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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE CONTABILIDADE

ISABEL GASPAR
MARCIA VIAGEIRO
MATEUS MACHAVA
NELITA CAMPIRA
SHELCIA LISSENGA

ANÁLISE DE RISCO E INCERTEZA

Beira

2023
ISABEL GASPAR

MARCIA VIAGEIRO

MATEUS MACHAVA

NELITA CAMPIRA

SHELCIA LISSENGA

ANÁLISE DE RISCO E INCERTEZA

Trabalho de pesquisa para ser apresentado a Faculdade de Economia


e Gestão, no curso de Gestão de Empresas, como requisito avaliativo
na cadeira de contabilidade.

Docente: Dra. Julia Zaida Cuaria

Beira
2023
Sumário Pág

1. Introdução..................................................................................................................1
2. Objectivos..................................................................................................................2
2.1. Geral:..................................................................................................................2
2.2. Específicos:.........................................................................................................2
3. Desenvolvimento........................................................................................................3
3.1. Referencial Teórico................................................................................................3
3.2. Conceito de Risco e de Incerteza............................................................................3
3.3. Análise de risco......................................................................................................4
3.4. Análise de incerteza................................................................................................5
3.5. Análise de Risco e Incerteza no Processo Decisório..............................................5
3.5.2. Decisões com Risco............................................................................................6
3.6. Relação entre Risco e Incerteza em Gestão............................................................7
3.7. Métodos de Analise de Risco e Incerteza...............................................................8
3.7.1. Análise sob condições de incerteza.................................................................9
3.7.1.1. Análise de sensibilidade..............................................................................9
3.7.1.2. Taxa de desconto ajustadas ao risco............................................................9
3.7.1.3. Matrizes de decisão.....................................................................................9
3.7.2. Análise sob condição de risco.......................................................................10
3.7.2.1. A análise de risco através da distribuição..................................................10
3.7.2.2. Árvores de decisão....................................................................................11
3.7.3. Importância da Analise de Risco e Incerteza....................................................12
6. Conclusão.................................................................................................................14
Referencias Bibliográficas...............................................................................................15
1. Introdução

Tomar decisão consiste em escolher a melhor alternativa de acordo com critérios


estabelecidos, a partir de uma certa quantidade de informações, com o propósito de
atingir um objectivo estabelecido.

O presente trabalho de pesquisa tem como objectivo geral analisar o risco e a incerteza,
voltada a área de gestão, fazendo menção a suas relações com os aspectos suporte
organizacional e também como ferramentas que auxiliam na tomada de decisão.
Portanto o objectivo traçado passa por busca pela compreensão, através de estudos
feitos anteriormente sobre esta temática, com vista a aferir o impacto dessas duas
componentes para o bom direccionamento e poder decisória numa organização.

Aborda-se especificamente os subtemas análise de risco e incerteza; o processo de


decisão e a percepção do risco; e gerenciamento de risco na perspectiva de sua aplicação
nas decisões associadas às actividades de inspecção e manutenção preventiva e
preditiva.

Segundo Freitas (2003, p. 3), um dos factores que podem complicar uma tomada de
decisão racional é a incerteza, a maior parte das decisões, sobretudo as mais
importantes, é tomada com base em algum tipo de previsão, o que, por si só, já coloca o
factor incerteza no processo de decisão, dessa forma, torna-se importante fazer uma
avaliação do grau de incerteza existente no processo de decisão, ou seja, procurar uma
estimativa do risco envolvido.

Para Donário e Santos (2016, p. 13) as decisões dos indivíduos podem ocorrer numa das
seguintes três situações: certeza (raramente), risco ou incerteza. A distinção entre estas
situações consubstancia-se no nível de conhecimento acerca do resultado de uma
particular decisão.

O presente portfolio em termos estruturais e constituído por cinco (5) partes, a destacar
a introdução, objectivos do estudo, desenvolvimento, onde perfila o referencial teórico
da pesquisa, a conclusão e por ultimo apresentam-se as referências bibliográficas, todas
essas constituintes, voltadas para justificação da pertinência e necessidade de estudo da
temática aqui estudada.

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2. Objectivos

2.1. Geral:

 Realizar um estudo sobre o risco e incerteza no processo de tomada de decisão


na temática de gestão projectados para avaliar o retorno de um investimento.

