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Índice
1.Introdução.................................................................................................................................2
1.1.Objectivos..............................................................................................................................3
1.1.1.Geral....................................................................................................................................3
1.1.2.Específicos..........................................................................................................................3
1.2.Metodologias..........................................................................................................................3
2. O Fenómeno Xnófobo na África de Sul..................................................................................4
2.1. Violência Xenófoba..............................................................................................................4
2.2. Causas da violência xenófoba na África do Sul...................................................................4
2.2.1. Breve descrição da África do Sul.......................................................................................5
2.2.2. Contexto da violência Xenófoba na África do Sul............................................................5
2.2.3. Causas da violência xenófoba na áfrica do Sul.................................................................7
2.2.4. Causas Históricas...............................................................................................................7
2.2.5. O Apartheid........................................................................................................................7
2.2.6. Causas Sociais:...................................................................................................................9
2.2.7. Causas Políticas................................................................................................................10
2.2.8. Causas Económicas..........................................................................................................11
2.3. Consequências da violência xenófoba na África do Sul.....................................................12
2.3.1. Consequências ao nível sociais........................................................................................12
2.3.2. Consequências ao nível político.......................................................................................12
2.3.3. Consequências ao nível económico.................................................................................13
3.Conclusão................................................................................................................................14
4.Referencias Bibliográficas......................................................................................................15
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1.Introdução
Este trabalho tem como tema O Fenómeno Xenófobo na África do Sul, um assunto que tem
trazido vários debates, pois este fenómeno tem afectado não só a África do Sul, mas também as
regiões de proveniência dos emigrantes que sofrem essa violência. O trabalho aborda este
assunto, invocando causas históricas, apartheid, sociais, económicos e políticos.
O povo Sul-africano, ataca os emigrantes, acusando-os de todos os males existentes naquele país
isso tem trazido consequências drásticas, já que é sabido que nenhuma nação auto-suficiente,
dependendo de outras nações para a sua existência.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
1.1.2.Específicos
1.2.Metodologias
Para a elaboração deste trabalho, recorreu-se ao método de pesquisa bibliográfica, que consistiu
na leitura e interpretação de algumas obras em formato PDF, que dizem respeito ao tema e os
mesmos se encontram alistados nas referências bibliográficas, no final do mesmo trabalho.
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Segundo (Zeca, 2013), violência é um acto que visa infringir danos emocionais,
psicológicos, sexuais, físicos ou materiais a outrem. Por sua vez, Galtung (1969),
defende que a violência ocorre quando as pessoas são influenciadas, de modo a que sua
realização física e mental actual, seja menor do que a sua realização potencial. Vai mais além,
afirmando que para a existência de violência, deve se haver um sujeito, um objecto e uma
acção.
Acreditando-se que que explanação acima feita, pode ajudar no entendimento geral de
violência xenófoba, partimos agora para a definição do conceito que interessa a presente
pesquisa.
Este fenómeno pode ser explicado como uma luta de classes e no caso de RSA, trata- se de
uma luta económica, entre pobres negros nativos e estrangeiros (Ramongane, 2010, p.12),
citado por Cossa (2018).
Com isso, considera-se que violência xenófoba, é toda a acção que um determinado
individuo ou grupo, leva a cabo com finalidade de causar danos morais, materiais,
psicológicos e/ou físicos, contra indivíduos de outra raça, etnia, origem, cultura, crenças
(estrangeiro).
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Antes de se abordar sobre as causas da violência xenófoba na África do Sul, trar-se-á uma
breve descrição do Estado Sul-africano, seguido de uma abordagem contextual ou histórica da
xenofobia, seguida das causas sociais, politicas, económicas e ira se fazer análise sobre as
causas declaradas e as reiais que contribuíram para a eclosão da violência xenófoba na RSA.
Segundo Kinge (2016: 12), historicamente, a violência xenófoba não teve seu início na África
do Sul, lugares como Austrália, América, Europa, Reino Unido, Japão e vários outros,
viveram também histórias de xenofobia. Na RSA, desde anos 90 que diversos estudos
revelam que apesar de verificar-se casos de hospitalidade, tolerância e defesa dos direitos dos
não-nacionais, sentimentos negativos, de desconforto, pela presença dos negros e asiáticos
não nacionais, assim como o ódio e hostilidade aos estrangeiros por parte do público
em geral e instituições governamentais sul-africanas, tem sido evidente (Ibid).
Para Graham (2016), citado por Cossa (2018), a história de xenofobia na RSA, remonta desde
a chegada dos holandeses naquele território, quando o rei Zulo (Tchaka Zulo), recusou que
seu povo fosse trabalhar nas minas recém-abertas na altura, alegando que tratava-se de um
trabalho humilhante que só servia para povos inferiores ou desprezíveis.
