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CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

TERAPIAS COADJUVANTES NO
TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO DE
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO
FÊMUR
COADJUVANT THERAPIES IN THE
TREATMENT AFTER SURGICAL OF ASEPTIC
NECROSIS OF THE FEMORAL HEAD

Como citar esse artigo:


Souza TSA, Bonorino R. TERAPIAS COADJUVANTES NO TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO
DE NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR. Anais do 14 Simpósio de TCC e 7 Thaynara Santana Aguiar de Souza
Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(14); 1670-1682
Rafael Bonorino

Resumo
Introdução: A necrose asséptica da cabeça do fêmur (NACF), ou no inglês, Legg-Calvé-Perthes, é uma patologia que ocorre
principalmente em animais jovens e de pequeno porte. Sua etiologia ainda não é definida, mas acredita-se que sofra influência de
fatores hereditários. Os sinais clínicos são semelhantes aos de outras enfermidades ortopédicas, logo, o exame de imagem é utilizado
para confirmar o diagnóstico. O tratamento mais eficaz, consiste na excisão cirúrgica da cabeça e colo femoral, seguido de fisioterapia.
Relato de caso: Foi diagnosticado em uma cadela de 9 meses a NACF, a qual passou por excisão cirúrgica da cabeça e colo femoral,
e teve como pós cirúrgico, para seu retorno funcional, o uso de terapias coadjuvantes, como: magnetoterapia, ozonioterapia,
laserterapia, moxibustão, infravermelho, manta térmica e cinesioterapia. Conclusão: O tratamento cirúrgico associado aos
medicamentos alopáticos e fisioterapia são de suma importância para uma melhora no quadro da dor do animal e para uma boa
recuperação muscular e de amplitude do membro afetado.
Palavras-Chave: Necrose asséptica da cabeça do fêmur; Fisioterapia; Termoterapia; Magnetoterapia; Ozonioterapia; Cinesioterapia.
Abstract
Introduction: Aseptic necrosis of the head of the femur (NACF), or in English, Legg-Calvé-Perthes, is a pathology that occurs mainly in
young and small animals. Its etiology is not defined yet, but is believed to be influenced by hereditary factors. The clinical signs are
similar to those of other orthopedic diseases, so the imaging test is used to confirm the diagnosis. The most effective treatment consists
of surgical excision of the femoral head and neck followed by physical therapy. Case report: Was diagnosed a female dog of 9 months
with NACF, who underwent surgical excision of the head and femoral neck, and had as surgical post for its functional re-use the use of
condjuvant therapies, such as: magnetotherapy, ozonotherapy, laser therapy, moxibustion , infrared, thermal blanket and
kinesiotherapy. Conclusion: The surgical treatment associated with allopathic medications and physical therapy are of special
importance for an improvement in the pain of the animal and for good muscle recovery and amplitude of the affected limb.
Keywords: Aseptic necrosis of the femoral head; Physiotherapy; Thermotherapy; Magnetotherapy; Ozonotherapy; Kinesiotherapy.
Contato: rafael.bonorino@icesp.edu.br

1. Introdução Afeta os cães em fase juvenil


principalmente, entre 4 e 11 meses de idade, de
pequeno porte e menos de 10kg. Sua etiologia
1.1. Necrose asséptica da cabeça do fêmur não é definida, mas acredita-se que sofra
influência de fatores hormonais e hereditários,
A articulação coxo femoral tem como conformação anatômica, pressão medular óssea
constituintes a cabeça femoral e o acetábulo, que aumentada, infarto da cabeça do fêmur
promovem estabilidade, sintonia anatômica e (JOHNSON & HULSE, 2005), como consequência
viabilizam grandes amplitudes dos movimentos tem-se diminuição do fluxo venoso por
entre eles, a lateralidade e rotação dos membros compressão e isquemia, outros motivos estão
pélvicos (VEZZONI, 2007). relacionados a traumatismo e desequilíbrio
metabólico (CARLTON & MCGAVIN, 1998).
A necrose asséptica da cabeça do fêmur,
que recebe outras denominações como, doença
de Legg-Calvé-Perthes, necrose avascular da
cabeça do fêmur, osteocondrose da cabeça
femoral, osteocondrite juvenil e coxa plana, se
determina por uma necrose asséptica de origem
não inflamatória das regiões da cabeça e colo
femoral (FOSSUM, 2008; GAMBARDELLA, 1996;
NELSON & COUTO, 2006).

