reagir com HX, da mesma forma como os
alcenos, produzindo haletos:
2- Halogenação
Os cicloalcenos podem reagir com halogênios, da mesma forma como
os alcenos, produzindo dihaletos vicinais:
3- Formação de haloidrinas
Os cicloalcenos podem reagir com halogênios em solução aquosa, da
mesma forma como os alcenos, produzindo haloidrinas:
4- Hidratação
Os cicloalcenos podem ser hidratados em meio ácido, da mesma forma
como os alcenos, produzindo álcoois:
5- Abertura do ciclopropano
Os alicíclicos pequenos sofrem reações de abertura do anel, devido à
existência das tensões de Bayer. Estes compostos reagem com certas
substâncias, dando origem a compostos de cadeia aberta, que conferem
maior estabilidade à molécula. Especialmente o ciclopropano, cujas tensões
internas são muito fortes, reage com várias substâncias. Veja:
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
1- Nomenclatura e exemplos
A nomenclatura dos hidrocarbonetos não segue uma norma fixa e
vários destes compostos possuem nomes próprios. No entanto, a maioria
deles é nomeado de acordo com os mesmos termos usados nas demais
nomenclaturas: radicais, prefixos, infixos e sufixos. Grande parte destes
compostos têm como cadeia principal o benzeno.
3- A aromaticidade
Para que um composto seja classificado como aromático, deve seguir
rigorosamente três regras: Deve ter estrutura cíclica e plana e deve ter
4n + 2 elétrons pi, onde n é obrigatoriamente um número inteiro. Portanto,
no anel aromático não pode existir carbonos sp3 (exceto como radicais), que
têm geometria tetraédrica. Veja alguns exemplos abaixo:
4- Propriedades físicas
Como compostos de baixa polaridade, apresentam basicamente as
mesmas características dos demais hidrocarbonetos. Os pontos de fusão
dos aromáticos relativamente mais elevados que os equivalentes alicíclicos,
devido ao fato de as moléculas aromáticas serem planas, o que permite uma
melhor interação intermolecular. Em um dialquil-benzeno, os isômeros
apresentam pontos de fusão diferentes. Verifica-se experimentalmente que
os pontos de fusão dos derivados crescem na seguinte ordem: orto < meta <
para. Esse fato constitui um caso particular do efeito da simetria molecular
sobre as forças cristalinas. Quanto mais elevada for a simetria de um
composto, tanto melhor será a ordenação segundo uma rede cristalina e por
isso tanto mais alto será o ponto de fusão e mais baixa será a solubilidade.
veja, por exemplo, os pontos de fusão dos isômeros do xileno (dimetil-
benzeno):
Orto-xileno: -25o C
Meta-xileno: -48o C
Para-xileno: 13o C
5- Métodos de obtenção
O alcatrão da hulha é a melhor fonte natural de compostos
aromáticos. A hulha é uma variedade do carvão mineral, e pode ser
destilada em retortas especiais, produzindo três frações:
6- Propriedades químicas
Os hidrocarbonetos aromáticos participam preferencialmente de
reações de substituição eletrofílica.
1- Nitração
O benzeno pode reagir com ácido nítrico, em presença de ácido
sulfúrico que, sendo um ácido mais forte que o HNO3, faz com que este se
comporte como base de Lewis, recebendo um próton do H2SO4. Trata-se de
um equilíbrio ácido-base.
2- Sulfonação
O benzeno pode ser sulfonado com ácido sulfúrico fumegante - uma
solução de SO3 em H2SO4 - em que o próprio SO3 será o eletrófilo:
3- Halogenação
O benzeno e outros compostos aromáticos podem ser halogenados,
em presença de AlCl3 ou FeCl3 (ácidos de Lewis). À primeira vista,
acharíamos que a reação se iniciasse como na halogenação de um alceno ou
de um cicloalcano: devido à alta reatividade da ligação pi, esta atacaria o
halogênio simplesmente pela existência das cargas formais na molécula
desse halogênio (dipolos induzidos). No entanto, como já vimos, os anéis
aromáticos, por serem estruturas ressonantes, possuem menor reatividade
que alcenos e ciclenos. Por isso é necessário "potencializar" essa carga
formal do halogênio. Para isso, usa-se, por exemplo, o AlCl 3, que é um ácido
de Lewis, e age recebendo um par de elétrons de um dos átomos do
halogênio. Veja o exemplo da cloração do benzeno:
4- Acilação de Friedel-Crafts
Reagindo-se haletos de ácido com benzeno, em presença de AlCl 3 ou
FeCl3 (ácidos de Lewis), obtém-se cetonas. O eletrófilo é o íon acetoxônio.
Veja o exemplo abaixo:
5- Alquilação de Friedel-Crafts
Reagindo-se haletos de alquila com benzeno, em presença de AlCl 3 ou
FeCl3 (ácidos de Lewis), obtém-se outro hidrocarboneto aromático. O
eletrófilo é o carbocátion que se forma. Veja o exemplo abaixo:
6- Oxidação do cumeno
Esse é um dos métodos mais importantes e eficazes, utilizado
inclusive industrialmente, para a obtenção do fenol e da acetona. Trata-se
da oxidação do isopropil-benzenol (cumeno):
7- Orientação da segunda substituição no benzeno
O benzeno pode sofrer mais de uma substituição. A primeira
substituição ocorre normalmente, com a entrada do eletrófilo no lugar de
qualquer um dos hidrogênios do anel, já que são equivalentes. No entanto,
uma segunda substituição dependerá do radical já existente, que então irá
orientar a entrada do próximo grupo no anel. Um segundo radical pode
entrar em duas posições: meta ou orto/para, dependendo da natureza do
radical existente no anel. A explicação para esse fato está relacionada com
o maior ou menor número de estruturas de ressonância possíveis para
determinada posição. Lembre-se de que, quanto maior o número de
estruturas ressonantes, mais estável é a estrutura.
