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Testes Específicos para

Fisioterapia

Emilia Alencar
Ombro
1. Teste de Yergason

 Yergason – Estabilidade da porção longa do bíceps


braquial.
 Objetivo (O) – Testar a estabilidade da porção longa do
bíceps braquial no interior do sulco bicipital.
 Estática (E) – Paciente em pé ou sentado, ombro
aduzido e cotovelo fletido à 90o fisio segura no punho e
no cotovelo do paciente.
 Dinâmica (D) – Realiza uma rotação externa do ombro
até encontrar resistência e simultaneamente puxar o
cotovelo para baixo.
 (Sinal +) - Ocorre o ressalto do tendão do bíceps e o
paciente refere dor na região anterior do ombro, sendo
que a dor é mais evidente nos processos agudos e o
ressalto mais evidente nos processos degenerativos ou
crônicos.
Teste de Yergason
02. Teste da queda de braço
 (O.) detectar ruptura da bainha rotatória
(principalmente supra espinhoso).
 (E.) Paciente em pé ou sentado, braço ao longo do
corpo.
 (D.) Paciente realiza uma abdução do braço a 90º e
retorna a posição inicial vagarosamente.
 (Sinal +) Paciente não controla a descida do braço =
não realiza a contração excêntrica do supra
espinhoso (RUPTURA).Se o paciente mantiver o
braço ABD, ao leve toque este penderá ao lado do
corpo.
05.Teste da Abd. Ativa
 (O.) Determinar a síndrome
do arco doloroso
 (E) Braço ao longo do corpo

 (D) Pede-se para realizar


abdução ativa
 (Sinal +) O paciente sente
dor quando estar numa
determinada amplitude (40º
a 110º).
“Com a diminuição do
espaço comprime as
estruturas da bursa
subacromial e o tendão do
supra espinhoso.”
Cotovelo
01. Teste de estabilidade articular
 (o.) Avaliar a integridade ligamentar.
 (E.) Paciente sentado, cotovelo com discreta
semiflexão, musculatura relaxada.
 Fisio segura na parte do braço e do antebraço
(articulação do cotovelo e do punho).
 (D.) fisio: - realiza um stress em valgo para testar o
ligamento colateral medial.
Realiza um stress em varo para testar o ligamento
colateral lateral, palpando a interlinha articular do
cotovelo.
 (Sinal +) quando ocorre uma abertura excessiva de
algum dos compartimentos.
2. Sinal de Tinel
 (V.D.) determinar a existência de neuroma
ao nível do nervo ulnar.
 (E.) paciente sentado, cotovelo fletido e
antebraço supinado.
 Fisio segura no punho do paciente.
 (D.) fisio percute entre o olecrano e o
epicôndilo medial.
 (Sinal +) sensação de formigamento pelo
antebraço e se distribuindo até a mão.
03. Teste do cotovelo de
tenista
 (V.D.) detectar a epicondilite lateral (m. extensora)
do úmero através da reprodução da dor.
 (E.) paciente sentado, ombro ADD, cotovelo fletido
e antebraço pronado, mão fechada. Fisio com uma
das mãos apoiando o cotovelo e com o polegar livre
(para determinar o ponto doloroso e a outra mão
sobre a região dorsal da mão).
 (D.) paciente realiza o movimento de extensão do
punho com resistência do fisio sobre a mão do
paciente, tentando forçar seu punho para uma
flexão.
 (Sinal +) paciente refere dor no epicôndilo lateral do
úmero.
Nota: Para o cotovelo de golfista substitui: pronado
por supinado, extensão por flexão e a resistência do
fisio para extensão.
Teste do cotovelo de tenista
Mão e Punho
1.Teste de flexão forçado dos dedos
 (V.D.) Avaliar a tenossinovite estenosante
digital.
 (E) Palma da mão do paciente voltada para
cima e a mão do terapeuta apoiando o
antebraço.
 (D) Paciente realiza a flexão dos dedos da
mão e no final desta o fisio pressiona a mão
para uma flexão maior e pede para o
paciente abrir a mão.
 (Sinal +): o dedo fica preso.
02. Finkelstein
 (V.D.) Avaliar a tenossinovite de Quervain –
Tendinite do Abd longo e extensor curto longo do
polegar.
 (E.) paciente sentado, ombro aduzido, cotovelo
fletido 90o, antebraço pronado, polegar fletido e
aduzido, mão fechada. Fisio apóia o antebraço do
paciente e a outra sobre o dorso da mão.
 (D.) Paciente realiza o desvio ulnar
 (Sinal +) refere dor na apófise estilóide do rádio.
Finkelstein
03. Teste de Froment
 (V.D.) detectar a lesão no nervo ulnar.
 (D.) paciente segura uma folha de papel
entre as falanges distais do polegar e
indicador ou entre a metacarpofalangeana do
indicador e o polegar.
 Fisio busca a folha de papel.
 (Sinal +) paciente deixa sair a folha
facilmente.
03. Teste de Oponência

