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Licenciado para: Joyce Carvalho Oliveira | jcarvalhooliveira7@gmail.com | 13129850627 | Protegido por AlpaClass.com #oNK7U
MATERIAL COMPLEMENTAR
SEMANA 1
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SUMÁRIO
Pontos do último edital – 5.16 Nulidades. 5.17 Recursos. 5.17.1 Recursos em Geral. 5.17.2
Recursos em Espécie.
Pontos do último edital – 4.14. Crimes contra a organização do trabalho. Crimes contra o
sentimento religioso e o respeito aos mortos.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
NULIDADES
Conceito para a doutrina majoritária: Nulidade é uma sanção processual relativa ao ato
processual que apresenta um defeito por desrespeitar a fórmula legal, cuja consequência de
sua declaração será a cessação de efeitos.
Uma posição minoritária sustenta que nulidade não é sanção, mas uma imperfeição
jurídica.
Vale ressaltar que há diferença entre um ato irregular e um ato nulo. Há irregularidades
que são sanáveis ou que sequer causam impactos no processo penal. O ato nulo é aquele
eivado de vício, porquanto praticado com inobservância a algum requisito indispensável.
I) irregularidades ou defeitos sem consequência: apesar de o ato processual não ter ido
praticado em fiel observância do modelo legal, esta irregularidade não tem o condão de
acarretar qualquer consequência. É o que ocorre, por exemplo, com a utilização de
abreviaturas.
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A despeito da vedação constante do art. 169, § 1º, do antigo CPC – não há dispositivo
semelhante a este no novo CPC – e sua utilização em peças processuais não tem força
suficiente para macular o processo;
ao perito que, sem justa causa, deixar de apresentar o laudo no prazo estabelecido (CPP, art.
277, parágrafo único, “c”). Em sentido semelhante, segundo o art. 265, caput, do CPP, o
abandono injustificado do processo pelo defensor pode acarretar a aplicação de multa de 10
(dez) a 100 (cem) salários-mínimos, sem prejuízo das demais sanções disciplinares;
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ESPÉCIES DE NULIDADE:
1. NULIDADE ABSOLUTA
Características:
1.1 PREJUÍZO PRESUMIDO: o princípio pas des nullités sans grief – CPP, art. 563: “Nenhum
ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a
defesa.” – impede a declaração da nulidade se não demonstrado o prejuízo concreto à parte
que suscita o vício. Em se tratando de nulidade absoluta, geralmente violadora de norma
protetiva de interesse público com status constitucional ou convencional, grande parte da
doutrina entende que o prejuízo é presumido.
Nesse sentido, segundo Ada Pellegrini Grinover (doutrina adotada pela FUMARC*), a
atipicidade constitucional, no quadro das garantias, importa sempre uma violação a preceitos
maiores, relativos à observância dos direitos fundamentais e das normas de ordem pública,
não sobrando espaço para meras irregularidades sem sanção ou nulidade relativa.
Logo, se acaso a defesa pleitear a declaração de uma nulidade absoluta, incumbe a ela
demonstrar o prejuízo decorrente da inobservância da forma prescrita em lei, sob pena de
não lograr êxito na invalidação do ato processual impugnado.
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STF (2023) – RHC 225304 AgR
1.2 ARGUIÇÃO A QUALQUER MOMENTO: ao contrário das nulidades relativas, que estão
sujeitas à preclusão temporal, a nulidade absoluta pode ser arguida a qualquer momento,
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pelo menos enquanto não houver o trânsito em julgado da decisão. Em regra, o vício do ato
que é absolutamente nulo não pode ser saneado ou convalidado, seja pelo decurso do tempo
(preclusão temporal), seja pelo fato de a parte, ainda que tacitamente, ter aceitado seus
efeitos (preclusão lógica).
I) nulidades previstas no art. 564 do CPP que não estiverem sujeitas à sanção ou convalidação
(art. 572 do CPP).
III) quando, a despeito da ausência de previsão legal expressa de nulidade (nulidades não
cominadas), verificar-se que houve a violação de forma prescrita em lei que visa à proteção
de interesse de natureza pública.
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2. NULIDADE RELATIVA
Trata-se daquela que atenta contra norma infraconstitucional que tutela interesse
preponderante das partes.
O vício pode ser removido para que o ato produza seus efeitos regulares, seja pelo decurso
do tempo (preclusão temporal), seja pelo fato de a parte, tacitamente, ter aceitado seus
efeitos (preclusão lógica).
Exemplo: incompetência relativa, que deve ser alegada na resposta à acusação, sob pena de
preclusão temporal.
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Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que
tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
I) nas nulidades cominadas do art. 564 que estiverem sujeitas à sanção ou convalidação pelo
decurso do tempo (CPP, art. 572, I).
O art. 572 do CPP traz que tais nulidades considerar-se-ão sanadas se não forem arguidas em
tempo oportuno, isso significa dizer que, pelo menos em regra, as nulidades aí mencionadas
estão sujeitas à preclusão, característica básica de toda e qualquer nulidade relativa.
II) quando, a despeito da ausência de previsão legal expressa de nulidade (nulidades não
cominadas), verificar-se que houve a violação de forma prescrita em lei que visa à proteção
de interesse preponderante das partes.
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Súmula nº 155 do STF
Obs.: para o STF não é nula a audiência de oitiva de testemunha realizada por carta precatória
sem a presença do acusado, se este, devidamente intimado da expedição, não requer o
comparecimento.
A nulidade relativa deve ser arguida oportunamente, sob pena de preclusão. Este momento
oportuno para a arguição da nulidade relativa consta do art. 571 do CPP.
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VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art.
500;
PRINCÍPIOS | NULIDADES
Em regra, todo ato processual tem sua forma prescrita em lei, cuja inobservância pode dar
ensejo à decretação de sua nulidade. Tipicidade das formas significa observância da lei no
processo penal.
Contudo, devemos lembrar que a depender do ato processual viciado e do grau do vício, o
ordenamento jurídico pode simplesmente desprezar a irregularidade cometida, impor uma
mera consequência extraprocessual, sujeitá-lo à declaração de sua ineficácia, ou considerá-lo
inexistente.
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- Princípio do prejuízo
Conforme o art. 563 do CPP (que exploramos no tópico da nulidade absoluta), nenhum ato
será declarado nulo, se da nulidade não resultar nenhum prejuízo para as partes (pas de nullité
sans grief).