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Com os acontecimentos mais recentes, Mamboza (2016), citado por Cossa (2018), afirma
que, o nível de emigrantes estrangeiros na África do Sul, tem desestabilizado a ordem social
do mesmo, pois estes fazem uma pressão sobre o mercado de trabalho, consequentemente, os
sul-africanos, sentem-se ameaçados, o que faz com que se degenere em atrocidades
levantadas contra estrangeiros. Importa referir que a xenofobia pode ocorrer de diferentes
formas, por um lado pode ser de forma pacífica (estranhamento, isolamento, insultos, etc.) e
por outro lado pode se manifestar de forma violenta (causando danos físicos e ou materiais).
Neste contexto, as evidências da xenofobia num estágio de violência, podem ser encontradas
em relatos trazidos por páginas de internet como sahistory-online (2015), na qual diz-se que
em Dezembro de 1994 e Janeiro de 1995, um grupo de jovens de Alexandra Township
(subúrbios de Johannesburg), província de Gauteng, na África do Sul, destruiu casas e
propriedades de supostos imigrantes em situação irregular e encaminharam esses indivíduos
até a esquadra da polícia local, onde exigiam que os estrangeiros, fossem forçosamente e
imediatamente repartidos.
Em Mdolomda Street, dois (2) irmãos angolanos foram presos dentro de sua casa e
queimado até a morte. Para além desses casos recentes, apontam que no dia 11 de Maio de
2008, uma explosão de violência xenófoba em Johannesburg, desencadeou mais violência em
outros municípios.
Depois de duas semanas, a violência ter-se-ia espalhado para outras áreas urbanas em todo o
pais, principalmente Durban e Cidade do Cabo, mas também se alastrou para bairros rurais,
como é o caso da Província de Limpopo. A violência consistia em ataques verbais e
físicas pelos cidadãos Sul-africanos. Consequências disso, muitas casas foram queimadas,
342 lojas foram saqueadas e cerca de 213 incendiadas. Centenas de pessoas ficaram
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feridas, milhares expulsas e o numero de mortos após o ataques, situou-se em 56, (sahistory-
online, 2015).
Diversa foram as causas que originaram a violência xenófoba na África do Sul. Alguns
apontariam para o elevado índice do desemprego, porque maior parte dos ataques
xenófobos, ocorreram em zonas onde a pobreza e o desemprego são altos, outros
apontariam para as razões psicológicas.
2.2.5. O Apartheid
Por um lado, Martins (2014), afirma que o apartheid na RSA, é o único caso histórico de um
sistema político onde a segregação racial chegou ao âmbito institucional. Mesmo com minoria
branca, o país registou nas históricas decisões que desfavoreciam a maioria negra. Por
outro lado, a página web “educação” da globo, comunga com ideia de Martins, mas
acrescenta que segregação racial foi legalmente aceite em 1948. Só para termos uma ideia, o
site vai mais além ao afirmar que neste mesmo ano, foram proibidos casamentos mistos e em
1950 a Lei da imoralidade proíbe o relacionamento sexual entre pessoas de raça branca e os
de raça negra; a população é cadastrada e separada por raça, o que denominou-se “Bantustão”.
De acordo com Thaiz (2016), citado por Cossa (2018), pode-se dizer que os motivos que
fomentam a xenofobia na África do Sul, tem seu inicio no século XVII, com a chegada
dos primeiros colonizadores protestantes calvinistas holandeses, escandinavos e
alemães e depois com chegada britânicos, dois séculos após, rechaçando seus
predecessores e forçando os colonos a fugir com seus rebanhos, escravos, fuzis, bíblias, para
as regiões mais ao norte e vai ser nessas áreas que a terra dos Africanderes que lutaram contra
os Zulos para poder dominar esse novo território, e o facto de ser uma região rica em jazigos
de diamantes e ouro, só fez com que a região se tornasse mais cobiçada. E já em 1911, uma
Lei é decretada para proibir os outros (negros, indianos e mestiços) de exercer certos tipos de
trabalhos e isso seria o início do uso de Leis xenófobas.
Portanto, a RSA que conhecemos hoje, resulta de um longo período de opressão baseada
na raça. Consequentemente com o término do regime apartheid, o povo Sul-africano passou a
alimentar uma certa esperança de inclusão multidimensional que lhe permitisse um bem-estar
ou seja, uma qualidade de vida melhorada e isso contrasta com realidade histórica na qual
o país foi esboçado (a proibição de circulação de negros em determinadas áreas da cidade,
como ilustrado na figura abaixo; Obrigação de declaração de registos de cor para todos sul-
africanos; proibição de casamentos entre negros e brancos; Criação de bairros só para negros;
Proibição de negros usarem determinadas instalações publicas; Criação de um sistema
diferenciado da educação.
Para além do separatismo étnico que guia a violência xenófoba, aspectos como técnicas
usadas na violência, assemelham-se a das usadas no período do apartheid.
