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Estudo Dirigido

1- As necessidades de micronutrientes específicos podem ser afetadas conforme as demandas


fisiológicas, em resposta ao esforço. Sendo assim, o exercício pode alterar as necessidades de
vitaminas e minerais através do aumento do metabolismo, uma vez que, durante o exercício,
o metabolismo do corpo aumenta para fornecer energia, isso pode aumentar a necessidade de
vitaminas do complexo B, que desempenham um papel fundamental no metabolismo
energético. Além disso, a transpiração durante o exercício pode resultar na perda de minerais,
como sódio, potássio e magnésio, tornando necessário a reposição adequada desses minerais
para manter a função muscular e a hidratação. O exercício intenso também pode gerar
radicais livres no corpo, podendo causar estresse oxidativo, onde nesse caso vitaminas
antioxidantes, como a vitamina C e vitamina E podem ser necessárias para combater esse
estresse oxidativo, além de alterar as necessidades em relação reparo de micro lesões que
podem ocorrer durante um exercício intenso.

2- O suprimento adequado de vitaminas é importante pois, uma boa nutrição proporciona um


bom alicerce para o desempenho físico e ajuda a dar combustível para o trabalho biológico e
as substâncias químicas que permitirão extrair e utilizar a energia potencial existente nos
alimentos. Os nutrientes dos alimentos também fornecem os elementos essenciais para o
reparo das células já existentes e para a síntese de novos tecidos.

3- As vitaminas hidrossolúveis desempenham papéis importantes no metabolismo


energético, no que se refere as vitaminas do complexo B, geralmente, elas atuam como
coenzimas na ativação de diferentes processos metabólicos, elas atuam, por exemplo, como
coenzima na síntese de gordura, glicogênio e aminoácidos. Por se tratarem de vitaminas que
ajudam a transformar o alimento em energia, elas são muito utilizadas por pessoas que
praticam esportes com regularidade e de maior intensidade.

4- A vitamina C desempenha um papel importante na saúde geral e no desempenho atlético,


ajudando na proteção contra danos oxidativos, na recuperação muscular, no suporte ao
sistema imunológico e na absorção de nutrientes essenciais para atletas.

5- A vitamina E tem um importante papel relacionado ao exercício devido às suas


propriedades antioxidantes e proteção contra o estresse oxidativo, pois devido o exercício
ocorre um aumento na produção de radicais livres no corpo, assim a vitamina E vai atuar
como um antioxidante neutralizando os radicais livres. Além disso, a vitamina E ajuda na
saúde cardiovascular o que é relevante para o exercício e na recuperação muscular, pois um
exercício intenso pode causar microlesões nos músculos.

6- O ferro desempenha funções importantes relacionadas com o exercício, como por


exemplo, no corpo contém normalmente entre 2,5 e 4,0 g deste oligoelemento. De 70 a 80%
de ferro existem em compostos funcionalmente ativos, combinado predominantemente com a
hemoglobina nas hemácias (85% do ferro funcional). Esse composto ferro-proteína faz
aumentar em 65 vezes a capacidade do sangue para transportar oxigênio. Além disso, o ferro
desempenha outras funções importantes relacionadas com o exercício, como um componente
estrutural da mioglobina (12% do ferro funcional), um composto semelhante à hemoglobina
que ajuda no armazenamento e no transporte do oxigênio dentro da célula muscular.
Pequenas quantidades de ferro existem também nos citocromos que facilitam a transferência
de energia celular.

7- O treino extenuante pode criar uma necessidade maior de ferro que ultrapassa com
frequência sua ingestão, o que esgotaria as reservas de ferro e, por fim, resultaria em síntese
diminuída da hemoglobina e/ou em redução dos compostos que contêm ferro dentro do
sistema de transferência de energia da célula. A hepcidina é uma proteína que regula a
absorção de ferro no intestino e a liberação de ferro dos estoques de ferro no organismo.
Durante a inflamação, os níveis de hepcidina tendem a aumentar. Isso leva a uma redução na
absorção de ferro no intestino e à retenção de ferro nos estoques de ferro, tornando-o menos
disponível para ser utilizado para a produção de hemoglobina ou outras funções. O treino
físico intenso cria maior demanda de ferro devido a sangramentos gastrintestinais, a perda
de hemoglobina na urina, a perda de ferro através do suor entre outros.