Especial: CARBENOS
CH2N2 CH2 + N2
ISOMERIA ÓPTICA
1- A luz polarizada
Uma lâmpada incandescente emite uma luz que é constituída de ondas
eletromagnéticas, que se propagam com vibrações em infinitos planos,
formando, teoricamente, um movimento espiralado. Esse movimento é
resultado da composição das diversas vibrações em vários planos. Se
"filtrarmos" essas vibrações de modo que se tenha vibração em apenas um
plano, teremos a chamada luz polarizada. Veja o esquema abaixo:
Quando nos cristais, estes devem ser assimétricos, ou seja, não ter
nenhum plano de simetria.
Onde:
7- Configuração relativa
A configuração relativa é um tipo de classificação dos compostos
através da sua esturtura estérica, descrevendo a relação entre dois
centros assimétricos. Baseia sua nomenclatura na estrutura do gliceraldeído
e é usada somente para compostos derivados dele - os açúcares. Veja:
Assim, da mesma forma, para outros açúcares, aqueles que
apresentarem maior número de hidroxilas para a direita são classificados
como D e aqueles que apresentarem maior número de hidroxilas para a
esquerda são classificados como L. Não confunda D e L (maiúsculos) com d e
l (minúsculos). Os primeiros indicam uma configuração molecular específica
para açúcares e os segundos indicam o desvio do plano da luz polarizada
para a direita ou para a esquerda, nos compostos com atividade óptica. Pode
inclusive acontecer de um açúcar L ser dextrógiro (d) ou vice-versa. Isso
mostra que não existe nenhuma relação entre D-L e d-l.
8- Configuração absoluta
A configuração absoluta é um tipo de classificação dos compostos
através da sua estrutura estérica, especificando a ordem dos átomos,
determinando os enantiômeros e sua quiralidade. A nomenclatura dos
compostos assimétricos é feita da seguinte maneira:
9- Estereoquímica de reações
As reações orgânicas que envolvem compostos que apresentam
carbono assimétrico apresentam um fator estereoquímico, que pode
determinar a formação de produtos diferentes.
Adição de HX ao 1-Buteno
Halogenação do n-Butano
Halogenação do 2-Buteno
Hidrogenação da butanona
Oxidação do ciclopenteno
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: halogênio + hidrocarboneto
Nomenclatura usual: ânion do halogênio + de + radical orgânico
2 - Propriedades físicas
Em virtude da polaridade existente na ligação carbono-halogênio, os
haletos possuem pontos de ebulição levemente mais elevados do que os
alcanos de mesmo peso molecular. Apesar da polaridade, no entanto, os
haletos não são solúveis em água, provavelmente por não terem
possibilidade de formarem ligações de hidrogênio. Dissolvem-se apenas em
solventes orgânicos. Os haletos mais simples, com até dois cerbonos na
cadeia, são gases. À medida que a massa molecular aumenta, eles se tornam
líquidos e, posteriormente, sólidos. Os haletos mais importantes são líquidos
incolores de cheiro agradável, porém, tóxico. Apresentam pontos de
ebulição próximos aos alcanos de mesma massa molecular.
3 - Métodos de obtenção
A grande maioria dos haletos são sintetizados em laboratório para
serem usados como ponto de partida para a obtenção de outros compostos
orgânicos de maior interesse.
1- Halogenação de alcanos
A halogenação de um alcano se dá por substituição de um átomo de
hidrogênio por um halogênio, resultando em um haleto de alquila. Veja aqui
os detalhes desse processo.
2- Halidrificação de alcenos
O HCl, o HBr e o HI transformam os alcenos nos correspondentes
haletos de alquila. A reação consiste em fazer passar o haleto de
hidrogênio, gasoso e anidro, diretamente através do alceno. Alcenos com
mais de dois carbonos poderiam dar origem a mais de um produto. Veja aqui
os detalhes desse processo.
3- Halogenação de alcenos
O cloro e o bromo transformam facilmente os alcenos em dihaletos
vicinais, dissolvidos normalmente em um solvente inerte, como o
tetracloreto de carbono. O iodo, em geral, não reage. A adição prossegue
rapidamente, à temperatura ambiente ou inferior, constituindo a melhor
maneira de se obter di-haletos vicinais. Sabemos que as moléculas de um
halogênio qualquer é apolar, ou seja, não há diferença de eletronegatividade
entre os átomos na molécula. Sabemos também que a adição em alcenos se
dá pelo ataque dos elétrons pi a um eletrófilo. Neste caso, não há um
eletrófilo com carga real. No entanto, as moléculas do halogênio criam um
dipolo induzido pelo forte campo elétrico gerado pelas nuvens pi das
moléculas do alceno que se encontram no meio. A densa nuvem eletrônica da
dupla ligação tende a repelir a nuvem eletrônica do halogênio, fazendo com
que o átomo de halogênio que estiver mais próximo da dupla seja
relativamente mais positivo e o mais afastado relativamente negativo.
