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CADERNO 4 LÍNGUA PORTUGUESA

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APRIMORANDO
TA
PROPOS

13 HABILIDADES

Nome:

Turma: Data: / /

Atividades

Leia o texto e responda às questões:

A lenda da Vitória-Régia
Há muitos e muitos anos, em
certas noites, a lua, chamada

Bruna Ishihara/Arquivo da editora


Jaci pelos índios tupis-guaranis,
aparecia com todo o seu esplen-
dor para iluminar uma aldeia na
Amazônia brasileira.
Sabia-se que Jaci, quando se
escondia atrás das montanhas,
sempre levava consigo as jovens
de sua preferência e as transfor-
mava em estrelas no céu.
Acontece que uma moça da tri-
bo, a guerreira Naiá, vivia sonhan-
do com esse encontro, e seus
olhos brilhavam quando pensava
no grande dia em que seria convi-
dada pela deusa Jaci. No entanto,
os anciões da tribo alertavam:
— Naiá, as moças são trans-
formadas em estrelas depois que
são tocadas pela formosa deusa.
Não tem volta, Naiá!

1
Mas quem conseguia convencê-la? Naiá queria porque queria ser levada
pela lua, para ser estrela no céu e brilhar ao lado de Jaci!
Nas noites claras da floresta, ou quando apenas um pedacinho da lua apa-
recia no céu, a índia sonhadora corria e implorava pelo toque de Jaci, sem
nunca a alcançar.
Naiá subia nos galhos mais altos das árvores ou pernoitava no cume dos
morros silenciosos, na esperança de ascender ao céu pelo convite da deusa.
Mas Jaci sumia na imensidão do céu, para depois ressurgir linda, redonda
e brilhante. Enquanto isso, a jovem índia apenas definhava. Naiá já não sentia
fome nem sede. E não havia pajé que a curasse do seu imenso desejo.
Uma noite, tendo parado para descansar após longa caminhada, Naiá
sentou-se à beira de um lago. Viu, então, na superfície, a imagem da deusa:
a lua estava bem ali, ao seu alcance, refletida no espelho d’água. Naiá, pen-
sando que a Lua descera para se banhar, mergulhou fundo ao seu encontro
e se afogou.
Jaci, comovida com tão intenso desejo, quis recompensar o sacrifício da
bela jovem índia e resolveu metamorfoseá-la em uma estrela diferente de to-
das aquelas que brilhavam no céu.
Assim, Naiá foi transformada na “Estrela das Águas”, única e majestosa, que
é a vitória-régia ou mumuru, como é chamada pelos índios tupis-guaranis.
Conta-se que, por isso, as flores perfumadas e brancas da vitória-régia só
se abrem à noite: uma homenagem à Jaci, a deusa Lua. E, ao nascer do sol, as
flores ficam rosadas, como o rosto da índia guerreira Naiá.
A lenda da Vitória-Régia [recurso eletrônico]. DF: MEC/Sealf, 2020. (Coleção Conta pra Mim).
Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/conta-pra-mim/livros/versao_digital/vitoria_
regia_versao_digital.pdf. Acesso em: 28. jun. 2022. p. 3-14.

1 Qual é o fato que o texto procura explicar?

2 Sobre a narrativa, responda:

a) Que problema surge para modificar a situação inicial?

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 13 2


b) Em qual parágrafo acontece o clímax, isto é, o ponto máximo de tensão na
história narrada?

c) Como o conflito é resolvido?

3 Identifique a quem os pronomes destacado se referem:

a) Sabia-se que Jaci, quando se escondia atrás das montanhas, sempre levava
consigo as jovens de sua preferência e as transformava em estrelas no céu.

b) Jaci, comovida com tão intenso desejo, quis recompensar o sacrifício da


bela jovem índia e resolveu metamorfoseá-la em uma estrela diferente de
todas aquelas que brilhavam no céu.

c) Naiá já não sentia fome nem sede. E não havia pajé que a curasse do seu
imenso desejo.