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Figura 2. Imagem histológica do osso da cabeça do fêmur de
um suíno apresentando fibrose periférica da medula óssea,
cercada por espícula óssea necrótica (N), com lacunas
osteocíticas vazias (Patologia Veterinária Especial de
Thomson, Carlton & Mcgavin, 1998).
Figura 1. Desenho de vista ventrodorsal da pelve e fêmures (A)
Fêmur; (B) Trocanter maior; (C) Colo do fêmur; (D) Cabeça do
fêmur; (E) Borda acetabular cranial; (F) Borda ac. dorsal; (G) Os meios de se diagnosticar a necrose
Borda ac. caudal (Técnicas Radiológicas na Prática Veterinária,
Ticer, 1987).
asséptica da cabeça do fêmur (NACF), é baseado
em: anamnese, exame físico e confirmação por
radiografia (GAMBARDELLA, 1993).
Os sinais clínicos dessa patologia são: Os principais sinais radiográficos da NACF
claudicação, que se apresenta como um dos incluem: achatamento; diminuição e colapso da
primeiros sintomas; dor ao manipular a articulação cabeça e colo femoral; redução da opacidade
do membro afetado; limitação de movimento e óssea na epífise resultante de lise, onde nos
amplitude; relutância ao exercício; diminuição da casos iniciais, mostram-se áreas de opacidade
capacidade de sustentar o próprio peso sobre o aumentada, oriundas de colapso trabecular;
membro e; com o agravamento, crepitação e espaço articular do quadril mais largo que o
atrofia muscular, sendo que se encontram esses normal; acetábulo raso com sua margem cranial
sinais em várias outras afecções, não sendo achatada, devido uma compensação para
então, sinais patognomônicos (FOSSUM, 2002; acomodação do novo formato do fêmur e; ângulo
SLATTER, 2009). entre o colo femoral e haste, mais agudo
(BRINKER, 1999; FOSSUM, 2008; KEALY e
MCALLISTER, 2005; STURION et.al., 2006;
WOODARD, 2000).
No diagnóstico diferencial, deve-se excluir
principalmente luxação de patela, além de trauma
fisário, artrite séptica, displasia coxofemoral,
doença articular degenerativa secundária a fratura
traumática e neoplasia (FOSSUM, 2008;
JOHNSON & HULSE 2005; OWENS, 1982).
O tratamento conservador da afecção é
realizado com restrição ao exercício por 4 a 8
semanas, além de suplementação vitamínica,
tratamento dietético, analgésicos e
antiinflamatórios, porém, a excisão da cabeça e
colo femoral, também denominada de
cefalectomia, colocefalectomia e excisão