4- Halidrificação de alcinos
Quando reagidos com HX, os alcinos produzem haletos e, se existir
excesso de HX poderemos obter dihaletos germinados. Veja o exemplo da
reação entre acetileno e HBr:
5- Halogenação de alcinos
Quando reagidos com halogênios, os alcinos produzem dihaletos. Caso
exista halogênio em excesso, poderemos obter um derivado
tetrahalogenado. Veja o exemplo:
6- Halidrificação de cicloalcenos
Os cicloalcenos podem reagir com HX, da mesma forma como os
alcenos, produzindo haletos:
7- Halogenação de cicloalcenos
Os cicloalcenos podem reagir com halogênios, da mesma forma como
os alcenos, produzindo dihaletos vicinais:
4 - Propriedades químicas
Os haletos de alquila são muito reativos e a partir deles pode-se
obter praticamente todas as funções orgânicas. Isto torna-os
importantíssimos nas sínteses orgânicas. Essa grande reatividade dos
haletos é explicada pela forte polaridade da ligação entre o halogênio e o
carbono, causando na cadeia um efeito indutivo -I. Já os haletos aromáticos
são menos reativos, pois o efeito indutivo -I é contrabalanceado pelo efeito
mesomérico +M, que aparece devido à ressonância de um par eletrônico livre
do halogênio com o anel aromático. A reatividade dos haletos de alquila
cresce da seguinte maneira: R-I > R-Br > R-Cl > R-F. Isso porque quanto
maior o haleto, mais polarizável ele se torna, logo, reage com mais
facilidade.
Solventes
Anestésico
Lubrificantes inertes
Medicamentos (cloromicetina)
ÁLCOOIS
radicais + carbinol
............................
2- Propriedades físicas
As moléculas dos álcoois, por possuírem o grupo polar OH, pode-se
dizer, são ligadas entre si pelos mesmos tipos de forças intermoleculares
que agregam as moléculas de água umas às outras - as ligações de
hidrogênio. Por essa razão é possível misturar as duas substâncias. Isso, no
entanto, verifica-se apenas nos álcoois mais simples (metanol, etanol e
propanol). Nesses álcoois, que são líquidos incolores voláteis e de cheiro
característico, o grupo OH constitui importante porção da molécula. Com o
aumento da cadeia carbônica, todavia, o grupo OH começa a perder
importância, pois a maior parte da molécula é um hidrocarboneto. Os álcoois
então tornam-se mais viscosos, menos voláteis e menos solúveis em água,
até chegarmos em álcoois de massa molecular tão elevada que são sólidos e
insolúveis em água. A viscosidade e a solubilidade dos álcoois em água
também aumenta se o número de hidroxilas aumentar. Quanto maior o
número de grupos OH, mais intensas serão as interações intermoleculares e
maiores serão os ponto de fusão e ebulição dos álcoois.
3- Métodos de obtenção
Normalmente, os álcoois não parecem livres na natureza. Entretanto,
eles são muito abundantes na forma de ésteres, tanto no reino vegetal
quanto no reino animal. Além disso, o álcool etílico é obtido em grande
escala por processos de fermentação de açúcares.
1- Hidratação de alcenos
Em meio ácido, os alcenos reagem com a água formando álcoois:
2- Hidratação de cicloalcenos
Os cicloalcenos podem ser hidratados em meio ácido, da mesma forma
como os alcenos, produzindo álcoois:
8- Hidrólise de ésteres
Os éteres podem ser hidrolisados em meio básico ou em meio ácido,
resultando um álcool e um ácido crboxílico. Em meio básico temos a seguinte
proposta mecanística:
2- Eliminação em dióis
Os diálcoois em meio ácido e a temperaturas elevadas podem produzir
dienos:
3- Eliminação em álcoois cíclicos
Em meio ácido, os álcoois cíclicos podem ser hidratados, assim como
os alcenos:
Combustível
Umectante
Solventes
Tintas
Plastificantes
Lubrificantes
Agente adoçante
Componente de cosméticos
FENÓIS
1- Nomenclatura e exemplos
Os fenóis não seguem nenhuma regra fixa de nomenclatura. Os mais
simples, no entanto, podem ser nomeados usando o anel aromático como
cadeia principal e os grupos ligados a ele como radicais.
2- Propriedades físicas
Os fenóis mais simples são líquidos ou sólidos de baixo ponto de fusão
e ponto de ebulição elevado, devido à ligação das moléculas, umas às outras,
por ligações de hidrogênio. São, em geral, pouco solúveis ou insolúveis em
água, de cheiro forte e característico. São tóxicos e têm ação cáustica
sobre a pele. A menos que exista na molécula algum grupo susceptível de
produzir cor, os fenóis são incolores. Se oxidam facilmente, como as aminas,
e muitos fenóis apresentam cor devido à presença de produtos de oxidação
corados.
3- Métodos de obtenção
Muitos fenóis simples como o fenol comum, os naftóis e os cresóis
podem ser obtidos diretamente do alcatrão da hulha. Por isso, em
laboratório, as reações geralmente objetivam a produção de fenóis com
estruturas mais complexas.
3- Oxidação do cumeno
Esse é um dos métodos mais importantes e eficazes, utilizado
inclusive em escala industrial. Trata-se da oxidação do isopropil-benzenol
(cumeno). É o método industrial utilizado para a produção simultânea de
fenol e acetona:
4- Propriedades químicas
Os fenóis têm caráter relativamente ácido, porém, menos ácido que
os ácidos carboxílicos (veja a comparação da força ácida destes
compostos). Os fenóis podem ser facilmente diferenciados dos álcoois por
meio de alguns testes simples em laboratório.
1- Substituições eletrofílicas
Ao anel aromático do fenol pode ser adicionado um ou mais
grupamentos funcionais, em reações de substituição eletrofílica,
semelhantes às que ocorrem com o benzeno (nitração, sulfonação,
halogenação, acilação, alquilação). No entanto, como o anel apresenta um
grupo direcionador orto-para (OH), a entrada dos grupamentos serão
orientadas nestas posições. Veja mais detalhes aqui.
3- Esterificação
Os fenóis, assim como os álcoois, podem ser transformados em
ésteres. Geralmente utiliza-se um anidrido ou cloreto de ácido:
4- Reação com amônia
Os fenóis podem reagir com a amônia, produzindo aminas:
5- Sais de fenóis
Como já foi dito, os fenóis são compostos relativamente ácidos, e
podem ser convertidos nos respectivos sais por soluções aquosas de
hidróxidos. Estes sais são conhecidos como fenóxidos ou fenolatos. Como
seria de se esperar, os fenóis e seus sais têm características opostas,
quanto à solubilidade: os sais são solúveis em água e insolúveis em solventes
orgânicos.