O princípio do prejuízo decorre da lógica de que a tipicidade dos atos processuais funciona
como uma ferramenta para a fiel aplicação do direito nos casos concretos dos processos.
Segundo a doutrina de Renato Brasileiro, com a verificação do prejuízo causado pelo ato
viciado, há de se ficar atento às hipóteses em que o dano fica restrito ao próprio ato maculado
(nulidade originária) e àquelas em que todo outros atos subsequentes do processo são
contaminados (nulidade derivada).
. sistema da legalidade das formas mitigado: o ato será considerado nulo apenas se a lei assim
expressamente o declarar, ou seja, ainda que o ato processual seja praticado em desacordo
com o modelo típico, caso não seja prescrita a nulidade, o ato será considerado válido.
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- Princípio da eficácia dos atos processuais
No âmbito processual penal não há o chamado ato jurídico nulo de pleno direito, que, desde
o momento de sua prática, não gera efeitos.
Os atos viciados sempre dependem de decisão judicial a reconhecer o vício, somente deixando
de produzir efeitos após a prolação da decisão.
Como a nulidade dos atos processuais não é automática (princípio da eficácia dos atos
processuais), ainda que o ato processual seja praticado em desacordo com o modelo típico,
causando prejuízo às partes, esse vício somente poderá ser reconhecido se houver
instrumento processual idôneo para o reconhecimento judicial e desde que o momento ainda
seja adequado, ou seja, que não tenha havido preclusão temporal.
- Princípio do interesse
Nenhuma das partes pode arguir nulidade relativa referente à formalidade cuja observância
só interesse à parte contrária (CPP, art. 565, in fine). Esse princípio também pode ser extraído
do art. 572, III, do CPP, que prevê que as nulidades previstas no art. 564, III, “d” e “e”, segunda
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parte, “g” e “h”, e IV, do CPP, considerar-se-ão sanadas se a parte, ainda que tacitamente,
tiver aceitado os seus efeitos.
Nenhuma das partes pode arguir nulidade a que haja dado causa, ou para a qual tenha
concorrido (CPP, art. 565, 1ª parte).
- Princípio da convalidação
Convalidação significa remover o defeito, remediar a falha, sanear o vício, a fim de que um
ato processual inicialmente imperfeito possa ser considerado válido, apto a produzir os efeitos
legais inerentes ao ato perfeito. Portanto, em virtude do princípio da convalidação, também
conhecido como princípio do aproveitamento ou da proteção, não se declara a nulidade
quando for possível suprir o defeito.
NULIDADES EM ESPÉCIE
. Incompetência;
. Suspeição;
. Suborno do juiz;
. Ilegitimidade de parte;
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. Ausência do exame de corpo de delito;
. Nulidades cominadas no procedimento bifásico do Tribunal do Júri: art. 564, III, “f”, “g”, “h”,
“i”, “j”, “k”, “l”, e parágrafo único;
. Falta da sentença;
. Falta de intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência das sentenças e
despachos de que caiba recurso;
. Falta do quorum legal para o julgamento nos Tribunais Superiores e nos Tribunais de Justiça
e Tribunais Regionais Federais;
Caso concreto: após a condenação, a defesa do réu descobriu que um dos Delegados
que participou das investigações – conduzidas pelo Ministério Público – seria suspeito
já que seu pai também teria envolvimento com a organização criminosa.
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Logo, o Delegado deveria ter se declarado suspeito, nos termos do art. 107 do CPP:
“Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas
deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.”
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STF (2019) – Informativo 944
Não viola a SV 14 quando se nega que o investigado tenha acesso a peças que digam
respeito a dados sigilosos de terceiros e que não estejam relacionados com o seu
direito de defesa.
Mesmo que a investigação criminal tramite em segredo de justiça será possível que o
investigado tenha acesso amplo aos autos, inclusive a eventual relatório de inteligência
financeira do COAF, sendo permitido, contudo, que se negue o acesso a peças que
digam respeito a dados de terceiros protegidos pelo segredo de justiça.
Essa restrição parcial não viola a súmula vinculante 14. Isso porque é excessivo o
acesso de um dos investigados a informações, de caráter privado de diversas pessoas,
que não dizem respeito ao direito de defesa dele.
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A falta de abertura de prazo, após o encerramento da instrução, para manifestação
das partes acerca do interesse na feitura de diligências complementares constitui
nulidade relativa, cujo reconhecimento pressupõe que o inconformismo seja veiculado
em momento oportuno, ou seja, quando da apresentação de alegações finais.
RECURSOS
Ademais, o sistema processual se torna mais seguro porque o juiz sabe que a sua
decisão poderá ser submetida a reexame pelos seus pares, podendo ser corroborada ou
reformada.
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Características:
1. Voluntariedade;
2. Previsão legal;
PRINCÍPIOS
Unicidade ou singularidade.
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recurso cabível será o de apelação, ainda que o Ministério Público pretenda se insurgir apenas
contra a extinção da punibilidade.
- Fungibilidade
No processo penal, isso não se aplica ao MP. Ou seja, não se trata de princípio de
natureza absoluta, pois o art. 576 do CPP estabelece que o Ministério Público não poderá
desistir de recurso que haja interposto.
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- Princípio da non reformatio in pejus (efeito prodrômico da sentença)
- Reformatio in mellius
Em síntese, pode-se dizer que o efeito devolutivo dos recursos no processo penal sofre
certa mitigação em face do princípio da reformatio in mellius. Por conta dele, é possível que
a instância superior melhore a situação do acusado em duas situações:
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a) no recurso exclusivo da acusação;
b) no recurso da defesa, ainda que tal matéria não tenha sido expressamente
impugnada pela defesa (a defesa recorre apenas para diminuir a pena, mas o Tribunal concede
ao acusado regime prisional mais favorável).
- Dialeticidade
- Complementariedade
- Variabilidade
- Colegialidade
A parte tem o direito de, recorrendo a uma instância superior ao primeiro grau de
jurisdição, obter um julgamento proferido por órgão colegiado.
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PRESSUPOSTOS OBJETIVOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
- Cabimento
- Adequação
- Tempestividade
Inexistência de fato impeditivo – Para que um recurso possa ser conhecido, há de se verificar
se estão presentes (ou não) determinados fatos que impedem seu conhecimento.