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Os Bantustões: a questão das diferenças étnicas, esta enraizada no povo Sul-africano e foi desta
forma que construiu-se a nação. A título de exemplo, evidenciam-se os bantustões que
segundo Pereira (2010), visavam transformar as antigas reservas negras, organizadas por
tribos e de acordo com as tradições de chefia, em Autoridades Territoriais através da Lei de
promoção do Autogoverno Bantu. Segundo este autor, o conceito em torno dos bantustões,
corresponde aos primeiros anos do Apartheid, mas só nos anos 1970, a “independência” foi
concedida pelo governo Sul-africano e a organização das regiões foi redimensionada.
Portanto, que a divisão entre raças pode ser observada em 1913 com a Lei das terras, que
dava 90% das terras aos brancos e apenas 10% negros e uma das justificativas dadas pelo
regime do apartheid foi a concepção do desenvolvimento separado, com isso, os negros
recebiam serviços públicos inferiores que os serviços oferecidos aos brancos.
Os Sul-africanos, sob o domínio do apartheid, eram tratados como estrangeiros no seu próprio
país. Esta herança do apartheid, ajudou nas configurações sociopolíticas que originaram os
ataques xenófobos de 2008 (Landau 2011). Ademais, os Sul-africanos foram isolados do
mundo internacional através de sanções e foram isoladas internamente pelo regime
apartheid (Harris 2002). Quando um grupo não tem história do contacto com outros grupos
de identidade diferente da sua, excepto com os que durante muito tempo vivem na mesma
sociedade, ainda que separados como é o caso dos “Boers” na RSA, pode ser difícil de ser
simpático para com os migrantes de outras
Segundo Davies (2013), citado por Cossa (2018), o regime do apartheid tinha criado uma
grande desigualdade social, o que de certo modo, dificultou o acesso a educação e
consequentemente a o emprego pela maioria negra. Segundo este autor, as da RSA,
apresentavam-se entre as mais desiguais do mundo. Para este autor o ano de 2012, foi o mais
turbulento desde o fim do apartheid, com greves violentas em toda a indústria, 34 mineiros
mortos atiro em Marikana, numa mina de platina da Lonmin, em Rustenburg.
Ademais, em média, em 2013,uma casa de brancos, tinha seis vezes maior do que a de negros e
discrepância entre ricos e pobres, recorrendo a coeficiente de Gini marcou 0,63 em 2009.
Leitura deste coeficiente, o zero é o mais igual e o um (1) é o menos igual. No entanto, em
1993, o coeficiente do países de 0,59, o que significa que o fosso entre ricos e pobres esta
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Por sua vez, o programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (UNDP, 2014), aponta
que as desigualdades, rondam em 0,435, o título de exemplo, o contraste, de u lado, os
bairros de classe média, (predominante branca), os arranha-céus a lá Manhattan de
Johannesburg e o turismo e, de outro, as “favelas” ao longo da estrada, os informais
settlements negros das periferias urbanas são marcantes. Estes dados remete-nos a uma
privação relativa, considerando que trata-se de um país, onde de acordo com Voyages
(2000), 75% de raça negra, 13% de raça branca e 11% constitui o restante. Outro grande
problema é o crescimento dos índices do HIV/SIDA no país, são cerca 5 milhões de infectados,
dai que existe, aproximadamente, 1,2 milhões de órfãos (Dantas 2015, p.1).
Portanto de acordo com o jornal Noticias online, citado Júnior (2015), a xenofobia que se
verifica na África do Sul, é resultado da quebra do contacto social, entre os governantes e o
povo, pois para este especialista, alguns cidadãos sentem-se excluídos do processo de
desenvolvimento.
Este regime nalgumas vezes deu a entender, através de discursos de seus Chinoma e
Maziriri (2015), referem que Soyombo (2008), usa a teoria económica para Líderes
comunitários, em particular da etnia Zulo, que a pobreza extrema e a falta de empregos, é devido
a presença dos imigrantes (é o caso do discurso proferido pelo Rei Zwetheline em 2015), o
que leva os Sul-africanos a recorrer actos xenófobos, tomando em consideração a
vulnerabilidade que os estrangeiros tem, por não estarem nos seus próprios países e alguns
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Explicar as causas da xenofobia e as condições nas quais este facto ocorre onde atribuem
a pobreza e desemprego, o motivo da eclosão deste fenómeno. Para eles, indivíduos pobres
e desempregados são os mais prováveis aderentes a manifestações xenófobas do que indivíduos
de classe media, ricos, elites e ou empregados. Quando Nelson Mandela foi empossado,
em Pretoria, como o primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul, ele
encarnava as esperanças de uma nação.