 (V.D.) detectar lesão do nervo mediano


 (E.) paciente com os dedos das mãos
aduzidos.
 (D.) paciente toca com a falange distal do
polegar nas falanges distais de todos os
dedos (um de cada vez).
Coluna
01. Teste de tração e compressão cervical
(JACKSON)
 (O). avaliar o pinçamento do plexo braquial e
hérnia discal
 (E.) paciente sentado
 Fisio segura no queixo e no occipital
 (D.) realizar uma tração (para cima)
removendo o peso que faz a cabeça no
pescoço.
 (Sinal +) paciente refere alívio da dor.
 Compressão
 (O.) Também testar a dor referida para o membro
superior e lesão discal.
 (E.) paciente sentado.
 Fisio com as mãos sobre o topo da cabeça do
paciente.
 (D.) Pressionar (para baixo) o topo da cabeça.
 (Sinal +) paciente refere dor.
Nota:Paciente refere dor na tração e na
compressão significa alteração de ombro.
02. Teste de Valsalva
 (O.) detectar lesão que ocupe o canal
vertebral (tumor ou hérnia de disco).
 (E.) paciente sentado braços ao longo do
corpo
 (D.) fisiot pede para o paciente prender a
respiração e fazer força como se fosse
evacuar.
 (Sinal +) o paciente refere que a dor se
agravou e indica a localização exata da dor.
03. Teste de Laségue
 (O.) Determinar a compressão do nervo ciático, o
encurtamento muscular, hérnia discal ou protusão discal.
 (E.) Paciente em D.D. com os MMII em extensão.
 Fisiot segura na pelve e no pé, fazendo uma ligeira
dorsoflexão.
 (D.) Fisiot realiza a elevação da perna retificada = flexão
de quadril + extensão do joelho + dorsoflexão do
calcanhar.
 (Sinal +) o paciente refere dor/formigamento a partir da
lombar ou do quadril:
 0D-35D– hérnia grave (disco ultrapassou o ligamento)
 35D-70D – Protusão discal (o disco não ultrapassou o
ligamento e apenas comprime)
Testes coluna
Joelho
 a) Testes de Estabilidade Articular
Ligamentos:
 Cruzado anterior  evita a anteriorização da tíbia
 Cruzado posterior  evita a posteriorização da tíbia
 Colateral medial  evitar o valgismo
 Colateral lateral  evitar o varismo
 Patelar
 (O.) determinar a integridade ligamentar.
 Dor na região superior da patela =Tendinite
Quadriciptal
 Dor no bordo inf. da patela =Tendinite Patelar
 Dor na frente da patela + tumefação = Bursite pré-
patelar (Joelho da rezadeira)
 Dor na região latero-posterior = Tendinite do Bíceps
Femural
 Dor na interlinha articular na região ântero-medial
=Tendinite da Pata de Ganso
 Dor na interlinha articular na região latero-anterior
(perto da fíbula) = Síndrome Trato Íliotibial
Ligamentos Colaterais

 (E.) paciente em D.D.