2.2. Específicos:

 Conceituar risco e incerteza;


 Apresentar alguns métodos para análise de risco e incerteza;
 Caracterizar a relação existente entre a análise de risco e incerteza;

 Analisar o impacto da análise de risco e incerteza como factores benéficos para


as empresas.

2
3. Desenvolvimento

3.1. Referencial Teórico

Esta secção tem por objectivo reunir subsídios para entendimento do tema proposto
na pesquisa, são aqui apresentados os conceitos de risco e incerteza e a relação para
com o processo decisório no que concerne a gestão empresarial.

3.2. Conceito de Risco e de Incerteza

As palavras “risco” e “incerteza” assumem, na maioria das vezes, significados distintos,


embora em muitos casos aparecem como sinónimos (Freitas, 2003).

Não obstante ao acima descrito, para Modarres (2006, citado por Donário, 2003, p. 15)
associou o termo risco à ocorrência de um evento indesejável, mas também à
probabilidade dele ocorrer e às consequências caso venha ocorrer.

De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, em sua 9ª edição, os


termos são definidos da seguinte forma:

 Risco: [Do baixo latim risiku, riscu, este provavelmente do latim resecare,
“cortar”; ou do esp. Risco, “penhasco alto e escarpado”]. S.m. 1. Perigo ou
possibilidade de perigo. S.m. 2. Jur. Possibilidade de perda ou de
responsabilidade pelo dano.
 Incerteza: [De in-+certeza]. S.f. Falta de certeza; hesitação; indecisão,
perplexidade, dúvida

Para Vieira (1979, como citado em Freitas, 2003, p. 5) entende-se por risco a
“probabilidade de excedência ou não excedência da distribuição de
probabilidade de variáveis aleatórias quando relacionadas a sistemas de recursos
hídricos na natureza, tanto naturais quanto artificiais ou uma combinação de ambos.

Não obstante ao descrito atrás, conceitua o mesmo autor a Incerteza, como sendo “todo
tipo de erros envolvido na relação do homem com a natureza, notadamente na
determinação de informação em variáveis randômicas, no uso de métodos de resolução
de problemas e na tomada de decisão (p. 5).

3
De um modo geral, segundo Berté; Rocha Jr. (1993, como citado em Marques, 2013, p.
14), ao risco refere-se a uma situação na qual os possíveis resultados da decisão não são
únicos, isto é, não existe um único conjunto de resultados, mas diversos conjuntos dos
mesmos, porém, as dimensões e as probabilidades desses conjuntos são conhecidos
antecipadamente.

Por sua vez, a incerteza refere-se a situação em que os possíveis resultados futuros
também não são únicos, porém suas dimensões e/ou probabilidades não podem ser
especificados objectivamente por antecipação. O termo probabilidade neste contexto
significa a possibilidade de que um particular resultado aconteça. (Berté; Rocha Jr.
1993, como citado em Marques, 2013).

3.3. Análise de risco

Uma análise de risco é um processo bem estruturado que visa definir e


qualificar as incertezas associadas a um evento ou a um determinado cenário de
operação, onde são modeladas e quantificadas as probabilidades de ocorrência de um
determinado fato (falha) indesejável que reduza o desempenho na operação do sistema.
Tais probabilidades estão relacionadas às consequências da ocorrência do evento,
também previamente quantificadas e expressas em termos de custo (Freitas, 2013).

Uma análise de riscos é composta por diversas etapas, dependendo da natureza da


análise. No caso de sistemas produtivos, a análise deve responder basicamente às
seguintes perguntas para cumprir com a necessidade de quantificar um potencial modo
de falha:

 O que pode dar errado na operação do sistema?


 Qual é a chance da ocorrência da falha?
 O que será causado como consequência da ocorrência da falha?

Salienta o mesmo autor que, as respostas a estas perguntas fornecerão ao avaliador um


panorama do sistema. Estas respostas, entretanto, são difíceis de serem obtidas e, para
tanto, a análise de risco faz uso de ferramentas de análise do tipo quantitativo e
qualitativo que permitirão modelar o cenário de operação. Antes de entrar em detalhes
na descrição das ferramentas da análise de risco, é importante definir os conceitos de
perigo e de segurança, que frequentemente são usados na sua aplicação na prática.