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artoplástica de cabeça e colo femoral, é artrites, artroses, displasia coxofemoral;
considerada o tratamento de escolha em cães contraturas musculares; pós-operatório de
acometidos com a NACF, pois a maioria dos cirurgias ortopédicas e neurológicas, como
resultados satisfatórios são obtidos com rupturas de ligamento cruzado, luxações patelares,
tratamento cirúrgico, devido ao tempo de meniscopatias, cirurgias de coluna; pós-operatório
recuperação ser menor e a taxa de sucesso mais de fraturas, colocefalectomias; problemas
alta do que a no tratamento conservativo, sendo circulatórios, edema e cicatrização de feridas;
essa técnica também empregada em outras geriatria e; aumento expectativa de vida do animal
afecções como fraturas, luxações e displasias em casos de dor crônica (ALVES et.al., 2008;
coxo femorais, porém, ocasionalmente podem FORMENTON et.al., 2015).
ocorrer resultados insatisfatórios, muitas vezes
relacionados à ausência de sustentação de peso
antes da cirurgia, a uma atrofia muscular pré-
operatória grave ou a realização de uma técnica 1.2.1. Magnetoterapia
cirúrgica incorreta (DENNY & BUTTERWORTH,
2000; FOSSUM, 2002). A magnetoterapia, utilizada na medicina
veterinária desde a década de 90, é uma terapia
aprovada pelo FDA (Food and Drug
Administration), nos EUA, desde 1979, como um
1.2. Fisioterapia método seguro e efetivo para o tratamento de
fraturas de complexa união óssea. O campo
A fisioterapia é um tratamento coadjuvante
magnético é criado quando partículas
benéfico, onde os terapeutas realizam uma
eletricamente carregadas fluem através de um
avaliação funcional no intuito de identificar dor ou
condutor, e isso faz com que produza dois tipos de
perda de função, causada por lesão, distúrbio ou
campos: o estático e pulsátil. Os estáticos
redução na capacidade física, atuando com
(contínuos) são constituídos por campos
técnicas na prevenção, reduzindo a causa da
constantes ao redor de substâncias magnetizadas,
alteração física, recuperação de função, controle e
não sofrendo alterações de intensidade. Já o
redução da dor e inflamação, controle muscular
campo magnético pulsátil consiste num condutor
normal, melhor função da atividade motora e maior
em espiral por onde passa uma corrente elétrica,
qualidade de vida. Auxilia também na redução de
atribuindo um campo magnético ao seu redor,
medicamentos como antiinflamatórios, na melhoria
logo, qualquer indivíduo exposto entre as espirais
da função cardiovascular e articular, assim como,
(eletroimãs) encontra-se sob ação do campo
nos sintomas e tempo de recuperação (PEREZ,
eletromagnético, pois no organismo, as moléculas
2012; MCGOWAN et.al, 2011).
contem elétrons com carga negativa e prótons
A medicina veterinária, começou a utilizar a com carga positiva. Os eletroímãs irão agir com o
fisioterapia a partir da década de 1970, organismo, sendo eles: o polo norte com ação
adaptando-se da fisioterapia humana, avançando inibitória, controla o desenvolvimento e a
e criando novas técnicas e substituindo ou proliferação de células bacterianas e; o polo sul,
aprimorando técnicas antigas, sendo a espécie que irradia energia e força, fornece calor para área
equina, a primeira que teve sua aplicação. Os em tratamento, reduz a inflamação e alivia dores,
conhecimentos foram estendidos a outras logo, a magneto pulsátil, possui ação
espécies, como aos animais de companhia vasodilatadora, analgésica, antiinflamatória,
(ALVES et.al., 2008; SOUZA, 2010). espasmolítica, anti-edematosa e também acelera o
trofismo celular (CORDEIRO et.al., 2010; LAAKSO
Os métodos e técnicas utilizados, atuam na
et.al., 2009; MIKAIL & PEDRO, 2006; SALINAS &
rede nervosa e sistemas sanguíneo, linfático e de
GONZALEZ, 2000; VALENTINUZZI, 2008).
mensagem inter e intracelular, que por seguida
ocasiona um aumento da irrigação periférica O mecanismo de ação começa no contato
levando a um aumento de eritrócitos, oxigenação do magneto com a hemoglobina, ocorre
dos tecidos e aumento de nutrientes. (ARAÚJO aceleração destas, fazendo com que diminua os
2006; VICARIVENTO et.al., 2008). A estimulação depósitos de cálcio e colesterol no sangue,
de receptores periféricos, envia para o cérebro dissolve materiais indesejáveis na parede interna
impulsos nervosos através das fibras aferentes, dos vasos. O campo magnético eleva o número de
libera endorfina e gera sensações de prazer centros de cristalização de líquidos e evita
(MIKAIL & PEDRO, 2006). depósitos de sais e outros componentes, causa
purificação do sangue, gera aumento na
Algumas principais indicações para a
circulação sanguínea que facilita a atividade
fisioterapia em animais incluem: doenças de
cardíaca, diminui dor e fadiga (SOUZA, 2005).
coluna como hérnia de disco e osteofitoses;
anormalidades da postura que inclui claudicação e A técnica é indicada em: necrose asséptica
assimetria; paresias, paralisias e tetraplegias; da cabeça do fêmur, doenças degenerativas