Preclusão
II) preclusão lógica: decorre da incompatibilidade da prática de um ato processual com relação
a outro já praticado. Com relação aos recursos, a preclusão lógica ocorre, por exemplo, com a
renúncia.
III) preclusão consumativa: ocorre quando a faculdade já foi validamente exercida. Em relação
aos recursos, a preclusão consumativa está relacionada aos princípios da unirrecorribilidade
e da variabilidade dos recursos, anteriormente estudados.
Deserção: só há uma única hipótese de deserção no CPP - a deserção por falta de preparo do
recurso do querelante em crimes de ação penal exclusivamente privada.
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PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
2) interesse recursal.
1. Efeito obstativo
2. Efeito devolutivo
3. Efeito suspensivo
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4. Efeito regressivo, iterativo ou diferido
5. Efeito extensivo
6. Efeito substitutivo
7. Efeito translativo
Consiste na devolução ao juízo ad quem de toda a matéria não atingida pela preclusão.
Diz-se dotado de efeito translativo o recurso que, uma vez interposto, tem o condão de
devolver ao Tribunal o poder de apreciar qualquer matéria, em favor ou contra qualquer das
partes.
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8. Efeito dilatório-procedimental
Cuida-se de efeito natural de todo recurso, que consiste na sucessão de atos que
decorrem da sua interposição.
RECURSOS EM ESPÉCIE
Nesse tema, para provas de carreiras policiais, o mais indicado é a leitura da lei seca (indicadas
no caderno de sugestões) e jurisprudências, faremos apenas um resumo com dicas.
CAPÍTULO II
Art. 581. Caberá RECURSO, NO SENTIDO ESTRITO, da decisão, despacho ou sentença: (...)
- Prazos:
• Interposição: 5 dias
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CAPÍTULO III
DA APELAÇÃO
- Prazos:
• Interposição: 5 dias
1. Habilitado – 5 dias
2. Não habilitado – 15 dias
3. Razões: 3 dias, APÓS o Ministério Público.
CAPÍTULO V
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras
ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização
judiciária.
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de SEGUNDA INSTÂNCIA, desfavorável ao
réu, admitem-se EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE, que poderão ser opostos dentro
de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
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Prazo 10 dias
CAPÍTULO VI
DOS EMBARGOS
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão
ser opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, no prazo de dois dias contados da sua publicação,
quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.
Prazo 2 dias
EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO • Ambiguidade
Cabimento • Obscuridade
• Contradição
• Omissão
Jecrim:
Prazo – 5 dias
Cabimento:
Obscuridade
Contradição
Omissão
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CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência
dos autos;
O art. 621, I, do CPP prevê que cabe revisão criminal “quando a sentença
condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal”.
É admissível a revisão criminal fundada no art. 621, I, do CPP ainda que, sem
indicar nenhum dispositivo de lei penal violado, suas razões apontem tanto a
supressão de instância quanto a ausência de esgotamento da prestação
jurisdicional. Isso porque a expressão “texto expresso da lei penal” prevista no
art. 621, I, do CPP é ampla e abrange também as normas processuais não estão
escritas.
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Efeitos da PROCEDÊNCIA da revisão criminal:
- absolver o réu;
- modificar a pena; ou
- anular o processo.
provas;
STJ (2021)
A liminar em Revisão Criminal com base em violação a texto expresso de lei constitui
medida excepcional.
A liminar em revisão criminal com base em violação a texto expresso de lei constitui
medida excepcional, somente se justificando quando a ofensa se mostre aberrante,
cristalina, em respeito à segurança jurídica decorrente da coisa julgada.
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CAPÍTULO VIII
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Art. 637. O RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, e uma vez arrazoados
pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira instância, para a execução
da sentença.
Art. 638. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal Federal na
forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.
CAPÍTULO IX
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad
quem.
. Prazo → 48 horas
. Cabimento:
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- decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo
ad quem.
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DIREITO ADMINISTRATIVO | LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
INTRODUÇÃO E CONCEITO
Após 27 anos de vigência da lei 8.666/93, foi publicada a Lei n. 14.133/2021 que regulamenta
as licitações e contratos administrativos; além de incorporar as inovações tecnológicas e as
inovações decorrentes do desenvolvimento natural das contratações públicas, também
reuniu, em um único diploma legislativo, institutos já previstos nas leis do pregão e do RDC,
de forma que, passado o prazo de transição, serão revogadas as leis 8.666/93, 10.520/2002 e
12.462/2011.
A competência para legislar sobre licitação está prevista no art. 22, XXVII, da Constituição
Federal, o qual estabelece que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais
de licitação e contratos administrativos, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
observando o art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
observando o art. 173, § 1º, III, todos da CF.
• CONCEITO
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critérios que garantam a isonomia e a competição entre os interessados, para a celebração
de um contrato ou obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico.
ETAPAS
REGIME DE TRANSIÇÃO
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A Lei 8.666/93 e a Lei 10.520 serão revogadas quando completarem 2 anos da publicação da
Lei 14.133/2021, exceto o art. 89 e 108 da Lei 8.666/93 (disposições penais), que foram
revogados na data da publicação.
Isso significa que não houve VACATIO LEGIS, mas sim um REGIME SIMULTÂNEO de leis de
licitações, contados a partir de 1º de abril de 2021, conforme o art. 193:
Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o inciso II do caput do art.
193, a Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente
de acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido
inciso, e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital
ou no aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a aplicação
combinada desta Lei com as citadas no referido inciso.
Dessa forma, durante o período indicado, a Administração Pública terá três opções:
I) Utilizar apenas o novo regime;
II) Utilizar apenas o antigo regime;
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III) Alternar entre os regimes, utilizando o regime antigo ou o regime novo a depender
da conveniência e oportunidade do administrador.
Se adotada a lei anterior, vai seguir a lei anterior, inclusive quanto ao contrato.
Se seguida a nova lei, será seguida a legislação nova legislação, inclusive quanto ao contrato.
Ressalta-se que os contratos e licitações anteriores a nova lei, são regidos pela lei antiga:
OBJETIVOS
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• FINALIDADES
Trata-se de dispositivo que corresponde ao art. 3º da lei 8.666/93 que definia os fins da
existência do procedimento licitatório.