4 Leia os trechos retirados da lenda e faça o que se pede:

a) Circule o substantivo utilizado para se referir à lua.


Naiá subia nos galhos mais altos das árvores ou pernoitava no cume dos
morros silenciosos, na esperança de ascender ao céu pelo convite da deusa.

b) Sublinhe o substantivo utilizado para se referir a Naiá:


Mas Jaci sumia na imensidão do céu, para depois ressurgir linda, redonda
e brilhante. Enquanto isso, a jovem índia apenas definhava.

5 Observe o quadro de palavras e responda às perguntas:

hortelã – hipopótamo – harpa – hélice


hoje – humanidade

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 13 3


a) Se retirarmos a letra h, a pronúncia dessas palavras seria a mesma? Por quê?

b) Quais são as letras aparecem após a letra h?

c) Complete as frases:

Na Língua Portuguesa, a letra no ínicio das palavras não


tem e está sempre acompanhada por .

6 Reescreva, com suas palavras, a história narrada na lenda da Vitória-Régia.

Planejamento

1. Releia o texto e anote as seguintes informações:

Situação inicial

Conflito ou problema

Clímax

Desfecho

2. Identifique no texto:
Quem são os personagens.

Onde e quando se passa a história.

Quais são os fatos principais.

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Registro
Reescreva a história mantendo a ordem dos fatos narrados como no texto
original. Use o planejamento elaborado na etapa anterior.

Revisão
Faça a revisão do seu texto. Verifique se:

1. apresentou uma situação inicial e um conflito;

Colorfuel Studio/Shutterstock
2. elaborou uma resolução para o conflito e se ela é con-
vincente;

3. recontou a história mantendo-se fiel ao texto original;

4. evitou a repetição de palavras usando pronomes ou pala-


vras sinônimas;

5. pontuou e grafou as palavras corretamente;

6. usou vocabulário simples e empregou uma linguagem adequada aos leitores;

7. marcou a passagem do tempo na narrativa com expressões como: no dia


seguinte, à noite, de manhã, antes, depois, etc.;

8. atribuiu um título ao texto.

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Leia um trecho desta crônica:

É índio ou não é índio?


Certa feita tomei o metrô

Reprodução/Companhia das Letrinhas


rumo à praça da Sé. Eram meus
primeiros dias em São Paulo, e
eu gostava de andar de metrô e
ônibus. Tinha um gosto especial
em mostrar-me para sentir a re-
ação das pessoas quando me
viam passar. Queria poder ter a
certeza de que as pessoas me
identificavam como índio a fim
de formar minha autoimagem.
Nessa ocasião a que me re-
firo, ouvi o seguinte diálogo
entre duas senhoras que me
olharam de cima a baixo quan-
do entrei no metrô:
— Você viu aquele moço?
Parece que é índio — disse a
senhora A.
— É, parece. Mas eu não tenho tanta certeza assim. Não viu que ele usa
calça jeans? Não é possível que ele seja índio usando roupa de branco. Acho
que ele não é índio de verdade — retrucou a senhora B.

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— É, pode ser. Mas você viu o cabelo dele? É lisinho, lisinho. Só índio tem ca-
belo assim, desse jeito. Acho que ele é índio, sim — defendeu-me a senhora A.
(...)
Eu estava ouvindo a conversa de costas para as duas e de vez em quando
ria com vontade. De repente senti um leve toque de dedos em meu ombro.
Virei-me. Infelizmente elas demoraram a chamar-me. Meu ponto de desembar-
que estava chegando.
Olhei para elas, sorri e disse:
— Sim!
MUNDURUKU, Daniel. Ilustrações de Laurabeatriz. É índio ou não é índio? In : Histórias de índio.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996. p. 34.

1 Uma das características da crônica é abordar situações comuns do dia a dia.


Qual fato inspirou o autor a escrever essa crônica?