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músculo esqueléticas, fraturas, artrodeses, BERTOL, 2018). O ozônio também está ligado ao
osteoartrites, osteoporose, tendinites, feridas estímulo do metabolismo do oxigênio, pois, a
crônicas, fluxo circulatório diminuído, dor terapia promove aumento na taxa de glicólise dos
generalizada, na recuperação pós cirúrgica. Em glóbulos vermelhos e aumenta a quantidade de O2
pacientes com gessos ou implantes metálicos, liberado nos tecidos, que por consequência,
pode ser aplicada com intuito de prevenir perda estimula a produção de enzimas que sequestram
muscular ou óssea nos membros sem apoio radicais livres, e dos protetores da parede celular,
funcional, também estimula os processos vasodilatadores, como a prostaciclina (ANZOLIN &
biológicos da osteogênese e a incorporação de BERTOL, 2018). De acordo com Barbosa et.al
fragmentos ósseos. A aplicação é realizada por 30 (2010), os radicais livres se formam naturalmente
a 60 minutos, as frequências baixas são indicadas pelos processos fisiológicos contínuos do
para casos agudos e as mais altas, para os casos organismo. No momento em que os processos
crônicos. metabólicos ocorrem, esses radicais atuam como
mediadores para transferência de elétrons nas
A técnica possui contraindicação em
reações bioquímicas. Os antioxidantes limitam os
hemorragias, marca passos e estado de prenhez
níveis intracelulares destes radicais e controlam a
(CANAPP, 2007; MIKAIL & PEDRO, 2006).
ocorrência de danos prejudiciais à integridade do
organismo. Desse modo, Junior (2012), afirma que
o estresse oxidativo ocorre quando há a excessiva
formação de radicais livres ou redução na
1.2.2. Ozonioterapia
velocidade de remoção dos mesmos, o que causa
O químico alemão, Christian Friedrich a oxidação das biomoléculas e perdas de suas
Schönbein, pai da ozonioterapia, em 1840, funções biológicas, bem como desequilíbrio
observa que quando a água é submetida a uma homeostático. O ozônio administrado em
descarga elétrica produz um cheiro diferente, ao concentrações altas, 30 e 55µg/mL está ligado a
qual chamou de ozon, do grego ozein (odor) ativação do sistema imune, onde aumenta a
(PENIDO et.al, 2010). A ozonioterapia é usada produção de interferon e diminui o fator de
desde o início do século passado, quando esse necrose tumoral e de interleucina-2, diminuindo a
gás teve auxílio no tratamento de feridas intensidade das reações imunológicas. A maior
gangrenadas de infecções anaeróbias por parte dessas reações exerce papel anti-
Clostridium sp. de soldados, durante a Primeira inflamatório e analgésico de modo simultâneo as
Guerra Mundial (BOCCI, 1996; BOCCI, 2006). ações antioxidantes (ANZOLIN & BERTOL, 2018).
Utilizado em humanos no Brasil, desde meados da
década de 70, na Medicina Veterinária o uso da O ozônio terapêutico é indicado para:
técnica é mais recente, ganha a cada dia novos doenças isquêmicas avançadas, doenças de pele,
adeptos e gera novas pesquisas (ABOZ, 2018). osteoartrose, osteomielite, feridas infectadas e
doenças infecciosas agudas ou crônicas,
A molécula de O3 (ozônio), é composta por abscessos com fístula, úlceras de decúbito,
três átomos de oxigênio (BOCCI, 2004; JUNIOR, queimaduras, fibromialgia, hérnia de disco
2012), obtido a partir do oxigênio puro medicinal, intervertebral, doenças neurodegenerativas,
para evitar subprodutos tóxicos de outros gases neoplasias, giardíase e alergias (BOCCI et al.,
(JUNIOR, 2012). A formação de O3 ocorre a partir 2011; ISCO3, 2018).
da passagem de O2 puro por um gerador ao qual
recebe uma descarga de alta voltagem, uma Junior (2012), diz que as vias de aplicação
mistura gasosa de cerca de 95% de oxigênio e 5% são diversas, podendo ser: retal, tópico, intra-
de ozônio, que se transforma em uma molécula articular, subcutâneo, venosa e muscular, atuando
instável, com meia-vida de 40 minutos à 20ºC e 15 contra as bactérias e fungos que não possuem
minutos em temperatura ambiente, logo, deve ser sistemas de proteção à agressão oxidativa.
preparado no momento em que for fazer sua
utilização (ANZOLIN & BERTOL, 2018; BOCCI, A aplicação por via retal se enquadra nas
2004; JUNIOR, 2012; PENIDO et al., 2010). principais formas de administração nos animais
domésticos, pois, permite uma maior facilidade de
O mecanismo de ação do ozônio depende aplicação, não sendo necessária a utilização de
também da via em que ele é aplicado, que pode materiais específicos, e sem exigir grandes
deflagrar efeitos locais, regionais ou sistêmicos esforços para contenção do paciente. A mistura
(JUNIOR, 2012). O gás pode inativar ozônio-oxigênio é absorvida diretamente na
microorganismos, nas bactérias interrompe a mucosa intestinal, imediatamente após a
integridade do envelope celular pela oxidação de administração, o que não causa desconforto, logo,
lipoproteínas e fosfolipídeos; inibe o crescimento possui a vantagem de utilizar a terapia em
celular nos fungos e; nos vírus lesiona o capsídeo pacientes impossibilitados de receber o gás por via
viral e atrapalha o ciclo reprodutivo (ANZOLIN & endovenosa, por exemplo. O tratamento tópico,

