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Economia-Política-resumos

Economia Política (Universidade da Beira Interior)

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ECONOMIA POLÍTICA

1. O que é a Economia Política?

Economia é a arte dar as famílias o que necessitam. A Economia Política procura


assegurar um certo fundo de subsistência para todos os habitantes, prevenindo-os de
toda e qualquer circunstância que possa tornar a vida destes precária. Em suma é dar a
todos, as coisas necessárias para suprir os desejos da sociedade e de modo a empregar
todos os habitantes de forma a criar relações naturais e dependências recíprocas entre
eles, suprindo os desejos recíprocos uns dos outros.

A análise económica e social leva a sério a realidade do poder e os interesses


investidos na determinação dos resultados económicos, esta análise é crucial na
economia política para explorar as implicações económicas alternativas que surgem da
expressão doo poder económico. Vários anos de enquadramento de questões políticas
têm maior influência sobre como as pessoas veem os problemas e as políticas. Devemos
contar que o estudo da economia política é amplo, variado e mutável.

Os economistas políticos sempre tentaram situar o estudo da economia


dentro do projeto mais amplo de entender como funciona a sociedade (“Têm de ser
políticos”), os economistas devem ignorar qualquer preconceito político na sua
análise.

Quando se refere a economistas é a remeter para a economia política, esta em


longa parte reflete:

 Os que acreditam que a economia não é separada da política;


 A visão de que os fatores políticos são determinantes para demarcar os
resultados económicos;
A economia desde sempre via as forças políticas não apenas como
influenciadoras dos resultados económicos, mas como influências determinantes
(consequentemente o desempenho da economia também é um dos principais campos
de batalha da política).

A economia é a ciência que estuda o comportamento humano como uma relação


entre fins e meios escassos que tem usos alternativos – implica o uso eficiente dos
recursos escassos. A utilização destes implica sempre relações de trade – off (custos/

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benefícios), isto é, implica custos de oportunidade onde a escolha económica cria


sempre um sacrifício, e custos porque as alternativas devem ser abandonadas.

Os mercados de mecanismos de livre – preços são considerados o melhor


caminho: para alcançar o uso eficiente dos recursos escassos e para resolver os três
problemas básicos de uma economia:

 O que produzir? As sociedades devem decidir a melhor combinação de bens e


serviços que atendam as suas necessidades;
 Como produzir? As sociedades precisam decidir a melhor combinação de
fatores para criar produção desejada de bens e serviços (quanto terreno, capital deve ser
usado para produzir);
 E para quem produzir? As sociedades precisam decidir quem obterá a
produção de atividades da atividade económica e quanto receberá.

Política de forma geral é o estudo do poder e da autoridade e o exercício do


poder dos mesmos.

Poder é a capacidade de um indivíduo/ grupo alcançar resultados onde vejam


refletidos os seus próprios objetivos, impondo pacificamente ou coercivamente os seus
argumentos e influenciar decisões coletivas.

Estas questões, quer de poder quer de autoridade, apenas são consideradas


relevantes, quando existir a heterogeneidade de interesses que expressam conflitos de
interesse entre atores económicos numa sociedade, e como estes influenciam o processo
e os objetivos das decisões coletivas.

1.1. Economia na sociedade:

Se a economia é o estudo do melhor uso de recursos escassos, esta começa com


a natureza política da tomada de decisões e se preocupa com a forma como a política
afetará as escolhas económicas numa sociedade. A sociedade deve ser definida
amplamente para incluir não apenas países ou outras jurisdições, mas também empresas,
consumidores, grupos sociais ou outras organizações.

A economia política fornece um quadro analítico para analisar: não apenas a


repartição dos recursos escassos e a distribuição destas nos resultados económicos, mas
os efeitos produzidos pela interação entre os recursos escassos e as restrições políticas
(geradas por heterogeneidade dos grupos/ atores que compõem a sociedade e os
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conflitos de interesse gerados; e os efeitos distributivos das políticas económicas:


vencedores e perdedores).

A política afeta os resultados económicos: a heterogeneidade – a sociedade


abrange diferentes grupos sociais que compartilham ideias, valores, projetos e
interesses; esta estimula conflitos de interesse entre atores económicos; esta e conflitos
de interesse são essenciais para a economia política e devem ser os principais
“organizadores” da área. Questões de poder são relevantes em conflitos de interesse
entre atores económicos na sociedade.

Argumenta-se que o objetivo da sociedade é a maximização da felicidade,


ou seja, ajudar a compreender as principais questões que afetam o bem-estar
económico dos indivíduos, a economia política é essencial para a compreensão
dessas questões.

1.2. Questões relevantes:

 Como uma sociedade toma decisões políticas coletivas que afetam como um
todo, quando os atores heterogéneos económicos e sociais tem conflitos de interesse?
 Como indivíduos, classes ou grupos dentro de uma maior sociedade podem
ganhar poder ou autoridade para tentarem fazer com a que escolha da sociedade reflita o
seu curso de ação preferido?

2. O que é a Macroeconomia?

 “Estudo da economia como um todo”;


 “Estudo dos fatores agregados como o emprego, inflação e o PIB, e avaliam
como estes influenciam a economia como um todo”;
 “Foco no caminho que a economia executa, como um todo. Inclui que se olhe
para variáveis como desemprego, PIB e inflação. O governo usa estes fatores e modelos
para ajudar a desenvolver a própria política económica. Pelos bancos centrais, o
governo utiliza a política económica e monetária para manter a economia in check.
A macroeconomia adota uma perspetiva agregada do funcionamento da economia
agregando atividades similares realizadas pelos diferentes agentes económicos/
unidades económicas individuais.

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Exemplo: famílias/ consumidores – consumo; empresas – investimento (os


diferentes agentes desenvolvem atividades similares que a macroeconomia vai
estudar).

A macroeconomia analisa o comportamento das variáveis agregadas da


economia (PIB, investimento, taxa de desemprego, taxa de juro, …); A
microeconomia analisa o comportamento das variáveis básicas/ individuais da economia
(indivíduos, família, empresas, desempenho dos mercados…). Existe interação entre
estas duas perspetivas.

Os problemas macroeconómicos têm uma natureza temporal diferenciada: curto


prazo – ciclos económicos, enfoque na estabilização das flutuações económicas; longo
prazo – crescimento económico – enfoque nas mudanças estruturais orientadas para o
aumento do potencial de produção e rendimento.

2.1 Flutuações Económicas:

A realidade económica é marcada por ciclos


económicos – movimentos de expansão e recessão da
atividade económica com origem em choques internos
ou externos. Períodos de expansão seguem-se períodos
de recessão (expansões mais longas que as recessões).
Os ciclos económicos diferem na sua duração.

Estes movimentos afetam o comportamento das


variáveis macroeconómicas, que tendem a apresentar
elevada volatilidade.