ÉTERES
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial prefixo do radical menor + óxi + hidrocarboneto
IUPAC: maior
éter + radical menor + prefixo do radical maior +
Nomenclatura usual:
ílico
2- Propriedades físicas
Sendo o ângulo entre as ligações R-O-R diferente de 180o C, devido
ao efeito da repulsão dos pares eletrônicos não ligantes do oxigênio, os
momentos de dipolo das duas ligações não se anulam mutuamente. Por isso
os éteres apresentam um certo momento de dipolo, ainda que pequeno, mas
diferente de zero. Essa fraca polaridade, no entanto, não exerce efeito
considerável sobre o ponto de ebulição do éter, sendo aproximadamente
igual ao do alcano de massa molecular e geometria correspondentes, mas
muito menor que o dos álcoois isômeros. Isto se deve principalmente ao fato
de que nos álcoois é possível a formação de ligações de hidrogênio entre as
moléculas, o que não ocorre nos éteres. Por outro lado, a solubilidade dos
éteres em água é comparável à dos álcoois correspondentes, já que, com as
moléculas de água, os éteres podem formar ligações de hidrogênio.
3- Métodos de obtenção
4- Propriedades químicas
Os éteres são pouco reativos, em virtude da grande estabilidade das
ligações C-O-C. No entanto, os éteres são altamente inflamáveis, exigindo
cuidado na sua manipulação. Além disso, em contato com o ar, a maioria dos
éteres alifáticos transformam-se em peróxidos instáveis. Embora, se
encontrem em baixa concentração, esses peróxidos são muito perigosos,
pois podem dar origem a explosões violentas durante as destilações que se
seguem às extrações com éter. A presença de peróxido pode ser
identificada pela adição de sulfato ferroso e tiocianato de potássio. O
peróxido oxida o ferro II a ferro III, o qual reage com o íon tiocianato,
produzindo um complexo de coloração vermelho-sangue característica. Essa
é também uma maneira de eliminar o peróxido, pois ele é reduzido pelo íon
Fe2+. Também pode-se eliminar o peróxido destilando o éter com ácido
sulfúrico concentrado.
Anestésico
ALDEÍDOS E CETONAS
1- Nomenclatura e exemplos
Para aldeídos:
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + infixo + al
Nomenclatura usual I: aldeído + prefixo + ílico
Nomenclatura usual II: prefixo + aldeído
Para cetonas:
Nomenclatura oficial
prefixo + infixo + ona
IUPAC:
radical menor + radical maior +
Nomenclatura usual:
cetona
2- Propriedades físicas
À temperatura de 25o C, os aldeídos com um ou dois carbonos são
gasosos, de 3 a 11 carbonos são líquidos e os demais são sólidos. Os aldeídos
mais simples são bastante solúveis em água e em alguns solventes apolares.
Apresentam também odores penetrantes e geralmente desagradáveis. Com
o aumento da massa molecular esses odores vão se tornando menos fortes
até se tornarem agradáveis nos termos que contêm de 8 a 14 carbonos.
Alguns deles encontram inclusive emprego na perfumaria (especialmente os
aromáticos).
3- Métodos de obtenção
6- Acilação de Friedel-Crafts
Reagindo-se haletos de ácido com benzeno, em presença de AlCl 3 ou
FeCl3 (ácidos de Lewis), obtém-se cetonas. O eletrófilo é o íon acetoxônio.
Veja o exemplo abaixo:
7- Oxidação do cumeno
Esse é um dos métodos mais importantes e eficazes, utilizado
inclusive industrialmente, para a obtenção do fenol e da acetona. Trata-se
da oxidação do isopropil-benzenol (cumeno):
4- Propriedades químicas
Os aldeídos e cetonas são bastante reativos, em decorrência da
grande polaridade gerada pelo grupo carbonilo, que serve como local de
adição nucleofílica e aumentando a acidicidade dos átomos de hidrogênio
ligados ao carbono (carbono ligado diretamente à carbonila). Em relação
às cetonas, os aldeídos são bem mais reativos. Como o grupo carbonilo
confere à molécula uma estrutura plana, e a adição de um reagente
nucleófilo pode ocorrer em dois lados, ou seja, a superfície de contato é
maior, o que facilita a reação. Isso possibilita a formação de racematos
(mistura de enantiômeros), caso o carbono seja assimétrico.
Desinfetante
Na fabricação de vernizes
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: ácido + prefixo + infixo + óico
2- Propriedades físicas
Como se poderia prever pela estrutura molecular, os ácidos
carboxílicos são substâncias polares e podem, como os álcoois, formar
ligações de hidrogênio entre si ou com moléculas de outra espécie. Por essa
razão, os ácidos carboxílicos apresentam praticamente o mesmo
comportamento dos álcoois, quanto à solubilidade. Os ácidos com até 4
carbonos são líquidos incolores, miscíveis com a água, os ácidos de 5 a 9
carbonos são líquidos incolores e viscosos, muito pouco solúveis. Os ácidos
com dez ou mais carbonos são sólidos brancos, semelhante à cera, insolúveis
em água. O ácido aromático mais simples, o ácido benzóico, por apresentar
já elevado número de carbonos, não tem apreciável solubilidade em água. Os
ácidos carboxílicos são solúveis em solventes menos polares, como o éter, o
álcool, o benzeno.