O regime segregacionista do apartheid saiu de cena, dando lugar a nação dos arcos-íris e a um
momento de grande optimismo no país. Uma das razões desse optimismo, era uma economia
ascendente, afinal, o final do apartheid, significava o fim das duras sacões impostas ao
país. Segundo Davies (2013), citado por Cossa (2018), África do Sul já tinha, esta altura,
uma das infra-estruturas mais desenvolvidas do continente, mas os anos de isolamento,
deixaram a economia perto da falência. Logo, com o fim das sanções, as exportações Sul-
africanas começaram a florescer. Antes de Mandela fazer o juramento de posse, apenas
10% dos bens do país eram destinados a exportação. Na virada do século, quase um quarto
era comercializado ao exterior.
Três anos após a sua independência, em 1913, África do Sul aprovou a Lei da terra,
forcando os negros africanos a viver em reservas e proibindo-os de trabalhar como
mineiros. As vendas ou aluguel para negros também ficaram proibidos, limitando a
ocupação dos negros em 80% da África do Sul (Martins 2014, p.1).
Décadas depois, República Sul-africana, ainda tenta igualar os padrões de vida entre
população da raça branca e não branca.
O país lidera a lista das nações com grande desigualdade de renda, com mais de 50% da
população vivendo em linha da pobreza, a maioria negra e taxa oficial do jovens é
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muito maior (Martins 2014, p.3). Com isso, muitos Sul-africanos, tem justificado os
ataques xenófobos, sendo resultados d a pobreza e a grave falta de emprego na segunda
maior economia da África e os imigrantes indocumentados, são frequentemente acusados de
aceitar o trabalho por um salário menor.
De uma forma resumida, como aponta Viage (2017), citado por Cossa (2018), podemos dizer
que, dentre várias causas apontadas pelos cidadãos Sul-africanos, as mais fomentadas
giram em torno do facto dos estrangeiros roubarem suas esposas e outras oportunidades, tais
como: oportunidades de negocio e de estarem contribuindo para o crescimento do índice de
criminalidade e de doenças como HIV/SIDA. Assim sendo, as razões apontadas para os
ataques, estão associadas a diversos assuntos, alguns atribuem ao passado violento do
país, a prestação de serviços inadequados e a influência da micropolítica em Township, e
também, os residentes locais afirmam que os estrangeiros, levam oportunidades de emprego, em
troca de salários mais baixos, os estrangeiros não participam na luta por melhores salários e
condições de trabalho.
De acordo com Cadeado (2017), citado por Cossa (2018), Os cidadãos Sul-africanos, ao
praticarem a violência xenófoba contra os estrangeiros, demostram o total
desconhecimento dos benefícios de uma cooperação entre os povos, criando um ambiente
de separação dos mesmos. A onda de violências xenófobas, cria danos humanos,
desrespeitando os direitos humanos e caso essa onda de violência se repita de uma forma
recorrente, pode se viver uma desordem social a nível regional, onde o povo Sul-africano,
não poderá ultrapassar os seus limites fronteiriços, sob risco de sofrer uma retaliação.
Samacais (2017), citado por Cossa (2018), defende que as manifestações da violência
xenófoba, não tem nenhuma implicação significativa a este nível de actuação, mas alerta
que pode criar espaço de levantes contra o governo, além disso, pode quebrar relações do
governo Sul-africano com os países vítimas da xenofobia. O exemplo do discurso do antigo
estadista Jacob Zuma, ao atribuir a culpa, aos líderes de proveniência desses
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imigrantes, alegarem estarem a fazer pouco para condicionar as necessidades básicas aos
seus povos, de modo a não olhar para RSA como sua “salvação”.
Conclusão
Todas as evidencias trazidas neste trabalho, mostram-nos que a génese dos problemas da
violência verificada na África do Sul, esta ligada ao fosso existente, entre os
governantes e os governados daquele país. Após muitos anos de opressão e
discriminação racial, acompanhados por extremas privações, a população criou elevada
espectativa de ter todas as oportunidades que lhe foi negada, o que de certa forma não aconteceu
aos níveis desejados, dai que surge a percepção de uma contínua privação de seus direitos e
que essa mesma percepção, gerou uma frustração aos grupos e consequentemente o uso da
violência como mecanismo de revindicação dos seus direitos.
Referencias Bibliográficas
Xenophobia as Experienced by African Immigrant Enterpreneurs in Johannesburg,
Numero 4.
Chinoma, Elizabeth e Maziriri, Eugene Tafadzwa. (2015). Examining the Phenomenon of
Kinge, Gabriel Tiobo Wose. (2016). International Dimensions of Xenophobic Attacks on
Foreign Nationals in South Africa. North-West University, Mafikeng, SA. University Press
Landau, L. B. (2011). Introducing the demons, Exorcising the demons within:
Nigerians living in Johannesburg. Johannesburg. Ethnic and Racial Studies, 21, p.1116-
1136.
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