2.2 Produto Interno Bruto (PIB):

Fórmula do PIB: C + I + G + X – M

C – Despesas do consumo realizadas pelas famílias;

I – Despesas de investimento das empresas;

G – Despesas realizadas pelo governo;

X – Exportações.
OFERTA INTERNA – PIB

PROCURA INTERNA – C + I + G
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PROCURA EXTERNA – X

OFERTA INTERNA – I
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M – Importações.

A Oferta Agregada (PIB + M) = Procura Agregada (C+ I + G + X) – Estas


duas particularidades formam o Equilíbrio Macroeconómico.

C+I+G ¿ PIB C+I+G ¿ PIB


Implica um défice externa Implica um excedente
isto é um endividamento externo isto é um crédito
face ao exterior M ¿ face ao exterior X ¿
X (exportação líquida M (exportação líquida
negativa X – M). positiva X - M).

Os motores do PIB (C + I + G + X). No caso de economias pequenas e abertas


ao exterior, a trajetória de crescimento económico depende desta condição: PIB = C + I
+ G + X – M. Estas economias apresentam tendencialmente uma intensidade
exportadora. Evidência a importância da procura externa para uma trajetória de um
crescimento económico sustentável que não gere desequilíbrios externos e de
endividamento.

Grau de Abertura da Economia ao Exterior: GA = X + M = X + M


PIB PIB PIB

Taxa de Cobertura das Importações pelas Exportações: TC = X/M (fração)

 Maior que 100% - país está com um saldo comercial positivo, exporta mais do
que importa;
 Igual a 100% - saldo comercial nulo;
 Menos que 100% - saldo com déficit comercial, importa mais do que exporta.

Taxa de Exportação: X/PIB

PIB real - todos os bens e serviços produzidos e transacionados no mercado, num


determinado período de tempo (ano civil, trimestre) e numa dada economia (MEDE O
CRESCIMENTO ECONÓMICO DE DETERMINADO PAÍS). PIB real
corresponde ao PIB nominal corrigido dos efeitos de inflação.

PIB a preços constantes – os efeitos da inflação são neutralizados através do


recurso a um ano considerado como base (2011).

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PIB real efetivo – valor de produção que de facto uma economia realizou num
determinado período de tempo.

PIB real natural/ potencial – nível


mais elevado de produção compatível
com uma taxa de inflação constante.

Quando há uma igualdade


entre os dois tipos de PIB é quando a
economia se encontra em pleno
emprego.

As trajetórias das economias


quase sempre estão associadas a flutuações cíclicas OU ciclos económicos. As
flutuações cíclicas geram desequilíbrios, que afetam de modo não desejável, o
desempenho de variáveis macroeconómicas (desequilíbrios macroeconómicos que são
marcados por objetivos conflituais impossíveis de concretização simultânea (trade- off)
no curto prazo) e do funcionamento global da economia – problema para a
funcionamento socialmente eficiente da economia e decisores da política
económica.

2.2. PIB real efetivo, PIB real natural/potencial e inflação:

(INFLAÇÃO – ALTA GERAL DOS PREÇOS QUE PROVEM DO EXCESSO


DE PODER DE COMPRA EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE BENS E
SERVIÇOS POSTOS À DISPOSIÇÃO)

PIB real efetivo ¿ PIB potencial

Os preços tendem a aumentar e geram um


processo inflacionista na economia.

PIB real efetivo ¿ PIB potencial

Os preços conhecem uma desaceleração e a taxa


de inflação tende a reduzir.

A inflação é sempre maior quando não há a presença de uma meta de inflação


(bancos centrais são importantes instituições para este problema.)

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2.3. PIB real efetivo, PIB real natural/potencial e desemprego:

PIB real efetivo ¿ PIB potencial PIB real efetivo ¿ PIB potencial

A taxa de desemprego será mais reduzida. A taxa de desemprego será mais elevada.

PIB real efetivo ¿ PIB potencial

A taxa de inflação é constante. E a taxa de desemprego


efetiva é igual à taxa de desemprego natural.

Pleno Emprego – condição onde todos os que querem a possibilidade de ter horas de
trabalho, o conseguem com salários adequados/ justos. Devido à troca de emprego, a
taxa de desemprego deve estar situada entre os 1/2 % da força laboral total. (NAIRU –
Non – accelerating Inflation Rate of Unemployment, corresponde a uma prática de
deixar uma % da população desempregada para prevenir a inflação – os preços podem
subir gradualmente e algum desemprego é tolerável)

Desemprego – A situação em que alguém em idade de trabalhar não é capaz de


conseguir um emprego, mas gostaria de estar em emprego a tempo inteiro.

Tipos de Desemprego:

 Desemprego voluntário – desempregados optam por não aceitar um salário igual.


 Desemprego de procura deficiente – falta de procura agregada na economia
(“desemprego cíclico”).
 Desemprego estrutural – os trabalhadores carecem de habilidades necessárias ou
sofrem de imobilidades geográficas;
 Desemprego fricional – trabalhadores entre empregos (ex.: os que abandonam a escola
demoraram a encontrar emprego);
 Desemprego de salário real – salário acima do equilíbrio (salários mantidos
artificialmente acima do equilíbrio, ex: poderosos sindicatos podem provocar isto).
 Desemprego sazonal – certa alturas e certas zonas (ex: praia – verão);
 Desemprego oculto – as estatísticas não incluem certos tipos de trabalhadores;
 Taxa natural de desemprego – nível de desemprego quando o mercado de trabalho
está em equilíbrio;

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 Subemprego – as pessoas que tem emprego em tempo parcial ou temporário.

NOTA:

Hiato negativo do produto – Pode-se esperar que a economia cresça de modo


significativo, porque possui o “espaço” necessário para crescer porque até então não
está a haver produção superior à que é possível. Quanto maior o hiato negativo menor
é a margem de crescimento da economia. O PIB real está abaixo do seu potencial, as
reservas do país em questão (p.e: força laboral) estão a ser pouco utilizadas, nota-se um
alto desemprego. O crescimento está abaixo da tendência de longo prazo.
Consequências: alto desemprego; mas pode haver uma deflação;

Hiato positivo do produto – O PIB real é maior que o PIB potencial, devido a
expansões económicas (booms). As causas podem ser a força laboral a trabalhar mais
que as possiveis capacidades. Utilização de uma maior capacidade de produzir do que a
possível. Este realça-se quando o crescimento estiver acima da taxa de tendência de
longo prazo. Consequências: “Demand – pull” – maior procura que oferta; “Cost -
push” – aumento de salários, matérias – primas, aumento dos custos de produção leva à
diminuição da oferta dos bens – inflação.

2.4. Flutuações Cíclicas: Qual o papel da política económica?

No curto prazo, a estabilização macroeconómica é a principal preocupação,


visando o alisamento do ciclo económico.

Deve – se priorizar as medidas de reformas que traze benefícios a curto


prazo e “empacotar” para benefício das reformas complementares – permite um
crescimento promissor.