4
3.4. Análise de incerteza

Uma dos maiores desafios dos processos decisórios é a análise das alternativas e de suas
consequências para as empresas. Realiza-se essa análise sob diversas condições,
considerando-se as incertezas dos resultados e o risco que a empresa corre se não acertar
a escolha (Brito, 2004).

Assim, a incerteza configura-se pela inexistência ou incompletude de informações


suficientes e claras para os tomadores de decisão, que inviabilizam a objectividade das
alternativas e a identificação clara de seus riscos (p. 15).

Ao contrário, conhecendo-se qual é o problema e dispondo-se de um número de


informações fundamentais, passíveis de serem analisadas, as chances de formulação de
alternativas mais precisas aumentam e, com isso, são também maiores as chances de
tomar a melhor decisão. A incerteza sobre acontecimentos futuros é uma característica
de muitos modelos decisórios gerenciais. A incerteza de eventos em potencial é avaliada
a partir de duas perspectivas: probabilidade de ocorrência e impacto (p. 17).

3.5. Análise de Risco e Incerteza no Processo Decisório

Primeiro Passo:

1. Identificar decisões alternativas.


2. Identificar consequências possíveis.
3. Identificar acontecimentos incertos.
4. Identificar estados possíveis.

Segundo Passo:

Valorar consequências ou estados associados com:

 Decisões;
 Acontecimentos incertos.

Terceiro Passo:

 Associar probabilidades aos estados possíveis associados a acontecimentos


incertos.

5
3.5.1. Decisões com Incerteza

Neste caso só os primeiro e segundo passos interessam. Alguns critérios de escolha


(segundo passo):

1. Optimista –maximizar o lucro máximo (Maximax);


2. Pessimista – maximizar o lucro mínimo (Maximin);
3. Savage – combinação dos dois critérios anteriores:
 Escolhe-se um factor de optimismo;
 Calcula-se o lucro ponderado. a×(lucro máximo)+(1- a)×(lucro mínimo).
 Escolher a alternativa que maximiza o lucro ponderado.
4. Menor custo de oportunidade:
 Calcular o custo de oportunidade para cada decisão.
 (lucro da melhor decisão) – (lucro da decisão em causa)
 Escolher a decisão associada ao menor custo de oportunidade.

3.5.2. Decisões com Risco

Alguns critérios de escolha (segundo passo):

1. Valor esperado;
 Decisões que se repetem;
 Decisões únicas, mas que representam uma pequena parte do todo
 Neutro em relação ao risco.
2. Utilidade Esperada:
 Utiliza valores adimensionais;
 Permite considerar diversos factores;
 Permite incorporar a atitude em relação ao risco

Determinação das Probabilidades (terceiro passo):

1. Perguntar directamente;
2. Confrontar o agente de decisão com apostas até encontra uma que envolve
montantes (a ganhar ou\ perder) que o torne indiferente ao resultado da aposta.;
 Arranjar uma aposta onde um dos lados é nitidamente favorecido;
 Arranjar uma outra onde o outro lado é favorável;

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 Repetir este processo até os valores convergirem.

3.6. Relação entre Risco e Incerteza em Gestão

De acordo com Marques (2013, p. 13), para superar esse desafio de alcançar resultados
melhores tem se tornado cada vez mais premente a adopção e formalização, por parte
das empresas, de um esforço contínuo de identificação de riscos e incertezas.

Desta forma, analisar os condicionantes de decisão permite entender como


um conjunto de interpretações pessoais influencia o estilo de gestão de riscos.
Desse modo, segundo Berté e Rocha Jr. (1993, como citado em Marques, 2013) quando
as condições de análise são incertas as escolhas podem derivar ao mesmo tempo da
probabilidade de um evento acontecer e das preferências do planejador, em especial em
relação ao risco.

E no que toca a componente do riso, para o mesmo autor, as decisões são tomadas em
um contexto de incerteza relativa. De tal forma que não há certeza absoluta de que o
cenário projectado inicialmente irá se concretizar. Além disso, as decisões dependem de
sensações subjectivas não deixadas de fora da análise (p.14).

Quando todas as ocorrências possíveis de uma certa variável encontram-se sujeitas a


uma distribuição de probabilidade conhecida através de experiências passadas, ou que
pode ser calculada com algum grau de precisão, diz-se que existe risco associado.
Quando esta distribuição de probabilidades não pode ser avaliada, diz-se que há
incerteza) Brito (2004, p. 10).

