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CASO 05: MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

SIMONE DUTRA lhe procurou no escritório informando-lhe que é bacharela em


fisioterapia e mestre em engenharia de produção. Atualmente é aluna de graduação em
engenharia mecânica na UFMG, curso noturno, com ingresso em 2019, mediante
processo seletivo regular e vaga de ampla concorrência. Em janeiro/23, Simone se
candidatou ao processo seletivo de doutorado em engenharia mecânica na UFMG,
sendo aprovada no processo seletivo regular. Contudo, teve sua matrícula indeferida no
referido curso de pós-graduação, em ato proferido pelo Magnífico Reitor da UFMG,
Roberto Liber, publicado no dia 15/03/23 no Diário Oficial da União, sob o argumento
de que o Regimento Geral da UFMG não permite a ocupação de dois cursos na UFMG,
referindo-se à Lei 12.089/09.

Entretanto, a Lei 12.089/2009 proíbe que uma mesma pessoa ocupe 2 (duas) vagas
simultaneamente no curso de graduação em instituições públicas de ensino superior.

O curso de doutorado terá início no dia 01/04/23.

Elabore a peça processual adequada, levando em consideração que a matéria não


demanda qualquer dilação probatória e que se deve optar pela medida judicial cujo rito,
em tese, seja o mais célere.

FUNDAMENTAÇÃO: Art. 5º, LXIX da Constituição Federal e arts. 1º e 7º da Lei


12.016/09, art. 2º da Lei 12.089/09.
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DE BELO
HORIZONTE – SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS.
OU
AO JUÍZO DA VARA FEDERAL DE BELO HORIZONTE – SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS.

SIMONE DUTRA, brasileira, solteira, estudante, CPF..., identidade..., residente


na rua..., número..., bairro ..., cidade..., estado ..., CEP ..., e-mail ..., vem
respeitosamente, perante V. Exa. , por seu advogado abaixo assinado, conforme
procuração anexa, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA, COM PEDIDO DE LIMINAR

Contra ato ilegal do MAGNIFÍCO REITOR DA UFMG, Roberto Líber,


nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF..., identidade..., encontrado na rua...,
número..., bairro..., cidade..., estado..., CEP ..., e-mail..., vinculada à UFMG, pelos fatos
e fundamentos a seguir expostos:

I – DOS FATOS

A impetrante é bacharel em fisioterapia e em em engenharia de produção ,


atualmente ela é engenheira mecânica na UFMG no curso noturno com ingresso em
2019, ocorre que, devido ao processo seletivo de vaga ampla, a impetrante se
candidatou ao processo seletivo de doutorada em engenharia mecânica na UFMG, sendo
aprovada no processo seletivo regular. Diante disso, sua matricula foi indeferida no
referido curso de pós-graduação, em ato pelo Magnifico Reitor da UFMG, Roberto
Liber publicado no dia 15/03/23 no Diário Oficial da União, sob o argumento de que o
Regimento Geral da UFMG não permite a ocupação de dois cursos na UFMG,
referindo-se à Lei 12.089/09.

II – DO DIREITO

A Constituição Federal prevê em seu texto, a proteção do direito líquido e certo


de alguém, não amparado por habeas corpus ou habeas data, contra ato ou ameaça de
ato legal praticado por autoridade pública, no exercício das atribuições do cargo,
mediante o manejo do mandado de segurança individual ou coletivo, nos termos do art.
5º, inciso 69, o que foi regulamentado pela Lei 12.016/09, que trata do mandado de
segurança individual e coletivo, nos termos do artigo 1º.

Constituição Federal

Artigo 5º, (...);

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e


certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Lei 12016/09
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

No caso em comento, a impetrante sagrou-se aprovada no processo seletivo para


o curso de pós-graduação de Doutorado em Engenharia Mecânica, tendo a autoridade
impetrada indeferido a sua matrícula, ato publicado no Diário Oficial da União no dia
15/03/2023, sob o argumento de que o Regimento Interno da UFMG não permite que o
estudante curse, simultaneamente, dois cursos em escola pública de ensino superior no
território nacional, referindo-se à Lei 12089/09, motivo do presente Mandado de
Segurança, que tem o objetivo de proteger o direito líquido e certo da impetrante de se
matricular e cursar o doutorado em Engenharia Mecânica.