A nova legislação mantém o entendimento de que a Licitação tem como finalidade viabilizar
a melhor contratação possível para o poder público, sempre buscando a proposta mais
vantajosa ao Estado. A proposta mais vantajosa, portanto, não é necessariamente a mais
barata, sendo admitidos outros critérios de escolha, conforme se analisará nos dispositivos
específicos. Os objetivos estabelecidos para a licitação devem ser cumpridos.
Art. 6º, LVI – sobrepreço: preço orçado para licitação ou contratado em valor
expressivamente superior aos preços referenciais de mercado, seja de apenas 1 (um) item,
se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, seja do valor global do
objeto, se a licitação ou a contratação for por tarefa, empreitada por preço global ou
empreitada integral, semi-integrada ou integrada;
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c) alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem desequilíbrio
econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;
ABRANGÊNCIA DA LEI
Aplica-se:
Casos especiais:
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Art. 1º Esta Lei estabelece NORMAS GERAIS de licitação e contratação para as
Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
§ 1º NÃO SÃO ABRANGIDAS por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado
o disposto no art. 178 desta Lei.
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APLICAÇÃO DA LEI
Aplicação primária:
Aplicação subsidiária:
Não se aplica:
• contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão
de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de
garantia relacionadas a esses contratos;
• contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.
PRINCÍPIOS
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razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da
economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
✓ Princípios expressos:
1. Legalidade;
2. Impessoalidade;
3. Moralidade;
4. Publicidade;
5. Eficiência;
6. Interesse público;
7. Probidade administrativa;
8. Igualdade;
9. Planejamento;
10. Transparência;
11. Eficácia;
12. Segregação de funções;
13. Motivação;
14. Vinculação ao edital;
15. Julgamento objetivo;
16. Segurança jurídica;
17. Razoabilidade;
18. Competitividade;
19. Proporcionalidade;
20. Celeridade;
21. Economicidade;
22. Desenvolvimento nacional sustentável;
23. + LINDB.
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Comentários:
a) Princípio da PUBLICIDADE:
– Art. 13. Os atos praticados no processo licitatório são PÚBLICOS, ressalvadas as hipóteses
de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na
forma da lei.
– Publicidade postergada
Trata-se da publicidade que acontece em momento posterior, nessas situações trazidas pelo
dispositivo.
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O orçamento sigiloso não é a regra (diferente da Lei 13.303/16) e é uma FACULDADE
(“poderá”).
Sigilo do orçamento:
Obs.: a criação do Portal Nacional de Contratações Públicas, visa conferir maior planejamento
às contratações dos entes, que devem informar, em especial, previsões de quantitativos de
aquisições de produtos e contratações de serviços (exemplo do Ministério da saúde abaixo);
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elaboração de um Plano Anual de Contratações; preocupação com o princípio da publicidade
amplo acesso aos editais e anexos, sem exigência de registro cadastral para acesso; regulação
da fase interna da licitação, também ligada ao reforço ao planejamento e à transparência,
para reforçar a motivação do gestor quanto à necessidade da contratação.
Trata-se da divisão das diversas funções da licitação, dentre os agentes públicos envolvidos.
Assim, evita-se a concentração de atos; poderes e decisões na mão de uma ou poucas pessoas.
c) Princípio da ISONOMIA
A isonomia também é uma finalidade da licitação, assim como valor intrínseco do processo
licitatório, sendo colocada como princípio pela lei 14.133/2021, em decorrência de
determinação contida no art. 37 da Constituição Federal.
Essa finalidade também se encontrava prevista na lei anterior. A nova lei acresce importante
determinação. Não apenas a isonomia deve ser considerada, mas também uma justa
competição. Quanto maior a competitividade, mais amplas serão as chances de se ter a
melhor proposta possível, visando impedir cartel ou conluio fraudulento.
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d) DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL – Novidade Legislativa
FUNÇÃO REGULATÓRIA
A atuação do Estado não pode ser pautada apenas na economicidade. Portanto, a licitação
deve ser um dos instrumentos de desenvolvimento social, ambiental, implementação de
políticas públicas, dentre outros elementos que se inclinem ao desenvolvimento nacional
sustentável.
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I - mulheres vítimas de violência doméstica;
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
I - preparatória;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
Obs.: fase recursal é única – ainda que haja inversão de fases (art. 17, §2º).
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. Forma eletrônica – Preferencial:
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Audiência pública:
Consulta pública:
MODALIDADES
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
Como era antes: pregão; concorrência; concurso; leilão; tomada de preço; convite.
O § 1º traz que além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode
servir-se dos procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.
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Já o §2º Veda expressamente a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a
combinação daquelas referidas no caput deste artigo.
Concorrência:
• obras
Rito: comum.
Pregão:
Rito: comum.
Também será cabível para a formação do Sistema de Registro de Preços, nos termos do art.
6º XLV.
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objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais
de mercado.
Concurso:
Rito: especial.
Leilão:
Rito: especial.
Surge no direito europeu. É uma exceção à regra, uma vez que, em regra, a licitação é
conduzida por agente de contratação.
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Os licitantes devem apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos.
2 fases: I) Fase de Diálogo (pode haver fases sucessivas); II) Fase Competitiva.
Etapas:
1. Divulgação do edital de pré-seleção: prazo mínimo de 25 (vinte e cinco) dias úteis para
manifestação de interesse de participação na licitação.
2. Pré-seleção dos licitantes: verificar quem atende aos requisitos objetivos para os
diálogos.
3. Diálogo com os licitantes pré-selecionados para a escolha de uma solução: ▪ propósito
de identificar uma ou mais soluções.
4. Divulgação do edital da fase competitiva: divulgação da(s) solução(ões) escolhidas;
definição dos critérios de julgamento; 60 dias úteis para a apresentação das propostas.
5. Apresentação das propostas finais, a partir da solução elaborada, e julgamento das
propostas.
Hipóteses de utilização:
Comissão de contratação:
1. É obrigatória;
2. Mínimo três membros (servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos
quadros permanentes)
3. Admite-se a contratação de profissionais para assessoramento técnico da comissão.
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Atenção – atualmente, a regra é o AGENTE de contratação, nas outras modalidades; somente
aqui a comissão é obrigatória.