Em mesmo passo, Donário e Santos (2016, p. 3), afirmam que existe risco quando se
podem associar probabilidades aos resultados de qualquer evento. Nestes casos, de
risco, o decisor conhece a distribuição das probabilidades em relação às situações são
produzidas. Existe incerteza quando essa associação não pode ser realizada
caracterizando situações em que existe um conjunto de possíveis resultados
desconhecidos.

De acordo com Sanvicente (1977, como citado em Brito, 2004, p. 11), a incerteza e o
risco decorrem, em grande parte, da impossibilidade de prever o futuro com absoluta
segurança.

7
Discorra ainda o autor que, existirá risco ou incerteza em situações relacionadas ao
futuro. A diferença básica entre uma situação de incerteza e de risco está no fato de que,
no risco é possível se estimar a probabilidade de ocorrência, enquanto na incerteza não.
Apenas não se tem certeza dos resultados futuros, devido a vários factores externos à
empresa.

Meyer, Loch e Pich (2002, como citado em Freitas, 2003, p. 20), ressalta que as
incertezas fazem parte da maioria dos projectos de diferentes áreas de actividades
socioprodutivas. Esses autores pesquisaram 16 projectos em diferentes sectores, tais
como tecnologia de informação, telecomunicações, produtos farmacêuticos,
processamento de minério de ferro, desenvolvimento aeronáutico e construção civil. Foi
possível identificar quatro tipos de incertezas:

 Variabilidade: variações aleatórias, porém previsíveis e controláveis em


torno de seus objectivos conhecidos de custo e prazo;
 Incerteza previsível: Uns poucos factores conhecidos irão afectar o projecto de
uma forma imprevisível, permitindo, entretanto, que sejam estabelecidos planos
de continência para tratar das consequências de seu eventual acontecimento;
 Incerteza imprevisível: um ou mais factores significativos que influenciam o
projecto não podem ser previstos obrigando a solução de novos problemas;
 Caos: factores completamente imprevisíveis invalidam completamente os
objectivos, o planejamento e a abordagem do projecto, obrigando à sua repetida
e completa redefinição.

3.7. Métodos de Analise de Risco e Incerteza

De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (1998, como citado em Brito, 2004, p. 19):
Quando se conhece a distribuição de probabilidade dos dados de entrada é possível uma
análise sob condição de risco, utilizando-se modelos probabilísticos.

Quando nada ou pouco se conhece sobre os dados de entrada, a análise acontece sob
condição de incerteza. Sendo assim, divide-se a análise em duas:

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3.7.1. Análise sob condições de incerteza

Segundo Brito (2004, p. 20), para auxiliar a tomada de decisão sob condições de
incerteza temos alguns métodos, que são de utilidade quando nada ou pouco se sabe
sobre a distribuição de probabilidade de ocorrência das variáveis de um determinado
investimento.

3.7.1.1. Análise de sensibilidade

Basicamente, consiste em verificar o reflexo da variação de um elemento de entrada ou


saída de caixa no VPL (Valor Presente Liquido) ou TIR (Taxa Interna de Retomo) do
projecto de investimento. O método requer conhecimento em matemática financeira,
sendo suficiente para o desenvolvimento dos cálculos apenas uma calculadora
científica. É considerado um método de grande valor prático (Brito, 2004).

De acordo com brito (2004, p. 20), para a análise exige os seguintes passos:

1. Calcular o VPL ou TIR da previsão inicial do investimento em análise;


2. Determinar os percentuais de variações possíveis da entrada ou saída de caixa;
3. Recalcular o VPL ou TIR, considerando cada percentual de variação em relação
ao valor inicial de entrada ou saída de caixa; e
4. Traçar um gráfico, percentual de variação versos VPL ou TIR, para
facilitar a visualização do risco do empreendimento. Observa-se a partir de qual
variação o VPL passa a ser negativo ou a TIR torna-se inferior à desejável. Cabe
nesse momento ao administrador decidir se assume o risco ou não, aceitando ou
rejeitando o projecto.

3.7.1.2. Taxa de desconto ajustadas ao risco

De acordo com Brito (2004, p. 24), este método busca incluir A taxa de desconto do
VPL uma taxa de risco. Calcula-se assim o VPL com uma taxa "i + p".