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feito com bolsa, bag ou touca, consiste em um O seu mecanismo de ação, é baseado na
método eficiente no tratamento de lesões, úlceras, luz que é absorvida, através de suas ondas curtas
escaras, feridas abertas e lesões pós-operatórias por pigmentos como a hemoglobina e melanina, e
localizadas desde o pescoço, até aos membros, e por suas ondas longas através da água pela
permanece por cerca de 20 a 30 minutos no local vibração das moléculas, o que transforma a
com resultados satisfatórios (OLIVEIRA, 2007). A energia eletromagnética irradiada em energia
injeção intra-articular é indicada para o tratamento calorífica (DRAEHMPAEHL & ZOHMANN, 1997).
de enfermidades como artrite séptica e requer
Em relação a dor, a laserterapia eleva a
mais cuidado e treinamento, por vezes se faz
síntese de ATP da célula, e assim, hiperpolariza,
necessária contenção química do animal. A
bloqueia e reduz estímulos menores, logo, diminui
injeção subcutânea é mais simples e tem como
a dor. No tratamento de feridas, atua no aumento
principal objetivo a analgesia local (NETO et.al.,
da energia e oxigênio que estão sendo gastos
2012). A autohemoterapia maior ou grande
para recuperar as células afetadas, e assim
autohemoterapia (GAHT) é realizada com o
acelera o processo de cicatrização
tratamento externo do sangue, retirado através de
(DRAEHMPAEHL & ZOHMANN, 1997).
venopunção, misturado com ozônio, e em
sequência, se faz a reinfusão por via endovenosa. A sua ação sobre o processo inflamatório,
tem como base os processos de
A aplicação por via muscular tem o fotossensibilização e fotoresposta celular. Sua
tratamento similar, baseado na autohemoterapia radiação age primariamente na célula, que faz
menor ou pequena autohemoterapia (PAHT), em com que produza efeito imediato, por
que se homogeneíza o sangue externamente com consequência, aumenta o metabolismo celular,
o ozônio, em uma seringa, para reinfundir pela via devido ao aumento da síntese de endorfinas e
intramuscular. De modo geral, a aplicação do diminuição da liberação de transmissores
sangue passado pelo processo de ozonização é nociceptivos, como a bradicinina e serotonina. Em
utilizada para estimular o sistema imunológico sequência, como efeito indireto, gera aumento do
(GARCIA et al., 2008). fluxo sanguíneo e drenagem linfática, e também a
instalação de efeitos terapêuticos gerais ou
A vantagem do ozônio está na prevenção do tardios, como a ativação do sistema imunológico
estresse oxidativo que normaliza os níveis de (LOPES, A & LOPES, L, 2006).
peróxido ativando a superóxido dismutase e a
desvantagem é a possibilidade de excessiva Essa terapia é indicada para tratamento de
oxidação, resultando em lesão ou morte celular, feridas, como úlceras, queimaduras, cicatrizes;
tratamento de problemas ortopédicos, por
além do risco de embolia pela via endovenosa
exemplo, traumas, artroses, discopatias;
(ANZOLIN & BERTOL, 2018).
problemas dermatológicos como alopecia e; na
amenização da dor, utilizando de 10 a 30
segundos em cada ponto desejado
(DRAEHMPAEHL e ZOHMANN, 1997).
1.2.3. Laserterapia
Apresenta algumas contraindicações e
Draehmpaehl & Zohmann (1997),
precauções que incluem: animal em estado de
descrevem a laserterapia (soft laser), como uma
prenhez, indivíduos com neoplasias de benignas à
terapia de luz concentrada e coerente que possui
malignas, aplicar a técnica nas fontanelas
de 1 a 10 mW/cm² (miliWatt por centímetro
(moleiras) de filhotes, em epífise óssea, e em
quadrado), comparada ao laser cirúrgico
áreas próximas da córnea e locais mais
coagulante que possui 130W (Watts). Possui dois
fotossensíveis da pele (MILLIS et.al., 2008).
tipos, sendo o laser vermelho e o infravermelho, e
atua em até 4 cm de profundidade na pele,
dependendo da pelagem e constituição da
epiderme, assim como o comprimento da onda.
1.2.4. Moxibustão
O laser possui algumas classificações de
acordo com sua potência, sendo: Lasers classe 1, Fagundes (2012), diz que a moxibustão é
uma técnica muito utilizada da medicina chinesa,
são suaves, por exemplo, escâneres e leitores de
produz potente estímulo do sistema imune, além
códigos de barra; lasers classe 2, são visíveis e
de atuar na proliferação das respostas
presentes ponteiras e alguns lasers terapêuticos;
antiinflamatórias do organismo do animal. Esses
lasers classe 3A, lasers terapêuticos com luz
visível; lasers classe 3B, inclui lasers terapêuticos efeitos tornam a técnica útil quando se tem o
e de inspeção com luz invisível e; lasers classe 4 intuito de melhorar os quadros de infecções
recorrentes, problemas relacionados a
que compreendem os de uso cirúrgico e para corte
sensibilidade a fatores ambientais, entre outras
industrial (MILLIS et.al., 2008).
reações alérgicas e também em patologias