3- Métodos de obtenção
4- Hidrólise de ésteres
Os éteres podem ser hidrolisados em meio básico ou em meio ácido,
resultando um álcool e um ácido crboxílico. Em meio básico temos a seguinte
proposta mecanística:
5- Hidrólise de nitrilas
As nitrilas podem ser hidrolisadas em meio ácido, originando ácidos
carboxílicos:
6- Hidrólise de cloretos de acila
Os cloretos de ácidos (cloretos de acila) podem ser hidrolisados,
produzindo o respectivo ácido carboxílico:
4- Propriedades químicas
Os ácidos carboxílicos possuem caráter ácido devido à sua ionização
-
em água: R-COOH + H2O R-COO + H3O+. Essa força ácida pode ser
maior ou menor dependendo do tipo de efeito indutivo causado pelo
grupamento ligado à carboxila:
No primeiro caso (a) o grupo X é elétron-atraente. O efeito indutivo
é -I e, portanto, deixa a carbonila com déficit eletrônico, o que leva a um
enfraquecimento da ligação com o hidrogênio ácido. Logo, será mais fácil a
liberação do próton. Assim, o caráter ácido aumenta.
Perceba que o ácido pode sofrer um ataque nucleofílico, eletrofílico ou de uma base.
No caso de um reagente nucleofílico (:Nu), o ácido reage preferencialmente através do
carbono da dupla, que é muito polarizado e, portanto, tem uma carga parcial positiva, o que
permite a entrada do nucleófilo. Se for um reagente eletrofílico (E), o ácido reage
preferencialmente através do oxigênio da hidroxila, que coordena um de seus pares de
elétrons livres para o eletrófilo. Finalmente, o reagente pode ser uma base, que então vai
atuar capturando um próton do ácido, seja da hidroxila (que é liberado mais facilmente) ou,
dependendo da força dessa base e das condições da reação, do carbono (carbono ligado
ao grupo COOH).
- -
RCOOH + OH RCOO + H2O
-
RCOO + H3O+ RCOOH + H2O
Ácido fórmico:
Fabricação de polímeros
Ácido acético:
Na fabricação do vinagre
ÉSTERES
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial hidrocarboneto + ato + de + radical que substituiu o
IUPAC: H
2- Propriedades físicas
A presença de um grupo carbonila (C=O) confere aos ésteres caráter
polar. Os ésteres mais baixos são líquidos incolores voláteis e têm cheiro
agradável, sendo por isso utilizados frequentemente na preparação de
perfumes e essências artificiais. À medida que a massa molecular aumenta
eles vão se tornando líquidos viscosos (óleos vegetais e animais) e os de
massa molecular muito elevada são sólidos (gorduras e ceras). Por não
formarem ligações de hidrogênio, os ésteres têm pontos de ebulição
menores que os dos álcoois e ácidos de igual massa molecular. Pelo mesmo
motivo, são insolúveis em água.
3- Métodos de obtenção
4- Propriedades químicas
Normalmente o grupo C=O não sofre qualquer modificação
permanente no decorrer da maioria das reações e, por consequência,
aparecem intactos nos compostos resultantes. A sua presença, no entanto,
determina o comportamento químico dos ésteres, assim como o dos demais
derivados dos ácidos carboxílicos. A reação mais característica dos ésteres
é a hidrólise, que fornece como produtos um álcool e um ácido carboxílico.
5- As gorduras e o sabão
Do ponto de vista da nossa existência, os ésteres mais importantes
são os que se encontram nas gorduras e óleos animais e vegetais. Um
importante grupo destes compostos deriva de um álcool apenas, o glicerol -
HOCH2CH(OH)CH2OH - e são por isso chamados glicerídeos. São triésteres
de ácidos graxos (ácidos de elevada massa molecular). Quando um glicerídeo
é tratado com hidróxido inorgânico, produz-se o sabão - um sal do ácido
graxo (veja o processo de saponificação de gorduras).
O sabão ordinário dos nossos dias é uma mistura de sais de sódio de
ácidos graxos. A composição de um sabão e seu método de preparação pode
variar, mas o seu comportamento químico é o mesmo. A ação detergente do
sabão é um assunto extremamente complicado, podemos fazer alguns
comentários acerca da sua atuação como agente de limpeza. As moléculas do
-
sabão têm uma extremidade polar (-COO Na+) e uma extremidade apolar, a
longa cadeia carbônica. A extremidade polar é solúvel em água (porção
hidrófila) e a apolar não (esta porção, hidrófoba, é solúvel em óleo).
Normalmente, as gotículas de óleo em contato com a água tendem a
aglutinar-se, formando uma camada distinta sobre a água. A presença do
sabão, porém, altera esta situação. As extremidades hidrófobas das
moléculas do sabão se interagem quimicamente por ligações
intermoleculares e dissolvem-se nas gotículas de óleo, enquanto as
extremidades hidrófilas se projetam para o exterior, na camada de água
-
circundante. devido à presença dos grupos iônicos (-COO Na+), cada uma das
gotículas de óleo fica rodeada de uma atmosfera iônica. A repulsão entre
essas esferas de carga elétrica idêntica impede a coesão das gotículas de
óleo e obtém-se assim uma emulsão estável de óleo em água. Essas esferas
formadas são chamadas micelas. O sabão limpa ao emulsionar a gordura que
constitui ou contém a sujeira. Veja mais informações sobre a inibição da
ação do sabão em água dura.
Fortalecimento de polímeros
Lubrificantes
Perfumaria
1- Nomenclatura e exemplos
Para anidridos
Nomenclatura oficial IUPAC: anidrido + prefixo + infixo + óico
2- Propriedades físicas
Em geral, todos os haletos de acila têm pontos de ebulição muito
baixos. Os cloretos de ácidos mais simples são líquidos de cheiro forte e
irritante, tóxicos, insolúveis e mais densos que a água.
