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esforços pela tomada da psicanálise como ciência

discussão sobre o estatuto espistemológico da ciência.

Coloca-se à prova as mesmas questões que se coloca nas ciências

o que em psicanálise pode ser considerado um fato verificável?

a teoria sempre parte da empiria - na relação analítica.

é o que ali ocorre que deve ser considerado. o que corresponderia aos “fatos observáveis"

critérios:

1) Entra no campo da investigação do tto a parte da experiência passível de ser dita. Linguagem
como instrumento de seu método. o método psic é fazer falar, fazer ouvir. Passar pelas
palavras, mirar na exclusão do acting out, para que a demanda surja pela palavra e que ele
possa ouvi-la. Discurso em psicanálise é tido como um critério. psic é um trabalho de fazer
falar e fazer ouvir. A pulsão que ordena o desejo está sempre presente; na relação analítica
vem na forma da fala, da palavra. Os fatos não são cptos observáveis, são relatórios. os
sintomas são falados, os sonhos são contados ao despertar. Fatores verbalizados desse
relatório.
2) A situação analítica não seleciona só o que é dito, mas que esse dito seja dito à outra pessoa.
Aspecto da transferência. Sintoma é aquilo que repete algo ao qual eu não tenho um
significado. o sintoma é da ordem de um ste que se repete na medida em que não há um
sdo. Recordar fica bloqueado; na medida em que ganha um sdo, ganha um movimento,
deixa de ser estar retido. Consequentemente, toda vivência do sujeito fica bloqueada,
congelada em determinados pontos. A possibilidade da palavra ser dita a um outro na
transferência faz com que flua a sequência de stes. quanto maior a resistência em recordar,
mais sujeito à repetição. Resistência está em relação ao conteúdo recalcado, e quanto mais
está presente, mais será substituída pela repetição. repete por não conseguir recordar. a
noção de transf como o principal instrumento para domar a compulsão à repetição e
transformá-la num motivo para recordar. Tem este efeito pois constitui algo como um
espaço, uma arena, onde se pode ler a relação de um sujeito com outro. relação transf na
situação analítica mimetiza as relações primeiras do sujeito. endereçamento da linguagem a
um outro (semelhante). A relação com o outro não é uma relação qqr, mas uma em que o
sujeito se coloca frente a ela como se coloca nessa relação primária e frente a um outro que
tb deseja. Primeira relação é simbiotizada e em determinada momento é cortada pelo
terceiro elemento. função paterna é uma função de proteção. para que o sujeito tenha seu
próprio desejo, ele necessita ser barrado. A mediação do outro é constitutiva do sujeito,
desejo que pode ser expressado. Na medida em que coloco meu desejo endereçado a um
outro, posso elaborar esse desejo ao mesmo tempo em que eu me insiro nessa relação
social, nessa relação de dois. esse outro pode responder, recusar, ameaçar. Reproduz aquilo
que o social nos aponta. Pela transf, a relação com o outro, a psic examina todas as
possibilidades, transpondo aquilo que engendrou a situação neurótica (trauma), a qual o
sujeito busca uma saída q não seja pelo sofrimento. Isso se dá nesse cenário, o setting. A
cura em psic é chegar na condição de desejar.
3) coerência e resistência de certas manifetações do ics. Levou freud a falar de realide psíq x
realidade material. no mundo da neurose, é a realid psíq que desempenha um papel
dominante. sintomas e fantasias renunciam à toda relação com a realidade exterior. A
realidade existe e serve de contraponto, mas algo do imaginário suplanta isso. Aquilo que é
da realid psíq é o que conforma o sujeito. Oq é um fato em psic? A psic prioriza a realidade
psíq como material da observação. nao se fala no que seja observável. O sujeito está
povoado por algo que é da ordem de uma invenção de si. o mito traz toda nossa história,
presente, passada (até ancestral), atualizando. Fantasia como paradigma da realid psíq. o
que é pertinente não são fatos observáveis, mas s sção que os acontecimentos assumem
para o sujeito. sção do fato e como o sujeito assume para si.
4) A história do sujeito, a narrativa do sujeito, construída por si. Fatos que ganham sções.
recordações que recebem o estatudo de fato e que recobrem a experiência traumática. As
recordações encobridoras são como um bálsamo para que o sujeito possa tocar a vida. A
recordação efetiva deve substituir a repetição. sintoma repete aquilo que não consigo
recordar ou rememorar, aquilo do trauma que não consigo restituir, que não pode entrar
numa cadeia ste. Tornar-se capaz de formar sequências stes e conexões que seriam
ordenadas. a história de vida do sujeito é inventada - não é o conteúdo que importa, mas a
estrutura narrativa de história. só pode ser contada no só-depois. falar, falar, falar para
alguém que possa ouvir e fazê-lo ouvir. A história nunca é linear. Estrutura narrativa da
existência.

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