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inflamatórias. diminuição da rigidez nas articulações, aumento
da extensibilidade do tecido colágeno e conjuntivo;
Se baseia no aquecimento em pontos de
alívio do espasmo muscular; nutrição celular e;
acupuntura, ao qual utiliza bastões de moxa, que
diminuição de edema (FELICE, 2009; FURLAN
são compostos por Artemisia vulgaris, erva
et.al., 2015; HANKS et al., 2015; PRENTICE,
prensada envolta por papel, e que transmite calor
2002).
de forma uniforme (DRAEHMPAEHL &
ZOHMANN, 1997). As principais contraindicações do uso do
calor estão na fase aguda de processos
No método indireto o bastão é aceso em um
inflamatórios, em pacientes termo e fotossensíveis
extremo, sendo mantido a uma distância
e também na presença de sangramento agudo,
considerável de 1 cm da superfície da pele,
tromboflebite, febre e presença de algum edema
durante 5 a 10 minutos, podendo também queimar
sem causa definida (DRAGONE et al., 2014;
pedaços de moxa sobre agulhas em pontos de
MIKAIL & PEDRO, 2006).
acupuntura com mesma duração de tempo
(DRAEHMPAEHL & ZOHMANN, 1997), o
protocolo varia para cada paciente, em relação ao
tempo de permanência, tolerância e necessidade
de estimulação térmica (SIQUEIRA & 1.2.6. Infravermelho
RODRIGUES, 2007).
Essa terapia também faz parte da
Sua indicação é feita para pacientes senis, termoterapia e tem o princípio similar a moxibustão
em animais com diarréias crônicas ou com e manta térmica, onde utiliza o calor para agir no
obstipações, em casos de imunidade reduzida, organismo. Uma lâmpada de infravermelho em
além da utilização em doenças crônicas, bem 250W (Watts) é direcionada ao local onde se quer
como naquelas provocadas por frio e umidade, tratar, a uma distância de 25 a 75 centímetros da
tendo o exemplo das mialgias, reumatismos, pele, durante um tempo pré-determinado de 15 a
artroses e enrijecimento de músculos. É 20 minutos. A pele então passa a ficar morna,
contraindicada nos casos de doenças febris, sendo que deve-se checar a temperatura e
lesões traumáticas de pele, em abdômen de verificar se há vermelhidões, durante o tratamento
pacientes prenhes, rosto, coração e grandes para evitar superaquecer e não ocasionar
vasos, área genital e fraturas não consolidadas queimaduras (ALTMAN, 2006).
(ALTMAN, 2006; DRAEHMPAEHL & ZOHMANN,
Os raios infravermelhos, adentram à pele e
1997).
sua energia é absorvida e espalhada para todo o
organismo através da circulação sanguínea, esses
elevam a temperatura dos tecidos orgânicos e com
isso, aumentam a vasodilatação das arteríolas e
1.2.5. Manta térmica
capilares e a velocidade das reações bioquímicas
A manta térmica é componente da (metabolismo) processadas nas células,
termoterapia, procedimento mais antigo utilizado acelerando os processos desinflamatórios e de
na reabilitação física, que consiste na adição ou cicatrização de ferimentos. Atuam também na
subtração de calor corporal, sendo este, estimulação das terminações nervosas da pele,
tratamento universal para dor e desconforto. levando até ao cérebro impulsos que avaliam as
sensações de dor, e com isso, promove uma ação
O efeito irá sempre depender da área
sedante aos nervos sensitivos (CÂMARA, 2005;
afetada e da intensidade de calor utilizado, faz uso
SOUZA, 2005).
da temperatura de 40 a 45ºC, o recomendável
para alcançar o valor terapêutico, por um tempo A técnica é indicada para dor dorsal caudal
mínimo de 5 minutos (FELICE, 2009; MARCUCCI, e articular, tendinite, neuralgia, asma, bronquite,
2005; PRENTICE, 2002), porém, com a utilização faringite, eczema agudo e entorses (ALTMAN,
da manta térmica, essa temperatura é utilizada em 2006).
um valor mais baixo de 3 a 4°C acima do calor
As contraindicações do infravermelho
corporal normal, pode-se nesse caso, estender o
geralmente não estão em literatura, porém,
tempo de utilização em até 30 minutos, para atingir
existem algumas: aplicação em tecidos com
até 2 cm de profundidade (DRAGONE et al.,
sensibilidade térmica diminuída, pode gerar
2014).
queimadura; locais com hemorragia recente; pele
Dentre os efeitos, incluem: a vasodilatação; desvitalizada ou infectada, pode aumentar a lesão
aumento do fluxo sanguíneo e oxigenação; e; em carcinomas de pele e dermatites agudas ou
melhoria no metabolismo, eliminação dos resíduos circulação local prejudicada (KITCHEN, 2009).
metabólicos e processos inflamatórios; aumento
da temperatura e relaxamento muscular;
diminuição da condução nervosa da dor;

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1.2.7. Cinesioterapia
A cinesioterapia é um tratamento
fundamental que tem como base a movimentação,
utilizando exercícios com objetivos preventivos,
terapêuticos e curativos de forma adequada para
cada paciente, preconizando a intensidade,
duração e tempo de intervalos entre os exercícios.
Os movimentos possuem algumas classificações
como: passivo, realizado pelo terapeuta no corpo
do paciente; ativo, quando o paciente executa
sozinho e; ativo assistido, executado pelo paciente
com auxílio do terapeuta (AMARAL, 2009).