2.5. Longo prazo: objetivo macroeconómico. Crescimento Económico

O crescimento económico é importante para o bem-estar material e


prosperidade. Melhores condições de vida implicam o crescimento do PIB e
produtividade do trabalho. Maior taxa de crescimento do PIB corresponde a uma maior
rapidez das condições de vida.

NOTA: Crescimento económico muito lento – maior horizontalidade das


curvas. Crescimento económico muito rápido – maior inclinação das curvas.

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2.6. Objetivos da Política Macroeconómica:

A definição dos objetivos desta política repousa em fundamentos das teorias


económicas, sociais e políticas. E tem em conta o contexto histórico, social e cultural.

1) Estabilização dos preços;


2) Crescimento sustentável do PIB;
3) Diminuição do desemprego; Aumento da taxa de emprego;
4) Melhorar os padrões de vida;
5) Melhor competitividade global/ Balança equilibrada das trocas;
6) Maior igualdade na distribuição de salários e riqueza;
7) Balanço de orçamentos e redução do deficit orçamental;
8) Melhorar o bem-estar económico;
9) Melhorar o balanço regional da economia;
10) Melhorar o acesso a serviços públicos;
11) Melhorar a competitividade;
12) Desenvolvimento sustentável.

2.7. Política Económica: objetivos e políticas:

A Política Económica é a utilização deliberada por parte das autoridades


governamentais de certas variáveis por elas diretamente controláveis para alcançar
objetivos específicos, orientados para a promoção do bem-estar social.

OBJETIVOS POLÍTICAS

1. Equilíbrio interno (ritmo de crescimento; Políticas


Macroeconómicas
Nível de emprego; Nível de preços); (orçamental; monetária
2. Equilíbrio externo (balança de pagamentos, cambial; rendimentos e
preços) – 1 e 3
Défice, endividamento);
Políticas
3. Eficiência da utilização de recursos; Equidade Microeconómicas e
setoriais (industrial,
Na distribuição do rendimento; Coesão económica, agrícola, social, laboral,
Social e territorial; de infraestruturas,
inovação,
4. Afetação socialmente eficiente dos recursos; aumento regulamentação,
ambiental) – 2 e 4
Da capacidade produtiva; Racionalização dos mercados, Competitividade;

2.7. Instrumentos de política:

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Política Monetária – gestão da oferta da moeda e taxa de juro; gestão da taxa de


cambio;
Política Fiscal/ Orçamental – decisões governamentais sobre: despesa pública,
impostos, transferência, saldo orçamental, trajetória da dívida pública.
2.8. Organização da política macroeconómica: duas áreas – estabilização e
crescimento:
ESTABILIZAÇÃO – Gestão da procura agregada; Política monetária e
Orçamental; Políticas “Demand - side”; Políticas Conjunturais; efeito com horizonte
temporal de curto – prazo; Perspetiva: KEYNES.
CRESCIMENTO – Gestão da capacidade produtiva; Política “supply - side”;
Políticas estruturais (educação, saúde, fiscalidade, infraestruturas); Efeitos no longo
prazo; Perspetiva: CLÁSSICA.
2.8. Políticas de Estabilização: limitações
Portugal na UE – BCE (política monetária); pacto de estabilidade impõe
redução de poderes sobre a política fiscal/orçamental;
Conflitos entre objetivos instrumentais;
Horizonte temporal reduzido;
Demora na produção de efeitos/ incerteza (9 a 24 meses);
Em quase todos os países, os governos são considerados responsáveis pelo bom
funcionamento da economia. Nos períodos de eleições, estes são julgados, por
problemas principalmente na performance económica. Isto é uma consequência
volumosa da revolução Keynesiana. Explica o estudo da macroeconomia ser virado para
a política e economia.
O resumo da performance macroeconómica de uma nação é importante, para
experiências individuais e as consequências provenientes. Esta consegue determinar se a
inflação vai diminuir o valor das poupanças das famílias.
3. Equilíbrio Macroeconómico: Visão Clássica vs Visão Keynesiana
3.1. Visão Clássica:

Durante a era booms das Revoluções Industriais (Grã-Bretanha, EUA), os


governos desempenhavam um papel relativamente pequeno na macroeconomia. O
crescimento económico foi impulsionado pelo investimento privado e de consumo, que
em grande parte não eram regulamentados pelo governo.

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Quando
os

Figura 1- NOTA: Curto prazo, as empresas pagam horas extras para aumentar a
oferta. Se aumentar os salários, aumenta a procura e consequentemente dá-se
um ponto extremo, onde os preços irão aumentar devido à escassez de oferta

sindicatos eram fracos, os salários mínimos e os benefícios de desemprego eram


desconhecidos, os salários flutuavam dependendo da procura do mercado de trabalho.

Quando os gastos na economia eram fortes, os salários eram elevados e as


empresas restringiam a sua produção em resposta a custos mais altos, mantendo a
produção próxima ao nível de pleno emprego.

Quando os gastos na economia eram fracos, as empresas diminuíam os salários


sem medo de repercussões de sindicatos ou de governo (que exigissem salários
mínimos). Os salários flexíveis significavam que os mercados de trabalho respondiam
às mudanças nas condições macroeconómicas, e as economias tendiam a se
autocorrigir em tempos de procura agregada excessivamente forte ou fraca.

A visão clássica/ monetarista agregada sustentava que a economia não


regulamentada, a uma semana de “sobreaquecimento económico” se autocorrigia e
voltava ao nível pleno de emprego devido à flexibilidade de salários e preços. Quando
a procura era fraca, os salários e os preços ajustavam-se para baixo, permitindo que
as empresas mantivessem a sua produção. Quando a procura era forte, os salários e os
preços ajustavam – se para cima e a produção seria mantida no nível de pleno
emprego, à medida que as empresas diminuíssem em resposta a custos mais altos.
ECONOMICA CLÁSSICA DEPENDE DA FLEXIBILIDADE DE SALÁRIOS E
PREÇOS!

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3.2. Visão Keynesiana:

John Mayard Keynes representou os britânicos nas negociações do fim da IWW.


Argumentou que os Aliados deviam investir na reconstrução da Alemanha e opor-se as
reparações que tinham sido forçadas à Alemanha depois da guerra. Quando os Aliados
insistiram em forçar a Alemanha a pagar as reparações, Keynes abandonou as
negociações – Se estes tivessem seguido Keynes podiam ter evitado a IIWW.

Keynes acreditava que durante um período de gastos fracos, uma economia


seria incapaz de retornar o pleno emprego da produção por conta própria devido à
natureza inflexível dos salários e preços. Como os trabalhadores não estariam
dispostos a aceitar salários nominais mais baixos e devido ao papel dos sindicatos e do
governo no direito dos trabalhadores, a única coisa que as empresas poderiam fazer era
reduzir a produção e demitir os trabalhadores.

