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21/02/2022
Número: 0800604-06.2022.8.14.0061
Classe: INTERDITO PROIBITÓRIO
Órgão julgador: 1ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí
Última distribuição : 20/02/2022
Valor da causa: R$ 6.000,00
Assuntos: Esbulho / Turbação / Ameaça
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
MUNICIPIO DE TUCURUI (REQUERENTE) VERONICA ALVES DA SILVA (ADVOGADO)
ARTUR DA SILVA RIBEIRO (ADVOGADO)
SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARÁ (REQUERIDO)
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DE
TUCURUI-SINSMUT (REQUERIDO)
Documentos
Id. Data Documento Tipo
51306341 21/02/2022 Decisão Decisão
09:08
Processo nº 0800604-06.2022.8.14.0061
DECISÃO
Juntou documentos.
Decido.
“Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse
poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado
proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.”
(...)
configurada a ocupação indevida de bem público, não há falar em posse, mas em mera
detenção, de natureza precária, o que afasta o direito à indenização por benfeitorias" (STJ,
REsp 1.310.458/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de
09/05/2013). (STJ - REsp: 1667615 MT 2017/0088913-0, Relator: Ministra ASSUSETE
MAGALHÃES, Data de Publicação: DJ 29/05/2017)
“(...) Nos termos da legislação de regência, o interdito proibitório possui finalidade preventiva,
obstando a consumação do esbulho ou da turbação, bastando, para tanto, que o possuidor
direto ou indireto comprove sua posse efetiva e a atual, bem como o justo receio de iminente
ameaça, requisitos estes devidamente comprovados no caso em apreciação e que, somados
à ausência de ilegalidade, teratologia ou arbitrariedade na decisão objurgada, impede o
acolhimento da pretensão da agravante no tocante à expedição do mandado proibitório.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO DECOTADA DE
OFÍCIO. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5030855-55.2017.8.09.0000, Rel. Des. MARIA
DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI , 1ª Câmara Cível, julgado em 16/08/2017, DJe de
16/08/2017)
“(...) I - Nos termos do art. 560 e 561 do CPC, o possuidor tem direito de ser mantido em sua
posse, incumbindo-lhe a prova, assim como a existência de turbação ou esbulho. II -
Satisfeitos os requisitos do art. 561 do CPC, faz jus o autor/apelado à mantença na posse do
bem. (...).” (6ª CC, AC nº 574175-39.2015.8.09.0122, Rel. Dr. WILSON SAFATLE FAIAD,
D2341 de 01/09/2017).
Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Por fim, uma vez que a posse ainda não foi turbado ou esbulhada, não
cabe ao Juízo afastar os grevistas das imediações dos prédios públicos e tão
somente impedir que a Prefeitura perca a posse de tais prédios.
Destaco, por fim, que, nos termos do artigo 5º, inciso XVI da
Constituição Federal, “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, e desde que também tal
ato não colida com outros princípios constitucionais, tais como o direito á
Juiz de Direito
Plantonista