 Fisiot fixa as partes distais da coxa e perna
 (D.) fisiot realiza um stress em valgo e em
varo
 (Sinal +) abertura excessiva do
compartimento.
Ligamentos Colaterais: esforço
varo
Ligamentos Colaterais: esforço valgo
Testes de Cruzados (gaveta
 )
(O.) avaliar a integridade dos ligamentos cruzados
 (E.) paciente em D.D. joelhos fletidos a 80-90o
 Fisio sentado sobre o pé da perna a ser testada, segurando na
face posterior do joelho, palpando com o polegar as interlinhas
articulares (medial-lateral).
 (D.) – tracionar a tíbia para frente (cruzado anterior)
– tracionar a tíbia para trás (cruzado posterior)
 (Sinal +) quando houver deslocamento excessivo da tíbia.
Nota:Para não confundir, observar se as tuberosidades
anteriores das tíbias estão alinhadas, nas lesões posteriores ela
desaparece. Fazer um estudo comparativo dos joelhos.
Testes de Cruzados (gaveta
)
Teste de Lackmann
 (O.) verificar integridade do LCA na fase aguda da
lesão.
 (E.) paciente em D.D., joelho estendidos.
 Fisio fixa na parte distal da coxa e proximal da
perna.
 (D.) realizar uma semi-flexão de joelho 20-30o e
tracionar a tíbia para frente ou para trás.
 (Sinal +) anteriorização da tíbia = cruzado anterior
Teste de Lackmann
Testes especiais de joelho
01. Para condromalácia patelar
 (O.) determinar a integridade da cartilagem da patela

 (E.) paciente em DD musculatura do quadríceps


relaxada.
 Fisio com o polegar sobre a patela

 (D.) comprimir a patela em direção à fossa


intercondiliana do fêmur e solicitar que o paciente realize
uma contração isométrica do quadríceps (extensão do
joelho contra resistência).
 (Sinal +) paciente refere dor (dor retro patelar):

 A 30D de flexão = lesão condral do 1/3 inf. da patela

 A 60D de flexão = lesão condral do 1/3 médio da patela

 A 90D de fexão = lesão condral do 1/3 sup. da patela


Para condromalácia patelar
Teste de Compressão do Apley
 Ligamentos colaterais: tração
 Meniscos: compressão
 (O.) determinar a ruptura de menisco / dor meniscal / lesão
ligamentar
 (E.) paciente em D.V. joelho fletido a 90o (corno posterior) e a
60D (corno anterior)
 Fisio segura no calcanhar e no ante-pé
 (D.) realizar uma compressão nos meniscos lateral e medial
entre a tíbia e o fêmur rode a tíbia interna e externamente
mantendo a compressão.
 (Sinal +) Paciente refere dor na face medial = lesão de menisco
medial
Paciente refere dor na face lateral = lesão de menisco lateral.
 Na rot. Interna – testa o menisco externo
 Na rot. Externa – testa o menisco interno
Teste de Compressão do Apley
Teste de Mc Murray
 (O) testar lesão meniscos
 (E) Paciente em DD com o joelho totalmente
flexionado
 (D) Para testar o menisco medial, palpar a
interlinha medial e passivamente roda
lateralmente a tíbia. Repetir para o menisco
lateral rodando medialmente a tíbia.
Teste de Mc Murray
Teste de Ober
 (O.) verificar o  (Sinal +) a perna do
encurtamento da banda paciente permanecerá
ileotibial (face lateral da em adbução quando
coxa). liberada.
 (E.) paciente em DL
perna a ser testada em
cima e estendida.
 (D.) realizar uma ABD
do quadril com flexão
de joelho em 90º
Teste de Trendelenburg

 (O.) avaliar a debilidade do glúteo médio


 (E.) paciente em pé
 Fisiot às costas do paciente para observar as
depressões das cristas ilíacas posteriores.
 (D.) realizar o apoio unilateral na perna
testada e observar a pelve contra-lateral.
 (Sinal +) a pelve contra lateral cai.
Teste de Thomas

 (O.) determinar o encurtamento dos flexores do


quadril e do reto femural.
 (E.) paciente em DD com os joelhos em 90º e fora
da mesa.
 (D.) fisiot solicita que o paciente abrace uma perna
e observa a outra.
 (Sinal +) paciente retira a coxa da superfície da
mesa (para os flexores do quadril).
 (Sinal +) paciente estende o joelho (para o reto
femural).
Teste de Ortolani
 (Sinal +) Escutar o estalido
 (O.) avaliar a luxação redutor palpável da
congênita do quadril em articulação coxo-femural. O
recém nascido. estalido pode ser audível
 (E.) paciente em DD com quando a cabeça do fêmur
os quadris estendidos. entra e sai do acetábulo. A
LCQ limita a abd. do lado
 Fisio segura nas coxas a
comprometido.
palpa a articulação coxo-
femural.
 (D.) fisio realiza uma flexão
– ABD – rotação externa
dos quadris com flexão de
joelho.

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