Como resultado, haveria uma queda na procura agregada, abaixo do nível pleno
de emprego, resultaria em desemprego e queda na produção. Para evitar uma recessão
profunda e o aumento do desemprego após a queda nos gastos privados, o governo deve
preencher a “lacuna recessiva” aumentando os gastos do governo (apoia a utilização
destes gastos).

A economia não se “autocorrigia” devido à fixação de salários e preços, o


que significa que deve haver um papel ativo para o governo na manutenção do
pleno emprego.

3.3. Qual a teoria correta? Há evidências que apoiam tanto a teoria de salário
flexível e outra que apoiam os salários rígidos: Os salários tendem a ajustar-se:

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 Durante uma recessão vai descer muito lentamente; durante uma inflação vai
subir lentamente por causa das alterações nos gastos e taxas do governo, ou taxas de
juro que são normalmente necessárias para corrigir o desemprego e a inflação.
4. O Tamanho e atuação do Governo:
O governo é uma instituição da vida moderna em que toda a sua atuação é
afetada pela atividade do setor público. É um aparelho administrativo do Estado que cria
as leis e políticas. Permite a realização das decisões coletivas e aplica o seu poder
através de taxas de juro, gastos, regulações e empréstimos.

Muitos economistas veem o mercado como o mecanismo ideal para a


distribuição de recursos na sociedade. Contudo, muitas distribuições de recursos têm
lugar fora do mercado e isso é efeito e afetado pelo governo.

Muitos economistas acreditam que o governo deve ajudar os mercados a


trabalharem de forma eficiente: cumprindo contratos, resolvendo insolvências,
conectando empresas.

Três questões fundamentais:

1) Porque, quando e onde as decisões de distribuição dos recursos tem lugar?


2) Qual o tamanho apropriado do envolvimento do governo na economia?
3) Qual deve ser o papel económico do governo?

4.2. Efeitos da intervenção do governo para tornar um crescimento económico


mais eficiente:

As decisões do governo não são baseadas em mercados e preços, estas têm custos em
termos de distribuição de recursos gastos e oportunidades perdidas. O governo fornece
e financia muitos serviços e funções importantes, a eficácia e eficiência dos gastos
do governo afetam os benefícios sociais e o bem-estar da sociedade.

1) Regula o setor privado e redistribui a renda e a riqueza (diminuir a pobreza);


2) Intervém nos mercados para: corrigir as falhas do mercado; alcançar a
distribuição mais equitativa da renda e riqueza; melhorar o desempenho da
economia;
3) Produzir produtos e serviços (infraestrutura, educação, defesa nacional –
atuação na área de providência pública). A medição dos efeitos desses bens e serviços é
difícil porque não são comprados nem vendidos no mercado;

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4) Transferir rendimentos, entre os grupos com rendimentos e caraterísticas


diferentes;
5) Imposto a pagar pelas despesas, pode diminuir a eficiência económica
distorcendo o comportamento.
6) Regulamento do Governo, altera a atividade do governo.

O tamanho do setor público está relacionado com a dependência de uma


sociedade com mercados e instituições privados que evoluem, impulsionando diferentes
visões de qual deveria ser o papel do governo.

 Visão Minimalista – (Adam Smith), as responsabilidades do governo são


limitadas. O setor público deve fornecer as condições necessárias e básicas para o pleno
funcionamento dos mercados, o enquadramento legal, a proteção dos direitos de
propriedade, e a segurança de bens públicos.
 Visão Maximalista – (Karl Marx, Lenine), as decisões económicas são tomadas
em grande parte pelo governo e Estado, como representantes políticos do “povo e da
classe trabalhadora”; as decisões económicas e a distribuição de recursos são realizadas
através do planeamento económico coletivista; os direitos da propriedade coletiva
substituem os da propriedade privada. Ausência de espaço para o sistema
descentralizado do mercado de preço.

A teoria económica sugere: em algumas ocasiões os níveis baixos de gastos do


governo aumentaram o crescimento económico; outras ocasiões os níveis mais altos de
gastos do governo seriam mais desejáveis.

A Lei de Wagner considera que as despesas do governo podem crescer mais


rapidamente do que a produção em países em industrialização, porque os gastos do
governo em termos de proteção, cultura, bem-estar e prestação de serviços são
“altamente elásticos em termos de renda”. Os “tributários” consideram mais aceitável a
subida de impostos e gastos após o fim de uma crise (explicação para o aumento do
setor público).

Buchanan considera que um setor público maior, significa mais atividade de


procura rentável na forma de recursos ligados à regulação e licenciamento económico, o
que provoca efeitos prejudiciais na economia.

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“Rahn Curve” – considera que os baixos níveis de gastos do governo em


serviços públicos básicos, tal como a lei e ordem, e um sistema judicial para fazer
cumprir os contratos, estimula o crescimento da economia. Mas à medida que os gastos
aumentam, a contribuição para o crescimento diminui, chegando a um ponto que retarda
o crescimento económico.

Há uma forte associação entre a exposição de uma economia ao exterior e o


tamanho do governo, considera-se que as economias pequenas tem das maiores
percentagens de gastos do governo. A explicação é que os gastos do governo são usados
para fornecimento do seguro social contra os riscos externos (maior relação quando à
esta possibilidade de risco).

4.3. Reformas Estruturais:

Estas implicam mudanças na forma como o governo funciona. Estas são


importante para garantir o crescimento a longo prazo, mas no curto uma ação mais
drástica também poderá ser necessária (condições cíclicas favoráveis, com apoio
limitado das políticas monetárias/ fiscais, a priorização das reformas estruturais
pode aumentar o crescimento a longo prazo).

Quando a economia está perto do seu potencial, e existe alta confiança ente
consumidores e investidores, os ganhos resultantes das reformas que favorecem o
crescimento poderão exceder custos potenciais transitórios.

Quando a economia está em recessão, o impacto do curto prazo das reformas


pode ser menos favorável, implicando redução a curto prazo na procura.

Os governos devem desenvolver políticas fiscais e expansionistas ou políticas


monetárias (pode impulsionar procura externa) para apoiar a procura durante a
implementação de reformas estruturais.

4.3.1. Sequenciamento de reformas:


1) Reformas no mercado - mão de obra e produtos podem ser conduzidas em
conjunto (preços mais baixos) de modo a impulsionar uma concorrência mais
forte e que limite o impacto das reformas do mercado de trabalho nos salários
reais.