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3.7.1.3. Matrizes de decisão

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (1998, como citado em Brito, 2004), as matrizes
de decisão são tabelas que relacionam os possíveis resultados (ou custos) com os
diferentes cenários. Estes podem ser expectativas de inflação, juros, condições
climáticas e outros.

3.7.2. Análise sob condição de risco

Para auxiliar a tomada de decisão sob condições de risco temos alguns métodos, que são
de possível aplicação, quando se conhece a distribuição de probabilidade de ocorrência
das variáveis de um determinado investimento (Brito, 2004).

Refere Brito (2004, p. 28), que a simulação probabilística Considera a possibilidade de


variações em mais de uma variável ao mesmo tempo, enquanto na análise de
sensibilidade é tratada individualmente. Requer alguns dados para poder realizar os
cálculos. Neste caso necessita-se de um especialista para avaliar as probabilidades ou
dispor da distribuição de frequência de cada variável, baseada em dados passados.

3.7.2.1. A análise de risco através da distribuição

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (1998, como citado em Brito, 2004), o método é
menos preciso, quanto ao mencionado anteriormente, porém torna-se mais fácil
identificar os dados, pois utiliza-se de apenas três estimativas: valores optimistas, mais
provável e valores pessimistas.

1° Passo – Calcular a média do fluxo de caixa de cada período, através da fórmula:

a+ 4 m+ b
μt =
6

Sendo: p, t = media do fluxo de caixa do período t;

a valor pessimista;

b = valor optimista;

m = valor mais provável.

2° Passo – Calcular a variância do fluxo de caixa de cala período t:

10
( )
2
2 b−a
σt=
6

3° Passo – Calcular o valor presente liquido do projecto.

μt
VPL=∑ −F 0
( 1+i )n

4° Passo – Calcular a variância do valor presente líquido do projecto.

2
σt
σ vpi=∑
2
2

( 1+i )n

5º Passo – Calcular o desvio padrão do VPL.

σ vpi=√ σ vpi
2

6° Passo – Através da tabela normal padronizada, identificar o risco do projecto.

3.7.2.2. Árvores de decisão

Conforme Kassai et al (2000, como citado em Brito, 2004, p. 39), árvore de decisão: É
uma técnica utilizada para analisar o processo das decisões por meio de um diagrama,
onde podemos visualizar as consequências de decisões actuais e futuras, bem como os
eventos aleatórios relacionados e as respectivas probabilidades de ocorrência.

A estrutura da árvore é ilustrada por nós, onde os quadrados representam decisões, e os


redondos representam os eventos aleatórios. Nos ramos que ligam os nós, devem ser
registrados: os valores de investimentos nos nós de decisão, as probabilidades após os
nós de incerteza, e os retornos prováveis nos ramos finais (Brito, 2004).

11
Figura 1: Estrutura da árvore de decisão

Fonte: adaptado de Kassai et al, (2000, como citado em Brito, 2004), pelo método de
recorte

3.7.3. Importância da Analise de Risco e Incerteza

Uma decisão surge de um conjunto de interpretações pessoais, como resultado de


observações e da coragem de arriscar, e embora esteja sujeita a projecções, nem sempre
obedece a parâmetros de escolha tradicionais. Ao decidir, os agentes económicos
utilizam tanto padrões de avaliação objectivos, fundamentados em cálculos, como
critérios subjectivos.

Não obstante ao descrito atrás, na óptica de Berté e Rocha Jr. (1993, como citado em,
Marques 2013) é necessário admitir que as decisões são tomadas num plano em que
existem incertezas, ou seja, não é possível esperar que as variáveis de cenário se
comportarão de forma idêntica ao que foi planejado, de tal modo que, nesse contexto
cada planejador tem preferências distintas em relação ao risco, bem como algumas
alternativas parecem ser mais atraentes por conta de parâmetros subjectivos (p. 18).

De um modo mais abrangente, podemos de forma esporádica afirmar que as


componentes risco e incerteza dão uma outra visão e olhar ao gestor, e que traduzem
nele um poder decisório coeso e seguro, pois oferecem diversos pontos de análise, quer
a nível organizacional, bem como estratégico.

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De forma objectiva há necessidades de gestão de risco cujo atendimento depende do
fato de se dispor de determinada solução, como um método que indique o nível de
maturidade do projecto. Além disso, de modo subjectivo, o atendimento de necessidades
de gestão de risco concretas tem para as pessoas importância diferente em função de
suas prioridades, ou seja, uma alternativa de cenário é preferível à outra em função do
nível de satisfação que esta proporciona ao planejador.