4- Propriedades químicas
Analogamente aos demais derivados dos ácidos carboxílicos, os
cloretos de acila e os anidridos reagem principalmente por substituição
nucleofílica. As reações são muito semelhantes àquelas que ocorrem com os
ácidos carboxílicos, onde o grupo OH é protonado e abandona a estrutura
para a entrada de outro grupo básico. No entanto, os cloretos de acila são
muito mais reativos do que seus respectivos ácidos, visto que o cloro abando
facilmente a estrutura, sem precisar ser protonado. Daí a grande
importância dos cloretos de acila em laboratório.
3- Hidrólise
Os cloretos de ácidos (cloretos de acila) podem ser hidrolisados,
produzindo o respectivo ácido carboxílico:
4- Acilação de Friedel-Crafts
Reagindo-se cloretos de ácido com benzeno, em presença de AlCl 3 ou
FeCl3 (ácidos de Lewis), obtém-se cetonas. O eletrófilo é o íon acetoxônio.
Veja o exemplo abaixo:
Os anidridos de ácidos carboxílicos apresentam as mesmas
propriedades químicas dos cloretos de acila, porém, as reações são mais
lentas. Enquanto nas reações dos cloretos de acila um dos produtos é
geralmente o HCl, nas dos anidridos um dos produtos é o próprio ácido que
lhe deu origem. Duas reações industrialmente importantes dos anidridos
são: com fenilamina (síntese da acetanilida) e com o ácido salicílico (síntese
da ácido acetil-salicílico - AAS).
AMINAS
1- Nomenclatura, classificação e exemplos
Podemos considerar as aminas como produtos resultantes da
substituição de um ou mais hidrogênios do NH3 por radicais alquila ou arila.
As aminas são classificadas em três tipos:
2- Propriedades físicas
A metilamina (também a dimetil e trimetilamina) e a etilamina são
gases; os termos seguintes até a dodecilamina são líquidos, e daí em diante
são sólidos. As metilaminas e etilaminas têm cheiro forte, que lembra a
amônia e as aminas alquílicas maiores têm nitidamente um "cheiro de peixe".
As aminas aromáticas são geralmente muito tóxicas e facilmente absorvidas
pela pele, tendo muitas vezes consequências mortais. Estas aminas são
facilmente oxidadas pelo oxigênio do ar e, embora na maioria das vezes
sejam incolores quando puras, frequentemente apresentam-se coradas
devido aos produtos de oxidação.
4- Propriedades químicas
As aminas têm caráter básico, semelhante ao da amônia, e por isso as
aminas são consideradas bases orgânicas. Esse caráter básico pode ser
maior ou menor dependendo dos grupos ligados ao grupo amino (veja mais
detalhes aqui). As reações características das aminas são aquelas iniciadas
por um ataque nucleofílico do nitrogênio (que tem um par eletrônico
disponível) a um eletrófilo (que pode ser um carbono polarizado). Uma boa
reação para mostrar a semelhança do caráter básico das aminas com o da
amônia é a reação de cloreto de acila com amônia (ou amina).
6- Sais de diazônio
As reações das aminas aromáticas primárias com ácido nitroso
(HNO2) dão origem a uma série de compostos importantes, chamados sais
de diazônio. Estes sais são obtidos a baixas temperaturas (0 a 5o C), pois
são decompostos pelo calor. Os sais de diazônio anídricos são sólidos
cristalinos, muitos deles explosivos. Por isso, raramente eles são separados
e purificados, mas normalmente utilizados em solução aquosa. Como o ácido
nitroso é muito instável, tem de ser produzido diretamente em presença da
amina, para que ele reaja no mesmo instante em que se forma. Para isso
utiliza-se o nitrito de sódio em meio ácido (normalmente HCl ou H 2SO4).
Essa reação é chamada diazotação:
AMIDAS
2- Propriedades físicas
As amidas primárias têm pontos de ebulição muito superiores aos dos
ácidos correspondentes, apesar da massa molecular ser aproximadamente
igual. Isso se deve à formação de maior número de ligações de hidrogênio e
maior formação de "moléculas dímeras" pelas amidas. Pode-se provar esse
fato, substituindo os hidrogênios do grupo amino por radicais CH3. Verifica-
se que os pontos de fusão e ebulição diminuem, apesar do aumento da massa
molecular:
3- Métodos de obtenção
As amidas normalmente não ocorrem na natureza, e são preparadas
em laboratório. Uma importante amida é a acetanilida (veja aqui a síntese
da acetanilida). As amidas podem ser preparadas principalmente por:
4- Propriedades químicas
A presença do grupo C=O confere às amidas um caráter polar.
Normalmente o grupo C=O não sofre qualquer modificação permanente no
decorrer da maioria das reações e, por consequência, aparecem intactos nos
compostos resultantes. A sua presença, no entanto, determina o
comportamento químico das amidas, assim como o dos demais derivados dos
ácidos carboxílicos.
NITRILAS E ISONITRILAS
1- Nomenclatura e exemplos
Para nitrilas:
Nomenclatura oficial IUPAC: hidrocarboneto + nitrila(o)
Nomenclatura usual: cianeto + de + radical ligado ao CN
Para isonitrilas:
Nomenclatura oficial
radical ligado ao NC + carbilamina
IUPAC:
isocianeto + de + radical ligado ao
Nomenclatura usual:
CN
Alguns exemplos importantes:
2- Propriedades físicas
Da etanonitrila (termo mais simples) até o C14H29CN as nitrilas são
líquidos estáveis, insolúveis em água. Daí para diante as nitrilas são sólidas,
em condições normais. A grande polaridade do grupo C N faz com que as
nitrilas apresentem altos pontos de fusão e ebulição As nitrilas são tóxicas,
apesar de serem muito menos do que o HCN (ácido cianídrico).