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2) Abordar disfunções no setor financeiro – melhorar o acesso ao crédito e


permitir que famílias e empresas acumulem sobre os benefícios futuro e de
forma a expandir o consumo do investimento atual.
3) Reduzir a incerteza política – reforma credível e bem comunicada. Esta
estratégia impede a deteorização da confiança.
 Reformas do lado da oferta podem impulsionar diretamente a procura
(investimento em infraestruturas públicas).
 Reformas tributárias – reduzem as taxas sobre a renda do trabalho e podem
levar ao aumento do consumo.
 Redução das barreiras regulatórias à entrada em serviços com procura
reprimida e entrada baixa de custos – pode impulsionar a expansão do
emprego – assim como redução das barreiras à mobilidade geográfica ou
profissional.
 Reforço das políticas ativas do mercado de trabalho e aliviar as competências e
de escassez – desencadeia atividades de negócios.
 Reformas de sustentabilidade a longo prazo das finanças publicas e relação
trade – off de sistemas de cuidado de saúde/ pensões pode reduzir as incertezas
nas rendas – aumento do consumo.
4.4. Fundo Monetário Internacional (FMI):

Os conceitos de reformas estruturais referem-se a um conjunto de políticas


económicas introduzidas de forma a possuir condições para adquirir um empréstimo do
FMI.

Estas normalmente combinam políticas de mercado livre (privatização,


austeridade fiscal, comércio livre e desregulamentação) – economia aberta, mais
eficiente, que ajuda a melhorar os padrões de vida e reduzir a pobreza.

4.4.1. Críticas ao FMI:


1) Condições dos empréstimos - O FMI condiciona o empréstimo à
implementação de certas políticas económicas (redução do endividamento do
governo – impostos mais altos e menores gastos; taxas de juro mais altas para
estabilização da moeda; permitir que empresas que não tem condições entrem
em falência; ajuste estrutural – privatização, desregulamentação, redução da
corrupção e burocracia);

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2) Reformas cambiais – remoção dos controlos sobe o fluxo comercial leva à


facilidade da corrupção.
3) Desvalorização.
4) Críticas neoliberais – privatização (pode levar à criação de monopólios
privados que explorem consumidores);
5) Críticas ao mercado livre – por implementar “reformas de livre mercado” e por
ser demasiado intervencionista.
6) Resgaste de países com grandes dívidas cria risco moral – incentiva os países
a pedirem mais.
7) Falta de transparência e envolvimento – políticas com pouco ou nenhuma
consulta.
8) Apoio de ditaduras militares.
4.4.2. Respostas às críticas do FMI:
1) Crise sempre leva algumas dificuldades.
2) Êxitos – Grécia, Chipre.
3) Confiança – O facto de haver um “emprestador” que fornece um impulso
importante cria confiança para os investidores.
4) Os países não são obrigados a contrair o empréstimo do FMI.
5) Alvo fácil o FMI – permite ao governo garantir um empréstimo e depois culpar
o FMI pelas dificuldades.
6) FMI melhor alternativa que as outras anteriores.
4.5. Austeridade:

Vários países implementaram “pacotes de austeridade” – tentativa de reduzir


os gastos e aumento dos impostos e reduzir o déficit orçamentário. Esperava-se que
esta “restaura-se a confiança”, melhorasse a posição fiscal e a recuperação dos países.

Mas durante um período de fraqueza económica pode levar a quedas na procura


agregada, maior desemprego e menor crescimento económico.

4.5.1. Principais impactos da austeridade:


1) Menor procura – corte dos gastos do governo e impostos mais elevados leva a
uma procura agregada baixa e crescimento económico baixo. Além disso as
“medidas de austeridade" reduzem o consumo e a confiança empresarial.

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2) Inflação baixa – baixa na procura agregada leva a pressões inflacionárias mais


baixas na economia. Consequentemente o crescimento salarial baixo desempenha
um papel fulcral na redução inflacionista.
3) Competitividade – espera-se que medidas de austeridade ajudem a criar maior
pressão para reduzir custos, que podem ajudar a melhorar a competitividade.
4) Déficit. Orçamentário – Impostos mais altos e gastos menores levarão a uma
melhoria no governo. Ajudará a melhorar as finanças públicas a longo prazo. Se as
medidas de austeridade provocarem um crescimento económico baixo, o governo
intervém.
5) Impacto distributivo – austeridade pode não afetar todos de forma igual na
sociedade.
4.5.2. O que determina o impacto da austeridade?
 Flexibilização do mercado de trabalho – se forem mais flexíveis é mais fácil
cortar salários e custos – fácil restauração da competitividade e crescimento
económico. Caso exista grande resistência a custos de mão – de – obra mais
baixa é difícil restaurar a competitividade – flexibilização pode levar a salários
baixos e piores condições de trabalho.
 Que gastos são cortados? – Não se deve cortar os gastos em investimentos
atuais, mas por exemplo os dos anos 70.
 Política Monetária – austeridade envolve procura doméstica menor. Se a
política monetária envolver taxas de juro mais baixas, maior oferta monetária –
efeitos deflacionários e cortes de gastos podem ser compensados.
 Taxas de Câmbio – Austeridade não é tão prejudicial se um país desvalorizar a
taxa de câmbio – restauro da competitividade.
 Crescimento global – a austeridade não provoca tantos danos, se a economia
mundial estiver bem.
 Intervenção Banco Central – o BCE interveio mais nos mercados dando aos
países mais espaço de manobra.
5. Politica Monetária, Bancos Centrais e Governos:

5.1 A moeda:

O sedentarismo possibilitou a melhoria dos instrumentos de trabalho e o


aumento da produtividade, esta levou ao aparecimento do excedente económico.
Começou a haver um sistema de trocas (1º fase eram diretas – produto por produto).

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Esta troca direta tinha obstáculos, mas com o aparecimento da moeda estes
foram ultrapassados, esta começou a ser usada como intermediária de trocas (1º fase – o
produtor troca resultado da sua atividade por moeda; 2º fase – troca a moeda pelo
produto que quer adquirir) – troca indireta.

A introdução da moeda veio permitir o incremento da atividade comercial,


atividade produtiva e consumo.

5.1.1. Tipos de Moeda:


 Moedas mercadoria – utilizado nas sociedades primitivas (produtos);
 Moeda metálica – utilização de metais como moeda, devido à facilidade de
transporte, durabilidade, divisibilidade e a maior aceitação;
 Moeda papel – Altura dos descobrimentos, houve um grande aumento da
atividade comercial, o que levava a transporte de grandes quantidades de moedas (era
difícil e perigoso). Os cambistas e os ourives recebiam as moedas e guardavam e em
troca emitiam os certificados de depósito ou letras de cambio (fácil transporte);
 Moeda representativa – a moeda papel constituída por notas de banco;
 Moeda fiduciária – Banco de Estocolmo emitiu notas de banco cujo valor era
superior à quantidade de ouro contida nos seus cofres – baseava-se na confiança que
os clientes depositavam no banco.

Séc. XIX, os governos intervêm no mecanismo de emissão de moeda, confiando


esta tarefa apenas aos bancos emissores por si controlados. Esta medida é acompanhada
pela decisão de inconvertibilidade das notas de banco em ouro, os governos
estabeleciam o valor do papel – moeda emitida – Papel – moeda.