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios:
I - menor preço;
II - maior desconto;
IV - técnica e preço;
• Menor preço;
• Maior desconto;
• Técnica e preço (quando couber).
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• Custos Indiretos – exemplos: manutenção, reposição, depreciação; podem ser
considerados se objetivamente definidos.
TÉCNICA E PREÇO
Art. 37. O julgamento por melhor técnica ou por técnica e preço deverá
ser realizado por: I - verificação da capacitação e da experiência do
licitante, comprovadas por meio da apresentação de atestados de
obras, produtos ou serviços previamente realizados; II - atribuição de
notas a quesitos de natureza qualitativa por banca designada para esse
fim, de acordo com orientações e limites definidos em edital,
considerados a demonstração de conhecimento do objeto, a
metodologia e o programa de trabalho, a qualificação das equipes
técnicas e a relação dos produtos que serão entregues; III - atribuição
de notas por desempenho do licitante em contratações anteriores
aferida nos documentos comprobatórios de que trata o § 3º do art. 88
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desta Lei e em registro cadastral unificado disponível no Portal Nacional
de Contratações Públicas (PNCP).
Parecer jurídico
Art. 55. Os PRAZOS MÍNIMOS para apresentação de propostas e lances, contados a partir da
data de divulgação do edital de licitação, são de:
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I - para aquisição de bens:
a) 8 (oito) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento de menor preço ou de maior
desconto;
b) 15 (quinze) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea “a” deste inciso;
a) 10 (dez) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento de menor preço ou de maior
desconto, no caso de serviços comuns e de obras e serviços comuns de engenharia;
b) 25 (vinte e cinco) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento de menor preço
ou de maior desconto, no caso de serviços especiais e de obras e serviços especiais de
engenharia;
d) 35 (trinta e cinco) dias úteis, quando o regime de execução for o de contratação semi-
integrada ou nas hipóteses não abrangidas pelas alíneas “a”, “b” e “c” deste inciso;
III - para licitação em que se adote o critério de julgamento de maior lance, 15 (quinze) dias
úteis;
Prazos / Modalidades:
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Pregão – 8 dias úteis para bens; 10 dias úteis para serviços.
Diálogo competitivo – prazos especiais: 25 dias úteis para manifestação de interesse; 60 dias
úteis para propostas.
MODOS DE DISPUTA
ISOLADA OU CONJUNTAMENTE
Aberto:
• crescentes ou decrescentes;
Fechado:
• não pode ser utilizado de forma isolada em se tratando menor preço ou maior desconto.
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ENCERRAMENTO DA LICITAÇÃO
CONTRATAÇÃO DIRETA
Rol: exemplificativo.
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executivo; II - estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma
estabelecida no art. 23 desta Lei; III - parecer jurídico e pareceres técnicos, se
for o caso, que demonstrem o atendimento dos requisitos exigidos; IV -
demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com
o compromisso a ser assumido; V - comprovação de que o contratado preenche
os requisitos de habilitação e qualificação mínima necessária; VI - razão da
escolha do contratado; VII - justificativa de preço; VIII - autorização da
autoridade competente. Parágrafo único. O ato que autoriza a contratação
direta ou o extrato decorrente do contrato deverá ser divulgado e mantido à
disposição do público em sítio eletrônico oficial.
Art. 73. Na hipótese de contratação direta indevida ocorrida com dolo, fraude
ou erro grosseiro, o contratado e o agente público responsável responderão
solidariamente pelo dano causado ao erário, sem prejuízo de outras sanções
legais cabíveis.
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INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS - SANÇÕES
ADVERTÊNCIA
MULTA
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IMPEDIMENTO DE LICITAR E CONTRATAR
II - dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração,
ao funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo; III - dar causa à
inexecução total do contrato; IV - deixar de entregar a documentação exigida para o
certame; V - não manter a proposta, salvo em decorrência de fato superveniente
devidamente justificado; VI - não celebrar o contrato ou não entregar a
documentação exigida para a contratação, quando convocado dentro do prazo de
validade de sua proposta; VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do
objeto da licitação sem motivo justificado;
também nos casos dos incisos II a VII, quando for o caso de impor pena mais grave.
Multa de mora
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com a aplicação cumulada de outras sanções.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Art. 164. Qualquer pessoa é parte legítima para impugnar edital de licitação por
irregularidade na aplicação desta Lei ou para solicitar esclarecimento sobre os
seus termos, devendo protocolar o pedido até 3 (três) dias úteis antes da data
de abertura do certame.
• Recursos:
. Hierárquico;
. Pedido de reconsideração.
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Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses
previstas em lei:
Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem
decorrente da adjudicação do objeto da licitação, o caráter competitivo do processo
licitatório:
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
prorrogação contratual, em favor do contratado, durante a execução dos contratos
celebrados com a Administração Pública, sem autorização em lei, no edital da licitação ou
nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
cronológica de sua exigibilidade:
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Perturbação de processo licitatório
Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de processo licitatório:
Afastamento de licitante
Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude
ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar em razão de
vantagem oferecida.
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II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada, deteriorada,
inservível para consumo ou com prazo de validade vencido;
V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para a Administração
Pública a proposta ou a execução do contrato:
Contratação inidônea
§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, declarado inidôneo, venha a
participar de licitação e, na mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado
inidôneo, venha a contratar com a Administração Pública.
Impedimento indevido
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Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 337-P. A pena de multa cominada aos crimes previstos neste Capítulo seguirá a
metodologia de cálculo prevista neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois por cento)
do valor do contrato licitado ou celebrado com contratação direta.”
Art. 179. Os incisos II e III do caput do art. 2º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,
passam a vigorar com a seguinte redação:
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“Art. 2º
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica
ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta
e risco e por prazo determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total
ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
interesse público, delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado;
..................................................................................................................” (NR)
Art. 180. O caput do art. 10 da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação:
.................................................................................................................” (NR)
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MEDICINA LEGAL
TANATOLOGIA FORENSE
OMS: Cessação dos sinais vitais a qualquer tempo após o nascimento sem possibilidade de
ressuscitação.
Conceito moderno: Conceitua-se morte como a cessação dos fenômenos vitais com a parada
das funções cerebrais (morte encefálica). Esse é o conceito utilizado pela Lei nº 9.434/97.