A margem do descrito por Marques (2013, p. 15), a importância da análise de incerteza


surge a medida que esta traduz-se numa componente de apoio à decisão centrado na
identificação, quantificação e tratamento de riscos internos e externos ao panejamento
de empreendimentos, culminando com minimização e a exposição a riscos.

No caso da análise de incerteza, de acordo com Brito (2004), ela firma-se importante
pois permite ao investidor:

 Aumentar a informação sobre o problema envolvido na decisão (por exemplo,


pesquisas de mercado para lançamento de um novo produto);
 Aumentar o volume de operações sugestão depende da disponibilidade dos
recursos da empresa, alem de outros factores;
 Diversificar os produtos, especialmente se competirem na mercado com os
outros, e se forem afectados directamente pela variação da economia global.
1. Compensa erros comuns da tomada de decisão
 Underprediction: Artimanhas da indústria não considerados
 Overprediction: Níveis de mudança esperados não se materializam
2. Método disciplinado para desenhar possíveis cenários:
 Expande o conhecimento de diferentes caminhos para o futuro;
 Coloca grande quantidade de dados em “actionable form”.
3. Esclarece o conhecimento sobre o futuro
 Eventos de que acreditamos conhecer algo;
 Elementos que consideramos incertos ou desconhecidos;
4. Possibilita testar a robustez de estratégias e capacidades de negócios sob diferentes
desfechos;
5. Guias que levam ao entendimento do mercado.

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6. Conclusão

Foi possível, através da bibliografia consultada, apresentar alguns métodos para análise
de risco e incerteza, bem como identificar aqueles que são os benefícios dessas
componentes para as empresas.

Continuando, através do estudo foi possível perceber que a análise de risco e de


incerteza traduz-se em impactos positivos para o processo de avaliação económica dos
investimentos, pois através delas o empresário ganha uma ferramenta bastante
importante no momento da tomada de decisão, podendo dessa forma ficar ciente não
apenas a saber se o projecto poderá agregar valor a sua empresa, mais também ficando a
saber sobre qual a probabilidade deste facto ocorrer, ou qual o período mais provável de
sua efectivação.

Concluindo, foi com enorme estima que recebemos e desenvolvemos a pesquisa, e de


igual maneira damos por concluído o estudo, cientes de que nenhum estudo é feito na
sua totalidade, desta forma aguardando oportunidades futuras para aprofundar a
temática aqui discutida, e esperamos através deste trabalho obter uma apreciação
positiva.

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Referencias Bibliográficas

BRITO, Alexandra Mara De (2004). O Processo de Análise do Risco e Incerteza no


Retorno de Investimentos. Florianopolis, Brasil, p. 57.

Chiavenato, Idalberto. (2004). Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª Edição.


Lisboa: Editora Campus.

DONÁRIO, Arlindo Alegre e SANTOS, Ricardo Borges Dos (2016). A Incerteza e o


Risco. Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal, p: 52.

FREITAS, Marcos Airton de Sousa (2003). Análise de Risco e Incerteza na Tomada de


Decisão na Gestão Hidroambiental. Brasil, p. 20.

MARCONI, M. A & LAKATOS, E. M (1991). Metodologia de Investigação


Científica. São Paulo, Brasil 3ª ed; editora Atlas.

MARCONI, Maria de Andrade & LAKATOS, Eva Maria (2003). Fundamentos de


Metodologia Cientifica. Brasil, 5ª Edição, São Paulo, Editora Atlas.

MARCONI, Maria de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de


metodologia científica. Ed. ATLAS S.A. São Paulo. 2005.

MARQUES, Ulisses Sant´Anna (2013). Análise de Decisões na Incerteza e Gestão de


Factores de Risco que Influenciam o Sucesso de Projectos de Edifícios
Aplicando o Project Definition Rating Index. Belo Horizonte, Brasil, p. 151.

Referencias Bibliográficas

SPOLAVORI, Adriana Godoi (2010). Capm: Um Teste do Modelo para o Mercado


Brasileiro na Crise do Subprime. Porto Alegre, Brasil, p. 35.

ZANELLA, L. (2011). Metodologia de Pesquisa.2aedição. São Paulo, Brasil.

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