 Moeda – escritural – resulta dos depósitos feitos pelos particulares, empresas,


Estado nos bancos e são as movimentações de valores monetários efetuada pelos bancos
nas contas. Resulta da circulação dos depósitos à ordem.

A moeda faz e sempre fez parte do quotidiano da sociedade, pelo que nunca
ninguém imagina a vida sem ela, mas também raramente nos apercebemos da
importância que desempenha na economia.

5.5.2. A moeda contribui para:

1) Alargamento das trocas;


2) Especialização do trabalho;

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3) Aumento da quantidade e variedade de bens;


4) Progresso económico, pois, permite aplicações futuras.

5.5.3. As funções da moeda:

1) Meio de pagamento ou instrumento de troca – serve no ato de compra e venda


funcionando como meio intermediário de trocas, desde que a quantidade de moeda
permita alcançar qualquer bem ou serviço, bem como liquidar qualquer dívida.
2) Unidade de conta ou medida de valor – que permita estabelecer o valor dos
bens em relação a outros. Sabendo o preço de um bem, fazendo as contas, sabe-se o
valor total dos bens adquiridos.
3) Instrumento de reserva de valor – é possível guardar a moeda (poupar), para
adquirir bens e serviços no futuro, pode ser utilizada em qualquer momento. O facto de
a elevada liquidez, da moeda, persuade a conversão imediata em meio de pagamento
que leva a que as pessoas a guardem.

EM PORTUGAL:

 Séc. XII – troca direta;


 Moedas: “O Dinheiro” – “O Morabitino” – “Real”;
 Séc. XIX com as revoluções industriais, surge o papel – moeda (comodo e
seguro;)
 Implantação da República (1910) – Escudo; 2002 – Euro.
5.2. Mercado Monetário:
O mercado monetário é um local onde interagem compradores e vendedores para
determinar o preço e a quantidade a transacionar de determinado bem.
Neste caso: o bem transacionado é a moeda, e o preço a taxa de juro.
Participam neste mercado, todos os agentes económicos que procuram ou oferecem
moedas, assumindo as entidades financeiras (bancos comerciais) o papel de
intermediários.
5.2.1. Distinguem-se diversos segmentos:
1) Mercado de crédito – participam instituições financeiras e as famílias em
empresas;
2) Mercado monetário interbancário – intervém as instituições financeiras que
cedem liquidez entre si;

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3) Mercado de operações de open market – participam o banco central e as


instituições financeiras (bancos).
5.3. Sistema Financeiro:
Séc. XIX e até à República a estrutura financeira portuguesa era: Banco de
Portugal; CGD (1876), bancos comerciais e casas bancárias e caixas económicas;
Anos 80 – Banco Central, Instituições de crédito (CGD, bancos comerciais,
instituições
parabancárias, …);
Atualmente – Banco
de Portugal, instituições
de crédito (bancos, CGD,
sociedades financeiras,
companhia de seguros,
…).
6. Banco de Portugal:
6.1. Do nascimento à atualidade:

O Banco de Portugal (BP) surgiu em 19/11/1846 com função de banco emissor


e comercial. Surge da fusao do Banco de Lisboa (tinha as mesmas carateristicas) e da
Companhia Confiança Nacional (sociedade de investimento especializada no
financiamento da dívida pública).

Até em 1887 o BP partilhava com outras instituições o direito de emissão de


notas. Em 1891 passou a ser o único a deter o exclusivo de emissão para o
Continente, Açores e Madeira.

Durante a crise financeira de 1891 e do estabelecimento da


inconvertibilidade das notas do BP, cessa a politica monetaria ativa, fixando-se a
taxa de desconto num nivel que durou até 1914. O BP desenvolveu a função de
“banco dos bancos”, acompanhada de certo grau de supervisao informal do setor.

Em 1931 , as novas regras limitavam a expansão do passivo do banco


relacionando-o com o montante de reservas em divisas (dependencia administrativa do
Governo).

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Durante a IIWW e no pós-guerra voltaram a ser introduzidas restrições às


transações (criação de um sistema muito complexo de controlo cambial, abrangendo as
operações de capitais, de mercadorias e de invisíveiscorrentes).

As competências normativas nesta área, assim como a supervisão do sistema,


passaram a ser da responsabilidadedo BP, que começou a atuar como agente do
Governo nas relações com organizações monetárias internacionais.

Após a IIWW o comércio e os movimentos de capitais foram gradualmente


liberalizados o que assegurou a viabilidade de uma política monetária de modo geral
passiva, até meados da década de 1970.

As funções do Banco de Portugal modificaram-se substancialmente,


alargando-se aos pagamentos internacionais, à gestão das reservas e à política
monetária interna.

Entre 1957 e 1960, foram aprovadas leis que obrigaram os bancos a constituir
reservas mínimas de caixa e que conferiam ao BP grandes responsabilidades,
permitindo-lhe maior intervenção nas áreas de controlo do crédito e nafixação das
taxas de juro.

Através da Lei Orgânica 1975 as funções do BP foram redefinidas: tinha o


estatuto de banco central e incluía a função de supervisão do sistema bancário.

A política monetária tornou-se mais ativa e o BP assumiu importantes


responsabilidades nas áreas do controlo monetário e do crédito e na organização e
regulamentação dos mercados monetários, principalmente após a adesão de Portugal
à Comunidade Europeia, em 1986.

Em 1990, foi promulgada uma nova Lei Orgânica (limitações impostas ao


financiamento dos défices do Estado). Em 1992, o enquadramento da política
económica sofreu uma modificação substancial, traduzindo a opção das autoridades
por políticas voltadas para a estabilidade nominal. Em abril verificou-se a adesão do
escudo ao Mecanismo das Taxas de Câmbio do Sistema Monetário Europeu. Em
dezembro, foi decidida a completa liberalização dos movimentos de capitais, tornando o
escudo plenamente convertível.

Em 1995, no quadro da preparação para a União Económica e Monetária, a Lei


Orgânica do BP sofreu a alterações profundas: a estabilidade dos preços torna-se a
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principal missão do Banco de Portugal, alargasse a sua autonomia na condução da


política monetária e aumentam as atribuições no domínio dos sistemas de
pagamentos.

Em 1998, a Lei Orgânica do BP voltou a sofrer profundas alterações para


reforçar a autonomia do banco central, nos termos exigidos pela participação de
Portugal na terceira fase da União Económica e Monetária, e para preparar a sua
integração no Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Em 1999 inicia-se a União Económica e Monetária com 11 Estados-Membros,


de entre os quais Portugal. Em 2002, entraram em circulação as notas e moedas de euro.
O Banco de Portugal desempenhou um papel determinante na introdução física do
euro em Portugal.

A crise financeira internacional (início de 2008) veio revelar algumas


vulnerabilidades da arquitetura da União Económica e Monetária. As iniciativas
legislativas desenvolvidas para colmatar estas fragilidades voltaram a resultar em
profundas alterações às responsabilidades do BP.

Em 2012, o BP passou a deter poderes para intervir nas instituições


supervisionadas em situações de desequilíbrio financeiro, tendo em vista a
preservação da estabilidade financeira. Em 2013, a Lei Orgânica voltou a ser alterada
para salvaguardar a participação do BP no novo Mecanismo Único de Supervisão.
Simultaneamente, o Banco foi designado como autoridade macro prudencial
nacional e passou a ser formalmente responsável por identificar, acompanhar e
avaliar os riscos para a estabilidade financeira e por adotar as correspondentes
medidas de prevenção e atenuação.

Em de 2014, com a entrada em funcionamento do Mecanismo Único de


Supervisão (1º pilar da União Bancária), o BP passou a exercer as suas competências
de supervisão bancária num modelo de responsabilidade partilhada com o Banco
Central Europeu (BCE) e as demais autoridades nacionais competentes. Em 2016,
entrou em pleno funcionamento o Mecanismo Único de Resolução (2º pilar da União
Bancária) pelo que as responsabilidades de resolução do BP passaram, assim, a ser
exercidas no âmbito deste mecanismo.

6.2. Banco Central Europeu:

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O BCE é o banco central dos 19 países da União Europeia qu adotaram o euro.


O seu objetivo primordial é manter a estabilidade de preços na área do euro e
preservar o poder de compra da moeda única. É uma instituição oficial da União
Europeia e constitui o núcleo do Euro sistema e do Mecanismo Único de Supervisão.

Desde 1999 que o BCE é responsável pela condução da política monetária


na área do euro – a maior economia do mundo.

A base jurídica subjacente à política monetária única é:

1) Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

.2) Estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais

3) Estatutos do Banco Central Europeu

Competências (obrigatórias):

 Impor requisitos prudenciais às instituições de crédito, em matéria de requisitos


de fundos próprios, limites aos grandes riscos, liquidez, alavancagem financeira e
divulgação pública sobre essas matérias;
 Decidir o caráter de significância das instituições de crédito supervisionadas (ou
seja, se são instituições significativas ou menos significativas);
 Conceder e revogar autorizações de instituições de crédito;
 Apreciar as notificações de aquisição de participações qualificadas e tomar uma
decisão de oposição ou não oposição à aquisição;
 Impor condições suplementares, medidas de execução e sanções administrativas
às instituições de crédito significativas.

Atribuições fundamentais:

 Definição e execução da política monetária da área do euro;


 Realização de operações cambiais;
 Detenção e gestão das reservas oficiais dos países da área do euro (gestão
das carteiras de ativos de reserva e de fundos próprios);
 Promoção do bom funcionamento dos sistemas de pagamentos;
 Notas de banco: o direito exclusivo de autorizar a emissão de notas na área do
euro;

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 Estatísticas: em cooperação com os BCN, o BCE recolhe, junto das


autoridades nacionais ou diretamente junto dos agentes económicos, a informação
estatística de que necessita para o cumprimento das atribuições do SEBC;
 Estabilidade e supervisão financeiras: o Euro sistema contribui para a boa
condução das políticas desenvolvidas pelas autoridades competentes no que se refere à
supervisão prudencial das instituições de crédito e à estabilidade do sistema financeiro;
 Cooperação internacional e europeia: mantém relações de trabalho com
instituições, organismos e fóruns, a nível da UE e mundial, relevantes no âmbito das
atribuições cometidas ao Euro sistema.

O Banco de Portugal faz parte do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) e


do Euro sistema, pelo que subscreve a Declaração de Missão do Euro sistema.

O SEBC é composto pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos bancos


centrais nacionais dos Estados-Membros da União Europeia (UE).

O Euro sistema abrange apenas o BCE e os bancos centrais nacionais dos


países que adotaram a moeda única.

No Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e no Protocolo relativo


aos Estatutos do SEB e do BCE são definidos o objetivo e as atribuições fundamentais
do SEBC.

O objetivo primordial do Euro sistema é a manutenção da estabilidade de


preços, bem com o apoio às políticas económicas gerais e contribui para a
realização dos objetivos da UE previstos nos Tratados.

6.3. Bancos Centrais: Euro sistema:

Competências:

 Define e executa a política monetária única;


 Realiza operações cambiais;
 Detém e gere as reservas cambiais oficiais dos países da área do euro;
 Promove o bom funcionamento dos sistemas de pagamentos;
 Contribui para as políticas que visam a estabilidade do sistema financeiro;
 Exerce funções consultivas, no domínio das suas atribuições, relativamente à
legislação comunitária e à legislação nacional;
 É responsável pela compilação de informação estatística;
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 Emite notas de euro.

Órgãos:

 O Conselho do BCE: adota as orientações e toma as decisões necessárias ao


desempenho das atribuições cometidas ao BCE e ao Euro sistema: define a política
monetária do euro e tem um papel relevante no processo de decisão do Mecanismo
Único de Supervisão. É constituído pelos membros da Comissão Executiva e pelos
governadores dos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros que adotaram o euro.
 A Comissão Executiva é responsável pela gestão corrente do BCE: executa a
política monetária de acordo com as orientações e decisões do Conselho do BCE. Para o
efeito, a Comissão Executiva fornece as instruções necessárias aos bancos centrais
nacionais para a implementação descentralizada da política monetária. É composta pelo
Presidente, pelo Vice-Presidente e por quatro vogais.
 O Conselho Geral é, por natureza, um órgão transitório: assegura o desempenho
de atribuições do BCE enquanto nem todos os Estados-Membros da UE tiverem
adotado a moeda única. Contribui para reforçar a cooperação entre os bancos centrais e
a coordenação no domínio da política monetária. É composto pelo Presidente do BCE,
pelo Vice-Presidente do BCE e pelos governadores dos bancos centrais nacionais dos
Estados-Membros da UE.
6.4. União Bancária:
 O Mecanismo Único de Resolução está em pleno funcionamento desde janeiro
de 2016 e tem como objetivo assegurar a resolução de bancos em risco ou situação
de insolvência sem afetar a estabilidade sistémica e a situação financeira dos
países.
 O futuro Sistema Comum de Garantia de Depósitos contribuirá para minimizar
a probabilidade de ocorrerem fenómenos de “corrida” aos depósitos, que, numa
situação de contágio, condicionariam rapidamente a liquidez do sistema bancário.
6.5. MUS (Mecanismo Único de Supervisão):

Componentes:

 Banco Central Europeu (BCE) - O BCE é responsável pelo funcionamento


eficaz e coerente do MUS

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 As autoridades nacionais competentes dos países participantes, de entre as


quais o Banco de Portugal - As autoridades nacionais competentes estão incumbidas
de coadjuvar o BCE no exercício das respetivas atribuições de supervisão prudencial.

No modelo de supervisão do MUS existe uma distinção entre as instituições de


crédito significativas (sob supervisão direta do BCE) e as menos significativas (sob
supervisão indireta do BCE e supervisão direta das autoridades nacionais competentes,
com articulação e reporte ao BCE), com base em critérios quantitativos e qualificativos.

7. Política Monetária:

As principais funções dos Bancos Centrais:

 Emissor exclusivo de moeda: tem total monopólio sobre a emissão de moeda


no país;
 Executar as políticas monetárias e cambiais: regula a quantidade de dinheiro
em circulação, influencia as taxas de juros e controla a quantidade de moeda estrangeira
no país. Faz isso através de operações no mercado de títulos públicos e de câmbio;
 Banqueiro do governo: é o banco central quem guarda as reservas
internacionais do governo em ouro ou moeda estrangeira;
 Banco dos bancos: empresta dinheiro aos bancos além de ser o mantenedor dos
depósitos compulsórios.
 Regular as taxas de juros básica do país: Ele faz isso emprestando e tomando
emprestado quantidades ilimitadas de dinheiro que ele mesmo pode imprimir, ou
emitindo títulos aos bancos mais qualificados. Fazendo isso até que a taxa se aproxime
do objetivo, o BC consegue facilmente controlar o mercado de juros.

Geralmente o Banco Central é considerado uma instituição independente do


governo: quanto maior a autonomia do BC, mais eficaz este será no seu trabalho
de manutenção do poder de compra e estabilização da moeda.

Controle da oferta de moeda (dinheiro) na economia, ou seja, o meio de


estabilizar e controlar ao máximo os níveis de preços para garantir a liquidez ideal
(equilíbrio) do sistema econômico do país.

Ativa: O BC/BP controla a oferta de moeda e, nesse caso, a taxa de juros oscila para
determinar o equilíbrio entre oferta e demanda de moeda.

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Passiva: visa determinar a taxa de juros, seja pela taxa de redesconto ou de


remuneração dos títulos públicos. Neste caso, deixa a oferta de moeda variar livremente
para manter esta taxa de juros, ou seja, a oferta de moeda fica endogenamente
determinada.

7.1. Instrumentos:
 Recolhimento Compulsório - Depósito obrigatório feito pelos bancos
comerciais junto ao Banco Central;
 Redesconto Bancário - o Banco Central concede “empréstimos” aos bancos
comerciais a taxas acima das praticadas no mercado: Empréstimos de assistência à
liquidez e por iniciativa do BC/BP;
 Operações com títulos Públicos - Open Market (Mercado Aberto), as operações
com títulos públicos é mais um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este
instrumento, considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e
regular a taxa de juros em curto prazo,
 Controle e Seleção de Crédito - Volume de transações de crédito, ao prazo ou
ainda a que se destina este crédito;
 Persuasão Moral - O Banco Central influência a atuação dos bancos por meio
de pressão para que o sistema bancário possa ser mais acessível. Uma outra forma seria
por meio de leis sobre divulgação financeira.
7.2. Taxa de juro:
Um dos principais instrumentos da economia capaz de afetar:
 decisões de consumo dos indivíduos e de investimentos;
 magnitude do déficit público, entre outras variáveis;
 fluxo de recursos externos para a economia;
Competitividade de
 valor da taxa de câmbio; produtos e serviços
do país.

A taxa de juros corresponde ao custo de um empréstimo ou ao retorno de uma


aplicação num determinado período de tempo, ou seja, uma taxa de juros de 5% ao mês
indica que para 100,00 % aplicados ou emprestados, no decorrer de um mês deverá ser
resgatado ou pago R$ 105,00 € (100,00+ 0,05x100,00=100,00+5,00)
A taxa de juros é o “preço de utilização” do dinheiro
A taxa de juros:
 Ativa (taxa de juro dos empréstimos bancários);

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 Passiva (taxa de juro dos depósitos);


 Curto prazo (empréstimos de curto prazo, geralmente um ano);
 Longo prazo (empréstimos superiores a um ano).
7.3. Política Cambial:

Politica cambial:

 permite administração das taxas de câmbio e controle das operações cambiais


(compra/venda de moeda) relacionadas com as transações económicas de um
determinado país com o exterior.
 conjunto de medidas e ações do governo que influem no comportamento do
mercado e da taxa de câmbio.

Mercado de Câmbio: Onde se realiza as operações de câmbio entre os agentes


autorizados pelo BC, isto é, entre os bancos comerciais, casas de câmbio e seus clientes.

7.4. Taxa de Câmbio:

O preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de


outra moeda. A taxa de câmbio reflete o custo de uma moeda em relação a outra.

A taxa de câmbio é definida em termos diretos (ao incerto) ou em termos


indiretos (ao certo)

 quando exprime o preço de uma unidade monetária estrangeira em unidades


monetárias de moeda nacional (pe. a taxa de câmbio US$/EURO está definida de forma
direta para os habitantes da zona Euro; ou está definida de forma indireta para os
habitantes dos EUA).
 quando exprime o preço de uma unidade monetária de moeda nacional em
unidades monetárias de moeda estrangeira (p.e. taxa de câmbio EURO/US$ está
definida em termos indiretos para os habitantes da zona euro, pois exprime o preço de 1
unidade monetária nacional (€) em unidades monetárias de moeda estrangeira -US$).

Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a


operar pelo BC):

 a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira
(p.e. a um importador);

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 taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira
que lhe é ofertada (p.e. por um exportador).
Tipos de Taxa de Câmbio:
 Única e fixa: a moeda nacional - € -tem uma única taxa de troca com outra
moeda (p.e. o dólar) e com cada uma das moedas a ela vinculada. O país mantém o
mesmo poder de paridade sendo a taxa determinada pelo governo (que também pode
efetuar reajustes). Uma vantagem dessa taxa é permitir a integração dos mercados
internacionais em uma rede de mercados e uma desvantagem é o artificialismo do
sistema para economias inflacionárias com desequilíbrio no balanço de pagamentos. O
BC é obrigado a honrar o valor da moeda: p. e. um aumento na compra de dólares
pressiona no sentido da queda no valor da moeda local, o BC usa as reservas de US$,
vendendo-as e reduz a pressão;
 Única e flutuante: há um único valor em relação a outra moeda (p.e. o dólar),
mas a taxa flutua conforme a oferta e procura no mercado de divisas. Se ocorrer muita
procura por dólar, sua cotação aumenta e a moeda local se desvaloriza. Se o movimento
é no sentido de venda de dólares, sua cotação cai e a moeda nacional se valoriza. Sua
principal vantagem é que o valor de todas as moedas é estabelecido a um preço que
busca o equilíbrio do mercado de divisas. O BC só intervém se considerar as oscilações
exageradas;
 Múltipla e fixa: quando variam conforme o tipo de transação ou conforme o
produto que está sendo importado ou exportado;
 Múltipla e flutuante: a taxa flutua como em C, mas também varia de acordo
com o tipo de transação ou produto, como em B.

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