Você está na página 1de 37

Alterações da Comunicação no

Transtorno do Espectro Autista

PROFA. LIDIA DANIELA DA COSTA GONÇALVES


Transtorno do Espectro Autista

TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO, QUE


INTERFERE NA QUANTIDADE E NA QUALIDADE DA
INTERAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOCIAL E NO PADRÃO DE
COMPORTAMENTOS, CONSIDERADOS ATÍPICOS. HÁ
TENDÊNCIA A COMPORTAMENTOS E INTERESSES
RESTRITOS E REPETITIVOS,

.
Díade

Alterações na interação e Comportamentos e interesses


comunicação restritos e repetitivos
Diagnóstico

Baseado em exame clínico, realizado por

neuropediatras ou psiquiatras, seguindo as


.
considerações da 5ª edição do Manual Diagnóstico

e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).


Comunicação e interação social no
DSM-5
Dificuldade para estabelecer uma conversa.

Compartilhamento reduzido de interesses,


.
emoções ou afeto.

Dificuldade para iniciar ou responder a interações

sociais.
Comunicação e interação social no
DSM-5
Déficit no contato visual

Déficits na compreensão e no uso gestos.


.
Dificuldades em compartilhar brincadeiras.

Interesse reduzido por pares.


Níveis
Nível 1 (necessita suporte)

Dificuldade em iniciar interações sociais.

Respostas atípicas ou não sucedidas para


.
abertura social.

Falência na conversação.

Tentativas de fazer amigos de forma mal-

sucedida.
Níveis

Nível 2 (necessita suporte substancial)

. Déficits marcados na conversação.

Iniciação limitada nas interações sociais.


Níveis

Nível 3 (necessita suporte muito substancial)

Prejuízos graves no funcionamento.


.
Iniciação de interações sociais muito limitadas.

Resposta mínima a aberturas sociais.


Alvos de intervenção

Em todos os ambientes e níveis

Suporte na comunicação.
.
Ensinar como iniciar e responder a interações

sociais.
Análise do Comportamento

Behaviorismo Análise do Análise do


(Filosofia) Comportamento Comportamento
Experimental Aplicada
B.F.Skinner

COMPORTAMENTO VERBAL (1957)

.
Comportamento operante

AS PESSOAS AGEM SOBRE O AMBIENTE, MODIFICAM-NO E, POR SUA

VEZ, SÃO MODIFICADAS PELAS

CONSEQUÊNCIAS.

.
Comportamento verbal
Muitas vezes, porém, uma pessoa age indiretamente sobre o
meio. Seu primeiro efeito é sobre outras pessoas.

Um copo de
água, por favor
sede
Propriedades definidoras

O Comportamento Verbal está sujeito aos mesmos princípios


de qualquer comportamento.

S-R-C

O que difere: a natureza do reforço que o estabelece e o


mantém e que requer a mediação de outra pessoa.
Conceituação

FALA: comportamento vocal.

LINGUAGEM: práticas de uma comunidade linguística.

COMPORTAMENTO VERBAL: destaca o falante individual

e especifica o comportamento modelado e

mantido por consequências mediadas.


Comportamento verbal

T O PO G R A FI A

Skinner
usou o termo comportamento verbal para se
referir a todos os tipos de comportamentos
considerados comunicativos.
Comportamento verbal
N O S C O M U NI C AM O S P O R M E I O D E:

Fala Escrita Gestos

Toques Olhares Figuras


Ou seja...
C O M PO R T A M E N T O V E RB A L N Ã O É S I NÔ N I M O D E
C O M PO R T A M E NT O V O C A L (F A L A )

Comportamento verbal

Fala
Operantes verbais

C o m po r ta m en t o o p e r a n t e: o p e r a s o b r e o m e i o .

Q u a l q ue r un id a de d o c o m p o r t a m e n t o ve r b a l é
c h a m a d a d e "o p e r a n te " .

E p i s ód io ve r ba l t o ta l : c o m p o r ta me n t o d o f a la n t e e
d o o u v i n te ( c i r c u n s t ân c i as e sp e c íf i c a s ) .

.
Repertório verbal

Respostas que aparecem de várias formas, de tempo em


tempo, no comportamento do falante, relacionadas com
condições identificáveis.

Estas circunstâncias acrescentam um caráter dinâmico ao


"repertório“.

.
Episódio verbal

OM S1
(ex: privação) S2 Mãe, eu quero maçã!

.
Episódio verbal

Obrigado, mãe!
De nada, filho!

.
Operantes verbais primários

Ma n d o

E co i co

Ta t o

In tra v er b al

T ex t u a l

Tr an s cri ç ã o
Mando
dizer água

sede
mostrar figura da água

D e r i v a d e " c om a n do " ,
" d e m a nd a ".

apontar a água
Ecoico

R e p e t iç ão d e s o n s ( s íl a b a s , água água

p a l a v r as ) d ita s p or o u t r a s
pe s s o a s .

C o r r es p on d ê n c i a p o n to - a-
p on to .
Tato

Nomear água quando vê água.

D e riv a d e " c o nt a t o" . água

N o m e a r o u d e s c r e ve r
c a r ac t er ís ti ca s f í s i ca s e
f u n c i on a is d e o b je t o s e/ o u
f e n ô m e no s d o a m b i e n te .
Intraverbal

O que você toma


R e s p o n de r p e r gu n t a s , f a z er quando está com sede? água
Água
c o m e n t á ri o s d u r a n te
c o n v e rs a s , e t c .
Textual

O que você toma


C o m po r t a m e nt o o b se r v a do quando está com sede? água
Água
q u a nd o a lg u ém l ê a l g u m a
p a l a v ra ; nã o p r e c is a h a v e r A
U
c o m p re e ns ã o. ÁG
Transcrição

O que você toma


quando está com sede? água
Água
D i t a d o e c ó pi a de t ex to .

GUA
Á
Avaliação

Alguns protocolos utilizados:

Avaliação da Linguagem Básica e Habilidades de Aprendizagem


(ABLLS)

Avaliação de Marcadores do Comportamento Verbal e Programa


de Nivelamento (VB-MAPP).

.
@FONOLIDIA
Intervenção

Pré-requisitos: sentar, contato visual, imitação.

Habilidades verbais básicas.

Programas sistematizados e programas naturalísticos.

@FONOLIDIA
Em uma intervenção naturalística

O Comportamento Verbal é estabelecido e mantido por


reforçamento mediado.

As consequências são providas por meio de um interlocutor.

Arranjar o ambiente, para aumentar a probabilidade da


criança iniciar a interação.

@FONOLIDIA
Em uma intervenção naturalística

bola bola/
bowa/
bo

@FONOLIDIA
Atenção...

As crianças com TEA frequentemente não tomam a iniciativa para


realizar interações sociais.
Por outro lado, os interlocutores acabam por reduzir também as

interações.
Responda a todas as tentativas de comunicação da criança.
Toda pessoa que você encontra, está travando

uma grande batalha.

Seja gentil, sempre!

Obrigada!
Referências:
ARAUJO, A.C.; LOTUFO NETO, F. A nova classificação Americana
para os Transtornos Mentais: o DSM-5. Rev. bras. ter. comport.
cogn., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 67-82, abr. 2014.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 – Manual


Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre:
Artmed, 2014.

MATOS, M.A. As Categorias Formais de Comportamento Verbal em


Skinner. Anais da XXI
eunião Anual da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto – 1991.
p 333-341.

SKINNER, B. F. O comportamento verbal. São Paulo: Cultrix, 1978.

Você também pode gostar