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Renascimento e Classicismo
2022.2
GHT00691
para 09/9/2022
Blocos Argumentativos:
I – Renascimento e Cultura:
O autor aponta o uso comum, ipsis litteris, do termo Renascimento como algo que
renasce depois de um tempo de mortificação — nesse caso o tempo de mortificação das
pilastras sublimes da antiguidade é o mundo medieval, o “mundo das trevas” da cultura
europeia. Não obstante, o autor aponta que mesmo já os autores clássicos viam o
1 E-mail: pedro_guimaraes@id.uff.br
“Risorgimento” como um fenômeno puramente culturale; o mundo desse renascer de fulgores e
sublimidades estava imerso em conflitos políticos, crises econômicas e instabilidades sociais —
vide a Itália Príncipesca retalhada de conflitos. Destarte, o renascer é mais um fenômeno
cultural do que político, mas ainda assim repleto de elementos do trágico que permeava a
sociedade. “O Renascimento não toma, portanto, uma significação adequada ao termo a não ser
no campo da cultura”. (GARIN, p. 14)
Conclusão Pessoal:
O renascimento deve ser compreendido em seus limites culturais, sem dúvida, mas não
se deve negligenciar as influências do meio sócio-cultural que propiciaram uma visão de
descendente sobre o seu tempo nos pensadores renascentista. Na medida em que o passado
poderia ressignificar o presente ele foi recuperado, retomado e, inevitavelmente, adaptado às
demandas do tempo dos seus sublimadores. Ninguém pode recuperar o passado, religar os fios
da história ou reconstruir um tempo perdido, embora se pense fazer tal ato — o que temos de
notar, nesses processos, são as demandas do meio que propicia essas visões de si e do passado
postuladas pelos homens. Urge entender o renascimento pelo que dele derivou e não pelo que se
idealizou.