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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Licenciatura em Nutrição

Disciplina Imunologia
Título do Trabalho
Doença Celíaca
Nome do Aluno:
Hermengarda Guilherme
Código do estudante: 71220666

Quelimane, setembro de 2023


índice

1. Introdução…………………………………………………………………………………2

2.1. Definição…………………………………………………………………………….4

2. 2. Doença celíaca……………………………………………………………………….4

2. 3. Fisiopatologia………………………………………………………………………..4

2. 4 Quadro clínico………………………………………………………………………...5

2. 5 Classificação da doença celíaca………………………………………………………5

2. 6 Diagnóstico…………………………………………………………………………...5

2. 7 Manifestações extras intestinal da doença celíaca……………………………………6

2. 8 Tratamento……………………………………………………………………………6

3. Conclusão………………………………………………………………………………………7

4. Bibliografia……………………………………………………………………………………..8
Introdução

A doença celíaca (DC) é uma enteropatia inflamatória auto-imune causada pela ingestão de
glúten, em indivíduos geneticamente suscetíveis a doença. O espectro epidemiológico desta
doença tem vindo a crescer. O glúten é o principal constituinte proteico do trigo, do centeio e da
cevada. Nestes alimentos, a fração de glúten solúvel em álcool (designada de gliadina, hordeína e
secalina, respetivamente) é considerada tóxica para os doentes celíacos, provocando um estado
inflamatório crónico da mucosa do intestino delgado que se acompanha de atrofia das
vilosidades e hiperplasia das criptas intestinais. Como se apresenta a doença celíaca é variável,
podendo em alguns pacientes ser assintomáticos, manifestar sintomas de má absorção intestinal
ou um quadro clínico onde predominam manifestações extraintestinais (dispepsia, fadiga,
infertilidade, doenças do foro neurológico, osteoporose, dermatite herpetiforme, entre outras). A
perceção da pluralidade de manifestações que a doença celíaca pode abarcar serve de suporte
para a sua classificação como doença multissistémica em alternativa a uma patologia
exclusivamente do foro gastrointestinal. E comum os sintomas clínicos e dano da mucosa
intestinal, o consumo de glúten leva à produção de anticorpos Imunoglobulina, contra a enzima
transglutaminase tecidular, em quase todos os pacientes. Os aminoácidos do glúten por parte
desta enzima também podem ser alvo de anticorpos resultantes da ativação da imunidade
humoral. Sendo indiscutível o papel do glúten na inflamação e na autoimunidade, a doença
celíaca é um exemplo único no qual o diagnóstico precoce por serologia e o tratamento podem
prevenir complicações severas. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, por estar em
concordância e harmonia com o tema proposto. Por meio de trabalho e temas já discutidos sobre
o assunto por forma a coletar dados para harmonização da informação para elaboração do
trabalho utilizando como base de livros, materiais impressos e sites da internet.
Definição

Doença celíaca

É uma doença autoimune crônica do intestino delgado causado por uma reação ao glúten em
pessoas com predisposição genética. Também pode ser definida como sendo intolerância
hereditária ao glúten que causa alterações características no revestimento do intestino delgado,
resultado em má absorção. Esta pode ser conhecida por enteropatia sensível ao glúten, é uma
doença do intestino delgado caracterizada pela intolerância ao glúten uma proteína presente em
diversos alimentos, como trigo, aveia e cevada. Ela tem origem imunológica (autoimunologica) e
se caracteriza por produzir uma intensa reação inflamatória no intestino delgado sempre que
exposto a alimentos que contêm contenham glúten. A doença celíaca é um distúrbio hereditário
que normalmente afeta pessoas de ascendência norte europeia.

Fisiopatologia

O intestino delegado tem vilosidades que fazem parte da mucosa intestinais, que possui vasos
sanguíneos e linfáticos que recebem os produtos obtidos através do processo de digestão. Em
indivíduos com Doença Celíaca o glúten ativo mecanismos inflamatórios e imunológicos que
lesionam o epitélio intestinal acarretando em certa medida a deformação destas vilosidades. O
tecido epitelial do intestino desses pacientes apresenta um aspecto liso, gerando assim uma
diminuição da superfície de absorção de nutrientes e o surgimento da sintomatologia da doença
(FARRELL; KELLY, 2010). Esta doença pode ter diversos factores, sendo assim são eles:
fatores genéticos, imunológicos e bioquímicos. Tendo como base para sua etiopatogenia um
processo inflamatório causado pela resposta imune inapropriada das células T intestinais, quando
entram em contato com os peptídeos de glúten.

