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DIREITO CIVIL IV

ATIVIDADE 3

Alunas: Turma: B02.

AULA 6 e 7 (prof. Marcos Ricardo)

1- Belarminda almeja ir para a Europa e adquiriu duas passagens aéreas: uma


para ela e outra para a filha. Ao comprar esse pacote de viagem Belarminda
tinha além da bagagem de mão outras bagagens e o operador do transporte
quer exigir dela uma declaração de valor de toda a bagagem. A empresa
cobrou pelo transporte dessas bagagens adicionais.

PERGUNTAS:

a) Na sua opinião no caso acima necessariamente tem que haver dois


contratos? Explique.
R= Sim, pois há o contrato principal que é o contrato de transporte de
pessoas e o contrato acessório que se trata do contrato de bagagens, de
acordo com o Art. 13, resolução nº 400/2016, ANAC: ‘O transporte de
bagagem despachada configurará contrato acessório oferecido pelo
transportado.’

b) Qual a natureza jurídica do contrato ou dos contratos no caso acima


relatado?
Explique.
R= A natureza jurídica dos dois contratos são as mesmas, ou seja, são: de
adesão, bilateral ou sinalagmático, consensual, oneroso e comutativo.

c) Que espécie de transporte é esse? Explique.


R= É um transporte aéreo e internacional. É aéreo por causa do meio de
deslocamento, que nesse caso é um avião e internacional pois ela viajara
para a Europa.

d) Pode a empresa cobrar pelo contrato de bagagem?


R= Não pela bagagem de mão, pois de acordo com o Art. 14, resolução nº
400/2016, ANAC: ‘O transportador deverá permitir uma franquia mínima de
10 (dez) quilos de bagagem de mão por passageiro de acordo com as
dimensões e a quantidade de peças definidas no contrato de transporte’.
Já pela bagagem despachada poderá sim ser cobrada.

e) O operador do transporte pode exigir uma declaração de valor de toda a


bagagem. Justifique.
R= Não. De acordo com o parágrafo único do art. 734 do Código de 2002
prevê que “é lícito ao transportador exigir a declaração do valor da
bagagem a fim de fixar o limite da indenização”.

2- Os tratados e as convenções internacionais podem ser aplicados no nosso


Direito Pátrio no caso dos contratos de transporte? Explique esse assunto.

R= No caso dos contratos de transporte podem ser aplicados, desde que


não contrariem o Código Civil, o Código Brasileiro de Aeronáutica, a
Convenção de Varsóvia e o Código de Defesa do Consumidor. Desse
modo, não se pode admitir, no transporte aéreo, a indenização tarifada,
estabelecida na Convenção de Varsóvia. A Constituição Federal de 1988
dispôs competir à União “explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão, a navegação aérea, aeroespacial e a
infraestrutura aeroportuária” (art. 21, XII,c). E o art. 37, § 6º, estendeu a
responsabilidade objetiva, fundada no risco administrativo, às pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos (empresas
aéreas permissionárias), sem estabelecer qualquer limite para a
indenização.

3 – De acordo com CDC, que adota a teoria objetiva, qual é a garantia dada ao
consumidor no transporte de pessoas e as suas bagagens? Fundamente.

R= O Código de Defesa do Consumidor é genericamente aplicável a essa


matéria, ele deve ser aplicado em diálogo com o Código Civil. A partir do
momento que a relação existente em um contrato de transporte aéreo é,
ou ao menos pode ser, de consumo, de início já se denota a
aplicabilidade dos artigos 2º e 3º, do CDC, os quais, conforme já visto
outrora, conceituam consumidor, fornecedor e serviço, ou produto.
Sendo estes aplicáveis, toda a regulamentação prevista no CDC pode ser
perfeitamente ajustada ao contrato de transporte aéreo de pessoas. E o
artigo 734, do CC complementando: ‘O transportador responde pelos
danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo
motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da
responsabilidade.’

4 – De acordo com o que foi estudado, é possível se contratar um seguro


social? Qual a natureza jurídica do Contrato de seguro e o que pode ser
assegurado no nosso país, de acordo com a nossa legislação? Explique

R= Não é possível contratar um seguro social, pois ele é realizado pelo


Estado diretamente ou por via de entidades autárquicas. A natureza
jurídica do contrato de seguro é bilateral ou sinalagmático, oneroso,
aleatório, consensual e solene. Quanto ao objeto temos o seguro de
coisas e pessoas; os seguros de pessoas, por sua vez, classificam-se em:
contra acidentes pessoais; de vida. Os seguros de vida, por seu turno,
dividem-se em: da vida inteira; para certo e determinado período; com
formação de capital; misto (de vida inteira com o de formação de capital);
de duas vidas. Disciplina o seguro de pessoa nos artigos 789 a 802 do CC.

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