Os principais propósitos da técnica se dão


em: aumentar o ROM (Range Of Figura 3. Radiografia das articulações coxofemorais da
Motion/movimento das articulações para trás e paciente, em projeção ventrodorsal, apresentando áreas líticas
associadas à irregularidade da cabeça femoral direita e
para frente); aumentar a amplitude de movimentos incongruência articular (arquivo pessoal).
e o uso do membro afetado; reduzir o grau de
claudicação; fortalecer e aumentar a massa
muscular, assim como a agilidade sem presença
dolorosa; melhorar o equilíbrio, coordenação e
deambulação, para evitar contraturas e aderências
(BOCKSTAHLER et al., 2004; CLARK &
MCLAUGHLIN, 2001; RIVIÈRE, 2007; SILVA,
2008).

Esses exercícios terapêuticos também se


estendem em um plano de execução para casa,
seguindo um protocolo individual, onde os
proprietários são orientados pelo especialista, o
que causa maior aproximação do animal com o
dono, e ajuda na percepção mais rápida de
alguma alteração na condição do animal e assim, Figura 4. Radiografia da articulação coxofemoral da paciente,
em projeção laterolateral direita, apresentando áreas líticas
ocorre melhora de auxílio médico mais associadas à irregularidade da cabeça femoral (arquivo
precocemente, como também evita que o animal pessoal).
force o membro em recuperação ao caminhar em
superfícies escorregadias, ou que tentem subir em
locais altos e inadequados, sendo de suma Na mesma semana, passou pelo
importância para a evolução terapêutica do animal procedimento cirúrgico (figura 5) de excisão da
(BOCKSTAHLER et al., 2004; PEREZ, 2012; cabeça e colo femoral, unilateral direito, com base
SILVA, 2008). nos estudos comprovados em Fossum (2012).

Para tratamento conservativo pós cirúrgico,


2. Relato de caso a paciente foi medicada com Enrofloxacina uma
vez ao dia, durante 10 dias; Carprofeno duas
Foi atendida na clínica, uma cadela de 9 vezes ao dia, durante 8 dias e homeopatia para
meses da raça yorkshire, pesando 2,4 kg, trauma (composição: Ruta graveolens; Bellis
encaminhada com dificuldade locomotora, perennis; Symphytum officinale; Arnica Montana;
claudicando do membro posterior direito, Hypericum perforatum), quatro vezes ao dia,
apresentando dor e bastante desconforto à durante 20 dias.
palpação do local. Tutora relatou que o animal se
encontrava assim à aproximadamente 3 dias antes Por ser uma patologia óssea dolorosa e
da consulta. Após avaliação médica, foi feito para reabilitação do membro, foi indicada
exame radiológico (figuras 3 e 4): constatou-se fisioterapia para uma recuperação mais rápida.
necrose asséptica da cabeça do fêmur, Segundo Cook & Smith (2003), a recuperação da
confirmando as predisposições dessa patologia. claudicação pós-operatória se daria com pelo
menos um mês, e o retorno muscular completo em
6 meses após o procedimento.

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tutores, orientados pela fisioterapeuta, ao qual foi
feito utilização de colher de pau com tapotagem na
articulação afetada, assim como massagem nos
coxins e escovação no local para estimulação
neuro-muscular e retorno na amplitude de
movimento do membro.

Figura 5. Radiografia pós-operatória com cabeça e colo femoral


direito excisionados (Cortesia cães e gatos, 2018).

A
Ao completar 7 dias da cirurgia, iniciou-se o
protocolo fisioterápico, totalizando 10 sessões,
realizando duas sessões por semana. Na tabela 1,
vista abaixo, está descrito quais aparelhos foram
usados em cada dia e o progresso observado na
paciente.

Figura 6. Paciente recebendo fisioterapia com os equipamentos


em sequência: (A) magneto; (B) infravermelho; (C) laser; (D)
manta térmica; (E) moxa e; (F) ozônio (arquivo pessoal).

3. Discussão

A necrose asséptica da cabeça do fêmur


Tabela 1. Sessões, equipamentos e evolução da paciente.
(NACF), confirmada no caso clínico apresentado,
está dentro dos padrões determinantes da doença:
idade entre 4 e 11 meses, a paciente tinha 9
meses, seu porte pequeno e peso inferior a 10 kg,
Em cada sessão de fisioterapia o magneto a mesma pesava 2,4kg. Assim como, os sinais
era usado durante 30 minutos; o laser terapêutico clínicos descritos em literatura, a cadela relatada,
(2J) nos pontos de inflamação, por um tempo de apresentava claudicação, dor ao manipular a
30 segundos em cada ponto; o infravermelho por articulação do membro afetado e limitação de
um tempo de 10 minutos; a manta térmica por 10 movimento, embora não tenha apresentado maior
minutos; ozônio retal 20 mg na potência de relutância ao exercício, diminuição da capacidade
7µg/mL; ozônio intraarticular 2 µg/mL; o bastão de de sustentar o próprio peso sobre o membro,
moxa, aplicado durante 10 minutos em vários crepitação e atrofia muscular, isso se justifica pelo
pontos. fato da tutora ter procurado atendimento rápido
(FOSSUM, 2002; SLATTER, 2009).
Foi realizada cinesioterapia em casa, pelos