Por morte, entende-se, sinteticamente, como a cessão dos fenômenos vitais pela parada das
funções cerebral, respiratória e circulatória.
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3. Aparente: o indivíduo assemelha-se ao morto, mas está vivo por débil persistência da
circulação, podendo durar horas, como nos casos de morte súbita, mas pode haver
sobrevivência após pronta e rápida intervenção médica;
4. Relativa: o indivíduo jaz como morto, vitimado por parada cardíaca diagnosticada pela
ausência de pulso em artéria calibrosa;
5. Intermédia: modalidade admitida somente por alguns autores, é explicada como a que
precede a absoluta e sucede a relativa, como estágio da morte definitiva; e
CLASSIFICAÇÃO DA MORTE
- Violenta: É a que resulta de crime, suicídio ou acidente, havendo nexo causal do evento
morte e a violência.
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- Fetal: Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração completa do
corpo da mãe independente da duração da gravidez.
- Por inibição: é a parada súbita das funções vitais de um indivíduo sadio, sem causa médica
e jurídica identificáveis, talvez em decorrência de traumatismo leve, que não deixa vestígios,
atingindo certas regiões e desencadeando reflexos nervosos inibidores do funcionamento de
órgãos vitais, como o coração (Neusa Bittar).
COMORIÊNCIA E PREMORIÊNCIA
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Vários fatores e sinais podem ser analisados para uma estimativa mais aproximada da hora do
óbito, como aferição da temperatura hepática, análise da fauna cadavérica (se houver) e
análise de sinais de morte, como os livores cadavéricos, midríase bilateral e o próprio
enrijecimento do cadáver, que se instala no sentido craniocaudal e desaparece no sentido
contrário.
SINAIS ABIÓTICOS
1. Putrefação;
2. Autólise;
3. Maceração;
4. Fauna cadavérica;
5. Mumificação;
6. Saponificação.
Fonte: GALLI, Lorena Bognar. Sinais abióticos:: putrefação, autólise, maceração, fauna cadavérica, mumificação e saponificação. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19,
n. 4169, 30 nov. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/33919. Acesso em: 26 dez. 2022.
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cheiro característico dos corpos em putrefação. A decomposição catalítica dos glúcides e dos
lípides, praticamente não exala odores nauseabundos. Esse processo de decomposição
paulatina é bastante lento. As larvas de insetos todas com atividade necrofagica, se deixadas
agir livremente, podem destruir o cadáver em um tempo bem menor, de quatro a oito
semanas.
Terceira fase – Período coliquativo (Período de redução dos tecidos): inicia-se no fim
do primeiro mês e pode estender-se por meses ou até dois ou três anos. Caracteriza-se pelo
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amolecimento e desintegração dos tecidos, que se transformam em uma massa pastosa,
semilíquida, escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de putrilagem.
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razões acima apontadas, fica exposta, mostrando-se vermelha brilhante, luzidia por causa do
próprio edema que a embebe e a torna túrgida.
PROCESSO DESTRUTIVO
Processo de destruição dos tecidos que ocorre após a morte com a transição dos
restos biológicos até sua fossilização. Os fatores que influem para a ocorrência destes
fenômenos são, principalmente, a temperatura, a aeração, a higroscopia do ar, o peso do
corpo, as condições físicas, a idade do morto e a causa da morte. Podemos observar também
a atividade de bactérias e insetos necrófagos.
AUTÓLISE
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PUTREFAÇÃO
O período cromático ou de coloração inicia-se pela mancha verde abdominal, que vai
se espalhando pelo corpo e deixando o cadáver com um aspecto azul esverdeado e vai
escurecendo até o verde-enegrecido. Tal tonalidade é causada pela formação de hidrogênio
sulfurado.
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RESUMO → Fases da putrefação:
1º – Cromático ou de Coloração
Inicia-se pela mancha verde abdominal e vai difundindo-se por todo o abdome, tórax,
cabeça e membros. O aparecimento dessa mancha surge entre 20 e 24h depois da
morte.
2º – Gasoso ou Enfisematoso
São os gases de putrefação que vão surgindo do interior do corpo humano, com bolhas
na epiderme, de conteúdo líquido hemoglobínico.
3º – Coliquativo ou de Liquefação
4º – Esqueletização
MACERAÇÃO
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Há o destacamento de amplos segmentos cutâneos, devido ao fenômeno da
embebição da hemoglobina, fazendo com que a epiderme se solte facilmente, além dos
órgãos soltarem-se dentro do ventre.
MUMIFICAÇÃO
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artificiais serão sempre realizados a pedido dos familiares, justificado por motivações piedosas
ou por fins didáticos. As duas hipóteses estão disciplinadas por legislação específica.
SAPONIFICAÇÃO
Assim, será possível estudar melhor certas lesões pela conservação maior do tecido
celular subcutâneo, como nas feridas produzidas por ação de projéteis de arma de fogo ou de
arma branca. A mesma opção acerca da possibilidade de se estudarem lesões do pescoço
quando produzidas por laços os estrangulamentos e enforcamentos. E, por fim, levando em
conta a razoável conservação das vísceras, podem-se ter contribuições valiosas através de
exames toxicológicos e histopatológicos.
O processo inicia-se após a sexta semana depois da morte, em meio onde haja água
estagnada e pouco corrente, e solo argiloso, úmido e de difícil acesso ao ar atmosférico.
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Também está sujeito a fatores como idade, sexo, obesidade e doenças que originam
degeneração de gordura.
✓ CONCLUSÃO
A palavra morte vem do grego tanatus e do latim mors, que significam a “extinção da
vida” ou “a cessação definitiva de todas as funções de um organismo vivo”.
Na medicina legal, a morte é caracterizada pela presença dos sinais abióticos que,
apresentados em conjunto, indicam ausência de vida. Logo após dos sinais abióticos
imediatos, onde ocorre a morte encefálica, temos a presença dos sinais abióticos mediatos,
causados a partir da parada da função metabólica do cadáver.
Referida matéria possui interesses nas áreas médicas, sociais, religiosas, jurídicas,
filosóficas e sanitárias. Com relação à área jurídica, podemos afirmar que a morte é um
fenômeno que possui ligação íntima com a matéria, pois a partir do momento da morte de
um ser humano, abre-se um leque de consequências jurídicas como a cessação da
personalidade civil adquirida com o nascimento, término da capacidade jurídica do “de cujus”,
extinção de direitos e de punibilidade.