II. 1 – DO ATO ILEGAL

O artigo 2º da Lei 12089/09 veda a possibilidade do estudante cursar,


simultaneamente, dois cursos de graduação em instituição de ensino superior em
território nacional.
Contudo, a citada legislação não veda o estudante cursar, simultaneamente, uma
graduação e um curso de pós-graduação em escola pública de ensino superior no
território nacional, conforme é o caso da impetrante, valendo a máxima da
Hermenêutica: “onde o legislador não restringe, não cabe ao intérprete restringir. ”

Lei 12089/09

Art. 2o É proibido uma mesma pessoa ocupar, na condição de estudante,


simultaneamente, no curso de graduação, 2 (duas) vagas, no mesmo curso ou
em cursos diferentes em uma ou mais de uma instituição pública de ensino
superior em todo o território nacional.

Portanto, restou demonstrado a ilegalidade do indeferimento da matrícula,


efetivada pelo MAGNIFÍCO REITOR DA UFMG, devendo o Judiciário anular o ato
ilegal.

É neste sentido, que vem se decidindo nossos tribunais, conforme acórdãos


abaixo colacionados:
Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça vem decidindo que é
viável o estudante cursar simultaneamente, uma graduação e um curso de pós-graduação
conforme ementa abaixo:

PROCESSO
REsp 1922205
RELATOR(A)
Ministro FRANCISCO FALCÃO
DATA DA PUBLICAÇÃO
01/09/2021
DECISÃO
RECURSO ESPECIAL Nº 1922205 - CE (2021/0047406-1)
DECISÃO
Cristiane da Silva Monte ajuizou ação contra a Universidade
Federal do Ceará, na qualidade de graduada e mestre em Ciências
Biológicas, pleiteando, em suma, obter sua matrícula no
curso de Doutorado de Ciências Médicas,
independentemente do cancelamento de sua matrícula no curso de Farmácia
que já vinha cursando.
Alegou, em síntese, que o art. 2º da Lei n. 12.089/2006 não se aplica aos
casos de graduação e doutorado, sendo regra restrita somente aos cursos de
graduação.
A ação foi julgada procedente (fls. 49-50), decisão confirmada, em grau
recursal, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, nos termos assim
ementados (fls. 90-91):
ADMINISTRATIVO. EDUCAÇÃO PÚBLICA. ENSINO
SUPERIOR. ALUNA DE
GRADUAÇÃO. MATRÍCULA EM CURSO DE DOUTORADO. POSSIBI
LIDADE. VEDAÇÃO DA LEI 12.089/2009
DIRECIONADA À CUMULAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO.
REGIMENTO INTERNO QUE DESBORDA DA SUA NATUREZA
REGULAMENTAR.
1. Apelação de sentença (de que julgou procedente o pedido, confirmando os
24/08/2016) efeitos da tutela concedida, para determinar em caráter
definitivo que a Universidade Federal do Ceará - UFC proceda à matrícula
da autora no curso de Doutorado em Ciências Médicas, abstendo-se da
exigência de cancelamento da matrícula no curso de graduação
em Farmácia na mesma instituição.
Condenação da União no pagamento dos honorários advocatícios,
fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 85, § 3º, I, do CPC/2015).
2. A parte ré, em seu recurso, defende, em síntese, que: a) ao caso não se
aplica a Lei 12.089/2009, pois ali somente contempla a simultaneidade de
cursos de graduação, já a Resolução implementa o interesse público e se
adequa às diretrizes constitucionais do ensino público superior;
b) a edição do Regimento Geral da UFC se dá no pleno exercício de sua
autonomia constitucional, não havendo que se buscar no ordenamento Lei
que se lhe socorra por uma suposta lacuna legislativa (a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação - Lei 9.394/1996, ratifica a autonomia das universidades).
3. Com efeito, a Lei 12.089/2009 dispõe que "é proibido uma mesma pessoa
ocupar, na condição de estudante, simultaneamente, no curso de
graduação, 2 (duas) vagas, no mesmo em uma ou
mais de uma instituição pública de ensino superior curso ou em
cursos diferentes em todo o território nacional "(art. 2º), "a
instituição pública de ensino superior que constatar que um dos seus alunos
ocupa uma outra vaga na mesma ou em outra instituição deverá comunicar-
lhe que terá de optar por uma das vagas no prazo de 5 (cinco) dias úteis,
contados do primeiro dia útil posterior à comunicação" (art. 3º). Já o
Regimento Interno da UFC, mais precisamente em seu art. 85, "c", dispõe
que "não será permitida a matrícula simultânea num num de de ". curso de
graduação e Mestrado ou Doutorado , a autora é graduada e
mestre em Ciências Biológicas. Está matriculada no curso de 4. In
casu graduação em Farmácia na UFC, tendo sido aprovada na seleção para o
doutorado em Ciências Médicas da mesma IES.
5. Entendimento firme da Segunda Turma deste Regional no
sentido de que a vedação legal referente à acumulação de cursos prevista no
art. 2º da Lei 12.089/2006 aplica-se aos casos de cumulação de cursos de
graduação, e que o Regimento Interno da UFC criou restrição não
prevista em lei, de maneira que a referida norma infralegal desborda da sua
função regulamentar, invadindo competência do legislador. Descabida sua
observância na hipótese dos autos.
6. "Nos termos dos arts. 1º e 2º da Lei
12.089/2009, a proibição de acumulação de matrículas restringe-se a dois
cursos de graduação, não atingindo, portanto, a situação do autor, que
pretende cursar simultaneamente um curso de graduação e
outro de doutorado. A disposição contida no Regimento Interno da UFC (art.
85, alínea c), que veda matrículas simultâneas em cursos de graduação e
mestrado ou doutorado, extrapola a natureza regulamentar, criando restrição
não prevista na Lei que rege a matéria, o que não é possível." (TRF5, 2ª T.,
PJE 0801181-78.2017.4.05.8100, Rel. Des. Federal Paulo
Roberto de Oliveira Lima, Data de Assinatura: 04/05/2020) 7.
Apelação desprovida. Majoração dos honorários advocatícios de 10% para