2 No texto, as duas senhoras conversam sobre o rapaz que está no metrô.

a) As duas tinham a mesma ideia sobre ele ser ou não um indígena? Justifi-
que a sua resposta.

b) Quais características as senhoras citavam para tentar convencer uma à outra?

Senhora A

Senhora B

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 14 7


3 Na crônica, o nome das senhoras não é citado. Por quê?

4 Substitua as palavras destacadas pelo pronome nós e faça a concordância


necessária.

a) Laura viajava todas as férias para o interior.

b) Aos domingos, Pedro jogava vídeo game com os amigos.

c) Lourdes e Bruna saíam da escola e passavam a tarde brincando.

d) Os atletas corriam muito e lançavam a bola em direção ao gol.

e) No inverno, a família comprava cobertores para doar aos necessitados.

5 Complete as frases com uma das palavras que estão entre parênteses.

a) Espero que Lúcio o lanche com o amigo. (dívida/divida)

b) Para resolver qualquer problema, o é sempre a melhor es-


tratégia. (diálogo/dialogo)

c) Fomos de de Itaquera à Barra Funda. (metrô/metro)

d) Pedro Paulo entregou o documento para a da escola. (se-


cretária/secretaria)

e) O é um animal interessante. (camelô/camelo)

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 14 8


6 Observe as palavras do quadro:

médico – encantar – índio – ânsia


você – caderno – hábito

a) O que você observa sobre as sílabas destacadas?

b) Por que as palavras ânsia e você recebem acento circunflexo?

c) Quais palavras do quadro são proparoxítonas?

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Leia este relato de memória:

O polvo
Uma das minhas diversões pre-
feridas, quando menino, era pescar.
Às vezes, pescava próximo à oficina
da Estrada de Ferro, num córrego
que não tinha mais que dois palmos
de fundura; nele havia garrafas, pe-
daços de canos, onde o peixe-sa-
bão costumava se esconder. Eu vi-
nha com cautela, segurava o cano
tapando-lhe as duas extremidades
com as mãos e o pegava. Pesca
mais difícil era “arrastar” camarão:
usava um cofo (espécie de cesto de
palha), que vinha arrastando pelo
fundo d’agua, junto à areia, onde os
camarões ficavam, e os ouvia sal-
tando dentro dele.
Junto ao cais estava uma velha
draga, enferrujada, que apodrecia
Bruna Ishihara/Arquivo da editora

ali, tomada pela lama e pelos ca-


ranguejos. Quando a maré baixa-
va, em volta da draga restava uma
poça de água rasa, que era um

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pouco mais funda junto à hélice da popa. Certo dia, desci até lá e fiquei
olhando a água cristalina; foi quando percebi, colado ao casco da draga, um
animal estranho, de pouco mais de um palmo – um polvo! Tentei pegá-lo mas,
num átimo de segundo, ele soltou sua tinta e sumiu na água subitamente es-
cura. Que espertalhão!
Até ali, polvos, para mim, eram os do cinema, enormes, que com seus ten-
táculos abraçavam submarinos e navios. Mas aquele polvinho tão pequeno
e tão esperto me fascinou muito mais que os grandes. Como é maravilhosa a
natureza: cria bichos que andam, bichos que voam e os que vivem no fundo
do mar a; alguns dá asas, a outros nadadeiras e o polvo ela o fez movido a jato.
A natureza deu olhos aos animais para que vejam o mundo e se vejam, mas ao
polvo lhe deu uma tinta para turvar a água e não ser visto!
GULLAR, Ferreira. O touro encantado. São Paulo: Salamandra, 2005.

1 O texto “O polvo” tem a finalidade de:

relatar memórias da infância do autor.

defender uma ideia do autor.

informar sobre a vida do autor.

2 Onde o autor costumava a pescar quando criança?

3 Ao escrever suas memórias, que sentimentos o autor mostra? Justifique sua


resposta.