3- Métodos de obtenção
As nitrilas normalmente são preparadas das seguintes maneiras:
4- Propriedades químicas
Dentre as principais reações das nitrilas estão:
Reações de adição:
R-NC + 1/2 O2 R-C=N=O (isocianato)
R-NC + S R-C=N=S (isotiocianato)
NITROCOMPOSTOS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: nitro + nome do hidrocarboneto
H3C-NO2 PE = 102o C
H3C-O-N=O PE = -12o C
3- Métodos de obtenção
Os nitrocompostos geralmente são preparados pela reação com ácido
nítrico. Essa reação é chamada nitração:
4- Propriedades químicas
O grupo NO2 gera um forte efeito desativador do anel aromático,
facilitando as substituições eletrofílicas preferencialmente na posição meta
(1,3). Veja abaixo as possíveis estruturas de ressonância para o nitro-
benzeno:
Veja que as posições orto e para possuem baixa densidade eletrônica,
pois ficam constantemente destituídos de elétrons. Logo, o composto
sofrerá facilmente ataques eletrófilos na posição meta. Ora, se o primeiro
radical (NO2) diminui a densidade eletrônica do anel, ele é um grupo
desativador, e diminui a reatividade do composto.
ÁCIDOS SULFÔNICOS
1- Nomenclatura e exemplos
Nomenclatura oficial IUPAC: ácido + hidrocarboneto + sulfônico
Nomenclatura usual: ácido + radical + sulfônico
2- Propriedades físicas
Dentre os ácidos sulfônicos, têm grande importância somente os
aromáticos. Convém não confundir os ácidos sulfônicos, nos quais o carbono
se liga diretamente ao enxofre (Ar-SO3H), com os sulfatos orgânicos
(ésteres do ácido sulfônico), nos quais o carbono se liga ao enxofre através
de um oxigênio (Ar-OSO3H).
3- Métodos de obtenção
Normalmente os ácidos sulfônicos são preparados pela reação com
ácido sulfúrico concentrado. Essa reação é chamada sulfonação:
4- Propriedades químicas
Como ácidos fortes que são, os ácidos sulfônicos encontram-se
totalmente ionizados em água. As reações mais importantes dos ácidos
sulfônicos são aquelas em que o grupo SO3H, sendo meta-dirigente, orienta
as substituições no anel aromático nesta posição.
TIO-COMPOSTOS
1- Nomenclatura e exemplos
Os tio-compostos são moléculas que apresentam átomos de enxofre
em sua estrutura. Em geral, eles são produzidos pela substituição dos
átomos de oxigênio dos álcoois, fenóis, éteres e peróxidos, por átomos de
enxofre, originando os tioálcoois (ou tióis), tiofenóis, tioéteres e
dissulfetos.
Para tio-álcoois e tio-fenóis:
Nomenclatura oficial IUPAC: nome do hidrocarboneto + tiol
Nomenclatura usual I: radical + mercaptana
Nomenclatura usual II: radical + hidrogenossulfeto
Para tio-éteres:
Nomenclatura oficial IUPAC: radical menor + tio + hidrocarboneto maior
Nomenclatura usual: sulfeto de + radical menor + e + radical maior
Para dissulfetos:
Nomenclatura oficial IUPAC: dissulfeto de + radial menor + e + radical maior
2- Propriedades físicas
Os tioálcoois aparecem, em pequenas quantidades, na putrefação de
proteínas sulfuradas, no gás de hulha e no petróleo. Os membros mais
simples são líquidos incolores, pouco solúveis em água e bastante voláteis,
caracterizados por um odor penetrante e desagradável, que os torna
reconhecíveis mesmo em mínimas concentrações. Os tioálcoois são muito
solúveis em soluções básicas fortes, pois apresentam um caráter ácido mais
forte do que os álcoois. Os pontos de ebulição dos tioálcoois são bem
inferiores aos dos álcoois correspondentes, pela baixa tendência do
enxofre a formar ligações de hidrogênio, enfraquecendo assim as forças
intermoleculares.
4- Propriedades químicas
A facilidade com que os tioálcoois reagem com o óxido de mercúrio, e
em geral com os metais de alta massa molecular, formando compostos
cristalinos, distingue os tioálcoois dos álcoois. É dessa característica, aliás,
que deriva seu nome usual (mercaptana), formado a partir da expressão
"mercurius captans", ou seja, traduzindo literalmente, significa que se
apodera do mercúrio". Os tioalcoolatos, ou mercaptatos, são compostos
cristalinos obtidos com metais pesados, e correspondem aos alcoolatos.
Entretanto, além de se formarem com mais facilidade, são mais estáveis
que os alcoolatos.
COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
Compostos heterocíclicos são compostos cíclicos contendo, no anel,
um ou mais átomos diferentes do carbono. Normalmente, os heteroátomos
mais comuns são o nitrogênio, o oxigênio e o enxofre. Na verdade, só
consideramos como verdadeiros compostos heterocíclicos aqueles que
possuem anéis estáveis. Deste modo, excluímos compostos como, por
exemplo, epóxidos e anidridos cíclicos, pois estes compostos sofrem
facilmente a ruptura do anel, dando reações que mais se assemelham às
reações dos compostos acíclicos.
3- Propriedades físico-químicas
O tiofeno é um líquido de propriedades físico-químicas muito
semelhantes às do benzeno, e constitui inclusive a impureza mais comum no
benzeno obtido do alcatrão de hulha. A piridina é um líquido incolor, de
cheiro desagradável e bastante solúvel em água. Como foi dito
anteriormente, os heterocíclicos aromáticos dão preferência a reações de
substituição eletrofílica.
