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Nota de Aula
O brincar como experiencia criativa na psicanalise com crianças
DISCENTES:
Larissa Marinho
Amanda Sueli
Jaqueline Mirtes
Ana Gabriele
Amanda Cris
Erinalda Alves
TERESINA 07/2023
1. RESUMO
O tema investigado é o brincar como experiência criativa na psicanálise com crianças, partindo das
contribuições freudianas e aprofundando os conceitos winnicottianos, sobretudo em relação ao brincar:
uma noção que vai além do modo de expressão característico das crianças, relacionado à continuidade do
ser. O objetivo é refletir essa temática, considerando o brincar como fenômeno transicional e experiência
criativa própria à expansão do self. Duas vinhetas clínicas são trazidas, a fim de ilustrar as construções
teóricas da psicanálise com crianças, do brincar, do jogo do rabisco e da melodia como fenômeno
transicional. A título de conclusão, recorremos a uma série televisiva canadense, Anne with an “E”, para
refletir sobre a vida de uma adolescente que foi adotada por uma família que conseguiu ser um ambiente
suficientemente bom. Assim como nas sessões analíticas, entendemos que é preciso haver uma
disponibilidade para brincar, bem como um encontro frutífero entre as pessoas para que elas possam
concretizar seu potencial criativo.
INTRODUÇÃO:
A ideia de quo brincar na infância corresponde a fantasia e a escrita criativa na vida adulta
Tanto um escritor cirando quando uma criança brincando criam um mundo de fantasia e o vivenciam com
muita seriedade
Tanto a criança como o adulto só conseguem criar fantasia a partir do material a que teve acesso, podendo
ser pela leitura, pelas cenas do cotidiano ou por outra fonte
Uma brincadeira de jogar o carretel e puxar de volta tem um sentindo tão grande para a criança, que é o
desaparecimento e o retorno da mãe. O fato dele deixar a mãe sair sem reclamar, sabendo que ela
retornará, se transformara em uma forma de lidar com suas pulsões
Podemos assim pensar o brincar não só como meio de expressão, mas também como experiencia criativa.
É um fenômeno que se refere a uma dimensão do viver que não se reduz nem à realidade interna nem à
realidade externa.
Esse fenômeno acontece num lugar em que ambas as realidades se encontram e constitui-se a experiência
do brincar, e mais adiante as experiências culturais.
O objeto transicional, por sua vez refere-se à primeira possessão não-eu sendo assim caracterizado um
objeto que tem com ele, consolidado o sentimento de continuidade da existência. O brincar também
possibilita que a criança domine a situação de separação da mãe e outras situações que possam causar
sofrimento. Sua essência é a criação de um espaço transicional que pode ser transformado em um
desabrochar criativo.
Através do jogo do rabisco, o psicanalista pode observar como a criança lida com a frustração, a
ansiedade, a agressividade e outras emoções. O desenho também pode revelar fantasias, desejos e medos
da criança. Essa experiência criativa proporcionada pelo jogo do rabisco permite ao psicanalista
compreender melhor o mundo interno da criança e auxiliá-la no processo de desenvolvimento emocional.
Outra parte importante do texto é a discussão sobre o papel do brincar na psicanálise com crianças. O
brincar é considerado uma forma privilegiada de expressão infantil, pois permite que a criança explore
seu mundo interno de forma simbólica e lúdica. Através do brincar, a criança pode representar situações
vivenciadas, experimentar diferentes papéis e resolver conflitos internos.
O texto também aborda a importância da relação terapêutica entre o psicanalista e a criança. Através
dessa relação de confiança e empatia, o psicanalista pode criar um ambiente seguro e acolhedor para que
a criança se sinta à vontade para expressar seus pensamentos, sentimentos e fantasias. Essa relação
terapêutica é fundamental para o sucesso do processo psicanalítico com crianças.
Winnicott, em sua teoria do brincar criativo, enfatiza a importância do brincar na infância como uma forma
de expressão saudável e de desenvolvimento emocional. Para ele, o brincar é uma atividade espontânea e
criativa que permite à criança explorar suas fantasias, lidar com suas emoções e desenvolver habilidades
sociais. O brincar também desempenha um papel fundamental na relação mãe-bebê, pois é através do
brincar que a criança aprende a confiar no ambiente e a se relacionar com os outros.
No manejo clínico, Winnicott valoriza a relação terapêutica como um espaço de acolhimento e cuidado,
onde o terapeuta oferece um ambiente seguro para o paciente explorar seus sentimentos e pensamentos. Ele
enfatiza a importância da empatia e da compreensão das necessidades emocionais do paciente, buscando
promover um ambiente de confiança e segurança