Ainda, por ter sido o Código Penal criado como um dos instrumentos de controle da
conduta humana, é imprescindível que se esclareça, através da Medicina Forense, todos os
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atos de violência ou agressões que possam ter sido cometidos contra o cadáver, uma vez que
o laudo médico será imprescindível para auxiliar os magistrados do Poder Judiciário que tem
como dever aplicar de forma adequada as Normas Legais do Direito ao causador do dano.
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Comentário da questão:
A) INCORRETA.
A mancha verde abdominal é resultado da reação entre hidrogênio sulfurado e
sulfoxiemoglobina.
A mancha verde abdominal é o sinal encontrado durante a primeira fase do
processo de putrefação (coloração ou cromática). Encontra-se na fossa ilíaca
direita em decorrência da ação bacteriana e concentração de gases,
principalmente o sulfídrico. A mancha verde abdominal é a combinação entre
hidrogênio sulfurado com a hemoglobina formando a sulfometemoglobina (entre
18 e 24 horas após a morte).
B) INCORRETA.
No Brasil, comumente, o resfriamento cadavérico é de 1º C nas três primeiras horas
e, posteriormente, de 2º C por hora até o restabelecimento do equilíbrio térmico
com o meio ambiente.
Admite-se em nosso meio o abaixamento da temperatura em 1/2 grau nas três
primeiras horas, depois 1ºC por hora, e que o equilíbrio térmico com o meio
ambiente se faz em torno de 20 horas nas crianças, e de 24 a 26 horas nos adultos.
Estes resfriam, portanto, mais demoradamente do que os velhos e as crianças. A
diferença de temperatura retoaxilar no cadáver varia de 2ºC a 5ºC entre 2 e 12
horas após a morte.
C) CORRETA!
O Teste Icard permite verificar se os gases presentes no cadáver foram causados
pelo processo de putrefação, porque quando o gás reage com papel impregnado
de acetato de chumbo, ele fica com a cor negra.
D) INCORRETA.
A cabeça de negro de Lecha-Marzo ocorre frequentemente nos indivíduos
carbonizados.
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A chamada “cabeça de negro de Lecha-Marzo” é comum em afogados e dificulta o
reconhecimento visual do cadáver.
E) INCORRETA.
No processo de putrefação, a temperatura entre 5º C e 10º C tendem a conservar
o cadáver por cerca de 48 horas.
Abaixo de 5ºC a putrefação por ação bacteriana ocorreria, porém mais lentamente.
A temperatura abaixo de 0ºC tende a conservar corpo de forma indefinida. Com a
temperatura entre 5 e 10ºC ocorrerá a putrefação. A temperatura acima de 25ºC
aceleraria a putrefação e a temperatura entre 5 e 10ºC não seria suficiente para
conservar o corpo da putrefação no prazo de 48 horas.
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DIREITO PENAL
TÍTULO IV
Segundo entende o STJ, os “crimes contra a organização do trabalho” (arts. 197 a 207 do CP)
somente serão de competência da Justiça Federal quando ficar demonstrado, no caso
concreto, que o delito provocou lesão à:
Resumo:
→ Meios de Execução:
Mediante fraude
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• Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional na forma
qualificada (art. 207, § 1º);
Obs.: Não há previsão de crime com os três meios de execução juntos (violência, grave ameaça
e fraude).
I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar
durante certo período ou em determinados dias:
Pena - detenção, de três meses a um ano, E multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 198 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de
trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não adquirir de outrem matéria-prima ou produto
industrial ou agrícola:
Art. 199 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar ou deixar de
participar de determinado sindicato ou associação profissional:
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Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da ordem
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito
de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o
estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor:
Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do
trabalho:
Pena - detenção de um ano a dois anos, E multa, além da pena correspondente à violência.
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II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por
meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais.
Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do
trabalho:
Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa:
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território
estrangeiro.
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do
território nacional:
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§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do
trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do
trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.
TÍTULO V
CAPÍTULO I
Art. 208 - ESCARNECER de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa;
IMPEDIR ou PERTURBAR cerimônia ou prática de culto religioso; VILIPENDIAR publicamente
ato ou objeto de culto religioso:
CAPÍTULO II
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Violação de sepultura
Vilipêndio a cadáver
Art. 111, V – nos crimes contra a dignidade sexual ou que envolvam violência
contra a criança e o adolescente, previstos neste Código ou em legislação
especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a
esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
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Estrutura do Título VI – Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual
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Capítulo I
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
O estupro (art. 213 do CP), com redação dada pela Lei 12.015/09, é tipo penal misto
alternativo. Logo, se o agente, no mesmo contexto fático, pratica conjunção carnal e outro ato
libidinoso contra uma só vítima, pratica um só crime do art. 213 do CP. A Lei 12.015/09, ao
revogar o art. 214 do CP, não promoveu a descriminalização do atentado violento ao puder
(não houve abolitio criminis).
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aplicar retroativamente a Lei 12.015/09 para o agente que praticou estupro e atentado
violento ao pudor, no mesmo contexto fático e contra a mesma vítima, e que havia sido
condenado pelos dois crimes (arts. 213 e 214) em concurso.
Segundo entende o STJ, como a Lei 12.015/09 unificou os crimes de estupro e atentado
violento ao pudor em um mesmo tipo penal, deve ser reconhecida a existência de crime único
na conduta do agente, caso as condutas tenham sido praticadas contra a mesma vítima e no
mesmo contexto fático, devendo-se aplicar essa orientação aos delitos cometidos antes da
vigência da Lei 12.015/2009, em face do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica.
Porém, nem sempre será fácil trazer para os autos o número exato de
crimes que foram praticados, especialmente quando se trata de delitos
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sexuais. É o caso, por exemplo, de um padrasto que mora há meses ou
anos com a sua enteada e contra ela pratica constantemente estupro
de vulnerável. Nessas hipóteses, mesmo não havendo a informação do
número exato de crimes que foram cometidos, o juiz poderá aumentar
a pena acima de 1/6 e, dependendo do período, até chegar ao patamar
máximo. Assim, constatando-se a ocorrência de diversos crimes sexuais
durante longo período, é possível o aumento da pena pela continuidade
delitiva no patamar máximo de 2/3 (art. 71 do CP), ainda que sem a
quantificação exata do número de eventos criminosos.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa.