6- Os Alcalóides
Alcalóides são compostos nitrogenados, em geral, heterocíclicos, de
caráter básico, que são normalmente produzidos por vegetais e têm ação
enérgica sobre os animais - em pequenas quantidades podem servir como
medicamentos, e em doses maiores são tóxicos. Quase todos os alcalóides
são substâncias sólidas, de sabor amargo. A classificação mais aceita para
os alcalóides é aquela que os agrupa de acordo com o núcleo da qual derivam
(veja as estruturas moleculares de alguns alcalóides). Os principais grupos
de alcalóides são:
6.1) Alcalóides relacionados com a piridina:
A ESPECTROMETRIA
2- A absorção de energia
Comprimento de Energia Efeito causado nas
Radiação
onda (kcal/mol) partículas
Raio Gama < 120 nm > 286 -----
UV no vácuo 100 - 200 nm 286 - 83 Transição eletrônica
UV próximo 200 - 380 nm 83 - 36 Transição eletrônica
Luz visível 380 - 800 nm 83 - 36 Transição eletrônica
Infravermelho 8 - 300 m 36 - 01 Vibração e deformação
-4
Microondas 1 cm 10 Rotação
-6
Radiofrequência metros 10 Acoplamentos de spins
4- Espectrometria no Ultravioleta
Quando a radiação eletromagnética da região do UV passa através de
um composto que tem ligações múltiplas (duplas e triplas), uma parcela da
radiação é, usualmente absorvida pelo composto. A quantidade de radiação
absorvida depende do comprimento de onda da radiação e da estrutura do
composto. A absorção ocorre pela subtração de energia do feixe de
radiação provocada pela excitação dos elétrons de orbitais de baixa energia
para orbitais de energia mais elevada. A espectrometria no UV, portanto,
provocam transições eletrônicas. Logo, para que um composto possa ser
detectado com radiações na região do UV, é necessário que esse composto
possua elétrons capazes de serem excitados, ou seja, elétrons pi ou
elétrons livres (não-ligantes). Os elétrons sigma não podem ser excitados,
porque a transição de elétrons de uma ligação sigma acarretaria a quebra da
ligação e, consequentemente, a perda da estrutura característica do
composto.
Incremento max
-OH, -OR o- m- +07
p- +25
-
-O (oxiânion) o- +11
m- +20
p- +78
-Cl o- m- 0
p- +10
-Br o- m- +02
p- +15
-NH2 o- m- +13
p- +58
-NHCOR o- m- +20
p- +45
-NHR p- +73
-NR3 o- m- +20
p- +85
Incremento max
grupo alquila / resíduo de anel* +05
ligação dupla em extensão de conjugação** +30
dupla ligação exocíclica*** +05
dieno conjugado homoanular +39
-OR +06
-SR +30
-Cl, -Br +05
-NR2 +60
Incremento max
ligação dupla em extensão de conjugação +30
grupo alquila / resíduo de anel +10
+12
e maior +18
dupla ligação exocíclica +05
dieno conjugado homoanular +39
-OH +35
+30
+50
-NR2 +95
-Cl +15
+12
-Br +25
-SR +85
-OAc ,, +06
4- Espectrometria no Infravermelho
Os compostos orgânicos também absorvem radiações na região do
infravermelho (IV) do espectro . A radiação infravermelha não tem energia
suficiente para excitar os elétrons e provocar transições eletrônicas, mas
ela faz com que os átomos ou grupos de átomos vibrem com maior rapidez e
com maior amplitude em torno das ligações covalentes que os unem. Estas
vibrações são quantizadas e, quando ocorrem, os compostos absorvem
energia IV em certas regiões do espectro. Nas vibrações, as ligações
covalentes comportam-se como se fossem pequenas molas unindo os átomos.
Quando os átomos vibram, só podem oscilar com certas frequências, e as
ligações sofrem várias deformações. Quando a ligação absorve energia, ela
sofre alterações e, ao retornar ao estado original, libera essa energia, que
então é detectada pelo espectrômetro.
5- Espectrometria de Massa
Simplificadamente, o espectro de massa funciona da seguinte
maneira: Um feixe de elétrons de alta energia bombardeia a amostra, em
fase gasosa, e o aparelho detecta e registra os fragmentos gerados pelo
impacto dos elétrons. Daí, a partir do valor da massa molecular de cada um
dos fragmentos, montamos a molécula, como um quebra-cabeça. Os
fragmentos gerados podem ser íons, radicais ou moléculas neutras. No
aparelho são detectados apenas os fragmentos catiônicos (íons positivos),
chamados íons moleculares, de carga unitária. Estes íons possuem alta
energia e são capazes de romper ligações covalentes, fragmentando-se em
pedaços menores. A partir de um fragmento, portanto, podem surgir vários
outros fragmentos menores.
1) PROPANOL
2) BROMO-METANOATO DE ISOPROPILA
3) ÁCIDO PARA-TOLUIL-ACÉTICO
O H da hidroxila não acopla com outros prótons. O sinal, portanto, é
um singleto, de curva integral 1.
13
7.1) Os sinais do espectro de RMN C:
13
7.2) O deslocamento químico do C:
13
7.3) Cálculos teóricos de deslocamento químico do C:
1- Introdução
Polímeros são macromoléculas formadas a partir de moléculas
menores - os monômeros. O processo de transformação desses monômeros,
formando o polímero, é chamado polimerização. A massa molecular de um
polímero varia muito, sendo que em uma porção de material polimerizado
existem moléculas maiores e menores; daí falamos sempre em massa
molecular média. Ex: Celulose: (C6H10O5)n onde n varia de aproximadamente
1500 a 3000
Polietileno: (CH2CH2)n onde n varia de aproximadamente 2000 a
100 000
Os polímeros lineares dão origem a materiais termoplásticos, isto é, plásticos que podem ser
amolecidos pelo calor quantas vezes quisermos e, ao resfriarem, voltam a apresentar as mesmas propriedades
iniciais.
3.2) Copolímeros:
BIBLIOGRAFIA
Principais fontes de pesquisa utilizadas: