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Introdução
Se eu te perguntar um exemplo de série, qualquer série, e o número
de repetições, o que você me responderia ?
- 4x10 ?
- 3x12 ?
- 3x10 ?
- 4x8 ?
- Não entendi, Betão !?!? (não responda isso, pelo amor!)
Para nós, o mais “normal” é ouvir algo parecido com o citado acima,
não é ? Algumas séries que podem variar, de 3 a 5, por exemplo e
repetições dentro do sistema decimal convencional, geralmente
múltiplo de 2 (6,10,12 repetições) ou 15, talvez.
E porque isso ? Bom, aí vamos encontrar as mais diversas teorias. Uma
delas, é que alguém em algum período da história da musculação
testou as repetições e percebeu que sempre próximo do dez é o
momento da fadiga muscular, que coincide, aproximadamente a 10 ou
12 segundos de movimento contínuo, que é quando o glicogênio
muscular se esvai. Por isso utilizamos o 3x10, por exemplo.
Mas aí, chega alguém e introduz a tal da cadência do movimento e
coloca essa teoria por água abaixo, afinal a série deixa de ter os 10
sagrados segundos.
Então, por que 10 repetições ? De onde veio esse 10 ????
Simples !
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Porque esse é o nosso sistema de numeração ( e chama decimal porque
existem 10 algarismos numéricos, de zero a nove). Alguns
historiadores supõem que o sistema foi adotado pelo homem primitivo
por compatibilidade com o número de dedos das mãos, artifício usado
no princípio para contar as coisas do mundo, como seus bens, rebanho
e dinheiro.
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certo. Mas aí, alguém chegou e, pra azar da turma seguidora de
Euclides (pai da geometria convencional, ou euclidiana), e questionou
que forma usar pra descrever as nuvens, um floco de neve ou a espiral
de uma concha marinha. Criou-se, então, os fractais, já que a
geometria convencional não era capaz de explicar essas “novas”
formas.
Da mesma forma que ocorreu com a matemática, ocorreria com a
musculação, em 2010, quando um tiozão de Guarulhos, conhecido
como Betão, questionaria as séries convencionais de 4x10, 3x12 ...
Histórico
E lá estava eu, em plena segunda-feira, quando o telefone da academia
toca. Era a mãe do professor que entra as 14:00h me dizendo que seu
estimado filhote não iria vir trabalhar. Poxa, a madame me avisa isso
as 14:00h !!! Eu já havia tomado meu coquetel estimulante para poder
treinar mas os alunos começaram a chegar e eu não iria iniciar meu
treino, correndo o risco de ser atrapalhado no meio do serviço todo.
Então, as horas foram se passando, até que, por volta das 16:30h a
academia começou a ficar mais vazia. Hora de treinar, claro ! Dia de
tríceps e bíceps, fui pro cross realizar uma série de aquecimento.
Treino de peito
Supino reto com halteres – 7X7
Supino inclinado com barra – 7X7
Crucifixo inclinado – 7X7
Série de ombros
Arnold press – 7X7
Elevação lateral – 7X7 (com certeza, a maior dificuldade)
Elevação frontal com barra romana – 7X7
Remada alta – 7X7
Série de costas
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Pulley anterior aberto – 7X7
Remada unilateral máquina – 7X7
Remada baixa – 7X7
Remada cavalinho (pegada pronada) – 7X7
Série de pernas
Agachamento – 7X7
Extensora – 7X7
Leg press – 7X7
Hack – 7X7
Flexora – 7X7
Considerações finais
Às vezes nos acostumamos com algo que nos foi imposto, sem
questionar, simplesmente porque nos foi ensinado assim.
As séries com 10, 12 ou mais repetições, funcionam ? Sim. Mas não
estamos aqui pra ser meros expectadores. Vamos interagir, vamos
mudar, questionar os métodos e tornar a musculação algo cada vez
mais eficiente pra nós.
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TREINOS INSANOS - TREINO 666
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objetivo era conseguir um treino em que eu passasse mal (!?!?!?!).
Poderia ter escolhido um treino baseado no “Intensidade e Insanidade”
ou qualquer outro método (DC Training, H.I.T, etc). Mas naquele dia,
em especial, eu queria juntar conceitos, métodos, técnicas, pois estava
extremamente inspirado. Havia comprado um potão de 1kg de creatina
veterinária e alguns potes (cinco) de BCAA. Pronto ! E lá estava eu
novamente rabiscando uma folha de caderno na recepção da academia.
Escrevi, de prontidão, o número sugerido pela música ... 666 ... Mas o
que fazer com ele ??? Queria criar uma metodologia em volta desse
número cabalístico. Algo que, como o próprio algarismo sugere, seria
um “treino dos infernos”.
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Tá, mas e os outros 6, então ? Recomeço a rabiscar a folha ... 6
exercícios ... 6 exercícios ... 6 exercícios ... não me vem nada na
cabeça de extraordinário.
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“Hungry like a Wolf”. Foi então que tive a idéia de incrementar o 666
com “sub´s” 6 !!! Ou seja, faria mais uma sequência de “6” conceitos
para o método !
Primeiro sub 6
No final da sexta repetição de todos os exercícios, realizar um período
de isotensão do movimento : 6 segundos, na fase concêntrica.
Segundo sub 6
Ao final dos seis segundos de isotensão, realizar 6 repetições parciais.
Terceiro sub 6
Realizar um período, 6 segundos, de isotensão na fase excêntrica. Na
verdade, você irá segurar o peso 6 segundos no final do movimento
antes de parar o exercício.
Fiz o treino de bíceps com o mesmo conceito do 666. Confesso que foi
difícil demais manter a intensidade mas foi umas das melhores
batalhas que já fiz. Houve um momento em que eu não conseguia mais
contrair o bíceps. Aconselho fazer o treino abaixo :
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- Rosca simultânea 45º : 6 repetições, isotensão de 6 segundos
(concêntrico), 6 parciais, isotensão de 6 segundos (excêntrico)
- Rosca direta sentado : 6 repetições, isotensão de 6 segundos
(concêntrico), 6 parciais, isotensão de 6 segundos (excêntrico)
- Rosca na polia alta : 6 repetições, isotensão de 6 segundos
(concêntrico), 6 parciais, isotensão de 6 segundos (excêntrico)
- Rosca concentrada : 6 repetições, isotensão de 6 segundos
(concêntrico), 6 parciais, isotensão de 6 segundos (excêntrico)
Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficar ancorados
que eles foram criados.
Stay strong !
Betão
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TREINOS INSANOS - SBT
Aliás, muitos nem terão acesso à essa nova era da musculação”. Claro
que não foi assim que aconteceu. Anos de estudo, de treinamento
árduo, de mudanças, aliados às tão famosas tentativas-e-erros devem
ser a explicação mais plausível para o sucesso do método. Um dia o
cara faz um circuito, coloca uma drop-set, volta pro mesmo exercício
duas, três vezes, faz uma só série, treina dividindo os grupos
musculares, combina dois exercícios, treina todos os dias ... e vai
construindo sua metodologia.
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Bom, vejam bem, pimpolhos, o que vou lhes exemplificar agora não é
nada novo, tudo o que explicarei já foi discutido diversas vezes, já
existe e já está consagrado há décadas. A única coisa que fiz foi juntar
os conceitos para que meus treinos ficassem mais intensos e que a
sensação de satisfação fosse aumentada depois do treinamento
(orgasmo muscular pós-treino). Sempre gostei de fazer exercícios
combinados ou super-séries, principalmente para os braços, porque
você fica com a sensação de “pump” (inchaço) durante um certo
período de tempo mesmo depois de terminar o treino e isso é
gratificante demais. Então, comecei a treinar de uma forma que
castigasse meus braços para que esse “símbolo de masculinidade” se
destacasse quando eu fosse caminhar no shopping com minha querida
esposa. Para esse sistema de treinamento, dei o nome de SBT (calma,
você não vai treinar como o Silvio Santos, Hebe Camargo ou o Carlos
Alberto de Nóbrega ... nem tampouco como a “velha-surda”).
SBT é a sigla de :
S = set (série em inglês) ou single, já que é referente a um só exercício,
isolado
B = bi-set (bi de dois/duas)
T = tri-set (tri de três ... e não de tri-legal)
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Terceira regra : para a escolha da combinação “T” (e aqui é onde
fechamos o treino com chave de ouro), escolha 3 exercícios para o
mesmo grupo muscular onde você deverá executá-los com o
mesmo peso, preferencialmente, sem colocar os halteres no
chão ou sem deixar o aparelho/local onde você se encontra.
Essa regra deve ser seguida á risca !
Treino de tríceps
- “S” : Tríceps testa c/ barra W – 4x 8-10
- “B” : Tríceps francês bilateral + mergulho com peso – 4x(10+10)
- “T” : Extensão unilateral pronada no cross + extensão unilateral
invertida no cross + extensão unilateral horizontal (pronada) no cross
- 4x(10+10+10)
Reparem que a tri-set deve ser o ápice do treino, onde você permanece
no mesmo local, variando somente o ângulo da mão, ou a posição
sentada ou em pé. NUNCA desloque-se da máquina ou local onde
estiver para realizar a tri-set. Essa é a regra 3 e se for quebrada, o
treino SBT perde o sentido.
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Aproveitando e fechando o assunto de vez, vou exemplificar o treino
para os músculos grandes, como é o caso do peito, costas e pernas,
apesar de que prefiro utilizar essa técnica para músculos pequenos.
Treino de peito
- “S” : Supino reto com barra – 4x 8-10
- “B” : Supino declinado + cross over – 4x(10+10)
- “T” : Fly inclinado + crucifico inclinado + supino inclinado com
halteres - 4x(10+10+10)
Treino de costas
- “S” : Remada curvada (barra) – 4x 8-10
- “B” : Remada unilateral com halteres + remada baixa – 4x(10+10)
- “T” : Pulley posterior + pulley anterior aberto + pulley anterior
supinado/invertido - 4x(10+10+10)
Treino de pernas
- “S” : Agachamento livre – 4x 8-10
- “B” : Cadeira extensora + mesa flexora – 4x(10+10)
- “T” : Leg press pés retos + leg press unilateral + leg press c/ pés em
“V” - 4x(10+10+10)
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