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Steiner

Em oposição à palavra holocausto que significa sacrifício, prefere a palavra


shoaha que significa catástrofe
Errata (1997) – “conjunto de erros que cometeu ao longo do seu
itinerário cultural”:
(1) Belo / Consolação – Arte (/Ética?)
 Será que a arte tem a missão de resgatar a natureza / assumir um pendor
ético que se faça sentir sob os seres humanos (?)

(2) Pessimismo cultural: (2.1) cepticismo


(2.2) Visão da leitura [Hemingway | episódio em que analisa o quadro
de Chordin – visão da leitura, não como um acto passivo, mas como acto
dinâmico (caneta para os apontamentos)]

3 Memória
4 Alta Cultura / Barbárie [encaminha-nos novamente para a
questão ética subjacente na arte – homens de alta cultura que
matam]
– a arte não deveria ser apenas consolação, deveria ter uma
dimensão ética que preveniria esses actos bárbaros: os limites da
linguagem –

5 Perenidade da obra // Mortalidade do autor (humano)


Menções a Flaubert
Horácio [“exegi monumentum aere perennius”] –
arte/sujeito/fugacidade

//

George Steiner: da tradição humanista à pós-cultura


Estilhaçar da cultura humanista mais canónica, transitar para aquilo
a que Steiner chama de pós cultura // visão pessimista

O Enterro dos mortos de Waste Land de T.S. Elliot: noção de


colapso, de paisagem sem vida

Steiner: o horizonte cultural espectável e partilhado transforma-se


num conhecimento especializado

Dicotomia num sentido ético do silêncio, mas de continuar a falar


noutro (de dar testemunho)

G. Steiner Enquadramento do pós-holocausto


S. Bak Holocausto (Soah)
Memória/Esquecimento
Trauma – Representação [Como representar a
catástrofe da cultura? – Interrogação magna]
Dever ético imperioso de testemunhar – P.
Cellan (/Adorno) – Silêncio + Testemunho

//
Umberto Eco – compreender as noções de apocalípticos e integrados
– quais são os traços caracterizadores

Teóricos em torno da cultura que preferem a concepção da cultura


no sentido canónico: olham de forma crítica para a cultura de massas
[várias designações que lhe atribuem cultura degradada, anti-cultura,
Pós-cultura (- para Steiner) etc]

Polo dos integrados – encaram o fenómeno da cultura de massas de


uma forma mais abrangente e optimista, valorizando o polo da
recepção – que encerra um grau assinalado de autonomia e que
permite combinar varias realidades culturais nesse sentido, de
acordo com a sua concepção de facto há uma cultura que pode
emergir da cultura de massas, por muito uniformizada que seja a
realidade dos fenómenos culturais que são apresentados e criados //
Dimensão criativa, autónoma, liberdade, diversão, etc //
consequência positiva da democratização

(aparte: Adorno, Max Okhaimer – protagonizaram a primeira fase


da escola de Frankfurt)

Raymond Williams, T.S.Elliot – noção unificadora de cultura

Apocalípticos – obliteração da qualidade intrínseca das obras,


fragmentação cultural (com base na ideia estética – Kant), cultura de
massas vista como um elemento que promove a precariedade
A aspiração que sempre esteve subjacente nos primórdios a uma
cultura partilhada por todos, os integrados vêem isso como a
concretização dessa aspiração, utopia, sonho; a tónica já não é
colocada nos objetos culturais mas na chegada desses objetos a uma
fatia da população/se contribuem para essa cultura
partilhada/democratização a nível cultural

p.21 – apesar de haver essa uniformização, há um elemento – o polo


criativo – o mesmo objecto é apropriado de forma complexa de
acordo com a bagagem cultural do consumidor / pode proporcionar a
adesão a critica ligeira ou a dimensão rebelde que esta subjacente à
obra de arte genuína

(1) Até que ponto os apocalípticos e integrados constituem termos


com fronteiras conceptuais estanques e antagónicas?
(2) Será que não interagem mutuamente?
(3) Será a cultura de massas causa ou efeito da democratização?

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