11%, nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015 (vigente ao tempo da
prolação da sentença).
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fls. 122-124).
Universidade Federal do Ceará interpôs recurso especial, com fundamento no
art. 105, III, a, da Constituição Federal, alegando violação dos arts. 41 da Lei
n. 8.666/1993 e 3º, I e 53, da Lei n. 9.394/1996, afirmando, em resumo, que
seu Regimento Geral, em seu art. 85, veda a coexistência de duas matrículas
vigentes na mesma instituição.
Aduziu, ainda, que o Regimento se dá no âmbito da autonomia universitária,
cabendo à recorrente definir aspectos referentes ao currículo,
frequência dos alunos, cancelamento, reabertura de matrícula, dentre outros.
Contrarrazões ofertadas às fl. 146-148.
É o relatório. Decido.
Acerca da controvérsia travada nos autos, assim deliberou o Tribunal
Regional a quo:
O cerne da presente demanda devolvida à apreciação cinge-se à
possibilidade de aluno cursar graduação e pós-graduação (doutorado) na
mesma instituição de ensino.
Com efeito, a Lei 12.089/2009, em seus artigos 2º e 3º, dispõe:
"Art. 2º. É proibido uma mesma pessoa ocupar, na condição de estudante,
simultaneamente, no curso de graduação, 2 , no mesmo curso ou em
cursos diferentes em uma ou mais de uma instituição pública de ensino
superior (duas) vagas em todo o território nacional.
Art. 3º. A instituição pública de ensino superior que constatar que
um dos seus alunos ocupa uma outra vaga na mesma
ou em outra instituição deverá comunicar-lhe que terá de optar por uma das
vagas no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do primeiro dia útil
posterior à comunicação".
Já o Regimento Interno da UFC, mais precisamente em seu art. 85, "c",
dispõe que "não será permitida a matrícula simultânea num curso de
graduação e num de Mestrado ou de Doutorado".
In casu, a autora é graduada e mestre em Ciências Biológicas e está
matriculada no curso de graduação em Farmácia, na UFC, tendo sido
aprovada na seleção para o doutorado em Ciências Médicas da mesma IES.
Entendimento firme da Segunda Turma deste Regional no
sentido de que a vedação legal referente à acumulação de cursos prevista no
art. 2º da Lei 12.089/2006 aplica-se aos casos de acumulação de cursos de
graduação, e que o Regimento Interno da UFC criou restrição não
prevista em lei, de maneira a referida norma infralegal desborda da sua
função regulamentar, invadindo competência do legislador.
Descabida sua observância na hipótese dos autos.
De início, verifica-se que o acórdão recorrido não analisou os
dispositivos de lei federal aqui invocados como violados, pelo que carece o
recurso do indispensável requisito do prequestionamento, fundamental
para a interpretação normativa exigida.
Incide na hipótese o óbice constante da Súmula n. 282 do STF, in verbis:
Súmula 282: É inadmissível o Recurso Extraordinário, quando não ventilada,
na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
Ainda que se pudesse ultrapassar tal óbice em razão da
oposição dos embargos de declaração e tendo em cont a ter havido certo
debate acerca da matéria tratada no presente recurso, da leitura das
transcrições do decisum, assim como das próprias razões recursais, tem-se
clara a impossibilidade de discutir a controvérsia no âmbito do recurso
especial, por demandar interpretação e análise dos dispositivos do Regimento
da Universidade, o qual é ato de natureza normativa, não se equiparando à lei
federal para o fim colimado.
Nesse sentido é firme a jurisprudência desta Corte:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
SERVIDOR PÚBLICO. PROFESSORES DE INSTITUIÇÃO DE
ENSINO FEDERAL. REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA.
EXERCÍCIO SIMULTÂNEO DA ADVOCACIA.
IMPOSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 20, I, DA LEI
12.772/2012.
INEXISTÊNCIA DE INCOMPATIBILIDADE COM O ART. 30,
PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 8.906/1994 (ESTATUTO DA
ADVOCACIA). EXAME DE ATO NORMATIVO
CONSUBSTANCIADO EM RESOLUÇÃO. INVIABILIDADE.
PRECEDENTE.
1. Trata-se, na origem, de ação ordinária ajuizada pelos ora recorrentes,
ambos Professores Adjuntos do quadro de servidores da Universidade
Federal do Ceará - UFC, com carga de trabalho de 40 (quarenta) horas
semanais, em regime de dedicação exclusiva, almejando provimento judicial
declaratório que lhes assegure o concomitante exercício da advocacia.
[...] 4. Em obediência ao princípio da especialidade, as regras para o
ingresso em cargos de magistério superior nas instituições federais de
ensino, bem como o seu respectivo exercício, devem ser buscadas na Lei
12.772/2012, a qual, em seu art. 20, I, expressamente impõe o
regime de dedicação exclusiva aos professores que trabalham 40 (quarenta)
horas semanais.
5. É firme nesta Corte o entendimento segundo o qual "a via excepcional não
se presta para análise de ofensa a resolução, portaria, regimento interno ou
instrução normativa, atos administrativos que não se enquadram no
conceito de lei federal" (AgInt no AREsp 1.268.962/SP, Rel. Ministro
GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, DJe 11/12/2018).
6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido.
(REsp 1685367/CE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 24/11/2020, DJe 30/11/2020) Ante o exposto, com fundamento
no art. 255, § 4º, I, do RISTJ, não conheço do recurso especial, implicando,
ainda, na majoração da verba honorária para 12%.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 30 de agosto de 2021.
MINISTRO FRANCISCO FALCÃO
Relator

III – DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE LIMINAR

O art. 7º, inciso 3º, da lei 12.016/09 prevê a possibilidade do magistrado, ao


despachar a inicial, suspender o ato que deu motivo ao pedido, exigindo para tanto,
relevante fundamentação e que possa resultar a ineficácia da medida, requisitos
conhecidos como fumus boni iuris e periculum in mora, que devem ser apontados no
caso concreto.

Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:

III - que se suspenda o ato que deu


motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja
finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante
caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica.

O fumus boni iuris restou demonstrado na ilegalidade do indeferimento da


matrícula da impetrante no curso de pós-graduação de Doutorado em Engenharia
Mecânica, pois, o art. 2º da Lei 12.089/09 veda apenas que o estudante curse,
simultaneamente, dois cursos de graduação em escola pública de ensino superior em
território nacional.
O periculum in mora está evidenciado na data que as aulas terão início,
01/04/2023 e, acaso, não deferida de pronto liminar para compelir a autoridade
impetrada a matricular a impetrante na pós-graduação de Doutorado em Engenharia
Mecânica, culminando em perda de frequência e conteúdo programático, dano
irreparável à sua formação técnica.
Portanto, presentes os requisitos que autorizam a concessão da medida liminar.

IV – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a V. Exa.:

1 – seja concedida a liminar, initio litis, para determinar a impetrada a matricular


a impetrante no curso de pós-graduação de Doutorado em Engenharia Mecânica,
viabilizando a sua participação no curso, fixando multa diária em caso de
descumprimento da ordem;
2 – seja notificada a autoridade coatora para, querendo, no prazo legal, prestar
informações, sob pena de revelia e confissão;
3 – seja dada ciência ao órgão de representação da impetrada para, querendo,
ingresse no feito;

4 – seja deferida assistência judiciária à impetrante, nos termos do artigo 98 do


CPC;
5 – seja intimado o Ministério Público Federal para dar o seu parecer ministerial;
6 – Seja concedida a segurança para compelir a impetrada a matricular a
impetrante no curso de pós-graduação de Doutorado em Engenharia Mecânica,
viabilizando a sua participação no curso, tornando definitiva a liminar por ventura
deferida, anulando o ato ilegal.

Dá-se a causa, o valor de R$1.000.00 (mil reais) para efeitos meramente fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

Belo Horizonte, 22 de março de 2023.

Advogado ...,
OAB ...,
Nº ...

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