4 Substitua as palavras destacadas por sinônimos:

a) Eu vinha com cautela, segurava o cano tapando-lhe as duas extremidades


com as mãos e o pegava.

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 15 11


b) Tentei pegá-lo mas, num átimo de segundo, ele soltou sua tinta e sumiu na
água subitamente escura.

c) Mas aquele polvinho tão pequeno e tão esperto me fascinou muito mais
que os grandes.

5 Complete as palavras com R ou RR.

en olar bo acha des espeito

atazana en aizado bi a

fe ão isada en edo

is aelense co imão elógio

ba iga en abichado en oscado

6 Forme novas palavras trocando R por RR.

aranha coro

era careta

caro muro

encerado tora

barão cera

carinho careira

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Leia o texto e responda às questões.

Ditados populares
Sou brincalhão de palavras
Com essa literatura
Dos ditados populares
Eu tenho desenvoltura
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura

Vou contar outro ditado


No meu verso mais louco
Atenção meu pessoal
Quero ouvir refrão de troco
Que a alegria do pobre
Sempre dura muito pouco

Outro dito popular


Onde afirmo que sei
Serão da boca do povo
Todo dito já é lei
Em terra onde vive cego
Quem tem um olho é rei

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(...)
Para a plateia presente
Brinco com os meus cordéis
Já ouvi da minha mãe
E apresento os papéis
Me digas com quem tu andas
E eu te direis quem és
OBEID, César. Minhas rimas de cordel. São Paulo: Moderna, 2013.

1 Quem se apresenta nos versos da primeira estrofe é alguém que:

diz que não sabe lidar com as palavras.

não gosta de brincar com as palavras.

afirma conhecer bem os ditados populares.

2 Releia os versos:
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura

Que ideia eles transmitem?

3 Copie os versos do cordel que indicam que ele foi criado para ser declamado
em voz alta para muitas pessoas.

4 Releia o cordel e responda:

a) As estrofes são compostas de quantos versos?

b) Quais palavras rimam na 1ª e 3ª estrofes.

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 16 14


5 Complete os ditados populares com mal ou mau:

a)
“Não há que sempre dure, nem bem que sempre perdure.”

b)
“Todo bom cobrador é pagador.”

c)
“O leão não é tão como o pintam.”

d)
“Antes só do que acompanhado.”

6 Você vai escrever a seguir versos para acrescentar ao cordel “Ditados popu-
lares”, de César Obeid. Escolha, pelo menos, dois ditados populares abaixo
para escrever seu texto.

1. Antes um pássaro na mão do que dois voando.

2. Cada macaco no seu galho.

3. Uma andorinha só não faz verão.

4. Em cavalo dado, não se olham os dentes.

5. Filho de peixe, peixinho é.

6. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Planejamento

1. Defina quantas estrofes você escreverá.

2. Decida em quais versos terão palavras que rimam em cada estrofe.

Registro
Em folha avulsa, escreva o texto em versos utilizando as ideias
Colorfuel Studio/Shutterstock

que organizou no Planejamento. Ao escrever:

1. organize o texto em estrofes, cada uma com o mesmo nú-


mero de versos das estrofes que já compõem o cordel “Dita-
dos populares”.

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 16 15


2. use recursos como ritmo, rimas e sonoridade para dar expressividade ao texto.

3. escreva as palavras corretamente.

4. pontue o texto adequadamente.

Revisão
Para revisar seu texto, responda às perguntas. Sempre que responder “não”,
retome o texto e faça os ajustes necessários.

SIM NÃO

O texto está escrito em versos?

Os versos estão agrupados em estrofes?

As estrofes estão compostas com o mesmo número


de versos do texto que estou dando continuidade?

O texto apresenta rimas?

Em cada estrofe, foi utilizado um ditado popular?

As palavras estão grafadas corretamente?

A pontuação está adequada?

4º- Ano · Caderno 4 · Língua Portuguesa · Proposta 16 16

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