Classificação da doença celíaca

A doença celíaca pode ser classificada de acordo localização (extra ou Intra intestinal),
subclínica e estádios da doença: Intra intestinal (clássica) caracteriza se por apresentar com
sinais e sintomas de má absorção no caso de diarreia, esteatorreia, insuficiência de crescimento
ou perda de peso. apetite pobre, hipotrofia muscular glútea e distensão abdominal, além de
poderem apresentar sinais de sofrimento emocional e letargia. No caso de Extraintestinal ou
não clássica apresenta-se sem sinais e/ou sintomas de má absorção. Pacientes podem apresentar
dor abdominal recorrente, constipação refratária ou manifestações extraintestinais. na subclínica
são os pacientes que não apresentam sintomas sugestivos, ou seja, doentes silenciosos, mas
possuem teste sorológico positivo e biópsia com evidência de atrofia de vilosidades intestinais.
No caso doença celíaca em Potencial são pacientes que tem resultados positivos para anticorpos
específicos da doença celíaca, mas nunca apresentaram biópsia compatível com a doença e não
apresentam sintomas, podendo não desenvolver a doença. a faze lactante os pacientes
apresentaram todos os critérios diagnósticos em algum momento da vida, mas posteriormente
recuperaram e tiveram uma biópsia duodeno/jejunal normal e pouco ou nenhum sintoma, mesmo
numa dieta composta por glúten.

Quadro clínico

A doença celíaca pode se desenvolver logo na infância e outras não desenvolvem sintomas da
doença no decorrer da idade adulta. O sintoma de gravidade depende de quanto o intestino
delgado for afetado. Muito adulto não apresenta quaisquer sintomas digestivo. Em crianças a
introdução de alimentos como as sereias com glúten pode começar a desenvolver sintomas,
podendo se notar, algumas crianças leves desconforto no estomago e excecionalmente fétidas
muscular e não cresce na velocidade normal e parecem fracas, pálidas e apáticas. Podendo
começar a desenvolver as fazes ou classificação da doença celíaca já descrito anteriormente.

A forma clássica também conhecida de típica, nesses casos os pacientes apresentam diarreia
crônica com esteatorreia, perda de peso e distensão abdominal. Pode evoluir com formas clínicas
graves e infecção bacteriana secundária, havendo chance até mesmo de ser fatal com
desidratação hipotónica e hipopotassemia. A forma não gastrointestinal também chamada de
atípica cursa com sintomas inespecíficos e quadro gastrointestinal não exuberante, com queixas
extra-TGI. A doença celíaca pode estar “camuflada " diante de queixas como baixa estatura,
anemia ferroprivas refratária, deficiência de folato e B12, alterações ósseas.

Diagnóstico

O diagnostico da doença celíaca é feito por meio de: Marcadores sorológicos e Biópsia do
intestino delgado. A se suspeitar uma doença celíaca clinicamente e por alterações laboratoriais
sugestivas de má absorção. A historia familiar deve se levar em conta. A confirmação do
diagnóstico depende de biópsias do intestino delgado na segunda porção duodenal. Os achados
incluem falta ou encurtamento dos vilós (atrofia vilosa), células Intra epiteliais com número
aumentado e hiperplasia de criptas. Entretanto, esses achados também podem ser encontrados no
espru tropical, Hipercrescimento bacteriano do intestino delgado grave, enterite eosinofílica,
enterite infecciosa e linfoma. Em caso de falta de especificidade das biópsias, os marcadores
sorológicos podem ajudar no diagnóstico nos casos de verificação de anticorpos específicos
produzidos. Em caso de nenhum dos testes seja positivo, o paciente deve ser submetido à biópsia
de intestino delgado. Se ambos forem negativos, a doença celíaca é bastante improvável.