8- Pseudoanemia do atleta é caracterizada pela queda da concentração de hemoglobina em


geral acompanha a expansão desproporcional no volume plasmático que dilui as hemácias e
baixa a concentração de hemoglobina com o treinamento tanto de endurance quanto de
resistência. Porém, apesar dessa diluição da hemoglobina, a capacidade aeróbica e o
desempenho no exercício são aprimorados com o treinamento.

9- Em sua apresentação ionizada (cerca de 1% de 1.200 g de cálcio endógeno), o cálcio


participa na estimulação do músculo, na coagulação do sangue, na transmissão dos impulsos
nervosos, na ativação de várias enzimas, na síntese do calciferol (forma ativa da vitamina D)
e no transporte do líquido através das membranas celulares. Além disso, o cálcio é o nutriente
mais importante para a obtenção do pico de massa óssea e para a prevenção e tratamento da
osteoporose.

10- O estresse oxidativo ocorre a partir de um desequilíbrio entre a geração de compostos


oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. A geração de radicais livres e/ou
espécies reativas não radicais é resultante do metabolismo de oxigênio. A mitocôndria, por
meio da cadeia transportadora de elétrons, é a principal fonte geradora. O risco de estresse
oxidativo aumenta com a atividade física intensa. Exercício de endurance exaustivo realizado
por pessoas não treinadas produz lesão oxidativa aos músculos ativos. Além disso, o estresse
oxidativo atua provavelmente como um regulador importante das vias de sinalização celular
que fazem aumentar a degradação proteica e a atrofia muscular durante os períodos
prolongados de sedentarismo, além de aumentar a probabilidade de deterioração celular
associada ao envelhecimento, a muitas doenças e ao declínio geral das funções do sistema
nervoso central e do sistema imunológico.

11- O sistema de defesa antioxidante é dividido em sistema enzimático e não-enzimático. O


sistema de defesa enzimático inclui as enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase
(CAT) e Glutationa Peroxidase (GPx). Essas enzimas agem por meio de mecanismos de
prevenção, impedindo e/ou controlando a formação de radicais livres e espécies não-radicais,
envolvidos com a iniciação das reações em cadeia que culminam com propagação e
amplificação do processo e, consequentemente, com a ocorrência de danos oxidativos. Já o
sistema de defesa não-enzimático inclui, especialmente, os compostos antioxidantes de
origem dietética como as vitaminas, minerais e compostos fenólicos. O ácido ascórbico
(vitamina C), o α-tocoferol e β-caroteno, precursores das vitaminas E e A são compostos
vitamínicos potencialmente antioxidantes.

12- Os efeitos potencialmente negativos da atividade física ocorrem porque o metabolismo


elevado do exercício aeróbico aumenta a produção de oxigênio reativo e de radicais livres.
Durante as alterações do fluxo sanguíneo e do aporte de oxigênio, a perfusão inadequada
durante o exercício intenso seguida por reperfusão substancial na recuperação acarreta na
produção excessiva de radicais livres. A reintrodução do oxigênio molecular durante a
recuperação também produz espécies de oxigênio reativas, que ampliam o estresse oxidativo.
Sendo assim, o potencial para lesão induzida pelos radicais livres aumenta durante o
traumatismo ou estresse e lesão muscular.

13- Essas vitaminas e minerais desempenham importantes funções protetoras dentro do


sistema de defesa antioxidante, eles podem agir diretamente, neutralizando a ação dos
radicais livres e espécies não-radicais, ou indiretamente, participando dos sistemas
enzimáticos. A vitamina E encontra-se no plasma e na partícula de LDL, protegendo lipídeos
da oxidação e auxilia na sinalização celular . Já a vitamina C participa do sistema de
regeneração da vitamina E, mantendo o potencial antioxidante plasmático, além de evitar o
dano oxidativo das células. Em relação aos minerais eles contribuem impedindo a formação
dos radicais livres ou espécies não radicais, neutralizando os radicais livres, impedindo,
assim, a ação desses sistemas varredores ou favorecendo o reparo e a reconstituição das
estruturas biológicas lesadas. Uma dieta com vitaminas antioxidantes apropriadas e outros
agentes quimioprotetores (nos alimentos consumidos) reduz o risco de doença cardiovascular,
acidente vascular encefálico (AVE), diabetes melito, osteoporose, catarata, envelhecimento
prematuro e diversos cânceres, incluindo os de mama, cólon distal, próstata, pâncreas, ovário
e endométrio.

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