Importunação Sexual
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:
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➢ Crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado;
➢ O sujeito passivo é determinado (uma pessoa determinada ou um grupo de pessoas
determinado);
➢ Ato libidinoso engloba qualquer ato com conotação sexual;
➢ Subsidiariedade expressa “se o ato não constitui crime mais grave”;
➢ Exige-se um elemento subjetivo especial. O agente pratica a conduta “com o objetivo
de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”;
➢ A conduta não precisa ter sido praticada em lugar público, ou aberto ou exposto a
público;
➢ Para que o crime se configure, é indispensável que o ato libidinoso tenha sido
praticado contra alguém que não concordou com isso. A análise da anuência ou não
da pessoa atingida é fundamental.
Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função.
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O crime de assédio sexual pode ser caracterizado entre professor e
aluno.
Capítulo I-A
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos
participantes:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio
ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou
libidinoso de caráter íntimo.
Capítulo II
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Dos crimes sexuais contra vulnerável
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos:
Até recentemente, entendia-se que essa súmula não poderia ser, de forma alguma,
excepcionada. Ou seja, tratava-se de entendimento absoluto.
Aliás, a súmula foi reforçada pelo Tema repetitivo 1121, que firmou a seguinte tese:
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de vulnerável (art. 217-A do CP), independentemente da ligeireza ou da
superficialidade da conduta, não sendo possível a desclassificação para o delito
de importunação sexual (art. 215-A do CP).
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legais somado ao fato do acusado possuir gritante diferença de idade da vítima
- o que invalida qualquer relativização da presunção de vulnerabilidade do
menor de 14 anos no crime de estupro de vulnerável.
Ademais, a genitora da menor relatou que sua filha, após se relacionar com o
acusado, apresentou comportamento agressivo, além de reprovar de ano na
escola, tendo de ser submetida a tratamento psicológico. Somado a isso,
conforme foi consignado pelo magistrado de primeiro grau, que se encontra
mais próximo dos fatos, a vítima e o acusado tinham a gritante diferença de 36
(trinta e seis) anos. Apontou que a própria vítima e a sua genitora mencionaram
espontaneamente que as relações aconteciam na chácara do acusado,
localizada em área rural. Assim, mesmo ciente da tenra idade da vítima e do
não consentimento de sua responsável legal, o acusado manteve relação sexual
com a menor.
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3) O delito de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) se consuma com a prática de
qualquer ato de libidinagem ofensivo à dignidade sexual da vítima.
4) A contemplação lasciva configura o ato libidinoso constitutivo dos tipos dos art. 213
e art. 217-A do CP, sendo irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja contato
físico entre ofensor e vítima.
11) No estupro de vulnerável, a tenra idade da vítima pode ser utilizada como
circunstância judicial do art. 59 do CP e, portanto, incidir sobre a pena-base do réu.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
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5) A prática de conjunção carnal ou de atos libidinosos diversos contra vítima
imobilizada configura o crime de estupro de vulnerável do art. 217-A, § 1º, do CP, ante
a impossibilidade de oferecer resistência ao emprego de violência sexual.
QUALIFICADORAS:
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§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
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Caso concreto: “J” (30 anos) era casado com “M” (20 anos). “J” praticou,
durante anos, estupro de vulnerável contra a sua cunhada “L” (criança
de 6 anos de idade). “L” era irmã de “M”. Os abusos ocorriam nas vezes
em que “L” ia visitar sua irmã. Certo dia, “M” descobriu que os estupros
estavam ocorrendo, mas, apesar disso, não tomou qualquer atitude
para impedir que as condutas criminosas continuassem. Ao contrário,
continuou permitindo que a irmã fosse até a sua casa e que ficasse
sozinha na residência com o marido. “M”, a irmã da vítima, deve
responder pelo delito de estupro de vulnerável por omissão imprópria.
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agressor, mesmo ciente de suas condutas, bem como ao continuar
deixando a menina sozinha em casa.
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continuidade delitiva simples (art. 71, caput, do CP), desde que estejam
preenchidos, cumulativamente, os requisitos de ordem objetiva
(pluralidade de ações, mesmas condições de tempo, lugar e modo de
execução) e o de ordem subjetiva, assim entendido como a unidade de
desígnios ou o vínculo subjetivo havido entre os eventos delituosos.
Corrupção de menores
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Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual
alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a
abandone:
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito)
e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
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momento em que o agente obtém a anuência para práticas sexuais com
a vítima menor de idade, mediante artifícios como a oferta de dinheiro
ou outra vantagem, ainda que o ato libidinoso não seja efetivamente
praticado.
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir,
publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou
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sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que
contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua
prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. Aumento
de pena
§ 1º A pena é AUMENTADA de 1/3 a 2/3 se o crime é praticado por agente que mantém ou
tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima OU com o fim de vingança ou humilhação.
Exclusão de ilicitude
§ 2º NÃO HÁ CRIME quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em
publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de
recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso
seja maior de 18 anos.
1/2 – agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,
curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade
sobre ela.
1/3 a 2/3 – I) estupro coletivo (concurso de 2 ou mais agentes); II) estupro corretivo (controlar
o comportamento social ou sexual da vítima).
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Capítulo V
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Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-
la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:
Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração
sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
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STJ (2018) – Informativo 631
Rufianismo
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou
fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima:
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Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a
ENTRADA ILEGAL de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro:
Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, E multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter
vantagem econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente
em país estrangeiro.
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações
conexas.
Ato obsceno
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de
distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto
OBSCENO: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, OU multa. Parágrafo único - Incorre na
mesma pena quem: I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos
referidos neste artigo; II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação
teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que
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tenha o mesmo caráter; III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio,
audição ou recitação de caráter obsceno
I) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto
com a vítima; ou
1/2 a 2/3
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1/3 a 2/3
Segredo de justiça
STJ – O segredo de justiça previsto no art. 234-B do Código Penal abrange o autor e a vítima
de crimes sexuais, devendo constar da autuação apenas as iniciais de seus nomes.
Crimes hediondos
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