Manifestações extras intestinal da doença celíaca

Anemia ferroprivas, Anorexia, Infertilidade, Constipação Ataxia, neuropatia periférica, Náuseas


e vômitos Dermatite herpetiforme, Refluxo gastroesofágico Alteração de esmalte dentário,
Artralgia, artrite, mialgia, Pancreatite, Hipotrofia muscular, Retardo de puberdade, Baixa estatura,
Aftas e úlceras orais, Osteopenia/osteoporose/ fraturas patológicas, Cefaleia e deficiências de
vitamina de D. Os sintomas gastrointestinais mais frequentes são a dor abdominal, geralmente
de tipo cólica, a distensão abdominal intermitente, dispepsia e alterações dos hábitos intestinais.
A diarreia não é um sintoma obrigatório e até 50% dos doentes adultos apresentam obstipação
como forma predominante.

Tratamento

O tratamento consiste na exclusão do glúten da dieta por toda vida. o paciente deve ser orientado
a não ingerir nenhum alimento que contêm trigo, aveia, cevada e centeio. É importante que se
lembre dos alimentos que podem conter glúten" escondido", como cremes, molhos e até
comprimidos. A eliminação completa do glúten da dieta dos pacientes com doença celíaca leva à
remissão sintomática, serológica e histológica na maioria dos pacientes. Com a aderência à dieta
livre de glúten o crescimento e desenvolvimento das crianças se normalizam, e muitas
complicações da doença nos adultos são evitadas. Embora a maioria dos pacientes apresentam
uma resposta clínica rápida a uma dieta livre de glúten, a velocidade varia de pacientes. Os
pacientes graves podem requerer hospitalização, reposição de líquidos e eletrólitos nutrição
intravenosa e ocasionalmente corticoide. Os pacientes com casos severos que requerem
hospitalização são descritos como tendo uma crise celíaca. Os pacientes devem ser encorajados a
consumir alimentos naturais ricos em ferro e folato, especialmente se houver deficiência
documentada desde minerais. Os pacientes devem consultar um nutricionista bem informado a
respeito das dietas livre de glúten.

Conclusão

A doença celíaca é uma intolerância hereditária ao glúten que causa alterações no intestino
delgado, sendo que algumas pessoas podem apresentar os sintomas da doença na infância, sendo
que o diagnóstico é feito com base nos sintomas que o paciente apresenta, também serão
necessários exames clínicos para chegar ao diagnóstico exato, o seu tratamento consiste na
eliminação dos alimentos que podem ter glúten, precisa de um acompanhamento de um
nutricionista para monitorar a adesão a dieta. A DC é uma enteropatia com alta prevalência no
mundo todo e possui grande variabilidade de apresentação clínica, tornando seu diagnóstico
muitas vezes desafiador. Sua evolução pode ser assintomática, nunca sendo diagnosticada, até
quadros muito sintomáticos, que se não tratados irão levar a prejuízo no crescimento e
desenvolvimento em crianças.

Devido a essa ampla variação de sintomas, às suas graves consequências, ao fato da DC ser uma
doença de fácil rastreio e com tratamento bem estabelecido e eficaz, é importante que ocorra a
conscientização dos médicos para que haja um aumento na sua suspeita e consequente maior
número de diagnósticos.
Bibliografia

1. Malamut G, Afchain P, Verkarre V, Lecomte T, Amiot A, Damotte D, et al.


Apresentação e seguimento a longo prazo da doença celíaca refratária: comparação do
tipo I com tipo II. Gastroenterologia. 2009;136(1):81-90

2. Original A. Artigo Original linfoma cutâneo primário de células t periférico e doença


celíaca. Rev Assoc Médica Bras. 2009;55(3):253–6.

3. Fric P, Gabrovska D, Nevoral J. Doença celíaca, dieta sem glúten e aveia. Nutrição
Comentários. 2011;69(2):107-15.

4. https://Fric P, Gabrovska D, Nevoral J. Doença celíaca, dieta sem glúten e aveia.


Nutrição Comentários. 2011;69(2):107-15.

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