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Gambardella (1993), diz que os meios de se achatamento e diminuição da cabeça e colo
diagnosticar a NACF, está baseado na anamnese, femoral, com redução da opacidade óssea na
exame físico e confirmação no raio x. Todos esses epífise, confirmando as teorias de Brinker (1999);
procedimentos foram realizados e a confirmação Fossum, (2008); Sturion et al. (2006) e; Woodard
dada por radiografia, onde demonstrou (2000).
A técnica cirúrgica realmente se demonstrou O conhecimento etiológico, sinais clínicos e
eficaz, pois, teve rápida recuperação e nenhuma o exame radiológico são essenciais para se
complicação, o que comprova a literatura de alcançar um diagnóstico precoce da NACF. Essa
Denny & Butterworth (2000) e Fossum (2002). patologia, acomete animais em fase juvenil e seu
tratamento mais eficaz que consiste em correção
Porém, Fossum (2012) e Cook & Smith
cirúrgica (excisão da cabeça e colo femoral),
(2003), relatam que o animal deve ser estimulado
seguido de reabilitação fisioterápica, esta que
a forçar o membro imediatamente após a cirurgia,
trabalha com uso de equipamentos capazes de
podendo utilizar para isso a técnica de
promover benefícios, como: efeitos analgésicos,
cinesioterapia e outras modalidades fisioterápicas.
melhora de amplitude de movimento,
Na paciente, foi iniciado o protocolo apenas 7 dias
restabelecimento e fortalecimento muscular,
após operação, o que a levou a se acostumar com
redução da inflamação e tempo de recuperação.
a condição do membro contraído (levantado), pois,
Associadas ao tratamento de medicamentos
além da dor, o psicológico (medo de sentir a dor
alopáticos no pós cirúrgico, conseguem dar uma
mesmo após esta não existir) afeta, principalmente
melhor condição física para que o animal jovem
em raças miniatura que são mais leves e se
cresça sem sentir dor crônica e sem riscos de
adaptam bem a condição de andar apenas com
atrofia, aumentando assim, sua qualidade de vida.
três membros, segundo observações em clínica de
outros pacientes. Farese (2006), afirma assim
como os autores citados anteriormente, a
5. Agradecimentos
importância da utilização do membro de imediato e
acrescenta a informação que, isto ajuda na Primeiramente a Deus, qυе me determinou
formação da pseudo-articulação no local da essa linda missão e oportunidade em cursar
excisão cirúrgica e mantém a massa muscular, Medicina Veterinária, me iluminando e guiando
sendo importante para uma recuperação mais sempre;
rápida. Outro agravante nessa demora de início do
protocolo fisioterápico, foi a presença de secreção, A minha família pelo amor, carinho e
no local da ferida, nas quatro primeiras sessões desempenho ao longo de toda minha vida, sempre
(duas semanas), que poderia ter sido evitado, pelo me orientando da melhor forma e me dando força
auxílio do laser, por exemplo, que foi essencial em todos os momentos;
nessas primeiras sessões para reduzir essa
secreção, sem deixar em segundo plano, Em especial a minha mãe, que sempre
incontestavelmente, o auxilio dos outros métodos esteve presente ao meu lado incondicionalmente;
que foram utilizados.
Agradeço а todos os professores, ao meu
Na literatura de Cook & Smith (2003),
orientador Rafael Bonorino e minha co-orientadora
informam que animais com cronicidade de NACF,
Thatiana Padilha, pоr mе proporcionarem toda
demorem de 6 meses até um ano para se
ajuda e conhecimento, colaborando para meu
recuperar após a cirurgia e que geralmente os
crescimento em amplo sentido;
animais demoram cerca de 1 mês para pararem
de claudicar. Na paciente, notou-se que com 7
E claro, não poderia deixar de agradecer a
sessões de fisioterapia (3 semanas e meia), já
todos os animais, pela tamanha grandeza,
quase não claudicava mais, sendo que na oitava
generosidade e ensinamento do significado
sessão, isso já tinha cessado, considerando o
verdadeiro da palavra “amor”, por eles estarei
porte pequeno da paciente, o que dificulta mais a
sempre empenhada em aprender e ajudar,
recuperação, como citado anteriormente, e o fato
demonstrando toda minha gratidão e acalento.
de ter demorado uma semana para iniciar o
protocolo de reabilitação, observa-se que o tempo
de recuperação foi sucintamente mais rápido do
que se afirma na literatura, comprovando assim
que as terapias coadjuvantes por mais que ainda
sejam objetos de estudos e indagações são sim
de suma importância no tratamento e melhora
rápida da enfermidade.

4. Conclusão

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SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(14);1670-1682 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210


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